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Suínos / Peixes Nutrição Animal

Intensificador de absorção: solução para rentabilidade na fase de engorda em suínos

Fase de engorda é uma fase em que o custo é uma grande preocupação, pois é a fase mais longa e de maior consumo de ração

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Arquivo/OP Rural

Artigo escrito por Mara Costa, gerente de Serviços Técnicos de Suínos da Kemin Saúde e Nutrição Animal – América do Sul

Quando se fala em custo de produção de suínos, a alimentação é o item de maior preocupação, pois a rentabilidade da atividade depende diretamente deste. Em cenários de alto custo de matéria-prima devem se buscar soluções para manter o ganho e evitar prejuízos. Uma escolha é manter os níveis nutricionais com maior custo de produção, mas ao final do alojamento receber pela melhor performance e eficiência alimentar. A outra opção é tentar manter o custo, o que leva a necessidade de trabalhar com os níveis nutricionais mais baixos, entretanto, a consequência será o menor ganho pela perda de performance e eficiência alimentar. A energia, pelo maior impacto no custo de formulação, acaba sendo o primeiro item a ter o nível reduzido.

Por que investir na energia da ração?

A rentabilidade da atividade depende diretamente da eficiência alimentar do animal. Para atender o rápido crescimento e máxima deposição de massa muscular, o suíno tem alto requerimento nutricional. Com o uso de dietas de alta densidade energética, o requerimento nutricional é atendido com o menor consumo.

A fase de engorda é uma fase em que o custo é uma grande preocupação, pois é a fase mais longa e de maior consumo de ração. O consumo é uma preocupação se estiver alto, mas muitas vezes o baixo consumo pode ser a causa da menor performance. Animais em estresse calórico podem diminuir seu consumo em 1% e 2% nas fases de crescimento e terminação, respectivamente, a cada grau Celsius acima do seu conforto térmico (15 a 17oC). Sendo assim, o uso de ração com maior densidade energética se torna necessário também.

Como a energia tem alto custo na dieta, o uso de tecnologias que otimizem ou substituam o seu uso se torna necessário nos diversos cenários para se alcançar a lucratividade.

Ferramenta para maximizar a energia da ração

Uma nova geração de emulsificantes, agora conhecida como “intensificador de absorção de nutrientes” (LEX) surge. Essa nova geração se deve pela atual composição de alguns produtos inovadores e seu modo de ação sobre a digestão e absorção de gorduras e demais nutrientes.

A fisiologia da digestão de gordura nos monogástricos consiste na emulsificação da gordura da dieta pelos sais biliares, seguida pela hidrólise dos triglicérides pela lipase em monoglicerídeos e ácidos graxos livres, e a absorção irá depender da solubilidade destes compostos formando as micelas. Estudos comprovam que o produto atua diretamente nas três fases da digestão de gorduras: emulsificação, hidrólise e absorção, promovendo melhor e mais estável digestão de óleos e gorduras das rações, se destacando entre os emulsificantes.

Para melhor performance uso “on top”

Ao aumentar a digestibilidade e promover maior absorção das fontes de gorduras, o produto promoverá aumento da energia disponível na ração. No caso de dietas com nível energético adequado, o resultado será mais performance com melhor eficiência alimentar.

Foi realizada uma avaliação em 7 granjas comerciais, totalizando 16.018 animais durante a fase de crescimento e terminação (140 dias de alojamento). Foi verificado o efeito do LEX  sobre a performance dos animais e características de carcaça (Tabela 1).

Ao aumentar a energia disponível na ração através do uso “on top”, animais que consumiram o produto tiveram maior ganho de peso, o que pode ser verificado pelo maior peso final (p<0,05), totalizando +3 Kg de ganho de peso na fase em relação ao grupo controle. O maior ganho foi com o mesmo consumo de ração (p>0,05), mostrando que os animais do grupo foram mais eficientes e sem efeito deletério na composição carcaça (p>0,05), além do lote se apresentar mais uniforme, o que pode ser verificado pelo menor coeficiente de variação dos dados avaliados.

Em situações em que não há disponibilidade de ingrediente fonte de energia, necessidade de menor inclusão por baixa qualidade do produto, uso de fonte alternativa (menos energética) e/ou dificuldade em trabalhar com esse tipo de produto por fatores relacionados ao armazenamento e/ou processo de fabricação, o LEX é uma solução como alternativa ao incremento energético da ração, com objetivo de melhorar a performance e, consequentemente a rentabilidade.

Para menor custo de ração: Uso da matriz energética

Por promover melhor digestibilidade e absorção da gordura, a matriz energética pode ser utilizada em suínos na fase final de creche e engorda, desde que a ração tenha extrato etéreo acima de 4,5%.

Seu uso é indicado quando se pretende manter o nível energético da ração com menor custo de formulação. Em situações em que o objetivo é diminuir a inclusão do ingrediente fonte de energia seja pela sua qualidade ou na busca de melhor produtividade e/ou qualidade de pellet no caso de rações peletizadas, o uso da matriz nutricional é uma alternativa.

Ao utilizar a matriz nutricional energética parte da fonte de gordura/óleo pode ser substituída pelo aditivo intensificador de absorção. Com isso, o nível de energia é mantido sem perda de performance, mas com menor custo de formulação.

Em leitões na fase de creche foi avaliado o uso do LEX, durante as fases iniciais (24 a 45 dias de idade) o uso foi de forma “on top”, e na fase final (46 a 73 dias de idade) foi utilizada a matriz nutricional de energia (50 kcal). Ao reformular, foi possível substituir o produto por 1% de óleo de soja, sem efeito nos dados de performance em relação ao grupo controle (Tabela 2).

Para verificar a eficácia do uso da matriz do produto, foi realizada uma avaliação com 560 animais na fase de crescimento e terminação. Foi utilizada a matriz nutricional e a ração reformulada, permitindo a redução de 33% e 47% de gordura total da ração na primeira e última ração (22 e 59 dias de consumo, respectivamente).

Através do uso da matriz nutricional, houve redução no custo da ração pela redução do nível de gordura total, sem perda de desempenho na fase em relação ao ganho de peso (p>0,05). Houve maior consumo de ração no grupo testado (p<0,01), mas ao corrigir a conversão alimentar, esta foi semelhante entre os grupos. O uso do produto permitiu maior uniformidade do lote, verificado pelo menor coeficiente de variação no peso final, o que é interessante na composição de carcaça (Tabela 3).

Conclusão

Um novo conceito de aditivo, aqui descrito como “intensificador de absorção” ao atuar diretamente nas três fases da digestão de gorduras: emulsificação, hidrólise e absorção, promove melhor e mais estável digestão de óleos e gorduras das rações. Sua composição diferenciada permite ação sobre a digestão e absorção de gorduras e absorção de demais nutrientes.

O seu uso em suínos na fase de crescimento e terminação é indicado:

  • Para aumentar a rentabilidade ao melhorar a eficiência alimentar do suíno;
  • Alternativa como fonte de energia em cenários de alto custo de matéria-prima;
  • Solução quando há necessidade em diminuir a inclusão de fonte de energia

Os benefícios do uso em suínos em crescimento e terminação são:

  • Aumento da digestibilidade da energia metabolizável aparente e a digestibilidade ileal de aminoácidos como a lisina, metionina e treonina;
  • Aumento da rentabilidade através do melhor desempenho como ganho de peso e melhor eficiência alimentar quando utilizado de forma “on top”;

Redução do custo de formulação ao substituir parte da fonte de energia com o uso da matriz energética (em dietas com extrato etéreo acima 4,5%) sem efeito deletério na performance e características de carcaça do animal.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2021 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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