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Iniciativa da Cotriguaçu reduz em 30% gastos com frete

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Foi inaugurada, em março, em Cascavel (PR), pelo Conselho de Administração da Cotriguaçu Cooperativa Central (Coopavel, C.Vale, Lar e Copacol) a primeira etapa do Terminal Ferroviário da Cotriguaçu, que já é considerado um dos maiores projetos brasileiros de recepção, armazenamento e transporte de cargas frigorificadas e contêineres – estrutura que vai compor um dos maiores terminais intermodais do Brasil. A iniciativa permitirá às cooperativas integradas reduzir o custo do transporte em comparação com o modal rodoviário, mas tem muitas outras vantagens, como maior capacidade nas negociações do grupo, possibilidades de realização de contrato a preço fixo para o período anual, disponibilização de área pulmão para armazenagem de contêineres vazios e cheios, bem como câmara frigorífica para armazenagem do produto acabado.
Mais ainda, o terminal é uma aposta do setor cooperativista e incentivo ao investimento no país em ferrovias. No caso da Ferroeste, a expectativa é pela concretização da nova linha ferroviária ligando Guarapuava a Paranaguá e logo após com a chegada da Ferrovia Norte Sul, que vai interligar a Ferroeste com Paranaguá e os demais Estados da federação.
Transportar carga no país é mais caro do que levar a outros países
Segundo o diretor-presidente da Cotriguaçu e da C.Vale (Palotina), Alfredo Lange, o terminal reduz os custos de exportação das cooperativas. No caso do frango, o frete do transporte rodoviário de um contêiner de 25 toneladas gira em torno de R$ 3 mil no percurso de Cascavel a Paranaguá.  O transporte ferroviário pode reduzir esse custo em 30%. “Para mandar um contêiner de carne de frango de Cascavel para Paranaguá via rodoviária gastamos US$ 2,50 por quilômetro para uma distância de 600 quilômetros. De Paranaguá a Roterdam, na Holanda, são dez mil quilômetros a um custo de US$ 0,31 por quilômetro. Outro exemplo: para enviar uma tonelada de soja de Sorriso a Paranaguá, gastamos US$ 147 por tonelada para 2.500 quilômetros. Para mandar um navio de Paranaguá à China gastamos US$ 45,0 por tonelada para percorrer 17 mil quilômetros”, compara o executivo. “Ou seja, gastamos mais internamente com transporte do que para fazer nossos produtos chegar a outros países”, reclama. 
Lange informa que a Cotriguaçu já investiu R$ 40 milhões no terminal, mas o projeto final é que sejam investidos R$ 200 milhões. Foi construída uma câmara frigorífica para dez mil toneladas e outra com a mesma capacidade será construída, além de no mínimo um e até três armazéns para 120 mil toneladas de grãos cada (2 milhões de sacas). “O Brasil está perdendo competitividade para outros países devido ao alto custo de transporte e embarque. O investimento da Cotriguaçu vai reduzir esses custos. Quando as cooperativas conseguem diminuir seus custos e melhorar sua competitividade, a tendência natural é remunerar melhor o produtor”, analisa Lange. 
Terminal também faz frente à carência de armazenagem
Conforme o diretor-presidente da Agroindustrial Lar (Medianeira), Irineo da Costa Rodrigues, o complexo tem o grande mérito de permitir a redução de custos com armazenamento e transporte elevando, consequentemente, a competitividade dos produtos do Oeste. Segundo ele, a obra faz frente a uma carência de armazenagem e posteriormente também para transporte dos produtos, que tem projeção para movimentar anualmente cerca de 60 milhões de toneladas dos mais diversos produtos. E o terminal não vai atender apenas as cooperativas integradas da Cotriguaçu, poderá também abranger outras empresas, atuando na recepção de produtos congelados (frango, suíno, bovino e outros), na armazenagem, monitoramento de contêineres frigorificados e embarque aos mercados interno e externo, em modais ferroviário e rodoviário.
O Terminal Ferroviário da Cotriguaçu é encarado como um dos primeiros bons exemplos de uma Parceria Público Privada (PPP) bem-sucedida no Paraná. O Governo do Estado concedeu a área e comprometeu-se a comprar novas locomotivas, enquanto as cooperativas vão adquirir vagões. 
Ampla estrutura torna cooperativas mais competitivas
O complexo da Cotriguaçu contempla uma grande infraestrutura, como antecâmara composta por oito docas rodoviárias e três ferroviárias. O pátio terá condições de receber até 500 contêineres de uma única vez. Haverá 120 tomadas para contêineres frigorificados e os demais para contêineres vazios frigorificados ou de carga total. Terá, ainda, empilhadeiras, caminhão com 5ª roda e carretas próprias para a movimentação de contêineres em pátio com tomadas frigorificadas, e pátio de caminhões com tomadas para 32 caminhões simultaneamente e balança rodoviária com 30 metros de comprimento.
De acordo com o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol, só em redução de custos para a exportação, as cooperativas terão um grande retorno, econômico e mercadológico. A princípio, da Copacol, devem passar pelo terminal cerca de seis mil toneladas/mês de produtos cárneos destinados à exportação.  Depois haverá oportunidade de envio de novos produtos como soja e farelo de soja. “Será possível atender as ampliações de produção de produtos cárneos embarcados em contêineres e também com os investimentos em armazéns graneleiros, já que no local será possível armazenar soja e farelo destinados ao embarque no Porto de Paranaguá, além de possibilitar o transporte destes produtos pela ferrovia”, explana o dirigente. “E essa logística resulta em mais competitividade”, resume Pitol.
Complexo de armazéns será um dos maiores do Brasil
O presidente da Cooperativa Coopavel, de Cascavel, Dilvo Grolli, defende a mudança do sistema de escoamento de safras e produtos no Paraná, de prioritariamente rodoviário para ferroviário, aproveitando a estrutura a partir da Ferroeste. A partir do terminal da Cotriguaçu, a cooperativa cascavelense pretende exportar grãos e produtos frigorificados. Ele expõe que a iniciativa foi uma resposta das empresas à possibilidade de perder competitividade dos seus produtos no mercado internacional – risco que, segundo ele, corre o Brasil. “Temos uma das logísticas mais caras do mundo, além de uma das maiores cargas tributárias. Isto reflete na competitividade dos nossos produtos. E os reflexos já começam a surgir”, diz.
Grolli ressalta que as cooperativas integradas, preocupadas com o fato dos problemas tributários e logísticos continuarem refletindo na rentabilidade do produtor rural, resolveram investir no empreendimento, também como forma de incentivar mais iniciativas no Paraná e no país. “A continuidade do desenvolvimento na região abrangidas pelas quatro cooperativas (Coopavel, C.Vale, Copacol e Lar) dependia de uma medida drástica, e resolvemos tomá-la”, explica.
Em função do tamanho da estrutura, o Terminal Ferroviário da Cotriguaçu será construído em etapas e ainda precisará de alguns anos para que opere com sua capacidade total. Além das câmaras frigoríficas, e do complexo de armazéns, um dos maiores do Brasil,
contemplará um conjunto de quatro moegas rodoviárias com condições para receber 400 toneladas cada, dois silos metálicos com capacidade de recepção de cinco mil toneladas de trigo cada, moega ferroviária, sala de classificação, balanças rodoviárias e ferroviárias, desvios ferroviários e correias e tulhas de expedição, com fluxo de 500 toneladas cada.
Leia esta e outras reportagens na edição impressa de O Presente ou na versão online:

Fonte: Luciany Franco – O Presente Rural

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Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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