Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Eventos debatem mudanças climáticas nesta semana

Publicado em

em

Com o tema “mudanças climáticas e sustentabilidade socioambiental e do agronegócio da Amazônia”, serão realizados entre os dias 2 e 6 de setembro, em Belém-PA, a 18ª edição do Congresso Brasileiro de Agrometeorologia e a sétima edição da Reunião Latino-Americana de Agrometeorologia. Na entrevista a seguir, Reinaldo Lúcio Gomide, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) e presidente da SBA (Sociedade Brasileira de Agrometeorologia), entidade promotora dos eventos, apresenta os principais desafios que a humanidade enfrentará em relação às mudanças climáticas, os impactos desse fenômeno em áreas vulneráveis, como a Amazônia e o Nordeste, e as projeções dos estudos que vêm sendo conduzidos por especialistas em todo o mundo.
Quais as novas linhas de pesquisa que o congresso poderá trazer para discussão?
A 18ª edição do Congresso Brasileiro de Agrometeorologia e a sétima edição da Reunião Latino-Americana de Agrometeorologia terão como tema central “Cenários de Mudanças Climáticas e a Sustentabilidade Socioambiental e do Agronegócio na Amazônia”, o qual reflete as atuais preocupações da comunidade técnico-científica em relação ao futuro do clima do planeta e suas implicações na produção agrícola, pecuária e florestal, representando uma oportunidade ímpar para reunir os melhores profissionais e especialistas brasileiros, latino-americanos e também de outros países para trocar experiências, atualizar, discutir e difundir conhecimentos sobre os principais avanços tecnológicos relacionados a esse tema. Os dois eventos estão sendo promovidos/organizados pela Sociedade Brasileira de Agrometeorologia– SBA, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia e Embrapa, por meio de suas Unidades Embrapa Amazônia Oriental e Embrapa Milho e Sorgo, juntamente com o Governo do Estado do Pará, principalmente as secretarias de Estado de Agricultura e de Meio Ambiente, tendo apoio também da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), além de vários outros patrocinadores. 
Serão contempladas as seguintes áreas do conhecimento relacionadas à agricultura, pecuária e florestas: agrometeorologia e recursos hídricos; mudanças climáticas; fontes de energia alternativas e bioenergia; indicadores de sustentabilidade na região e nos sistemas agrícolas, recursos hídricos, irrigação e drenagem, modelagem e sistema de suporte a tomada de decisão em agrometeorologia; instrumentação em agrometeorologia; zoneamento agrícola na região e no Brasil e seguro rural; geoprocessamento e sensoriamento remoto aplicados à agrometeorologia; e a agrometeorologia aplicada ao agronegócio da região da Amazônia e do Brasil. Dentre os temas que serão tratados e abordados em mesas redondas durante a realização dos eventos podem-se destacar: “Desafios do agronegócio na Amazônia, visando a sustentabilidade socioambiental”; “Avanços na modelagem agrometeorológica, em resposta aos cenários de mudanças climáticas”; “A prática da extensão na agrometeorologia”; “Risco Climático e a Agricultura Amazônica”; “Sensoriamento remoto aplicado à agricultura e à questões climáticas”, "Questão de indicadores de sustentabilidade para o setor agropecuário", além da realização de cinco Minicursos e a exposição de equipamentos e produtos relacionados aos trabalhos de agrometeorologia, agronomia, hidrologia, irrigação e drenagem, engenharia ambiental e bioenergia na Feira de Exposição de algumas empresas em seus respectivos estandes.
Como garantir o desenvolvimento da agropecuária na Amazônia aliado à preservação do meio ambiente?
Tudo indica que não há dúvidas em relação à região da Amazônia ser a maior reserva de biodiversidade da América Latina e do mundo, sendo mais sensível à questão das mudanças climáticas e constituindo-se em um dos maiores desafios socioeconômicos e científicos que a humanidade terá que enfrentar nesse século. A Amazônia engloba um bioma e ecossistemas que têm se mostrado muito menos robustos do que muitos imaginavam, onde já se observam evidências de alterações na temperatura e precipitação devido ao processo desordenado de ocupação e uso de solos, com desmatamento acelerado. Boa parte das mudanças climáticas que já estão ocorrendo são devido às atividades antropogênicas principalmente relacionadas às mudanças no uso e ocupação dos solos, derrubadas de florestas e utilização de agricultura e pecuária mais intensivas, o que vem a adicionar uma problemática ainda mais complexa à questão do sistema climático terrestre – a geração de alterações fundamentais nos ciclos biogeoquímicos e nos balanços de radiação e hidrológicos. Para garantir o desenvolvimento do agronegócio sem impactos negativos ao ambiente dessa região, há necessidade de acompanhar e monitorar de perto as atividades relacionadas aos diferentes sistemas de produção (agricultura, floresta e pecuária), no tempo e no espaço, ajustando e calibrando melhor os modelos climáticos com base nos diferentes cenários, desde os mais pessimistas até os otimistas, a fim de se ter uma melhor dimensão das implicações das mudanças climáticas. Isso é um desafio para várias instituições no Brasil e também de outros países.
Por fim, quais os últimos resultados de pesquisa relacionados às mudanças climáticas?
Desde a década de 1980, evidências científicas sobre a possibilidade de mudança do clima em nível mundial vêm despertando interesses crescentes no público e na comunidade científica em geral. Em 1988, a OMM (Organização Meteorológica Mundial) e o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) estabeleceram o Intergovernamental Panel on Climate Change [Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas] (IPCC), que ficou encarregado de apoiar com trabalhos científicos as avaliações do clima e os cenários de mudanças climáticas para o futuro. Sua missão é "avaliar a informação científica, técnica e socioeconômica relevante para entender os riscos induzidos pela mudança climática na população humana". O Quarto Relatório Científico do IPCC AR4 (Trenberth et al., 2007; Meehl et al., 2007) apresenta evidências de mudanças de clima que podem afetar significativamente o planeta, especialmente nos extremos climáticos, com maior rigor nos países menos desenvolvidos na região tropical. As principais conclusões desse relatório sugerem, com confiança acima de 90%, que o aquecimento global dos últimos cinquenta anos é causado principalmente pelas atividades humanas. 
O Brasil é vulnerável às mudanças climáticas atuais e mais ainda às que se projetam para o futuro, especialmente quanto aos extremos climáticos. As áreas mais vulneráveis compreendem a Amazônia e o Nordeste do Brasil, como mostrado em estudos recentes (Marengo, 2007; Ambrizzi et al., 2007; Marengo et al., 2007). O conhecimento sobre possíveis cenários climático-hidrológicos futuros e as suas incertezas pode ajudar a estimar demandas de água no futuro e também a definir políticas ambientais de uso e gerenciamento de água para os próximos anos. É muito importante a avaliação de conhecimentos envolvendo assuntos de mudanças de clima e os seus impactos na agricultura, envolvendo os cenários futuros, de forma que se possam avaliar os riscos climáticos, considerando tendências de longo prazo, de pelo menos os últimos cinquenta anos e, também, as projeções dos modelos climáticos até finais do século XXI.
A disponibilidade de água no Brasil depende em grande parte do clima. O ciclo anual das chuvas e de vazões no país varia entre bacias, e de fato a variabilidade interanual do clima, associada aos fenômenos de El Niño, La Niña, ou à variabilidade na temperatura da superfície do mar do Atlântico Tropical e Sul podem gerar anomalias climáticas, que produzem grandes secas, como em 1877, 1983 e 1998 no Nordeste, 2004-2006 no Sul do Brasil, 2001 no Centro-Oeste e Sudeste, e em 1926, 1983, 1998, 2005 e 2010 na Amazônia (Marengo & Silva Dias, 2006; Marengo, 2007). Adicionalmente, os riscos derivados das mudanças climáticas, sejam naturais, sejam de origem antropogênica, têm levantado grande preocupação entre os círculos científicos, políticos, na mídia e também na população em geral.
Regiões
Regionalmente, tem sido observado um aumento das chuvas no Sul e partes do Sul do Brasil, na bacia do Paraná-Prata, desde 1950, consistente com tendências similares em outros países do Sudeste da América do Sul. No Sudeste o total anual de precipitação parece não ter sofrido modificação perceptível nos últimos cinquenta anos. As projeções de mudança nos regimes e distribuição de chuva, derivadas dos modelos globais do IPCC AR4, para climas mais quentes no futuro não são conclusivas, e as incertezas ainda são grandes, pois dependem dos modelos e das regiões consideradas. Na Amazônia e no Nordeste, ainda que alguns modelos climáticos globais do IPCCC AR4 apresentem reduções drásticas de precipitações, outros modelos apresentam aumento. A média de todos os modelos, por sua vez, é indicativa de maior probabilidade de redução de chuva em regiões como o Leste e o Nordeste da Amazônia como consequência do aquecimento global. O IPCC AR4 (Meehl et al., 2007) mostra reduções de chuva no Norte e no Nordeste do Brasil durante os meses de inverno (junho, julho, agosto), o que pode comprometer a chuva na região Leste do Nordeste, que apresenta o pico da estação chuvosa nessa época do ano.
No Nordeste do Brasil, o maior problema seria o aumento da seca e da falta de água. A região poderá passar de zona semiárida a zona árida, e as consequências dessa mudança afetarão a alimentação, a sanidade e a saúde da população local. Mais de 70% das cidades do semiárido nordestino com população acima de cinco mil habitantes enfrentarão crise no abastecimento de água para o consumo humano até 2025, independentemente da mega obra de transposição do rio São Francisco, concluiu um estudo feito pela ANA (Agência Nacional de Águas). Problemas de abastecimento deverão atingir cerca de 41 milhões de habitantes da região do semiárido e do entorno, prevêem pesquisadores da agência ANA, que estimaram o crescimento da população e a demanda por água em cerca de 1.300 municípios dos nove Estados do Nordeste e do Norte de Minas Gerais.
Na região da Amazônia e outras do Norte do Brasil, a projeção do cenário do clima futuro para um cenário mais pessimista de altas emissões de gases de efeito estufa (GEE) (Cenário A2) é de que será de 3ºC a 6°C mais quente, com redução de 15% a 20% do volume de chuvas, atrasos na estação chuvosa e possíveis aumentos na frequência de extremos de chuva no oeste da Amazônia. Por outro lado, num cenário melhor de baixas emissões de GEE (Cenário B2) é projetado que será de 2ºC a 3°C mais quente, com redução de 5% a 15% nas chuvas. O impacto não é muito diferente daquele previsto pelo cenário A2. Em ambos cenários é previsto impactos na biodiversidade, risco da floresta ser substituída por outro tipo de vegetação (tipo cerrado). Baixos níveis dos rios amazônicos podendo afetar o transporte. Risco de incêndios florestais devido ao ar mais seco e quente. Impactos no transporte de umidade atmosférica para as regiões Sul e Sudeste, com consequências para a agricultura, pecuária e floresta e geração de energia hidroelétricas.
A Nasa, agência espacial americana, avaliou dados captados por satélite entre 2000 e 2009 sobre a Amazônia, incluindo medições da precipitação das chuvas tropicais, do teor de umidade e da cobertura florestal. Uma área da floresta amazônica com duas vezes o tamanho da Califórnia (+ de 800 mil Km²) continuou sofrendo os efeitos de uma grande seca que começou em 2005. Os resultados foram publicados na revista “PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA. A pesquisa sugere que a floresta tropical amazônica pode estar mostrando os primeiros sinais de degradação em larga escala devido à mudança climática. Resultados mostram danos generalizados à cobertura florestal, com a morte de galhos e quedas de árvores, especialmente as maiores e mais antigas, que são mais vulneráveis do que às demais por oferecem abrigo ao restante da vegetação.
A Floresta Amazônica desempenha importante papel no equilíbrio do sistema climático local, regional e mesmo global, com sua gama de serviços de ecossistema que servem de base para as atividades e o bem-estar das pessoas tanto em regiões próximas quanto distantes. Quaisquer mudanças em sua bacia – sejam elas mudanças climáticas, no uso e ocupação da terra ou uma combinação de ambas – podem trazer consequências significativas para o funcionamento dos sistemas naturais e a vida das pessoas que os utilizam. Entender que a Amazônia funciona como parte integrada de um sistema terrestre e os riscos de como isso pode mudar no futuro é pré-requisito para a criação de estratégias de desenvolvimento mais eficientes da região. As projeções são de elevação das temperaturas e diminuição das chuvas no decorrer deste século. Outros estudos mostraram que, além dessas mudanças, o risco de eventos extremos – como a seca e inundações – podem se tornar mais frequente no futuro. As perdas decorrentes das mudanças climáticas podem afetar o clima regional em virtude do papel da floresta na reciclagem das águas das chuvas dentro da bacia e além dela. Estudos sobre o ciclo hidrológico na Amazônia indicam que a floresta recicla em torno de 50% das precipitações pluviométricas e que, se o desmatamento for da ordem de 30%, ela será incapaz de gerar chuvas suficientes para se manter, gerando um círculo vicioso de “quanto mais perda de floresta, menos precipitações”.
Até 2050, metade das terras agrícolas poderá ser prejudicada, expondo milhões de pessoas à fome, afirmam os especialistas. De 60 milhões a 150 milhões de pessoas sofrerão com a falta de água (serão até 400 milhões em 2080). Os depósitos subterrâneos de água do Nordeste brasileiro poderão receber menos 70% de recarga. O semiárido nordestino caminharia para a desertificação numa posição mais pessimista.

Fonte: Embrapa Milho e Sorgo

Continue Lendo

Notícias

Florestas públicas serão concedidas para gerar crédito de carbono

Floresta Nacional de Bom Futuro, com 17 mil hectares desmatados, e a Gleba João Bento, com quase 56 mil hectares em desmatamento acumulado nos estados de Rondônia e Amazonas, serão concedidas à iniciativa privada para restauração e geração de crédito de carbono. As duas unidades serão as primeiras a participarem de uma iniciativa de recuperação de vegetação nativa e gestão sustentável de florestas públicas na Amazônia.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/Mapa

A Floresta Nacional de Bom Futuro, com 17 mil hectares desmatados, e a Gleba João Bento, com quase 56 mil hectares em desmatamento acumulado nos estados de Rondônia e Amazonas, serão concedidas à iniciativa privada para restauração e geração de crédito de carbono. As duas unidades serão as primeiras a participarem de uma iniciativa de recuperação de vegetação nativa e gestão sustentável de florestas públicas na Amazônia.

O modelo de concessão é fruto de um acordo de cooperação técnica entre o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmado nesta sexta-feira (03), no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. A parceria terá US$ 800 mil disponibilizados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em recursos não reembolsáveis do Fundo Verde para o Clima (em inglês Green Climate Fund), uma iniciativa internacional de enfrentamento às mudanças climáticas.

Além das unidades federais, também serão apoiados projetos de concessão nos estados. O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, afirmou durante a cerimônia que serão investidos R$ 30 milhões em estudos para projetos de concessão na Amazônia.

“Vamos disponibilizar para o governo e para as populações das áreas, qual o resultado dos estudos, quais são os investimentos, qual a receita, quantos empregos serão gerados e qual é a rentabilidade e a atratividade para quem vai investir”, disse.

Os estudos apresentarão propostas de concessões de florestas públicas estaduais, que precisem passar pela recuperação da vegetação nativa, mas também prevejam como retomo financeiro aos investimentos propostas de manejo ambiental conforme a necessidade de cada área.

De acordo com SFB, a meta para concessões de florestas públicas federais, até 2026, é de 4 milhões de hectares, que deverão ser incluídos em projetos propostos pela iniciativa privada para recuperação e manejo florestal sustentável. De acordo com a instituição, a previsão é que essas iniciativas gerem 25 mil empregos e R$ 60 milhões ao ano em renda nos municípios alcançados.

Fonte: Agência BNDES de Notícias
Continue Lendo

Notícias

Produção industrial cresce 0,9% em março, diz IBGE

Apesar do resultado positivo na passagem de fevereiro para março, apenas cinco das 25 atividades industriais apresentaram alta no período, com destaque para o setor de alimentos, que cresceu 1% no mês, principalmente devido às produções de carne e açúcar.

Publicado em

em

Foto: Marcos Vicentti

A produção industrial brasileira cresceu 0,9% em março deste ano, na comparação com fevereiro. No mês anterior, a indústria havia crescido 0,1%. O crescimento em dois meses não foi suficiente para recuperar a perda de 1,1% no setor em janeiro.

Os dados da Produção Industrial Mensal (PIM) foram divulgados nesta sexta-feira (03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostra que, na comparação com março de 2023, foi registrada uma queda de 2,8%. A produção industrial acumula altas de 1,9% no ano e de 0,7% no período de 12 meses.

A indústria está 0,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) mas 16,3% abaixo do ponto mais alto da série histórica, observado em maio de 2011.

Apesar do resultado positivo na passagem de fevereiro para março, apenas cinco das 25 atividades industriais apresentaram alta no período, com destaque para o setor de alimentos, que cresceu 1% no mês, principalmente devido às produções de carne e açúcar.

Além dele, apresentaram alta apenas os segmentos de produtos têxteis (com avanço de 4,5%), impressão e reprodução de gravações (8,2%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (0,5%) e indústrias extrativas (0,2%).

Entre as 20 atividades em queda, os principais destaques negativos foram apresentados pelos ramos de veículos automotores (-6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-13,3%) e produtos químicos (-2%).

Na análise das quatro grandes categorias econômicas da indústria, houve crescimento nos bens intermediários, que são insumos industrializados usados no setor produtivo (1,2%), e nos bens de consumo semi e não duráveis (0,9%). Por outro lado, apresentaram queda os bens de consumo duráveis (-4,2%) e os bens de capital, ou seja, máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (-2,8%).

Fonte: Agência Brasil
Continue Lendo

Notícias

Turquia abre três mercados para produtos do agronegócio brasileiro

Autoridades sanitárias turcas aprovaram a importação de gelatina e colágeno não comestíveis, ovos, além de produtos e vísceras organolépticas, sendo estes últimos destinados à alimentação animal.

Publicado em

em

Foto: Rodrigo Felix Leal

Fotos: Divulgação/Mapa

Pouco mais de 60 dias após a última missão da delegação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em Ancara, na Turquia, o governo brasileiro já começa a receber boas notícias. Na quinta-feira (02), as autoridades sanitárias da Turquia aprovaram o certificado internacional para importação de gelatina e colágeno não comestíveis, bem como de ovos, além de produtos e vísceras organolépticas, sendo estes últimos destinados à alimentação animal.

No início de março deste ano, representantes do Mapa realizaram diversas reuniões com o governo turco para expandir a cooperação e o comércio de produtos agrícolas entre os dois países. A delegação brasileira foi liderada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa, e contou com a participação do secretário-adjunto da SCRI, Julio Ramos e do diretor do Departamento de Promoção Comercial do Mapa, Marcel Moreira.

A agenda incluiu reuniões bilaterais com Ahmet Gümen, vice-ministro do Ministério da Agricultura e Florestas da Turquia, com Mustafa Kayhan, diretor geral do Conselho de Carne e Leite, e com suas respectivas equipes.

As três novas aberturas, o maior registro de expansão comercial de uma só vez para o governo turco na série histórica, reafirmam a confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil e deverão contribuir para aumentar ainda mais o fluxo comercial entre os dois países.

A Turquia foi o 13º maior destino das exportações agrícolas brasileiras no ano passado. Em 2023, o Brasil exportou produtos do agronegócio no valor de US$ 2,42 bilhões para o mercado turco, com importante participação do complexo da soja, de produtos têxteis e do café. “A abertura simultânea desses três novos mercados marca um ponto de virada nas relações comerciais entre Brasil e Turquia, refletindo o trabalho árduo e a dedicação da equipe técnica do Mapa. Esta conquista é um testemunho da qualidade e da confiabilidade dos produtos agrícolas brasileiros, e destaca a crescente confiança internacional em nosso sistema de controle sanitário. É um grande passo para expandir ainda mais nossas fronteiras comerciais e fortalecer nossa posição no cenário mundial”, declarou Perosa.

Com a inclusão dos três novos mercados, o agronegócio brasileiro atingiu a marca de 34 aberturas comerciais internacionais apenas neste ano. Nos últimos 16 meses, foram abertos 112 novos mercados em 50 países.

O resultado positivo é fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Assessoria Mapa
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.