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Avicultura

Indústria do etanol avança sobre o milho brasileiro

Uma década depois de inaugurar a primeira usina para fabricação de etanol de milho, Brasil pode produzir até três bilhões de litros do combustível por ano, necessitando para isso de sete milhões de toneladas do grão

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Foto: Shutterstock

Para começar a entender o tamanho do movimento que o DDG vai exercer na agropecuária brasileira, é preciso compreender primeiro como está a produção de etanol do país e quais suas projeções. Para isso, o Presente Rural aglutinou algumas das principais informações que estão na mais recente publicação sobre o assunto; o livro eletrônico “Etanol de Milho: cenário atual e perspectivas para a cadeia no Brasil”, de 2021, organizado pelo engenheiro agrônomo, professor, autor e consultor Marcos Fava Neves. As informações dessa reportagem fazem parte dessa publicação.

“O etanol pode ser produzido a partir de diferentes fontes, cada qual apresentando vantagens e desvantagens em relação ao processo industrial e agrícola”. O documento destaca que o estudo tem como foco o etanol de milho, mas que é de grande relevância o entendimento sobre as matérias-primas e suas diferenças para a produção de etanol.

O estudo destaca que em uma comparação entre três principais matérias-primas para etanol, que são a cana-de-açúcar, milho e sorgo, em geral a cana tem a maior produtividade no campo (80 a 100 toneladas por hectare) e o menor rendimento industrial em litros por tonelada (70 a 90 litros por tonelada de matéria-prima). “O milho, por sua vez, apresenta o maior rendimento industrial, podendo atingir 425 litros por tonelada de matéria-prima”. Confira mais sobre o desempenho das matérias-primas para produção de etanol no gráfico abaixo.

Usina de Cerradinho Bio em Chapadão do Céu (GO) – Fotos: Divulgação

“A associação com ação direta na produção de etanol de milho no Brasil é a Unem (União Nacional de Etanol de Milho), localizada em Cuiabá, Mato Grosso, que atua promovendo os objetivos e defendendo os interesses do setor. A organização possui três classes de associados: associados industriais, referente às empresas que utilizam o milho como matéria-prima para produção do etanol; associados institucionais, os quais representam as entidades de classe de diferentes elos da cadeia; e os associados parceiros, voltado às empresas de bens, tecnologias e serviços relacionados à cadeia produtiva do etanol de milho no Brasil.

As principais projeções para a produção do etanol de milho no Brasil, feitas pela organização, indicam uma produção de 3,6 bilhões de litros em 2023 e oito bilhões em 2028 (estimativa antes do período de pandemia), com crescimento total de 471% com base no volume registrado no ciclo anterior. Considerando os atuais números de produção divulgados pela Conab (2020), com ~1,7 bilhão de litros para 2020, até 2028 a produção deverá crescer 400%.

O Centro-Oeste é absoluto na produção de etanol de milho, apesar de um leve avanço da região Sul com a instalação recente de usinas. Confira no gráfico abaixo a representatividade de cada região.

“A capacidade de produção de etanol de milho do estado de Mato Grosso corresponde a aproximadamente 77% da capacidade total do Brasil. Em termos de volume, o estado tem capacidade de produzir cerca de 2,5 bilhões de litros de etanol de milho por ano. O segundo maior produtor é o estado de Goiás, que tem expandido sua capacidade produtiva (513 milhões de litros), principalmente em função da adoção das usinas de cana-de-açúcar ao modelo flex. No total, o Brasil possui uma capacidade instalada de 3,03 bilhões de litros (incluindo São Paulo e Paraná). Outros estados devem aparecer na lista nos próximos anos, como é o caso de Rondônia que já apresenta uma usina em operação e conta com outros projetos confirmados. Apesar da alta capacidade de produção do estado de Mato Grosso, a utilização do milho como matéria-prima para o biocombustível só decolou a partir da safra 2017/18, período que a produção quase quadruplicou e atingiu 391 milhões de litros.

O principal motivo estava relacionado ao início das atividades de diversas plantas e outras que estavam em construção no estado. Vale notar também que a base inicial é relativamente baixa, gerando grandes valores percentuais”.

A cadeia de etanol de milho

“Um passo essencial para compreensão da dinâmica de produção do etanol de milho no Brasil é o entendimento quanto aos modelos de usinas que operam no país. A Figura 1 apresenta um resumo desses diferentes formatos.

As usinas do modelo full produzem o combustível apenas tendo o milho como matéria-prima e utilizam cavaco de eucalipto para cogeração de energia no processo industrial. Por conta disso, realizam investimentos maiores no desenvolvimento de parcerias para promoção do plantio de biomassa (principalmente o eucalipto) para esse fim. Além disso, a estrutura necessária para queima desses materiais e geração da energia também demanda maior aporte financeiro.

Usina Flex da SJC Bioenergia, em Quirinópolis (GO)

Além das usinas full, existem também aquelas que adotam tanto a cana-de-açúcar como o grão, para a produção de etanol. Em termos de estrutura e tipo de investimento, existem dois modelos que foram observados no mercado: o primeiro, são as flex, usinas de cana-de-açúcar que optam por instalar uma pequena estrutura adjacente à planta atual, para o uso e aproveitamento de equipamentos e sistemas. Neste caso, utilizam o milho, apenas durante a entressafra. O segundo modelo, chamado flex fuel, muito parecido com o anterior, se diferencia pela presença de equipamentos adicionais, específicos para o milho, que tornam a moagem do grão possível não apenas na entressafra, aproveitando das sinergias do processamento da cana para produção de etanol de milho durante o ano todo.

Muitas usinas do modelo flex têm alterado a dinâmica de produção para o modelo flex full, principalmente em função dos baixos investimentos necessários para tornar a moagem do milho e a produção do etanol possíveis durante o ano todo”.

“A cada mil toneladas de milho processadas, são produzidos aproximadamente 425 mil litros de etanol, 312 toneladas de DDGs, 12,5 toneladas de óleo de milho e cerca de 150 MWh de eletricidade, sendo que, aproximadamente, 90 MWh são consumidos pela planta e outros 60 MWh podem ser exportados para redes de transmissão (veja mais na figura abaixo).

A produção de etanol de milho no Brasil envolve uma fusão de características dos Estados Unidos e os setores agrícolas e de biocombustível brasileiro. A fermentação de milho para o etanol no Brasil se baseia principalmente na tecnologia desenvolvida nos Estados Unidos e a geração de energia de processo, do etanol de milho brasileiro, tem como base a produção integrada de vapor e eletricidade, a partir da biomassa.

Custos e receitas

O livro observa ainda que “observando um pouco mais a fundo as fontes de receitas e despesas das usinas de etanol de milho, é importante ressaltar que, apesar da produção principal de etanol, este não é o único produto comercial das usinas. O DDGs (Dried Distillers Grain with Solubles ou Grãos Secos por Destilação com Solúveis, em português) ou WDG (Wet Distillers Grains – Grãos Úmidos de Destilaria) e o óleo de milho, são coprodutos do processo produtivo com importante valor agregado para construção de margens nas usinas, como destacado no gráfico abaixo.

Ao introduzir os coprodutos no mercado brasileiro, outros produtos existentes são deslocados, como milho e farelo de soja utilizados para ração animal. A maior disponibilidade de DDGs reduz a necessidade de área de cultivo para soja e milho destinados a produção de ração animal. Esses produtos são direcionados para a indústria alimentícia e de produção animal, e o etanol para as unidades de distribuição e, posteriormente, para os postos de combustível.

Um outro ponto interessante, na ótica das receitas, é a cogeração de energia no processo industrial, possível graças a tecnologias de ponta de algumas usinas. Com isso, pode-se obter uma outra fonte de receita ao comercializar a energia excedente e disponibilizá-la na rede”.

Chama atenção

“A produção de etanol de milho no Brasil tem chamado a atenção pelos altos volumes de investimentos e principalmente devido à sua rápida expansão nos últimos anos. A tecnologia de conversão de milho em etanol e coprodutos tem origem nos Estados Unidos e o processo de produção norte-americano é caracterizado pelo uso de milho primeira safra e uso de fontes de energia tradicionais, em grande parte fósseis (i.e., carvão mineral e gás natural). Essas características são diferentes do setor de biocombustível brasileiro, que possui vantagens quanto ao uso do milho, principalmente de segunda safra e fontes renováveis.

Usina Full da Inpasa em Nova Mutum (MS)

O etanol de milho foi inicialmente adotado no Brasil em usinas “flex”, aproveitando instalações e energia de usinas de cana-de-açúcar. Devido aos volumes de produção de milho e preços atrativos, investidores enxergaram oportunidades no Centro-Oeste brasileiro, transferindo, em particular ao estado de Mato Grosso, novos pacotes tecnológicos estruturados em usinas grandes e full (produção de 250 a 500 milhões de litros por ano).

O setor sucroenergético brasileiro tem buscado constantemente diversificar suas atividades e melhorar a eficiência na capacidade industrial. Porém, as atividades de processamento de matéria-prima estão concentradas em oito meses do ano e seguem o principal modelo utilizado no país, em que a cana-de-açúcar é a matéria-prima da produção.

Devido ao histórico complexo do setor (excesso de oferta e baixos preços de açúcar no mercado internacional somado a subsídios em países produtores como Índia; congelamento de preços da gasolina gerando perdas de competitividade do etanol; redução de investimentos; e perda de produtividade nos canaviais), projetos envolvendo a produção de biogás e biometano, reciclo de leveduras, etanol de segunda geração, recuperação de CO2 (dióxido de carbono) e utilização de matérias-primas alternativas na produção de etanol passaram a ganhar espaço e a serem posicionados como alternativas de sustentação pelos empresários do setor.

Assim, a busca por matérias-primas alternativas na entressafra é algo que vem se intensificando no país, pois possibilita a otimização do processo produtivo e a redução dos custos industriais. Com base na produção de etanol de milho nos Estados Unidos e na produção excedente dessa commodity em algumas regiões do Brasil, o uso de milho como matéria-prima na produção de etanol aumentou significativamente nos últimos anos, apoiado principalmente por fatores econômicos e regionais.

Além da maximização dos ativos da indústria e diluição dos custos operacionais, visto que as unidades flex de produção de etanol passam a operar de 330 a 350 dias por ano”, cita a publicação.

Entre os benefícios estão “aumento no mix de produtos que a usina pode ofertar ao mercado, incluindo em seu portfólio o DDGs e/ou WDG, e óleo de milho; fornecimento de etanol para regiões onde os preços ainda não são competitivos quando comparados à gasolina, como algumas regiões do Centro-Oeste, Norte e Nordeste; aumento da produção de etanol com um Capex (Capital Expenditure) relativamente menor do que o necessário para construção ou melhoria de uma planta de cana-de-açúcar”.

Linha do tempo

Como pode ser observado na figura abaixo, “a produção de etanol de milho no Brasil teve início em 2012 com a inauguração de uma planta industrial pela Usimat, na cidade de Campos de Júlio, estado de Mato Grosso. A unidade, que produz etanol a partir de cana-de-açúcar desde 2006, também inaugurou o modelo industrial do tipo flex, que possui uma estrutura para a produção de etanol usando cana e milho na mesma unidade industrial.

O sucesso do modelo implementado pela empresa motivou novos investimentos e a instalação de outras unidades no estado de Mato Grosso. Em 2013, a Libra Destilaria inaugurou sua planta modelo flex na cidade de São José do Rio Claro e, no ano seguinte, o “grupo Porto Seguro”, na cidade de Jaciara, também iniciou suas atividades no setor. Em 2015, foram integradas às unidades de etanol de cana-de-açúcar no estado de Goiás (Usinas SJC e Rio Verde) e, em 2016, a novidade chegou ao estado de São Paulo, com a planta da Cereale Brasil.

O modelo, que utiliza apenas o milho como matéria-prima para a produção de etanol, tem como pontos fortes a capacidade anual de produção e o consumo de milho em todos os períodos do ano. A FS “Fueling Sustainability”, joint-venture entre a holding brasileira Tapajós Participações e a empresa americana Summit Agricultural Group, foi responsável pela construção da fábrica na cidade de Lucas do Rio Verde, estado do Mato Grosso, com capacidade de produção de 530 milhões de litros de etanol por ano. No mesmo ano, outra unidade flex foi lançada, a “Safra Biocombustíveis”, em Sorriso, no estado de Mato Grosso.

No ano seguinte, em 2018, a produção de etanol de milho chegou ao estado do Paraná, no município de Bom Sucesso, com a integração da usina de etanol de milho pela planta Cooperval. Também nesse ano, entrou em operação a usina no modelo flex da Caçu, em Vicentinópolis, Goiás.

Em 2019, foram inauguradas duas novas unidades: a segunda planta full no país, pela “Inpasa Bioenergia”, na cidade de Sinop, estado de Mato Grosso, com capacidade de produção de 525 milhões de litros de etanol por ano; e mais uma unidade do modelo flex em Santa Helena de Goiás, pela Usina Santa Helena.

Em novembro de 2019, a Cerradinho Bioenergia iniciou as operações com sua planta situada exatamente ao lado da unidade de cana-de-açúcar, visando aproveitar sinergias de geração de energia e toda a infraestrutura e logística instalada para escoamento da produção.

A multinacional Inpasa, especializada na produção de etanol de milho anunciou a ampliação da planta em Nova Mutum (Mato Grosso). A nova fase terá investimentos de R$ 450 milhões, totalizando R$ 1 bilhão (somado aos R$ 550 milhões investidos anteriormente). A primeira etapa entrou em operação no final de agosto de 2020. A usina tem capacidade para produzir 890 metros cúbicos por dia de etanol hidratado, moer até 2,3 mil toneladas de milho diariamente e pode chegar a demandar 800 mil toneladas de milho por ano.

O ano de 2020 também marcou o início das operações da segunda unidade da FS Fueling Sustainability, em Sorriso, Mato Grosso; e da Bioflex, unidade do grupo GranBio, em Poconé, Mato Grosso. Existem 16 usinas flex, full e flex full em funcionamento no Brasil (nove usinas em Mato Grosso, cinco em Goiás, uma em São Paulo e uma no Paraná). O Brasil finalizou 2020 com duas unidades em fase pré-operacional, todas elas situadas no estado do Mato Grosso: uma planta full de milho da Alcooad na cidade de Nova Marilândia; e a unidade flex da Etamil, em Campo Novo dos Parecis.

Os investimentos privados no setor de etanol de milho foram estimulados principalmente pelos menores preços dos cereais nas regiões produtoras, passando a serem vistos como oportunidades de diversificação de atividades. Além disso, diferentemente da cana-de-açúcar, o milho pode ser armazenado e utilizado durante a entressafra, o que permite o aumento da atividade produtiva anual, maior rentabilidade e redução da capacidade ociosa da indústria.

Por sua vez, a atividade permite maior rentabilidade na produção de milho pelos produtores, o que aumenta a renda e a atividade econômica regional, e permite a estabilidade da produção de cereais. Os agricultores passam a ter uma nova alternativa de canal de comercialização de seus grãos, com liquidez, já que a maioria das usinas tem uma necessidade diária pela matéria prima”.

De acordo com as análises feitas pelos autores do estudo, “a capacidade produtiva anual de todas as usinas que estavam aptas a produzir etanol a partir de milho em 2020 (tanto modelos full quanto flex), somava 3,03 bilhões de litros, como mostrado no gráfico abaixo.

As quatro unidades do modelo full, dos grupos FS Fueling Sustainability e Inpasa, possuem maior capacidade produtiva dentre todas, somando cerca de 1,9 bilhão de litros por ano (62,7% do total).

Objetivo

De acordo com a publicação, “levar o conhecimento em relação à cadeia do etanol de milho brasileiro aos olhos de quem a desconhece é algo essencial para contribuir com o seu desenvolvimento”.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse gratuitamente a edição digital Avicultura – Corte & Postura.

Fonte: O Presente Rural

Avicultura

Mandato de Ricardo Santin é renovado na presidência da ABPA

Ele também preside o Conselho Mundial da Avicultura, o Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de ocupar a vice-presidência da Associação Latinoamericana de Avicultura.

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Ricardo Santin foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal - Foto: Divulgação/ABPA

O advogado e mestre em Ciências Políticas, Ricardo Santin, foi reconduzido ao cargo de presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), após realização da Assembleia Geral realizada na quarta-feira (24), ocasião em que foi escolhido o novo Conselho Diretivo da associação.

O novo conselho será comandado por Irineo da Costa Rodrigues, que é diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial há mais de três décadas, assumirá o posto até então ocupado pelo diretor comercial da Aurora Alimentos, Leomar Somensi.

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, Diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, diretor da Acav/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho: “Agradeço a confiança do novo Conselho da ABPA e do presidente Irineu na continuidade deste trabalho da entidade que, pela união de esforços, tem gerado grandes resultados para a cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, faço especial agradecimento a Leomar Somensi, que nos conduziu desde o primeiro dia de existência da associação, superando grandes crises e conquistando vitórias históricas para o nosso setor. O setor todo rende uma especial homenagem à esta inestimável liderança exercida por ele ao longo destes 10 anos”, destaca Ricardo Santin.

Além da presidência da ABPA, Santin é presidente do Conselho Mundial da Avicultura (IPC, sigla em inglês), do Conselho de Administração do Instituto Ovos Brasil e da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, além de vice-presidente da Associação Latinoamericana de Avicultura (ALA).

Fonte: Assessoria ABPA
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Avicultura

Uma cooperativa para se chamar de Lar

No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas, a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira (PR), na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional

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Fotos: Divulgação/OP Rural

No movimento cooperativista é possível encontrar histórias de dedicação, visão e colaboração. Uma delas, a Voz do Cooperativismo encontrou em Medianeira (PR), na conversa com Irineo da Costa Rodrigues, presidente da Lar Cooperativa, que compartilha os detalhes de sua jornada pessoal e profissional, destacando como sua vida se entrelaça com a história e os ideais da cooperativa. Confira!

O Presente Rural – Fale um pouco sobre sua história dentro do cooperativismo e na Lar. Como essas duas histórias se unem?

Irineo da Costa Rodrigues – A Cooperativa Lar foi criada nos anos 1960, quando houve uma migração de pessoas do sul do país para onde hoje é o município de Missal. A Igreja Católica inclusive, através de uma encíclica do Papa João XXIII, que dizia que as pequenas economias deviam se juntar ou em cooperativas. Cinco dioceses na época foram até o governador Moisés Lupion pedir uma ajuda à Igreja. O governador doou a essas cinco dioceses cinco mil alqueires, ou seja, mil alqueires a cada. Assim, vieram agricultores do sul da região das Missões, de origem alemã e católicos pequenos agricultores.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues: “Nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil”

Na medida em que eles vinham, compravam uma colônia de terra que é dez alqueires e a igreja separava um valor para formar uma cooperativa. E assim nasceu a Cooperativa Lar, que foi fundada no dia 19 de março de 1964. Dia 19 de março é Dia de São José, esposo de Maria e o nome do padre que foi colonizador e gerente da colonizadora, e foi o primeiro presidente da cooperativa. A cooperativa nasceu sob a égide da Igreja. No dia 19 de março de 2024 a Lar completou 60 anos.

Eu sou da região da campanha do Rio Grande do Sul. Minha cidade natal é Canguçu e meu pai era pequeno produtor. Produzia leite, batata, cebola, pêssego e na época ele se associou à cooperativa de leite. Infelizmente ela descontinuou por má gestão e então eu sempre convivi com meu pai falando em cooperativa.

Depois fui estudar sete anos no Colégio Agrícola Visconde da Graça, em Pelotas (RS), e lá nós tínhamos uma cooperativa escolar. Então, de novo falando em cooperativa e estudando um pouco. Quando vim para a agronomia, me formei em 1973, em Pelotas, também na grade curricular tinha matérias voltadas ao cooperativismo.

No comecinho de 1974 me formei engenheiro agrônomo e pensei em sair do Rio Grande do Sul, porque as faculdades de agronomia estavam lá na cidade de Pelotas, que é mais antiga do país. Já tinha a URGS, de Porto Alegre, e tinha a de Santa Maria. O Paraná só tinha uma que era a Federal do Paraná. Santa Catarina não tinha faculdade de agronomia, ou seja, o Rio Grande do Sul formava muitos agrônomos. E eu vi o exemplo de outros, eu queria ser produtor rural. Pensei “vou no rumo do Centro-Oeste, no Mato Grosso”, mas o Mato Grosso ainda não tinha a agricultura.

Entrei na Emater do Paraná, trabalhei sete anos e, mais da metade do tempo, com o chefe em Cascavel. Fui chamado pela Embrapa em 1974, não quis ir, eu até tinha uma data para ir para a Carolina do Norte fazer o mestrado nos Estados Unidos. E digo “não, se eu for para a Embrapa eu vou ter que ir fazer mestrado, quem sabe doutorado, e eu não vou ter oportunidade de começar na agricultura antes”. Fiquei sete anos na antiga Carpa, a Emater hoje. E a Carpa tinha o trabalho de fomentar o cooperativismo, falar com os agricultores e é um trabalho que eu fazia. Ou seja, em quatro momentos: com o meu pai, colégio agrícola, na faculdade e depois na antiga Carpa, eu sempre vivi, respirei um pouco o cooperativismo.

Quando saí da Emater, a Sudcoop, que hoje é a Frimesa, entrou em dificuldade e vim ser presidente dessa cooperativa e fiquei até o ano de 1983. Em 1984 e 1986 vim para a Cotrefal (Lar) como diretor-secretário e fiquei um pouco frustrado porque a cooperativa não andava. Então me afastei e, quando voltei, em 1990 por nove anos acumulei a Presidência da Sicredi e da atual Lar.

Então eu já tinha passado pela diretoria da Frimesa, fui presidente da Codetec sempre – eu a fundei e a vendi, e ela teve um papel bem importante. Foi vendida por uma decisão das cooperativas, não era minha decisão.

O Presente Rural – Quando a Lar decidiu diversificar e industrializar sua produção?

Irineo da Costa Rodrigues – Eu só assumi a presidência da Lar com essa ideia de que tinha que fazer duas coisas, até pelo lado de engenheiro agrônomo e de educador da Emater, que tinha que profissionalizar, que tinha que trazer mais eficiência na agricultura e, também, tinha que agregar valor, porque pequenas propriedades não se viabilizam só com grãos e nós já tínhamos através da Frimesa um pouco de suinocultura e leite. Primeiro passo foi aumentar a suinocultura, aumentar a produção de leite, buscar mais produtividade. Na época, criamos os chamados programas de eficácia. Aí nós entramos com a cultura da mandioca e de hortigranjeiros, mas mirando frango. Até que foi possível, quatro anos depois, pois estávamos com um estudo pronto para entrar na avicultura, no dia 09/09/1999, ou seja, em menos de uma década a Lar já estava agregando valor, diversificada e mais industrializada.

O Presente Rural – Presidente, a Lar é destaque tanto em número de colaboradores como associados. Ao que o senhor atribui esse desempenho todo?

Irineo da Costa Rodrigues – Cresceu o número de associados porque mais agricultores passaram a confiar na gestão. Não tínhamos médios e muito menos grandes produtores associados à cooperativa. Passaram a se associar e depois aumentou o quadro de associados quando a Lar foi para o Mato Grosso do Sul, claro, tínhamos associados lá, mas muitos sul-mato-grossenses se associaram à Lar. Como também quando fomos para o Norte do Paraná, para expansão da avicultura. O nosso quadro de associados está caminhando para chegar a 14 mil. Por termos uma avicultura muito intensa, a Lar se tornou em 24 anos a terceira maior empresa de abate de frango do país, a quarta maior da América Latina. A avicultura é muito intensa em ocupação de mão de obra. Nossa avicultura, hoje, precisa de 21 mil funcionários. Então, dos 24 mil funcionários, 21 mil estão na avicultura.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues: “Uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor, porque ele tem que precisar da cooperativa”

O Presente Rural – Ainda em relação ao quadro de colaboradores e dos associados, quais os benefícios ou ações que a Cooperativa tem nessas duas frentes?

Irineu da Costa Rodrigues – Perante aos associados é o trabalho intenso de levar tecnologia, levar a atualidade para eles produzirem mais. E pela diversificação, também conseguimos levar mais renda aos associados. Mas a Lar também tem alguns programas adicionais. Nós bonificamos os associados por fidelidade, por compra de insumos e por milho de qualidade, pois precisamos de uma matéria-prima boa para nossa pecuária. Com isso, premiamos quem tem milho com mais qualidade. Além de distribuição de sobras, podemos citar levar educação e oportunidade para os associados estudarem. Hoje nós temos o curso, talvez inédito no Brasil, de bacharel em agronegócio para agricultores.  Para os funcionários, é um trabalho incessante de qualificação, gerar oportunidades para que nossos funcionários estudem para serem melhores técnicos e melhores gestores.

O Presente Rural – Como o senhor avalia o cooperativismo no ramo agropecuário e o cooperativismo no Brasil?

Irineu da Costa Rodrigues – Ele é extremamente necessário. Penso que ele vai se expandir. Claro que, vez ou outra, alguma cooperativa não tem sucesso, mas isso se deve a alguns fatores. Primeiro, uma cooperativa vai bem quando ela preenche uma necessidade do agricultor, porque ele tem que precisar da cooperativa. Se a cooperativa preenche essa necessidade é meio caminho andado. Segundo, tem que ter uma gestão boa. E, às vezes, as cooperativas se perdem um pouco com a vontade de querer ajudar o associado, exagera na ajuda, ou também por falta de conhecimento, não são felizes nas decisões tomadas na área comercial, industrial. A cooperativa tem que preencher o interesse do associado e tem que ter uma boa gestão.

E outra palavra que não é mágica, mas é importante, é confiança. A cooperativa tem que gerar confiança. Com esses três alicerces uma cooperativa vai bem, ela cada vez mais encanta seu associado, cada vez se expande mais. Claro que isso não é unanimidade, até porque não dá para uma diretoria de cooperativa atender tudo que o associado quer, pois têm alguns que exageram no pedido. O cooperativismo está sendo cada vez mais importante para o país. Cada vez mais está participando mais da produção, como no estado do Paraná, onde mais de 50% da produção do estado passa por cooperativas.

O Presente Rural – Hoje a cooperativa trabalha em diversas áreas do agronegócio. Poderia traçar um panorama dessas áreas?

Irineu da Costa Rodrigues – A Lar tem um foco. Isso foi definido há duas décadas, quando nós passamos a diversificar muito e poucos associados tinham o interesse por aquelas atividades. O foco da Lar é o que a nossa região faz, foco em grãos, em carnes e insumos. Temos logística, temos transporte, serviços. Criamos a cooperativa de crédito, a Lar Credi para focarmos no agricultor. Não é uma crítica, mas as cooperativas quando ficam grandes, focam muito no meio urbano, de certa forma deixam um pouco de lado o agricultor. Atendem muito bem, são fantásticas, são muito fortes, têm uma boa gestão, mas na nossa região, quando a Lar Credi foi criada, levou um choque. Nós percebemos as outras cooperativas, sem citar o nome, se voltando mais para o agricultor porque viram a Lar Credi como uma concorrente forte. E nós não vamos fazer muito barulho, vamos crescendo pouco a pouco, porque a base da Lar Credi é operar com simplicidade, com baixo custo e focada no agricultor. Nós trouxemos um seguro que, para os nossos produtores, foi fantástico. Na avicultura, por exemplo, era um seguro muito caro e esse seguro que nós trouxemos cobre a mortalidade de aves.

O Presente Rural – A avicultura teve uma expansão expressiva nos últimos anos. Até onde a Lar pretende chegar?

Irineu da Costa Rodrigues – De certa forma, a Lar chegou onde queria chegar. Nós precisávamos aumentar a nossa avicultura, porque é uma atividade que tem que crescer para diluir custo. Nós tivemos essa percepção. Nos ressentíamos de ter uma planta para o mercado interno, então, adquirimos a Granjeiro, em Rolândia. Conversávamos muito com a Copagril sobre a necessidade que eles tinham de aumentar, porque com o abate pequeno não era sustentável. O Ricardo Chapla era o presidente, ele cogitou outras empresas que poderiam comprar, outras cooperativas e eu fiquei um pouco frustrado que a Lar não estava na lista, acho que ela era considerada meio pequena. Mas a Lar precisou ser ousada, ter coragem para assumir uma atividade que tinha valor alto e deu certo.  O negócio foi relâmpago. No primeiro dia útil de três anos atrás, a Lar já estava abatendo frango em Marechal Cândido Rondon. Acreditamos que a Lar é reconhecida, está fazendo um bom trabalho.

Presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues foi entrevistado pelo jornalista e editor-chefe do Jornal O Presente Rural, Giuliano De Luca e por Ueslei Stankovicz para o Programa Voz do Cooperativismo

O Presente Rural – Falando também em suinocultura, como estão as perspectivas? E, falando do aumento no abate do frigorífico Frimesa, tem expectativas de crescimento nessa área também?

Irineu da Costa Rodrigues – A avicultura do ano passado sofreu muito. O Brasil estava com o abate muito alto. Deu muito prejuízo até o mês de agosto, mas muito prejuízo mesmo. A partir de setembro passa a ter resultado positivo, mas nós não cobrimos o prejuízo de avicultura do ano passado. Isso vai demorar uns meses ainda. A suinocultura está com problema semelhante. Ela não deu prejuízo que o frango deu, mas a gente vai ver balanços complicados em empresas que só têm suínos. Isso porque a China deu um “boom” quando ela precisou controlar a peste suína africana, depois se preparou para poder voltar com produção máxima e modernizada e ela está comprando pouco. Então a suinocultura no Brasil possivelmente terá o primeiro semestre ainda duro, sem grandes margens, ou em alguns casos sem margem, acumulando algum prejuízo.

Mas a suinocultura da Lar foi positiva no ano passado. Na nossa forma de ver, no sistema integrado da Frimesa, você deve olhar seu custo e sanidade e a Lar tem sanidade extraordinária. E quando se tem mais produtividade, se diluem os custos. A Frimesa entrou numa época difícil e ela precisa aumentar o abate, pois caso contrário não irá diluir custos.  Mas isso está acontecendo. No ano passado ela teve que arcar com todos os custos de uma empresa em seu início, o que não foi tão fácil, mas teve bom resultado. Precisamos olhar na suinocultura, tanto quando na avicultura, o nível de alojamento, se não passaremos a ver problemas financeiros nessas áreas este ano.

A Lar cresceu muito na produção de suínos, tanto é que no ano passado nós entregamos suínos para Frimesa, para a Friela, Frivatti e vendemos um pouco para o mercado livre. Agora, a partir de janeiro, com a Frimesa ampliando o abate, 100% da matéria prima da Lar está indo para ela.

O Presente Rural –  No Brasil, as taxas estão um pouco elevadas. Isso tem algum impacto na ideia de crescimento da Lar, ou dos próprios produtores rurais?

Irineu da Costa Rodrigues – Primeiramente, a Lar chegou num tamanho adequado, então não temos hoje grandes ideias de expansão. Ela vai investir esse ano mais de 500 milhões para modernizar parque industrial, aumentar um pouco a frota, ampliar grãos. A Lar poderá crescer, eventualmente se surgir uma boa oportunidade, como surgiu a Granjeiro, como surgiu a própria intercooperação com a Copagril. Mas, uma das razões é o juro alto, sim.

O Presente Rural – Quais os principais desafios que a Lar sente hoje?

Irineu da Costa Rodrigues – Nossa preocupação é a queda no preço dos grãos, pois produzimos ainda com custos altos. E, claro, estamos muito preocupados com essas questões de logística que não melhoram nunca. As estradas já deveriam estar todas duplicados, elas são deficientes. Nos preocupa também energia elétrica, que não é adequada ao nível de consumo que temos hoje. A toda hora cai energia, morre frango. Nós não temos conectividade, não temos sinais bons aqui para as máquinas modernas que temos. Em alguns lugares há problemas de água e estradas vicinais. Segurança jurídica e marco temporal, por exemplo. Há indígenas que vêm do Paraguai, que são massa de manobra, criar tensão na região. Como, de certa forma, o MST, que na nossa região está tranquilo, mas a toda hora a gente vê alguém incentivando os movimentos sociais.

O Presente Rural – Quais são as oportunidades emergentes que a Lar observa par ao agronegócio brasileiro?

Irineu da Costa Rodrigues As oportunidades são muito grandes, porque nós temos território, nós temos terra, nós temos know how, nós temos clima. E quando falo em know how é porque temos pessoas que sabem fazer agricultura. Os outros países também têm esse potencial, mas não têm a tecnologia, não tem know how como o nosso agricultor sabe fazer. Então, por isso, o Brasil seguramente vai, cada vez mais, ter uma produção maior.  Mas claro, outros países começam a criar barreiras, barreiras tarifárias, sanitárias. Precisamos ter um governo que faça o trabalho contraponto, que divulgue mais como trabalhamos. Nós temos uma narrativa muito ruim no Brasil, inclusive brasileiros estão falando que a nossa produção não é saudável, que agride o meio ambiente, que tem trabalho escravo. Brasileiros fazendo jogo de interesses fora do país. Nós temos que sair na frente com uma nova narrativa, falar qual agricultura nós fazemos e chamar os clientes, mostrar para eles. Já ocorreu de clientes da Lar que vieram do exterior ficarem surpresos ao verem árvores na beira das estradas e rios, pois se fala que no Brasil não há mais mata. Essa narrativa precisa ser construída para que sejamos melhores vistos lá fora.

O Presente Rural – Na sua visão, o que é o agronegócio do futuro e como o cooperativismo se encaixa nele?

Entrevistado do Programa Voz do Cooperativismo, presidente da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues destacou os principais avanços e conquista da cooperativa

Irineu da Costa Rodrigues – O agronegócio é uma necessidade. Nós vamos ter nove bilhões de pessoas, então é um incremento de mais de um bilhão e meio de pessoas que precisam se alimentar e têm muitas regiões do mundo em que as pessoas passam fome. Estamos numa atividade essencial, diria até mais essencial que a saúde, porque não tendo alimentação, não tem como ter saúde.

Isso tem uma perspectiva muito grande para o nosso país. Cada vez mais a gente observa que quem tem tecnologia para o agro vem para o Brasil. O país vai atrair muitos investidores porque ele tem uma condição espetacular para produzir muito mais. E nós temos que ter a sabedoria de aproveitarmos essas oportunidades. E sim, penso que as cooperativas estão fazendo isso. A Lar não cresceu nos últimos anos à toa, ela buscou crescer, ela se preparou, ela tem na educação e na inovação pilares importantes. Nós somos uma cooperativa que estuda muito. Até temos falado que a Lar é uma cooperativa educadora. Temos aqui grupos de cumbuca espalhados em todo a cooperativa, onde as pessoas se reúnem para estudarem juntas, discutir o que estudam e aplicarem o estudo. Isso está dentro do DNA da cooperativa e é isso que nos dá essa confiança de que a Lar tem mais facilidade de superar dificuldades. Nós acreditamos que ela é uma cooperativa bem resiliente, porque ela, desde o começo do ano, trabalha como se já fosse um cenário difícil. E se ele aperta, o pessoal se dedica um pouco mais. Se o ano vai bem, a gente não afrouxa não. Então vamos produzir um bom resultado financeiro no final do ano, porque o associado quer sobra e o funcionário quer participação do resultado.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola acesse a versão digital de Avicultura de Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural
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Avicultura

Inscrições com desconto ao Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos encerram dia 30 de abril

Evento será realizado nos dias 21 e 22 de maio em Uberlândia (MG).

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Foto: Shutterstock

A Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Avícolas (Facta) realiza, entre os dias 21 e 22 de maio, o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos no Nobile Suíte Hotel em Uberlândia (MG),

Todas as palestras serão realizadas de forma presencial e as inscrições podem ser feitas pelo site da Facta. Os valores, com desconto do primeiro lote variam de R$ 390,00 para profissionais e R$ 195,00 para estudantes. Estes valores estarão disponíveis até o dia 30 de abril.

Para se inscrever clique aqui. A inscrição só será confirmada após o pagamento, que pode ser realizado via depósito bancário, PIX, transferência bancária ou pelo cartão de crédito.

As inscrições antecipadas podem ser feitas até dia 16 de maio, não sendo possível se inscrever presencialmente no dia do evento.

Programação explora tópicos importantes para a avicultura

Durante o Simpósio de Incubação e Qualidade de Pintos, os participantes terão a oportunidade de se aprimorar em uma variedade de temas fundamentais para o setor avícola. Um dos pontos de discussão será a otimização da janela de nascimento e seus impactos na qualidade e desempenho das aves adultas. Os especialistas compartilharão novos conceitos sobre como aperfeiçoar esse processo para garantir melhores resultados na produção avícola.

Além disso, a limpeza, desinfecção e controle da contaminação no incubatório serão abordados em detalhes. Os participantes terão  acesso à informações sobre as melhores práticas para manter um ambiente higiênico e seguro para o desenvolvimento dos pintinhos. Confira a programação completa clicando aqui.

Fonte: Assessoria Facta
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