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VOZ DO COOP

Avicultura

Mãos que cuidam

Amor pela avicultura e pelo modelo de trabalho do cooperativismo faz com que a técnica Camila Parada seja uma peça importante dentro de toda essa engrenagem

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De acordo com o dicionário Aurélio, cooperativismo é um “sistema que preconiza o princípio cooperativo como meio de progresso e distribuição de riqueza”. Mas, para esse sistema funcionar, é preciso de pessoas. E são as pessoas que fazem o cooperativismo ser o que é hoje. Uma importante personagem neste meio, e que faz toda a diferença, é o profissional de assistência técnica.

A médica veterinária e sanitarista do fomento de aves da Cooperativa Agroindustrial Copagril, Camila Cristiane Parada, é um exemplo disso. O primeiro emprego foi na cooperativa, e de lá, não saiu mais. “Comecei na cooperativa fazendo estágio. Agora, nove anos depois, ainda estou na Copagril”, conta. Camila iniciou a faculdade de Medicina Veterinária em 2005. Dois anos depois teve a primeira oportunidade de trabalhar no fomento de aves da cooperativa como estagiária. No ano seguinte, em 2008, novamente fez um curto estágio. “Os dois foram estágios de 20 a 30 dias”, conta.

Em 2009 ela fez o estágio final também na Copagril e novamente com avicultura. “Foi no período de 13 de julho a 24 de setembro daquele ano. Foram 90 dias fazendo estágio”, lembra. Camila recorda que logo depois que terminou o período do estágio, a cooperativa já a chamou para fazer uma entrevista de emprego para a vaga na Assistência Técnica que havia sido ofertada. “Na época, a técnica que fazia a extensão de campo foi promovida e surgiu essa vaga. Então, na entrevista eles perguntaram se eu tinha interesse em ocupar essa vaga. Claro que aceitei!”, expõe. Camila comenta que facilitou muito, principalmente por já conhecer todos os produtores e regiões que precisava atender, já que havia sido aquela área na qual tinha feito estágio. “Na época, eram aproximadamente 80 aviários que eu atendia”, conta.

A cooperativa abriu as portas para o primeiro emprego de Camila. “E nove anos depois continuo aqui”, reforça. Ela lembra que a oportunidade dada pela Copagril fez toda a diferença em sua vida. “Quando acabamos a faculdade é difícil arrumar um emprego logo. E eu já estava empregada logo depois de apresentar o meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)”, diz.

Outro ponto destacado pela profissional é que mesmo quando ainda era estagiária a cooperativa sempre a oportunizou de realizar diferentes capacitações. “Mesmo quando ainda estava no estágio, eles me possibilitaram fazer treinamento em simpósios, em congresso internacional. Sempre que tinha eles me proporcionavam. Então, eu sempre tive a oportunidade de me capacitar para aprender mais”, cita. Para Camila, esta era também uma forma de a cooperativa mostrar que via nela o potencial para continuar na empresa e crescer profissionalmente. “E foi indo assim. Todas as vezes que havia um treinamento, um curso ou algo assim, eu participava. Agora que estou na empresa continua sendo assim, é bem bacana”, afirma.

Além das capacitações em simpósio e congressos, a oportunidade de ver como tudo acontece no campo também sempre lhe foi proporcionado. Camila diz que a turma dela foi uma das última a poder realizar estágio de oito horas. Dessa forma, a maior parte do tempo ela ficava no campo, o que proporcionava um grande aprendizado. “Além do mais, muitas vezes quando havia uma necropsia legal para fazer ou um treinamento diferente, o pessoal do fomento de aves sempre me chamava”, diz.

Segunda família

A escolha pela avicultura para seguir carreira não foi difícil para Camila. De acordo com ela, o sentimento pela área já veio logo no primeiro estágio. “Eu já havia feito estágio também na parte de bovinos de leite e de corte, frigorífico e pequenos animais. Mas sentia que aquilo não era bem o que eu queria”, recorda. Foi mesmo na avicultura que a técnica se apaixonou. “Percebi que a avicultura é o que mais combina comigo, sempre gostei bastante. O fato de você ir até o produtor, todos os dias estar em um lugar diferente e conhecer bastante gente, fez a diferença”, diz.

E estas idas e vindas para dar assistência aos produtores fez a diferença também na vida pessoal de Camila. “Realmente acabamos fazendo outra família, porque na cooperativa todo o pessoal é bastante unido, companheiro e se preocupa com você. São amigos mesmo, não somente colegas de trabalho”, afirma. Este sentimento vem também por parte dos produtores. “Muitas vezes você vai até a propriedade, faz a visita e atende a chamada, mas não conseguiu levar todo o medicamento ou produto que ele precisava – seja por já estar na estrada ou outro motivo – e pede se ele pode passar até a cooperativa para buscar, e eles são compreensíveis quanto a isso”, exemplifica. Sem contar que o produtor também se transforma em um amigo. “Muitos produtores, nós vamos na casa durante o final de semana para tomar um chimarrão ou comer algo diferente que eles fizeram. Ou ainda tem aqueles que fazem artesanato, e acabamos virando clientes deles”, conta.

Camila acrescenta que trabalhar na cooperativa tem sido fantástico para ela. “Eu me sinto realizada trabalhando aqui”, revela a assistente técnica. De acordo com ela, a Copagril sempre abriu as portas para ela, tanto no estágio quanto para o primeiro emprego, o que fez a diferença. “Eles dão a oportunidade para qualquer funcionário, claro que desde que você respeite a empresa e faça um serviço de qualidade”, revela. “É ótimo trabalhar na cooperativa, porque existe aquele carinho, a compreensão, além de você conseguir conversar com todos de uma forma igual”, aponta.

Mais informações você encontra na edição de Aves de julho/agosto de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Avicultura

Apesar de isolado, foco de Newcastle no Rio Grande do Sul preocupa setor

Uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços.

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Foto: Shutterstock

A confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, vem deixando o setor em alerta.

Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.

Diante disso, no curto prazo, pesquisadores do Cepea explicam que devem ocorrer ajustes no alojamento de aves.

O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frango do mundo. No segundo trimestre, os embarques superaram em 12,1% os dos três primeiros meses do ano e em 4,1% os de abril a junho do ano passado, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Área de emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle é limitada a cinco municípios gaúchos

Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

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Foto: Julia Chagas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.

Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. “O trabalho da Secretaria da Agricultura foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. Foi com nossos dados e informações que o Ministério se embasou para tomar esta decisão”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.

O estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Até o momento, foram abordados 726 veículos alvo na área perifocal e 415 na área de vigilância.

Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença. Duas amostras coletadas no município de Progresso, com suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP) e apresentaram resultado negativo.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Fonte: Assessoria Seapi
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Avicultura

Carne de frango ganha cada vez mais espaço na mesa do brasileiro

Preço acessível, alto valor nutricional e ampla aceitação cultural e religiosa estão entre as vantagens da proteína.

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Produção do frango é mais rápida e sustentável do que outras proteínas - Foto: Jonathan Campos

Considerada uma das melhores opções nutricionais para compor o cardápio, a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil. A preferência é atribuída a vários fatores, incluindo preço acessível, alto valor nutricional, versatilidade na culinária e ampla aceitação cultural. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o consumo per capta de carne de frango no país chegou a aproximadamente 45,1 kg, confirmando suas vantagens nutricionais e acessibilidade econômica. Em 2009, o consumo individual no Brasil era de 37,5 kg por ano, mas vem crescendo a cada ano.

Nesse mercado, o Paraná é o maior produtor e exportador de aves e derivados do Brasil. O estado é responsável por cerca de 36% da produção nacional, além de 42% do volume de exportações do segmento. O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que os mercados nacional e internacional estão atentos às vantagens e ao custo-benefício da carne de frango, o que vem impulsionando a demanda gradativamente. “Além do consumo interno, o produto brasileiro tem compradores em diversos países, em especial na Ásia e Oriente Médio, que são locais com grande demanda em função de questões religiosas e culturais”, analisa.

Em países com predominância de culturas muçulmanas e hindus, o consumo de carne bovina é proibido ou restrito devido às práticas religiosas. O frango, por outro lado, é amplamente aceito, pois não está sujeito às mesmas restrições religiosas. “Além disso, a culinária asiática e do Oriente Médio inclui muitas receitas tradicionais que utilizam carne de frango”, comenta Kaefer.

Custo-benefício

A eficiência produtiva da carne de frango é outro diferencial. Cassiano Marcos Bevilaqua, diretor associado de Marketing LatCan, explica que a produção de frango possui um ciclo significativamente mais curto e econômico comparado a outras proteínas animais. Segundo ele, um frango consome cerca de 1,5 kg de ração para cada quilo de carne produzida, levando aproximadamente 42 dias para atingir o peso ideal de abate. O prazo é bem inferior ao da produção de suínos e bovinos, que têm ciclos de produção muito mais longos e menos eficientes.

Bevilaqua fala que um porco, por exemplo, precisa consumir 3 kg de ração e leva mais de 150 dias para ser abatido. No caso do boi, a taxa de conversão é de 4×1 e precisa de pelo menos dois anos para ser abatido. “Por ter um ciclo mais rápido e mais eficiência produtiva, o frango elimina menos dejetos, consome menos alimento e necessita de menos espaço para a produção, o que torna a carne de frango muito mais sustentável do que as demais”, esclarece.

Dieta equilibrada

Foto: Divulgação/OP Rural

Um dos grandes atrativos da carne de frango é o seu valor nutricional. Trata-se de um alimento rico em proteínas de alta qualidade e que fornece todos os aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita, segundo a USDA National Nutrient Database. Em 100 gramas de peito de frango cozido, por exemplo, há cerca de 31 gramas da proteína, essencial para o crescimento e reparação dos tecidos.

Outra vantagem é o baixo teor de gorduras saturadas, especialmente quando consumida sem pele, com aproximadamente 3,6 gramas de gordura total por 100 gramas, e um total de 165 kcal. A carne de boi, por outro lado, contém mais gorduras saturadas (10g de gordura total por 100g de carne magra cozida) e é mais calórica (250 kcal por 100g). O mesmo ocorre com os suínos, que tem de 10 a 12g de gordura total por 100g de carne magra cozida e 242 kcal.

Composição nutricional

Roberto Alexandre Yamawaki, gerente de Serviços Técnicos e Produtos para a América Latina da Hubbard, aponta outros benefícios nutricionais. Ele pontua a presença de nutrientes que são essenciais para a dieta, tais como aminoácidos essenciais e proteínas de alta qualidade, importantes para a construção e reparação de tecidos, bem como para a produção de enzimas e hormônios.

Segundo o especialista, o consumo regular de carne de frango oferece múltiplos benefícios para a saúde. A inclusão da proteína na dieta pode ajudar no controle de peso, fortalecer o sistema imunológico, melhorar o crescimento muscular e fornecer energia sustentável.

Entre os nutrientes presentes no frango estão Omega-6 e colina, vitaminas do Complexo B – como Vitamina B3 (Niacina), Vitamina B6 (Piridoxina) e a Vitamina B12 (Cobalamina) –, além de minerais como fósforo, selênio e zinco. “A carne de frango possui vários benefícios específicos que a torna uma escolha adequada e popular para o consumo. Pois ela possui uma grande versatilidade culinária, o que a torna uma opção prática para diferentes refeições e estilos de culinária”, reforça.

Sindiavipar

O Sindiavipar representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses. As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 94% da produção estadual.

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.

 

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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