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Frigorífico de peixes de Alvorada do Sul incrementará produção paranaense de tilápias

Capacidade de produção alcança 36 toneladas de peixes por dia

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Divulgação/AENPr

O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou na quinta-feira (22) da entrega de um novo frigorífico para abate e processamento de peixes em Alvorada do Sul, no Norte do Paraná. Idealizado pela prefeitura do município em 2005 e com obras iniciadas em 2010, a Unidade de Beneficiamento de Pescados Luís Carlos Bufalo foi construída em uma parceria dos governos federal, estadual e municipal. O investimento foi de R$ 4,2 milhões, sendo R$ 1,3 milhão do governo federal, R$ 2 milhões da prefeitura e R$ 900 mil do Estado, através da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento.

Com a entrega, o espaço passa a ser administrado pela Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cocari), que venceu a concessão de uso da planta por 30 anos. Ela será responsável pela integração com os produtores e pelo processamento da proteína. Em um projeto de intercooperação, a Cooperativa Central Aurora participará de parte do processo, embalando e comercializando o produto final. A Cocari já iniciou o cadastro de produtores interessados em integrar a iniciativa e deve iniciar a venda dos primeiros produtos no início de 2022.

A planta tem área total de 53 mil metros quadrados, sendo 1,6 mil metros quadrados de área construída. A instalação abarca administrativo e o industrial. O espaço tem capacidade de processamento de cerca de 12 toneladas de peixes por turno. Com três linhas de produção, deverá produzir até 36 toneladas de peixes por dia.

“Qualquer lugar do mundo só vira uma potência quando descobre o que faz de melhor. No Paraná, o que sabemos fazer de melhor é produzir alimentos. Hoje, exportamos comida para centenas de países, mas nosso maior desafio é ir além do grão da soja e do milho, industrializando esses alimentos. O Governo tem a responsabilidade de incentivar a criação de um ambiente que amplia a indústria de transformação. Quando conseguimos construir toda a cadeia produtiva, geramos emprego e produzimos com valor agregado”, explicou Ratinho Junior.

“Esse frigorífico é um exemplo dessa indústria. Vamos industrializar o peixe produzido, dar renda aos produtores, gerar mais empregos e incentivar outras cidades a também buscar sua vocação”, acrescentou.

“Isso é oportunidade de renda e gente trabalhando na roça, na criação, nos frigoríficos ou na cadeia inteira. Agora, miramos na face Norte do Paraná, com aproveitamento racional das águas do Rio Paranapanema”, acrescentou o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A expectativa é que o novo frigorífico proporcione a geração de 50 empregos diretos nos primeiros 24 meses de trabalho, número que aumentará para 75 empregos após dois anos. Além disso, a concessão fomenta a produção de pescados, diversifica a cadeia produtiva e incentiva a ampliação da renda familiar rural e o agronegócio.

Produção

Toda a nova instalação será destinada à produção de tilápias, o que ajudará o Paraná a aumentar a liderança nacional nesse segmento. O sistema de cooperativa se inicia com o fomento à produção de peixes por produtores associados, que recebem insumos e ração para criá-los. O manejo pode ser realizado tanto em tanques escavados como em tanques-rede.

Serão integrados à cooperativa entre 60 e 80 tanques de 5 mil metros quadrados de lâmina d’água para abastecimento da produção no primeiro ano da concessão, podendo dobrar o número de associados no ano seguinte. A expectativa é que produtores em um raio de 100 quilômetros da sede da Cocari, em Mandaguari, possam ser beneficiados pelo negócio, atingindo cerca de 50 outros municípios paranaenses. A proximidade com a sede auxilia na logística de entrega de insumos.

“Com um tanque de 5 mil metros quadrados, o produtor já possui viabilidade econômica”, explicou Marcos Pinduca, prefeito de Alvorada do Sul. “Já temos muitos produtores em tanque-rede, e o foco da cooperativa é tanques escavados, existentes no Oeste do Estado. Com essa rede integrada, teremos uma enorme produção”.

Em média, as tilápias levam entre seis a dez meses para chegar ao peso de 1 quilo – estágio em que normalmente são abatidas. Os peixes serão entregues à Cocari, que assume no frigorífico as etapas de abate e processamento da proteína.

“O peixe será descamado, passa ao filetamento e depois será congelado. A temperatura média do frigorífico deve ser entre 14 e 16 °C durante todo o processo”, explicou o engenheiro de pesca Luiz Eduardo Sá Barreto. “Do peixe se aproveita tudo: vísceras, pele, escamas, todos os subprodutos”.

Por fim, uma vez realizados os cortes, a Cooperativa Central Aurora será responsável pela etapa final do processo, referente a embalagem e venda para mercados de todo Brasil.

Cooperativismo

O governador também destacou a importância da cultura cooperativista para a região. “O Paraná é o Estado que mais tem cooperativas no Brasil. Para nós, essa é uma solução tanto para o desenvolvimento econômico como para o social, porque o produtor sozinho não consegue ter o volume de produção ou o preço necessário para competir no mercado com o que produz. A cooperativa vem para dar assistência técnica, capacitação para venda e melhorar a produção. Entrando nessa região, a Cocari automaticamente colabora para organizar a cadeia produtiva, tão importante para o associativismo”, endossou Ratinho Junior.

Segundo o presidente da Cocari, Marcos Antonio Trintinalha, o início do projeto de expansão da cooperativa para a piscicultura começou em 2018. “Quando descobrimos essa obra, eu vi que poderíamos realizar esse sonho”, comentou. “Na Cocari, queremos buscar aquele produtor para agregar valor à sua propriedade e para que ele possa viver melhor no campo. Nossa cooperativa nasceu há 59 anos em Mandaguari, e hoje temos em torno de 8,7 mil associados no Paraná”.

O frigorífico foi idealizado pelo prefeito de Alvorada do Sul no início do seu primeiro mandato, em 2005. À época, ele diagnosticou junto aos produtores locais uma necessidade de uma unidade de filetagem de peixe. O projeto foi desenvolvido pelo município e apresentado ao Ministério da Agricultura à época.

Entre 2009 e 2010, ainda na gestão de Pinduca, o município viabilizou o início da construção das obras. Mais próximo ao fim da sua execução, a prefeitura abriu o edital para concessão, cuja vencedora foi a Cocari. A obra leva o nome de Luis Carlos Bufalo, ex-vereador do município cuja família de origem foi pioneira na cidade.

“É o que a gente sonhava, porque eles vão fazer uma integração com o pequeno produtor. Não é uma empresa que vai utilizar o espaço apenas para abater o peixe: eles vão fornecer os insumos, e o produtor fica com o lucro”, ressaltou o prefeito. “Um tanque pode dar 60 mil peixes, que serão abatidos com 900 gramas, em média – um total de 50 mil quilos. A previsão de preço é de até R$ 1 por quilo. Ou seja, com um tanque, ele recebe de R$ 40 mil a R$ 50 mil a cada seis meses”.

Para Antonio Carlos Barreto, chefe do núcleo regional da Secretaria de Agricultura em Londrina, a integração entre cooperativas e piscicultores deve gerar um impulso notável na renda dos municípios envolvidos. “Hoje uma das maiores rendas para o agricultor paranaense vem da produção de proteína animal, como frango, suíno e o próprio boi”, explicou. “Temos diversas secretarias municipais já interessadas em cadastrar agricultores para fornecerem para essa cooperativa. O peixe é hoje uma enorme fonte de renda, em que se vende até pele e escama, aproveitando 100%”.

Produção

Os produtores paranaenses atingiram em 2020 um total de 172 mil toneladas de peixes. O valor representa 21,4% do total da produção brasileira, que atingiu 802,9 mil toneladas no último ano. Cerca de um terço de toda a produção do Estado (34,1%) é apenas de tilápia. Segundo dados da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, o Valor Bruto da Produção (VBP) de 2019 chegou a R$ 983,5 milhões, o que corresponde a 1% da produção agropecuária do Estado. A tilápia, por sua vez, corresponde a 0,67%.

Fonte: AEN/Pr

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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