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“Excesso” de empregos atrai pessoas para cidades com cooperativas

As cooperativas agropecuárias experimentam um crescimento significativo no setor, quer seja pelas excelentes colheitas registradas nos últimos anos, quer seja pela pecuária ou por novas ofertas de produtos e serviços.

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Ao ouvir seu irmão sobre as excelentes oportunidades na cooperativa em que ele atua, Luiz Felipe da Silva de Lima decidiu embarcar em uma aventura e deixar o Acre para se mudar para Marechal Cândido Rondon, PR. Depois de quatro meses na nova cidade, ele não poderia estar mais feliz com as oportunidades que encontrou na cooperativa onde também começou a trabalhar. Atualmente, Luiz Felipe trabalha na Sala de Cortes da agroindústria e não economiza palavras para expressar sua satisfação.

Ele conta entusiasmado sobre os diversos benefícios que a cooperativa tem proporcionado em sua vida. “Desde que cheguei aqui, recebi oportunidades incríveis e sou grato por ter aceitado esse desafio”, comenta Luiz Felipe. Ele destaca que uma das grandes vantagens de trabalhar em uma cooperativa agropecuária é o constante crescimento pessoal e profissional que é oferecido aos colaboradores. “Mesmo tendo sido contratado há pouco tempo, já tive a oportunidade de estudar e me desenvolver. Nem todas as empresas se preocupam tanto com o crescimento dos funcionários”, opina.

Luiz Felipe da Silva de Lima saiu do Acre a procura de uma oportunidade para trabalhar no Paraná – Foto: Divulgação

Sobre o processo seletivo, Luiz Felipe relata que tudo ocorreu de forma tranquila e dentro de suas expectativas. Ele destaca que até foi consultado sobre em que setor gostaria de trabalhar, mostrando a preocupação da cooperativa em alocar seus colaboradores nas áreas que mais os interessam.

Quando questionado sobre os desafios diários, Luiz Felipe revela que ainda está se adaptando aos horários e dias de trabalho. “No Acre, os horários eram bem diferentes. Eu costumava trabalhar nos finais de semana. Agora, estou ansioso para ter folga durante a semana, se eu conseguir folga na quarta-feira, será ótimo, pois poderei assistir aos jogos”, diz empolgado .

Falando com propriedade, Luiz Felipe expressa sua gratidão pela cooperativa que o acolheu. “Trabalhar em uma cooperativa é algo muito gratificante, porque aqui as pessoas têm a oportunidade de ter um emprego digno. Para aqueles que estão em busca de uma chance, eu posso dizer que é maravilhoso trabalhar na Lar, pois somos tratados com respeito e temos tudo o que é necessário para trabalhar com segurança e dignidade”, sustenta.

Gerando oportunidades

As cooperativas agropecuárias experimentam um crescimento significativo no setor, quer seja pelas excelentes colheitas registradas nos últimos anos, quer seja pela pecuária ou por novas ofertas de produtos e serviços. O que é certo é que praticamente toda matéria-prima produzida na zona rural ou é exportada ou passa por um processo de industrialização. O Brasil é exemplo quando o assunto é cooperativismo, isso porque as cooperativas brasileiras exercem uma importante influência na economia e são responsáveis por grande parte dos produtos que são produzidos.

O avanço tecnológico, bem como o aumento demográfico de população, levam a um crescimento significativo da necessidade de produtos e serviços. Essa demanda está fazendo com que as cooperativas, e consequentemente as cidades e regiões onde grandes cooperativas atuam, registrem uma grande oferta de vagas de trabalho.

É o caso do município de Marechal Cândido Rondon, localizado no Oeste do Paraná e que abriga grandes cooperativas agroindustriais, como Copagril, Lar e Frimesa. Conforme levantamento do Sistema Nacional de Emprego (Sine), no dia 15 do mês de junho deste ano, eram 299 vagas abertas no setor de agronegócio, contando indústrias e empresas que atuam no ramo. E é sempre assim. Ao todo, somente neste ano, 1.064 pessoas de várias cidades foram alocados no mercado de trabalho do agro do município, contratadas por intermédio do Sine.

Diretor da Agência do Trabalhador de Marechal Cândido Rondon, Sergio Marcucci – Foto: Patrícia Schulz/OP Rural

Conforme o diretor da Agência do Trabalhador de Marechal Cândido Rondon, Sergio Marcucci, as cooperativas agropecuárias têm papel significativo na economia do município, mas de toda a região Oeste do Paraná. “Das 10 maiores empresas que temos aqui em Marechal, mais da metade são cooperativas do setor do agro”, informa.

O profissional evidencia números volumosos que comprovam a importância do setor. Segundo ele, o município rondonense possui cerca de 17 mil trabalhadores que atuam com carteira assinada. Somente a Lar Cooperativa Agroindustrial, somando todas as frentes que atua no Brasil, conta com a colaboração de 25 mil funcionários. “Ou seja, a cooperativa Lar (presente em Marechal Rondon) emprega um município e meio. Esses números são gigantescos e mostram a força do setor”, reflete.

O diretor afirma que as cooperativas são exemplos de desenvolvimento endógeno, pois elas movimentam uma grande gama de atividades, geração de renda e buscas de valores financeiros fora do seu entorno. “As cooperativas são um mar de possibilidades. Elas auxiliam os produtores na aquisição de insumos, com o atendimento médico-veterinário, bem como também contam com funcionários próprios. É uma grande cadeia que é responsável por trazer muitos recursos às regiões e cidades onde estão inseridas”, observa.

Expectativas para 2023

Sérgio atua também como coordenador do Grupo Técnico de Empregabilidade, do Programa Oeste em Desenvolvimento, baseado nas expecativas da região ele adianta que existe uma projeção de gerar 16 mil novos postos de trabalho ligados ao setor agropecuário no Oeste do Paraná. “As ofertas de trabalho estão em uma crescente e por isso podemos dizer que a nossa região é privilegiada por termos grandes cooperativas”, declara.

Conforme o gerente, as cooperativas buscam profissionais que tenham vontade de trabalhar. “Temos vagas para funções específicas, como soldador, mecânico, mas as cooperativas também necessitam de profissionais que façam os serviços simples e que sejam capazes de administrar e ter prazer nas funções desempenhadas. Em todas as cooperativas verificamos que existe a oportunidade de crescer e evoluir na carreira”, informa.

Capacitação constante

Ainda de acordo com o responsável pelo Sine de Marechal Cândido Rondon, a Agência do Trabalhador adota estratégias claras para conseguir ofertar oportunidades às pessoas que estão necessitando de um trabalho. “Nós mantemos proximidade com todas as cooperativas da nossa cidade e da região e buscamos auxiliá-las nas resolução das suas demandas. Nossa agência faz a intermediação de mão-de-obra entre os trabalhadores e as cooperativas, visando atender às necessidades de todos”, expõe.

Uma das formas que a Agência busca ter um diferencial é por meio das ações de capacitação que são desenvolvidas com o apoio da prefeitura. “As cooperativas nos mandam demandas de setores que estão necessitando de mais profissionais, desta maneira, nós buscamos capacitações teóricas e práticas que vão possibilitar que novas pessoas sejam contratadas por elas. São muitas as oportunidades para iniciar uma carreira profissional”, declara.

Percepção negativa do setor

Outro desafio que as cooperativas precisam enfrentar diz respeito à falta de informação que algumas pessoas possuem do agro e do cooperativismo, pois muitos associam de forma negativa as condições de trabalho e os benefícios diposníveis. Conforme Sergio, é muito necessário que as pessoas reconhecam a importância do setor. “Nós precisamos enxergar os inúmeros benefícios que as cooperativas trazem às cidades, elas precisam ser motivo de orgulho para todos”, diz.

Vantagens atraem

Em Santa Catarina as cooperativas também auxiliam na geração exponencial de empregos. O estado conta com 49 cooperativas agropecuárias, que reúnem 81.629 associados e 57.376 empregados. Em 2022 , elas tiveram receita operacional bruta de R$ 56,5 bilhões, um crescimento de 15,7% em relação ao ano anterior. É o segmento mais intensivista em mão-de-obra entre o setor cooperativo, representando 65% dos empregados de cooperativas e 68% das receitas totais do sistema. O levantamento é da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc).

Na Cooperativa Alfa, composta por mais de 200 unidades nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, são ofertadas aproximadamente 70 vagas mensais, de acordo com a analista de Recursos Humanos, Larissa Ferronato Junqueira. Ela explica que os principais requisitos que são buscados na contratação estão relacionados com o comprometimento, responsabilidade, disponibilidade de horários e identificação com os valores da cooperativa.

Analista de Recursos Humanos da Cooperativa Alfa, Larissa Ferronato Junqueira – Foto: Divulgação

Larissa evidencia que são muitas as vantagens em trabalhar em uma cooperativa. “Na Cooperalfa temos muitos benefícios, pois os valores da empresa são claros e o nosso trabalho é realizado em equipe, sendo que em todos os setores temos o foco no desenvolvimento das pessoas”, afirma.

A colega dela, Rosilene Andreia Giebmeier, também atua como analista de Recursos Humanos e é um exemplo de que é possível conquistar uma vaga e ser destaque na cooperativa. “Meu recrutamento foi claro e objetivo. Fui exposta aos benefícios que a cooperativa tinha a oferecer, além de entender as visões de futu

Rosilene Andreia Giebmeier, analista de Recursos Humanos da Cooperativa Alfa – Foto: Divulgação

ro da cooperativa para alinhar às minhas expectativas profissionais. Isso faz muita diferença, porque acaba contribuindo para não gerar frustrações ao novo empregado”, observa.

Rosilene argumenta que atuar na Cooperalfa trouxe inúmeras conquistas e aprendizados para ela. “Quando estamos nos inserindo em uma nova empresa, no início tudo é desafio e aprendizado, pois é necessário se encaixar na nova cultura, alinhar às expectativas com a nova equipe e se adaptar à forma de trabalho implantada”, reflete. Depois, garante, é colher os frutos de um bom ambiente de trabalho.
Para aqueles que estão a procura de uma oportunidade, Rosilene deixa um conselho. “É importante se manter atualizado, usar as mídias sociais para encontrar oportunidades que se encaixem com seu perfil e pontuar seus conhecimentos de forma clara. Sempre buscar oportunidades para mostrar seus conhecimentos e ter em mente que a recompensa virá, mas que não é um processo imediato”.

A edição Especial de Cooperativismo de O Presente Rural pode ser lida na íntegra on-line clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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