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Suínos / Peixes

Fibras insolúveis auxiliam nutrição de suínos

Nos últimos anos muitos países têm inserido na legislação o uso, ao menos mínimo de fibra crua na dieta de fêmeas em gestação

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Artigo escrito por J. Rettenmaier Latinoamericana

Sem dúvidas as fibras são um importante nutriente para a nutrição de suinos, contribuindo para a saúde e bem-estar animal. Deve ser incluída ao menos uma porção mínima de fibra na dieta para manutencao fisiológica do intestino.

Uma grande preocupação que há na inclusão de fibra é que altos níveis de fibra estão associados com a diluição dos níveis de energia e diminuição da digestibilidade da dieta. Porém, esses atributos negativos são determinados pela taxa de inclusão e as características das fibras presentes em cada nutriente da dieta.

Diferentes fontes de fibras estão disponíveis no mercado. Dependendo da origem essas fontes de fibras podem trazer certos riscos. Esses riscos estão associados com a pureza da fonte (micotoxinas, pesticidas…) e outras propriedades relacionadas à qualidade (poeira, fluidez…).  Isso torna obrigatória a avaliação constante da matéria-prima.

Os nutricionistas têm sido conscientes da importância do uso de fibras nas dietas de suínos. Nos últimos anos muitos países têm inserido na legislação o uso, ao menos mínimo de fibra crua na dieta de fêmeas em gestação. E tem tido uma crescente conscientização para os requerimentos de fibras para leitões e reprodutores.

O conceito que fibra é essencial para a saúde intestinal, motilidade e bem-estar animal está bem fundado nos dias de hoje. Sendo assim, há dois aspectos sobre fibras que estão no centro das atenções e devem ser acompanhados de perto: 1) solubilidade 2) fermentação.

Celulose e complexos de lignocelulose não apenas preenchem o intestino, devido a sua insolubilidade, mas também possuem uma boa capacidade de se ligar à água, contribuindo ainda mais com sua característica de aumento de volume. Essa característica de aumento de volume estimula os receptores intestinais acelerando o movimento da digesta pelo intestino. O preenchimento intestinal pela fibra e o peristaltismo do intestino contribuem para a saciedade e barram a constipação na hora do parto, reduzindo os riscos de MMA. Manter a função intestinal também é um desafio para leitões recém desmamados. Nesta fase de transição, a fibra insolúvel e indigestível contribui para um intestino mais saudável, bem como ajuda a suprimir diarreias devido a alta capacidade de abrsorção de àgua no lúmen intestinal causada por distúrbios osmóticos e com isso diminui a proliferação de bactérias, como a E. Coli, por exemplo.

Diferentes alimentos fibrosos estão disponíveis no mercado. Esses alimentos são principalmente subprodutos provenientes de moagem de grãos, açúcar, etanol ou produção de óleos. Como subprodutos, esses materiais de alimentação compreendem uma combinação de polissacarídeos não-amiláceos diferentes e lignina com diferentes propriedades físico-químicas. Além disso, produtos derivados da madeira, como lignocelulose e celulose, são oferecidos atualmente.

Dietas Restritas

Reconhece-se hoje que uma combinação de produtos de fibras fermentáveis e fibras insolúveis se torna mais eficaz no fornecimento de ração para matrizes gestantes com dietas restritas, sanando os problemas de bem-estar animal, como o estresse da fome e os distúrbios comportamentais resultantes da falta de fibra em uma ração.

Na maior parte do mundo, as matrizes gestantes são alimentadas restritivamente. Uma condição corporal ideal é importante para manter o melhor desempenho reprodutivo possível. As matrizes com sobrepeso têm problemas em relação aos partos demorados, leitões esmagados, redução da produção de leite e problemas locomotores. Fornecer ao animal alimentos fibrosos é uma ferramenta comprovada para aumentar o volume de alimentação enquanto reduz o conteúdo de energia da alimentação. Isso prolonga o tempo de ingestão de alimentos e fornece um bom preenchimento de intestino, apoiando a saciedade e, por sua vez, reduzindo o estresse da fome.

A consistência das fezes é influênciada por componentes de alimentação, tamanho de partícula, ingestão de água, idade e atividade física do animal. Concentrando-se em aspectos de alimentação, fica claro que a moagem fina e a falta de fibra contribuem para o desenvolvimento de fezes duras. Os efeitos de constipação de fezes podem causar problemas em torno do parto. os problemas são o tempo de parto prolongado e o desenvolvimento de endotoxinas produzidas por bactérias nocivas no intestino, que por sua vez aumentam o risco de MMA. O suporte de fibras insolúveis melhora a consistência das fezes, diminuindo todos esses riscos.

Saciedade

A saciedade está sujeita a diferentes mecanismos. A fonte de fibra e as propriedades individuais da fibra podem ser associadas a: 1) saciedade mecânica ou 2) hormonal/química.

A saciedade mecânica está associada a fibras com características de volume e boa capacidade de ligação à água, que suportam um bom preenchimento de intestino. Estas características contribuem para um bom inchaço da alimentação e distensão dos receptores no estômago. Além disso, os alimentos fibrosos influenciam o nível do esboço gástrico e do esvaziamento gástrico. Os altos níveis de fibras insolúveis podem impedir o desenvolvimento e o escoamento precoce da fase líquida. O efeito de volume também promove o movimento para a frente da digesta no intestino.

Encontrar parâmetros para definir claramente a saciedade é difícil. Além dos fatores fisiológicos mencionados, outros podem contribuir com o comportamento de fome e saciedade.

A água é considerada o nutriente mais importante na alimentação animal. O requerimento de água depende da idade, peso corporal, nível de desempenho e temperatura ambiente. A ingestão de água por uma matriz varia entre 20-40 litros/dia, dependendo da fase reprodutiva.

A ingestão de água é influenciada pelo conteúdo de matéria seca e volume da alimentação. Além disso, alimentos fibrosos afetam a ingestão de água. Portanto, o aumento do teor de matéria seca e as propriedades de volume com boa capacidade de retenção de água contribuem para aumentar o consumo de água. A lignocelulose é uma fibra insolúvel com uma capacidade de se ligar à água muito alta. Isso resulta em 20% mais de consumo de água. Devido ao fato de que a água ligada à lignocelulose está disponível no intestino grosso quando exposta à pressão osmótica (atua como uma esponja) e pode contribuir para uma melhor capacidade de absorção de água pelo animal.

Além dos subprodutos típicos no mercado, fontes de fibra alternativas estão disponíveis. Os concentrados de fibra bruta são fontes de fibra insolúveis de alta qualidade (sem risco de micotoxinas) derivadas de madeira fresca e descascada ou celulose pura que são transformadas em uma fibra funcional via fibrilação HPC. Estas fibras altamente concentradas com uma capacidade de ligação à água de até 800% podem ajudar a cumprir a recomendação da fibra em alimentos para leitões, matrizes e cachaços. O foco no conteúdo de fibras nas rações torna possível agregar tópicos importantes na nutrição de suínos, como a saúde intestinal, a saciedade, a consistência das fezes, a digestibilidade, a ingestão de água, etc … E finamente se traduz em uma boa performance animal.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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CBNA – Cong. Tec.

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