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Família de Formosa do Sul viu a propriedade expandir após aderir ao Programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar/SC

Os avanços foram expressivos ao longo dos últimos quatro anos e os resultados alcançados pela família foram compartilhados no Interleite Sul 2023, que ocorreu em Chapecó durante a última semana.

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Fotos: Divulgação/Faesc/Senar-SC

Foi em 1998, há 25 anos, que a família de Volmir Vilanova comprou a propriedade rural no interior de Formosa do Sul, no Oeste catarinense. Dois anos depois, veio o início na atividade leiteira com a aquisição de 23 novilhas Jersey. Ali iniciava o sonho de trabalhar com bovinocultura de leite. Em 2019, a propriedade passou a integrar o programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Santa Catarina (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), realizado em parceria com o Sindicato Rural de Quilombo.

Histórico da propriedade

Ainda em 2008, a família também passou a investir na atividade avícola e em 2013 chegou a abandonar a atividade leiteira. Porém, em 2014 veio o recomeço com a aquisição de 19 vacas e 30 novilhas de um rebanho misto. No mesmo ano a média do rebanho estava em 25 vacas em lactação com produção de 6,49 litros de leite por vaca ao dia.

Com o andamento da atividade, em 2018 a família encerrou as atividades na avicultura e passou a se dedicar apenas à bovinocultura de leite. Em 2019 veio o divisor de águas com a adesão à ATeG – Leite.

A família é acompanhada de perto pela técnica de campo da ATeG Cidiane Petkovicz Pozza e também conta com o suporte do supervisor técnico Leandro Simioni e do supervisor regional do Senar/SC no Oeste, Helder Barbosa. Além disso, recebe todo o apoio do Sindicato Rural de Quilombo, município vizinho a Formosa do Sul.

Com o acompanhamento da ATeG, em 2020 a família Vilanova migrou para o sistema semi-confinado de produção e em 2023 construiu a sala de ordenha e adquiriu novo equipamento de ordenha.

Organização das atividades

A lida diária com os animais conta com papéis importantes de toda a família Vilanova. O pai, e produtor rural, Volmir cuida da lavoura e da alimentação das vacas. Já a mãe, Sandra, fica com a ordenha e limpeza e os filhos Alison e Andressa trabalham na gestão, reprodução e alimentação das bezerras, respectivamente. A propriedade ainda conta com dois colaboradores que ajudam na ordenha e manejo geral dos animais.

Início da AteG

Segundo a técnica de campo Cidiane, quando a ATeG iniciou, a propriedade contava com uma área destinada à produção leiteira de 11 hectares. O rebanho total era de 71 animais, entre elas 25 vacas estavam em lactação.

“A produção média era de 4.868 litros de leite ao mês e ao dia chegava a ser produzidos 6,49 litros de leite por vaca. Quando iniciamos o acompanhamento percebemos que existiam problemas na qualidade do leite”, relata.

Com as orientações da técnica e o trabalho desenvolvido por meio da ATeG, a propriedade aumentou para 24 hectares de produção. O rebanho total atualmente é de 110 animais e 47 em lactação. “A produção média de leite ao mês subiu para 22.500 litros e a diária é de 16 litros por vaca. A perspectiva é ampliar o plantel”, comenta o supervisor técnico Leandro Simioni.

Entre as melhorias implementadas na propriedade destacam-se a construção de bezerreiro; ajustes no aleitamento e alimentação; construção de fenil para novilhas; implantação de calendário sanitário; gestão do desenvolvimento dos animais com acompanhamento mensal de ganho de peso e altura.
Na qualidade do leite os principais avanços foram com ajustes na rotina de ordenha; coleta de CCS individual; cultura e antibiograma; ajustes nos protocolos de terapia de vaca secas; e seleção e descarte de animais.

Na área de pastagens as melhorias foram no mapeamento das áreas destinadas à atividade; planejamento forrageiro; coleta e análise de solo; correção e adubação de acordo com recomendação técnica; recuperação áreas pouco produtivas; e destinação de parte das áreas de pastagens para feno e pré-secado.

Instalações

Nas instalações, a propriedade fez a migração do sistema de produção a pasto para semi-confinado em Compost Barn; adaptou o aviário desativado em Compost Barn; investiu em ventilação e aspersão visando o bem-estar animal; fez pista de alimentação, sala de espera, sala de ordenha, bezerreiro, fenil e construção de esterqueira e cisterna.

Já no melhoramento genético, os avanços foram na realização de curso de inseminação artificial pelo Senar/SC; aquisição de botijão de sêmen; acasalamento genético dirigido; maior investimento em sêmen de touros melhoradores; e aquisição de animais com registro.
Na sanidade animal houve implantação de calendário sanitário ajustado à realidade da propriedade; vacinas reprodutivas; ajustes na frequência das vermifugações do rebanho; e a propriedade está em processo de certificação de brucelose e tuberculose.

Gestão da atividade

Atualmente a família realiza um controle financeiro das receitas e despesas, faz planejamento estratégico; ajustes de plantel; e gestão de todos os setores da atividade com registros econômicos e zootécnicos.

Para o futuro, a família planeja a ampliação do sistema de aspersão para a área de cocho–pensando em conforto térmico; aumentar 90 vacas em lactação; aumentar média vaca/dia para 20 lts; transformar de 2 hectares de braquiária em lavoura de alimentos conservados; construir casinhas para bezerras desmamadas; e ampliar de mais 40 metros da pista de alimentação.

Sobre o programa

O Programa ATeG em Bovinocultura de Leite iniciou em 2016 e oportunizou atender diversos produtores no Estado de Santa Catarina. O superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, enfatiza que os excelentes resultados apresentados nas propriedades confirmam que o programa vem cumprindo com êxito seu papel. “Com a ATeG, os produtores estão fazendo uma gestão mais eficiente e investindo mais em sanidade, nutrição e nas melhorias das técnicas de reprodução, o que é fundamental para oferecer um produto de qualidade e crescer no mercado”.

O presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, destaca que há excelentes potenciais de desenvolvimento, pois falta produto para atender a demanda no Brasil. “Temos boas oportunidades de mercado para o segmento e a ATeG surgiu para fomentar essa cadeia produtiva e aumentar a oferta dessa proteína que vem sendo cada vez mais apreciada no mundo da gastronomia”.

A coordenadora da ATeG SC, Paula Coimbra Nunes, observa que, com o programa, o produtor explora novas ferramentas que potencializam o crescimento de seus negócios. “São quatro anos de acompanhamento em Santa Catarina para aprimorar as técnicas e o gerenciamento, tornando a produção mais eficiente e lucrativa. As atividades são realizadas com grupos de produtores organizados de acordo com a cadeia produtiva. Quem tiver interesse em participar pode entrar em contato com o Sindicato Rural de sua região”, finaliza.

Fonte: Assessoria Faesc/Senar-SC

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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