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Manejo Integrado de Pragas traz sustentabilidade para cultivo de soja

Encontro Técnico abordou o monitoramento e a tomada de decisão para a escolha das opções de controle.

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Foto: Divulgação/Embrapa

O 3º Encontro Técnico para o Manejo Sustentável da Cultura da Soja foi realizado, na última sexta-feira (16), na Fazenda Água Boa, em Três Marias (MG). A iniciativa integra as atividades do projeto de cooperação técnica entre a  Embrapa Milho e Sorgo e a Prefeitura Municipal, intitulada “Agricultura Tecnificada em Ecossistema de Inovação como Suporte ao Desenvolvimento Territorial na Região de Três Marias-MG”.

As atividades abordaram o conceito do Manejo Integrado de Pragas (MIP), com foco na identificação das leis, no monitoramento e na tomada de decisão para a escolha das opções de controle. Além disso, foi abordado o papel dos insetos benéficos para o controle biológico das práticas e dos polinizadores, os quais são essenciais para o bom desenvolvimento do trabalho.

As palestras foram ministradas pelos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo Ivênio Rubens de Oliveira e por Ronnie Carlos Pereira, consultor técnico da empresa Lallemand .

Oliveira apresentou uma visão prática do MIP para realçar a importância de um manejo que engloba várias estratégias de controle, com uma base sólida de conhecimento dos problemas fitossanitários da cultura da soja. “Você não pode controlar aquilo que não conhece. A primeira etapa é despertar o interesse das pessoas envolvidas sobre a problemática do controle. Ou seja, discutir como lidar com essa questão de maneira sustentável para gerar lucro”, disse.

“O MIP não deixa de fora nenhuma estratégia de controle. Mas buscamos integrá-las de modo racional para que sejam alcançados resultados superiores, que incluem também os cuidados com a saúde e com o meio ambiente”, pontua Oliveira. “Não existe, também, o objetivo de comparar o que é o cultivo sob a luz do MIP com o cultivo convencional para mensurar o que produz mais. Existe sim a finalidade de entender qual deles tem o melhor custo benefício, porque ambos atingem produtividades semelhantes. Porém, com o MIP, o produtor gasta menos e assim sobra mais dinheiro para ele no final”, complementa.

Preservação de insetos benéficos e polinizadores

Ronnie Pereira, engenheiro-agrônomo da Lallemand, falou sobre a preservação de insetos benéficos e polinizadores com a utilização de produtos biológicos no MIP. “Há muitos estudos avaliando a relação dos microrganismos com os insetos não alvo, afim de otimizar o controle das pragas. Sabemos que, em muitos casos, ocorre a sinergia dos dois tipos no campo. A vantagem é que as práticas que escapam da ação dos bioinseticidas à base de microrganismos poderão ser controladas pelos insetos benéficos, considerados inimigos naturais”.

Pereira destacou que o produto biológico é seletivo aos inimigos naturais, pois não utiliza moléculas químicas. “É importante utilizá-lo de forma correta, ou seja, adotar o posicionamento adequado, que envolve observar o local da aplicação, as condições prejudiciais e a dosagem”, disse.

A Lallemand tem dois bioinseticidas desenvolvidos em parceria público-privada com a Embrapa: o Crystal e o Lalguard Java .

O Crystal é um bioinseticida à base de Bacillus thurigiensis , para controle da lagarta-do-cartucho, da lagarta-falsa-medideira, da lagarta-das-folhas e da lagarta Helicoverpa armigera . O Lalguard Java é um bioinseticida à base do fungo Cordyceps javanica , para controle da mosca-branca.

Parceria e sustentabilidade

Sinval Lopes , coordenador do projeto, considera que, quando se inicia um plantio de qualquer cultura em uma propriedade, pode-se compará-lo com a instalação de uma biofábrica, local em que se multiplicam macro e microrganismos. “Em qualquer cultura implantada teremos um ambiente perfeito para a multiplicação de insetos. Mas é uma metodologia de controle adotada que vai determinar se na cultura instalada pelo produtor vai se multiplicar os insetos benéficos, que são os inimigos naturais das leis, ou desenvolver a resistência das regras às medidas de controle”, disse.

Segundo Lopes, a probabilidade de sucesso, com sustentabilidade, do sistema de produção de grãos está relacionada com o manejo que envolve o monitoramento de políticas, os protocolos de aplicação, o posicionamento e a escolha adequada de produtos seletivos.

“Além do mais, em um estudo realizado pela Embrapa Soja com produtores que adotaram o MIP, foi mencionado que houve uma redução de 50% nas aplicações de inseticidas, o que equivale a duas sacas de soja por hectare. Essa foi a razão da escolha do tema para o 3º Encontro Técnico”.

O encontro reuniu mais de 60 participantes, entre produtores rurais, técnicos, parceiros de negócios e estudantes, que foram recebidos pelo proprietário da fazenda, Alzair Teodoro de Farias, e pelos parceiros do projeto. Farias disse que desde o início o projeto buscou implantar práticas sustentáveis ​​com o uso de tecnologias para o desenvolvimento da cultura da soja. “Hoje abordamos um dos problemas que enfrentamos, que é o controle de praxe. Estamos de portas abertas para compartilhar informações”, disse.

O prefeito de Três Marias, Adair Divino da Silva e outras autoridades municipais e estaduais da região também fizeram presentes e participaram das atividades. “Os resultados do projeto já podem ser observados na região”, ressaltou o prefeito.

O técnico extensionista Magno Rocha, da Emater de Três Marias, destacou que o projeto busca divulgar novos conhecimentos e tecnologias para o cultivo da soja. “Este é o terceiro encontro que realizamos, e nosso foco é a sustentabilidade do agronegócio”, disse Rocha.

O gerente de carteira rural do Sicoob Aracoop , Charles Elias da Silva, enfatizou que sua empresa, como cooperativa da região, busca estar presente no dia a dia dos produtores rurais para dar apoio técnico e social e contribuir para a aquisição de recursos de custódia ou financiamento. “Eventos técnicos que trazem mais conhecimento são essenciais, e fazemos questão de participar”, disse Silva.

“Para nós é uma grande satisfação fazer parte de um projeto como esse, pois um dos pilares da Jecal Agro é garantir que os produtores rurais sejam os protagonistas de um futuro mais próspero para nossa região. A agricultura é uma excelente oportunidade para o município, disse o consultor técnico da empresa Heberth Passos.

Fonte: Embrapa Milho e Sorgo

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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