Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Ferrugem da soja: EUA reconhece patente da TMG que traz benefícios ambientais e econômicos

Publicado em

em

Os Estados Unidos oficializaram, no último mês, a patente do método de seleção para o gene Rpp5, que confere resistência à Ferrugem asiática da soja. O método, desenvolvido pela Tropical Melhoramento & Genética (TMG), facilita o desenvolvimento de variedades do grão resistentes à doença, que atualmente é um dos principais problemas da sojicultora brasileira. A descoberta do gene foi publicada em 2008 na revista científica Theoretical na Applied Genetics. A partir daí, o mercado passou a oferecer cultivares com a Tecnologia Inox®, que confere às lavouras benefícios ambientais e econômicos, pois permite reduzir a aplicação de fungicidas e, consequentemente, proporciona menores danos ao meio ambiente e maior economia nos custos de produção.

Especialistas afirmam que a Ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é responsável por perdas de até 80% de produtividade nas lavouras da cultura. O número é agravado também pelo segundo cultivo de soja sobre a soja de verão, que sofre incidência do problema de forma muito maior que no plantio na época recomendada.

Fabiano Siqueri, pesquisador da cultura, explica que o gene de resistência à ferrugem presente nas cultivares Inox permite à planta maiores condições de conviver com a doença no campo. “Caso o controle cultural e químico escapem das mãos, a planta Inox estará protegida pelo gene. E é exatamente esta proteção extra que proporciona maior tranquilidade e segurança ao produtor, ganho de produtividade, redução de custos, garantia de produção e facilidade no manejo de fatores restritivos à lavoura”, coloca.

Na estimativa de custos de produção para a safra 2014/15 em Mato Grosso, elaborada pelo Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a despesa média com fungicida, sem considerar a operação de máquinas e mão de obra, é de R$ 153,43 por hectare, para quatro aplicações, o equivalente a 24% do valor gasto com defensivos. Caso a lavoura seja de cultivares com o gene de resistência à ferrugem, o agricultor poderá reduzir ao menos uma aplicação e terá R$ 38,35 de economia com o produto. Numa área de 800 ha de soja por exemplo, a redução é de quase R$ 31.000,00.

Para José Tadashi Yorinori, fitopatologista e pesquisador da cultura há mais de 40 anos, a patente do método demonstra o quanto a eficiência genética é a maneira mais eficaz de controle da ferrugem. “A empresa está de parabéns e a patente com foco em genética traz um novo conceito da pesquisa brasileira perante o mundo”, destaca. Tadashi lembra, no entanto, que o agricultor precisa considerar melhor as orientações de manejo e plantio para que haja maior efetividade no controle das doenças. “O grande fator é ambiental, pois há um grande exagero na aplicação de defensivos. Os produtores precisam deixar de fazer a soja safrinha e considerar o plantio do milho que tem seu lado positivo, porque além de colocar em risco os genes existentes, há risco também de colocar em perigo a defesa natural das plantas pelo excesso de defensivos”, frisa.

O método – O método patenteado utiliza do mapeamento genético para saber a sequência do DNA da planta associada ao gene de resistência. Conforme Alexandre Garcia, gestor de Pesquisa da TMG, o processo é chamado de seleção assistida por marcadores moleculares. “O trabalho de descoberta é difícil, demorado, exige muito esforço e tecnologia”, explica. 

O pedido da patente foi solicitado em 2007 e só agora foi concedido pelo escritório de patentes norte-americano  USPTO – United States Patent and Trademark Office. A empresa, que tem produtos lançados com a Tecnologia Inox para o cerrado brasileiro desde 2008 e para o Sul do País desde 2011, aguarda a concessão de mais patentes em outros países. 

Francisco Soares, presidente da TMG, pontua que esta é uma boa conquista para a agricultura brasileira e para a empresa, pois gera estímulos para que toda a cadeia de pesquisa em melhoramento genético da soja continue trabalhando com ainda mais vontade de encontrar soluções. “A equipe desenvolveu um trabalho consistente e de alto nível e isso mostra que a TMG está bem posicionada dentro de sua área de atuação. Conhecemos a realidade da sojicultora brasileira e estamos focados em resolver os problemas regionais, inclusive já aliamos a tecnologia Inox com outra tecnologia importante para o mercado que é a Intacta. O que nos anima também é que a patente nos EUA é muito valorizada, isso abre novas portas para criar e ampliar parcerias com empresas de alto potencial na agricultura”, coloca.

Tecnologia e cuidados – Quando o manejo correto da lavoura é realizado e as cultivares que apresentam diferenciais tecnológicos são escolhidas, os resultados podem ser melhores a cada safra. Há exemplos em várias regiões do Brasil. Um deles vem do município de Marilândia do Sul, no Paraná. O produtor Henrique Kaneko relata que utilizou a cultivar TMG 7262 RR Inox, com resistência à ferrugem, pela primeira vez na safra 2012/13 e ficou satisfeito com o resultado. “A planta teve bom engalhamento e teto produtivo muito bom, apesar das condições climáticas com a presença do veranico no final da safra”, explica.

A mesma opinião teve o produtor Gabriel Zanatta, de Brasnorte, Mato Grosso, que utilizou a TMG 7188 RR Inox. “O material se adapta bem aos solos de média a baixa textura e com baixa fertilidade, vem mantendo ótimo potencial produtivo e boa tolerância à ferrugem asiática. Para mim é a melhor cultivar para encerramento de plantio por sua estabilidade produtiva”.

O produtor Mauro César Stertz também encontrou resultados com uma cultivar resistente e foi classificado no Desafio de Máxima Produtividade de Soja do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) por ter colhido 96,18 sc/ha na safra 2013/14 em sua propriedade no Rio Grande do Sul. O sojicultor utilizou a TMG 7262 RR Inox, fez correção da área, rotação de cultura, tratamento de sementes e uso de defensivos adequados.

A empresa – A Tropical Melhoramento & Genética é uma empresa de capital nacional dedicada à criação e ao desenvolvimento de novas cultivares de soja e algodão. Sua sede é em Cambé (PR) e possui filial em Mato Grosso.

Fonte: Ass. de Imprensa TMG

Continue Lendo

Notícias

Colômbia abre mercado para exportação de grãos secos de destilaria

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

O Governo da Colômbia autorizou, a partir desta sexta-feira (06), a exportação pelo Brasil de grãos secos de destilaria ao país, conhecidos como DDG ou DDGS, para aquele país.

O insumo é uma fonte proteica e energética utilizada na produção de ração para ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões. Os DDG/DDGS são gerados a partir da produção de etanol de milho na segunda safra.

A plantação é feita na mesma área da safra principal, após a sua colheita e no mesmo ano agrícola. Assim, não demanda terra adicional para ser cultivada, o que resulta em melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário cria GTs para fortalecimento das políticas públicas no setor

Objetivo é enfrentar os desafios críticos no setor, como os riscos climáticos, operacionais, de crédito e a necessidade de inovação tecnológica.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em busca de aprimorar as políticas públicas voltadas ao setor do agronegócio, a Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou quatro Grupos de Trabalho (GTs) focados em temas prioritários como inovação tecnológica, riscos climáticos, operacionais e crédito. “A criação desses GTs é uma resposta ao crescente reconhecimento da importância de uma abordagem estruturada para lidar com os riscos que afetam a produção agrícola. A adesão de representantes de todos os setores envolvidos, como seguradoras, produtores e o próprio governo, mostra o comprometimento com a sustentabilidade e a resiliência do agro brasileiro”, destacou o presidente da Câmara Temática, Vitor Ozaki. 

O GT de Política Integrada de Gestão de Riscos na Agropecuária visa propor uma política que vá além do seguro rural, englobando outros riscos da cadeia produtiva como os tecnológicos, sanitários e logísticos.  

Já o GT de Inovação Tecnológica, Científica e de Negócios se propõe a desenvolver novas ferramentas digitais e modelos de parceria para modernizar o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e melhorar o acesso às informações de risco. 

Tem também o GT de Integração Crédito e Seguro Rural com foco na criação de sinergias entre as políticas de crédito rural e o seguro rural, buscando aumentar a resiliência financeira dos produtores e melhorar o acesso a financiamentos sustentáveis, como o FIAGRO. 

E, por último, o GT de Acompanhamento e Inovações no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) que será responsável por monitorar a execução do PSR, identificar desafios orçamentários e operacionais, além de propor inovações que expandam o alcance do programa entre os produtores rurais. 

A gestão de risco é um tema estratégico para o agronegócio brasileiro, que tem enfrentado desafios cada vez maiores devido à imprevisibilidade climática e às oscilações do mercado. Nesse contexto, o papel da Câmara Temática e dos GTs se torna ainda mais relevante para assegurar a sustentabilidade financeira dos produtores rurais e a competitividade do setor. “A Câmara Temática é um espaço privilegiado de debate técnico que permite aprimorar as políticas públicas e integrar diversos atores do setor, gerando soluções concretas para problemas complexos. As contribuições dos Grupos de Trabalho serão decisivas para o futuro da gestão de risco no agronegócio”, afirmou o diretor de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério.   

Os Grupos de Trabalho terão prazos de até 12 meses para a entrega de relatórios finais, com diagnósticos e propostas que visam aprimorar a gestão de risco no agro, além de fortalecer programas como o PSR e o PROAGRO.  

Com essas iniciativas, o Mapa reafirma seu compromisso com a criação de soluções integradas e inovadoras, capazes de enfrentar os desafios e garantir o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil. 

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo

Notícias

Portaria define 11 novos postos para adidos agrícolas na África, Ásia e Américas

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional.

Publicado em

em

O Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores definiram os locais dos 11 novos adidos agrícolas do Brasil no exterior. As futuras adidâncias serão na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia.

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional. “As novas adidâncias reflete o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil. Com os novos postos iremos potencializar ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente em virtude das aberturas de mercados”, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

No mês de julho, o Governo Federal havia assinado o Decreto presidencial autorizando o aumento das adidâncias agrícolas de 29 para 40 postos. Essa ampliação do número foi a maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que estão sendo implementadas de uma única vez. 

Os adidos agrícolas desempenham funções de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Suas principais atividades envolvem a identificação de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado, formadores de opinião relevantes na sociedade civil e academia. 

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. 

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo
ABMRA 2024

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.