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Inovameat Toledo reflete crescente demanda por soluções tecnológicas no setor de proteína animal

Encerrado na quarta-feira (03) em Toledo, no Oeste do Paraná, evento contou com programação abrangente sobre aves, suínos, peixes e bovinocultura de leite.

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O Inovameat 2024, um dos principais eventos de proteína animal do Paraná, deixou uma marca significativa em Toledo, movimentando mais de R$ 3 milhões em apenas três dias. Com um público de aproximadamente 2,7 mil pessoas, sendo metade delas vindas de diversas cidades do Estado, o evento se consolidou como uma plataforma vital para a indústria agropecuária.

A exemplo das duas edições anteriores, o Inovameat proporcionou um ambiente fértil para a troca de ideias e a busca por soluções inovadoras que impulsionam o setor. O evento tem a organização da Associação Comercial e Empresarial de Toledo, Sindicato Rural de Toledo com apoio da Prefeitura Municipal e instituições de ensino e pesquisa.

Fotos: Fabio Ulsenheimer

A programação abrangente do evento, que contemplou desde palestras sobre concepção genética até os desafios enfrentados pelos criadores e a garantia da qualidade do produto final, foi enriquecida por discussões sobre inovações tecnológicas, sustentabilidade, conectividade, sucessão familiar e tendências de mercado. Foram mais de 50 especialistas, que participaram de 36 palestras e painéis, além de 30 expositores.

Eventos paralelos

como Startups Weekend, Arena de Inovação do Sebrae e Universidades, Dia de Campo da Embrapa, com visita a uma propriedade que utiliza o biogás; o 11º Encontro sobre Plantio Direto; e workshops de Gastronomia Molecular realizados dentro da Carreta Agro pelo Brasil – que durante os três dias recebeu a visita de 1.460 pessoas.

Diego Bonaldo, secretário municipal do Agronegócio, expressou um balanço positivo, destacando o constante crescimento do evento a cada ano. O apoio do município foi fundamental para o sucesso do evento, que não só impulsionou a economia local, mas também contribuiu significativamente para levar conhecimento e qualificação a produtores, extensionistas e agroindústrias.

Segundo ele, com desafios de encontrar soluções para a questão energética, de produtividade e sustentabilidade pela frente, o Inovameat assume o papel de catalisador das transformações necessárias para um futuro mais promissor para o agronegócio na região Oeste. “Toledo se consolida, assim, não apenas como um polo de produção, mas também como um centro de referência em conhecimento e tecnologia para o agronegócio”, afirma Bonaldo.

O presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Gafuri, enfatizou a importância de produzir com qualidade, destacando o papel do Inovameat em fornecer informações e soluções tecnológicas para alcançar esse objetivo. “Toledo se posiciona como uma referência não apenas regional, mas nacional, na busca pelas melhores práticas e tecnologias para o setor agropecuário”, acrescenta.

Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Toledo, Cristiano Dall’Oglio da Rocha, ao participar da organização do Inovameat, a Acit não só fortalece o ambiente de negócios rural, mas também impulsiona a economia como um todo. “O balanço que faço é de que fomos muito assertivos, tivemos palestrantes altamente qualificados, atividades paralelas, excelentes oportunidades para networking, colaborações em pesquisa e desenvolvimento profissional”, complementa.

Encerramento

Uma vasta programação marcou o último dia do Inovameat, cuja palestra de encerramento foi proferida por Gil Giardelli, professor global, escritor, roboticista e apresentador do programa “O Imponderável”, na Record News. Ele abordou o tema “Quando a Inteligência Artificial se encontra com a Inteligência Humana”. Giardelli destacou a tecnologia e Inteligência Artificial (IA) como recursos fundamentais para ajudar o mundo a produzir mais alimentos nos próximos anos. Segundo ele, estudos mostram que o Brasil aparece à frente de nações desenvolvidas e com mais predisposição para a nova tecnologia do que a média global. “O Brasil está na lanterna da introdução da IA na sociedade e isso mexe com processos de produtividades, trazendo uma nova economia brasileira”.

Cortes especializados suínos

A empresária Flávia Brunelli compartilhou sua jornada empreendedora durante palestra magna no último dia do Inovameat. Há seis anos, ela fundou a Del Veneto, empresa pioneira no Brasil em cortes personalizados de suínos, e vem colhendo excelentes resultados. Para a empresária, é preciso quebrar os mitos em relação à carne suína, de forma a incentivar o seu consumo no Brasil.

“Temos que mostrar para o consumidor que a carne de porco não tem malefícios. Faz bem, é saudável e saborosa. E com procedência, pode ser consumida, inclusive, malpassada”, disse, informando que a Del Veneto trabalha com a raça Duroc, que tem uma carne mais marmorizada, e são oferecidos mais de 20 tipos de cortes diferenciados.

Logística

Um dos destaques do último dia do evento foi a mesa-redonda “Impactos da Logística nas cadeias de proteínas”, que contou com a presença de Allan Tressi, presidente do Sintratol (Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Cargas de Toledo) e de Henoch Gregório Buscariol, da GT Ferrovias (Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário).

A discussão foi em torno da Nova Ferroeste, iniciativa do governo do Paraná para ligar por trilhos Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Também chamada de Corredor Oeste de Exportação, a malha ferroviária vai conectar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá. Em Cascavel será feita a conexão com dois ramais: Chapecó, em Santa Catarina, e Foz do Iguaçu, na fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina.

Henoch destacou a importância do projeto para o Brasil e principalmente para a região Oeste. “Vamos ter melhoria de custos e de qualidade de vida para o transportador e o produtor. Vai facilitar o transporte de produtos de forma mais barata e eficiente”, disse, ressaltando que o projeto está atualmente na fase dos estudos de impactos ambientais.

Energia

A “Transição energética e o futuro da energia” também foram tema de palestra, com Rodrigo Bourscheidt, CEO da Energy+, rede de tecnologia em energias renováveis que oferece soluções voltadas para a geração de energia distribuída. Ele observou que a energia representa um dos maiores custos da produção da proteína atualmente e é preciso pensar em soluções assertivas, destacando o crescimento e as oportunidades do mercado de energia solar.

Sucessão familiar

“Compreender os desafios e a importância da sucessão familiar nas cadeias de proteína animal” foi o foco da mesa redonda, com participação do assessor Jurídico do Sistema Faep/Senar-PR, Ruan Felipe Schwertner, especialista em Planejamento Sucessório e Regime Jurídico dos Sistemas Agroindustriais.

Segundo ele, o planejamento sucessório ainda é um tabu tanto no agronegócio como em outros setores da economia, pois a maior parte das empresas brasileiras são familiares (cerca de 90%).

Para Schwertner, antes de tomar qualquer decisão é importante alinhar a visão da família, compartilhando as expectativas sobre o futuro familiar, da empresa e da propriedade. Ainda, é essencial construir a confiança entre os envolvidos, pois a forma como se comunicam, lidam com conflitos e fazem acordos criará ou não condições para os relacionamentos e tomadas de decisões necessárias para a empresa familiar.

A Faep e o Senar-PR também marcaram presença nos painéis de encerramento do Inovameat com os temas: “Custo de produção na suinocultura”, com Nicolle A. Wilsek; e “Resiliência na produção de leite”, com os produtores rurais Leomar Mello Martins e Marisa Martins.

Embrapa

A Embrapa teve participação expressiva no Inovameat 2024. No último dia do evento, o pesquisador Giovanni Vitti Moro, da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO), abordou o tema “Tecnologias para melhorar a eficiência alimentar da tilápia”, direcionado principalmente aos fabricantes de ração e piscicultores. O objetivo foi promover uma discussão sobre como otimizar a alimentação das tilápias, visando aumentar a produtividade e a rentabilidade da aquicultura brasileira.

No mesmo dia, o painel “Ordenamento Territorial da Aquicultura no Paraná” foi conduzido pela geógrafa Marta Eichemberger Ummus, analista da Embrapa Pesca e Aquicultura, e Bruno Aparecido da Silva, da Biopark Educação.

O planejamento espacial de áreas aquícolas oferece uma série de vantagens à atividade, incluindo o aumento da produtividade e do retorno financeiro para os investidores, além de uma gestão mais eficaz dos riscos ambientais, econômicos e sociais. Para otimizar as políticas públicas, é crucial compreender a complexidade dos elementos envolvidos na aquicultura, promovendo um processo participativo que englobe todos os stakeholders da cadeia de valor no estado do Paraná.

A Embrapa também levou para o debate no encerramento do Inovameat os temas “Codigestão de dejetos e culturas energéticas para a produção de biogás”, com Airton Kunz (Embrapa Suínos e Aves); e “Tecnologia de produção de super-machos para tilapicultura”, com Eduardo Varela (Embrapa Pesca e Aquicultura).

Biopark e Embrapa

Biopark e Embrapa celebraram um ano de funcionamento da instalação da Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi), junto ao Parque Tecnológico Biopark, na região de Toledo. O acordo de cooperação para a instalação da Umipi foi assinado há um ano, entre a Embrapa e o Biopark, na segunda edição do Inovameat em 2023.

IDR e BRF

A BRF participou do encerramento do evento com painel sobre “Qualidade de cama x índices zootécnicos”, conduzido por Bruno Cesar Bernardi; e o IDR-Paraná e Embrapa Gado de Leite conduziram o painel “Tendência do mercado de leite / Apresentação de dados da Deseco/IDR”.

Sobre o evento

O Inovameat Toledo foi realizado pelo Sindicato Rural de Toledo, Associação Comercial e Empresarial de Toledo, com o apoio da Prefeitura Municipal, Embrapa, entre outras instituições de pesquisa. A edição de 2024 tem como tema a Inovação na Produção de Proteína Animal.

 

Fonte: Assessoria Inovameat

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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