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Suínos / Peixes Suinocultura

LV5: uma alternativa para melhorar a qualidade do leitão desmamado

Fica clara a importância da inclusão de uma característica indicadora de habilidade materna nos programas de melhoramento genético de suínos

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Artigo escrito por Juliana Dementshuk Machado, zootecnista, mestranda em Zootecnia e geneticista na DB Genética Suína

A alta mortalidade no período pré-desmame é um dos maiores problemas dos sistemas de produção de suínos e resulta em grandes perdas econômicas. Por isso, o número de leitões desmamados tornou-se um importante indicador de eficiência produtiva usado na suinocultura comercia00l. O número de leitões produzidos por porca por ano pode ser melhorado por meio do aumento do número de leitegadas ou do número de leitões desmamados. A seleção efetiva para um aumento no número de leitegadas por ano é possível pela seleção do intervalo do desmame à primeira inseminação e idade na primeira inseminação, contudo esse aumento não seria eficaz, devido à hereditariedade muito baixa desta característica. Já o aumento do número de leitões desmamados está diretamente ligado à sobrevivência.

Uma das alternativas adotadas para reduzir a mortalidade na maternidade foi a transferência das fêmeas para gaiolas, reduzindo as mortes por esmagamento. Mas, a sobrevivência dos leitões deriva de uma complexa interação entre a mãe, o leitão e o ambiente, sendo essa característica influenciada por dois componentes genéticos: o efeito genético direto (genética do próprio leitão) e o efeito genético materno (genética da matriz). Entretanto, até o desmame, o efeito genético materno tem se mostrado mais importante no crescimento dos leitões.

O componente materno é expresso pela habilidade materna, que pode ser entendida como a habilidade da fêmea em proporcionar condições favoráveis para desenvolvimento da prole, tanto no período intrauterino quanto após o parto, por meio de seu comportamento (interação com a prole) ou produção de leite.

O leite materno em mamíferos é, geralmente, considerado o maior fator influenciador do desenvolvimento da progênie. No comportamento materno de fêmeas suínas, principalmente, o desenvolvimento dos leitões a partir do leite tem atraído o interesse de pesquisadores desde a década de 1950, havendo uma intensificação dos estudos acerca da regulação hormonal desse comportamento. Sendo assim, quando discute-se sobre o efeito materno em suínos, geralmente, assume-se que a produção de leite é o principal componente. Entretanto, isso faria com que somente a produção de leite fosse suficiente para a estimativa desse efeito. Todavia, cada leitão é capaz de mamar por conta própria, mas para o ajuste da porca é importante a distribuição do leite para todos os seus leitões e, durante a lactação, o estímulo feito pelos leitões afeta a liberação de muitos hormônios que, não somente regulam a descida do leite, mas o metabolismo da fêmea e a produção de leite.

Múltiplos fatores devem ser levados em consideração na escolha do melhor critério de seleção. A herdabilidade está diretamente relacionada com o ganho genético na seleção, entretanto, a correlação entre as características deve ser considerada para que a seleção para todas as características seja eficiente e não haja resultado inesperado. Também, deve ser levado em conta o tempo despendido na coleta de informação, possível subjetividade e existência de sistemas que assegurem a precisão dos dados, principalmente, na identificação dos animais.

Características dependentes de interações complexas apresentam baixa herdabilidade. Além disso, a seleção direta para, por exemplo, número de leitões desmamados é restrita pela amamentação cruzada e a seleção é geralmente praticada apenas por tamanho de leitegada ao nascimento que, por sua vez, apresenta correlação negativa com a sobrevivência e, portanto, motivou mais estudos sobre o desempenho materno. Estimativas da variabilidade genética para habilidade materna em suínos são escassas na literatura. Esses autores afirmam que mais pesquisas são necessárias para encontrar uma característica apropriada para explicar a habilidade materna e sua complexidade. Por esses motivos, critérios de seleção indicadores de habilidade materna não são rotineiramente utilizados nos programas de melhoramento genético suíno. Além disso, mensurações de habilidade materna enfrentam dificuldades quanto a sua coleta nos sistemas de produção, sendo geralmente pouco práticas em larga escala.

LV5

Programas de melhoramento requerem um acurado conhecimento dos parâmetros genéticos para todas as características incorporadas no seu objetivo e índice de seleção, aumentando a necessidade de mais pesquisas. A Dinamarca, como exemplo, reconhecendo a importância da habilidade materna nos sistemas de produção, após pesquisas, inseriu em seus índices de seleção características indicadoras a fim de aumentar o desempenho na maternidade. Uma dessas características é o número de leitões vivos ao quinto dia (LV5). Uma vez que as mortes na fase inicial ocorrem, principalmente, no parto e durante os cinco primeiros dias pós-parto, tendo uma correlação moderada positiva entre o tamanho de leitegada aos cinco dias com a taxa de sobrevivência dos leitões, podendo melhorar efetivamente o tamanho de leitegada ao desmame.

A produção dinamarquesa de suínos teve grande desenvolvimento nos últimos anos, tornando-se uma indústria eficiente na produção de suínos. Desde 2004, com a inclusão do LV5 no índice de seleção, até 2010, o número de leitões vivos aumentou em 1,7 e 2,2 leitões por leitegada nas raças Landrace e Large White, respectivamente.  Hoje, estima-se que o ganho já tenha duplicado.

Sendo assim, fica clara a importância da inclusão de uma característica indicadora de habilidade materna nos programas de melhoramento genético de suínos, a fim de aumentar o desempenho e a sobrevivência dos leitões na fase da maternidade e, consequentemente, melhorar a eficiência produtiva da fêmea. Nesse sentido, o LV5 se mostra uma alternativa altamente eficiente.

Outras notícias você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil conquista dois novos mercados para pescados na Índia

Agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

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Foto: Shutterstock

A missão do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, à Índia em novembro do ano passado segue gerando resultados positivos para o Brasil. Após encontros com Shri Parshottam Rupala, ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos da Índia e Kamala V Rao, CEO da Autoridade de Segurança dos Alimentos da Índia, o Brasil obteve, na última sexta-feira (19), a confirmação da abertura de dois novos mercados: pescado de cultivo (aquacultura) e pescado de captura (pesca extrativa).

O anúncio se soma a expansões recentes da pauta agrícola do Brasil para o país asiático. Nos últimos 12 meses, o governo indiano autorizou a importação de açaí em pó e de suco de açaí brasileiros.

Em 2023, a Índia foi o 12º principal destino das exportações agrícolas brasileiras, com vendas de US$ 2,9 bilhões. Açúcar e óleo de soja estiveram entre os produtos mais comercializados.

Segundo o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), nos três primeiros meses deste ano, o Brasil exportou mais de 12 mil toneladas de pescado para cerca de 90 países, gerando receitas de US$ 193 milhões. Esse valor mostra um aumento de mais de 160% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando as vendas foram de US$ 74 milhões.

“Seguimos comprometidos em ampliar a presença dos produtos agrícolas brasileiros nas prateleiras do mundo. Essa estratégia não apenas abre mais oportunidades internacionais para nossos produtos e demonstra a confiança no nosso sistema de controle sanitário, mas também fortalece a economia interna. Com as recentes aberturas comerciais estamos gerando mais empregos e elevando a renda dos produtores brasileiros”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.

Com estes novos mercados, o agronegócio brasileiro alcançou a 30ª abertura comercial internacional apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 108 novos mercados em 50 países.

Fonte: Assessoria Mapa
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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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