Conectado com
VOZ DO COOP

Notícias

Europa se prepara para restrições em manejos

Publicado em

em

A Eurotier, a maior feira de produção animal do mundo, realizada em novembro de 2014, em Hanover, na Alemanha, tratou de vários temas. Mas um deles teve atenção especial, que foi bem-estar animal – assunto em pauta no mundo inteiro e que ainda vai dar muito o que falar. O Presente Rural entrevistou o gerente de Projetos da Eurotier, Karl Schösser, que falou sobre a questão. Confira.

O Presente Rural – Sabe-se que questões como bem-estar animal, segurança alimentar, meio ambiente são exigências muito fortes dos consumidores na Europa e isso tem impactado a forma de produção, especialmente como se produz suínos. Esses continuam sendo os principais desafios dos europeus?

Karl Schlösser – Talvez seja melhor separar esses aspectos em duas discussões: a primeira coisa que mais preocupa é o tipo de manejo que é feito aqui, ou seja, qual o tamanho do galpão, quantos animais são manejados e também problemas como cortar a cauda, se isso pode ser considerado como mau trato ou como uma tortura ao animal. Isso tudo tem que ser levado em conta. O primeiro de tudo é o tipo de manejo que é feito. O corte da cauda ainda não é proibido na Alemanha, mas virá algum tipo de restrição para esse tipo de prática. Esse problema da proibição de cortar a cauda dos animais é uma preocupação de muitos expositores da Eurotier. Eles sempre vêm para saber se isso vai realmente acontecer, se isso realmente for proibido, como pode conseguir uma solução para o manejo. Na feira temos um especial sobre formas inovadoras de manejo de leitão, onde são apresentadas tecnologias e práticas de como desenhar a baia para minimizar essas questões, há tecnologias de sistemas de gestão, nutrição, tudo que possa contribuir para a redução desses problemas e também para preparar o profissional caso uma proibição – como a relativa ao corte dos rabos dos porcos – entre em vigor no futuro.

O Presente Rural – No Brasil há um grande debate sobre a criação de matrizes suínas e poedeiras em gaiolas. Como está esta questão na Alemanha?

Karl Schlösser –  Em países industrializados como a Alemanha e outros países da Europa, pouca gente tem contato com o manejo animal. Muitos tentam imaginar o manejo a partir da ideia que se tem dos animais domésticos, como gatos e cães. Esse é o ponto de partida para a ideia de bem-estar animal. Quando um produtor rural diz que para melhorar o manejo é necessário cortar o rabo dos porcos, ele encontra má aceitação e será contestado. Essa prática ainda não está proibida, mas em breve podemos contar com uma proibição. Até lá teremos que ter tecnologias, sistemas de gestão que nos permitam continuar o manejo de suínos, sem também que haja uma hecatombe (sacrifício) nas baias, isso tampouco queremos que aconteça.

O Presente Rural – E a questão sobre alimentação animal?

Karl Schlösser  – No momento se discute na Alemanha e na Europa as importações de alimento animal; surgem questões sobre como e onde esses alimentos são produzidos. Produtos geneticamente modificados é um tema muito complicado na Alemanha. Podemos ter qualquer posicionamento a respeito, mas na qualidade de produtor rural é preciso discutir esses problemas com a opinião pública para se ter aceitação das nossas formas de produção. Também aqui teremos que nos preparar para possíveis restrições. No momento, as restrições de produtos geneticamente modificados se limitam à produção interna, por exemplo de soja ou milho na Europa. Mas as importações ainda não sofrem essas restrições. A discussão na opinião pública, porém, tomará o rumo de uma restrição: o consumidor quer suínos, aves e bovinos que foram alimentados com soja que não foi geneticamente modificada. Mas a questão é: de onde vamos adquirir tais insumos? O consumidor não se faz essa pergunta. .

O Presente Rural – E a questão dos antibióticos como está?

Karl Schlösser – Essa discussão é levantada com bastante veemência pelo consumidor. As pessoas têm medo, claro, de forma totalmente legítima, de que o antibiótico usado no manejo animal também provoque resistência em seres humanos, porque em parte se trata de aplicação de substâncias semelhantes. E é claro – também em seres humanos – que quanto mais antibióticos eu aplicar, mais bactérias resistentes a esses antibióticos surgirão. Essa preocupação não é de todo infundada, claro que se aplicarmos antibióticos demais no manejo animal, desenvolveremos resistências, esses germes serão passados a humanos e não teremos mais a possibilidade de combatê-los. Por isso há estratégias de diminuição de aplicação e a tendência é de avançar sem que tenhamos que proibir antibióticos. Pois quando o animal adoece, ele precisa ser tratado. É uma discussão bastante difícil.

*Tradução: Marcelo Cordeiro Correia

A entrevista completa você pode acompanhar na edição do O Presente Rural que esta em circulação.

Fonte: O Presente Rural

Continue Lendo

Notícias

Biocompetitividade é tema do Congresso Brasileiro do Agronegócio

Evento acontece em formato híbrido no dia 05 de agosto. Programação do evento contará com os painéis sobre Geopolítica e Sustentabilidade, e Clube Fragmentado: O Brasil será Associado?, e uma mesa redonda, que abordará o tema Competitividade e Oportunidades.

Publicado em

em

Foto: Shutterstock

O 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio será promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela B3, a bolsa do Brasil, no dia 05 de agosto, em formato híbrido, e debaterá o tema central Biocompetitividade. O evento é considerado um dos mais importantes do setor no país, por reunir autoridades, especialistas e empresários para discutir as pautas mais urgentes e relevantes para o desenvolvimento sustentável do agro nacional, norteando tendências e caminhos que proporcionem mais competitividade, produtividade e rentabilidade em todos os elos da cadeia.

A programação do Congresso contará com dois painéis: Geopolítica e Sustentabilidade, e Clube Fragmentado: O Brasil será Associado?, e uma mesa redonda que abordará o tema Competitividade e Oportunidades, que receberão representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária e de importantes entidades setoriais, líderes de consultorias e empresas de inteligência e de análise de mercado, autoridades, produtores rurais e especialistas de instituições privadas brasileiras. A palestra inaugural que tratará de biocompetitividade será ministrada por Nelson Ferreira, Sócio-Sênior e Líder Global de Agricultura da Mckinsey & Company.

Durante o evento, a Abag prestará homenagem ao ex-ministro da Agricultura, Marcos Montes, que receberá o Prêmio Ney Bittencourt de Araújo – Personalidade do Agronegócio. Montes foi prefeito de Uberaba (de 1997 a 2004), Secretário de Desenvolvimento Social e Esportes de Minas Gerais, e deputado federal por três mandatos, entre 2007 e 2019.

Em 2023, o Congresso Brasileiro do Agronegócio contou com mais de 840 pessoas de todo o país presencialmente e mais de 6,4 mil acessos à transmissão online do evento. O público participante foi composto por empresários, líderes setoriais, autoridades públicas ligadas aos governos federal, estadual e municipal, parlamentares, além de profissionais ligados ao agro.

Fonte: Assessoria Abag
Continue Lendo

Notícias

Concurso Estadual de Qualidade de Ovos de São Paulo 2024 eleva padrão da produção 

Evento acontece dia 09 de julho, com início marcado para as 09 horas, no Kaikan de Bastos (SP).

Publicado em

em

O Concurso Estadual de Qualidade de Ovos de São Paulo acontece em julho e celebra a excelência da produção de ovos, mas também promete elevar os padrões de qualidade em toda a região. Há mais de sete décadas, o Concurso Estadual de Qualidade de Ovos tem sido uma tradição em Bastos, cidade emblemática reconhecida como a capital do ovo no Brasil. Com sua longa história, o concurso não apenas honra a herança avícola de Bastos, mas também destaca a contribuição vital de São Paulo para a indústria de ovos do país. São Paulo, como o maior produtor de ovos do Brasil, é responsável por uma impressionante parcela de 30% da produção nacional, com Bastos sozinha contribuindo com 11% da produção nacional e 40% da produção estadual.

Fotos: Divulgação

O ano de 2024 marca uma evolução significativa para este evento de prestígio, pois pela primeira vez, o concurso se estende para além das fronteiras de Bastos para abranger todo o estado de São Paulo. Essa expansão reflete não apenas a diversidade da produção de ovos  em todo o estado, mas também a busca pela excelência em todos os cantos de São Paulo.

Guiando a excelência

Por trás deste evento está uma Comissão Organizadora composta por 11 membros representativos dos setores envolvidos. Esses membros, selecionados por suas experiências e conhecimentos, incluem representantes da Coordenação de Assistência Técnica Integral (CATI), da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, produtores de ovos reconhecidos, representantes do município de Bastos e do Sindicato Rural. Juntos, eles guiam este concurso com o compromisso de promover os mais altos padrões de qualidade na produção avícola de São Paulo.

Inscrições e regras

Produtores de ovos de todas as regiões do estado são convidados a inscrever suas granjas no Concurso Estadual de Qualidade de Ovos de São Paulo 2024. O processo de inscrição é simples e exclusivo através do portal oficial: concursodequalidadedeovos.com.br. Os produtores devem garantir que todos os requisitos, incluindo o número de registro no Sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE) e outros registros exigidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), sejam cumpridos.

A entrega das amostras de ovos para avaliação será entre os dias 03 e 04 de julho, podendo ser feita nos escritórios da CATI Regional nas cidades do estado, ou no Sindicato Rural de Bastos, das 7h30 às 11h e das 13 às 17 horas. É importante ressaltar que as amostras entregues fora desse prazo serão desqualificadas.

É obrigatória a participação das granjas representando suas próprias unidades de produção, e cada granja pode inscrever uma amostra por categoria. Este é um momento crucial para os produtores demonstrarem sua dedicação à qualidade e excelência na produção de ovos.

Evento e avaliações

O Concurso Estadual de Qualidade de Ovos 2024 e as respectivas avaliações acontecerão no dia 09 de julho, com início marcado para as 09 horas, no Kaikan de Bastos, situado na Rua Adhemar de Barros, nº 362, no centro da cidade de Bastos (SP). Esta é uma oportunidade imperdível para os produtores mostrarem seus melhores ovos e competirem pela excelência na produção avícola do estado.

Fonte: Assessoria
Continue Lendo

Notícias

Faixa úmida: entenda o conceito dessa ‘zona’ para ter mais eficiência na irrigação de um plantio

Compreender na prática o que é essa zona otimiza o uso da água e minimiza o desperdício.

Publicado em

em

Foto: Fernando Dias

Na hora de optar pela irrigação por gotejamento em um plantio, nem todos agricultores iniciantes sabem logo de início que não é necessário ter um gotejador para cada planta. Afinal, o conceito de ‘faixa úmida’ é crucial.

Nesse tipo de irrigação, são aplicadas gotas de água no solo próximo às plantas. Para isso, é necessário instalar gotejadores que ficam dispostos em mangueiras flexíveis.

Mas, afinal, o que seria a faixa úmida nesse processo? Também conhecido como círculo molhado, é uma zona localizada perto das plantas e que é mantida constantemente úmida para atender às demandas hídricas das raízes. A faixa úmida é obtida com a sobreposição parcial desses círculos molhados. “Isso é alcançado distribuindo uniformemente a água ao longo da linha de plantio, garantindo uma cobertura adequada das raízes em vez de focar em gotejadores individuais”, explica o engenheiro agrônomo Elídio Torezani.

Entre as vantagens, a faixa úmida otimiza o uso da água, minimiza o desperdício e maximiza a absorção pelas plantas. Na prática, segundo o engenheiro, é a distribuição inteligente da água, não a quantidade de gotejadores, que garante uma irrigação eficaz e sustentável.  “Para obter o máximo potencial da lavoura, é fundamental buscar orientação de bons profissionais, que ajudarão a implementar práticas de irrigação adequadas e maximizar os resultados com economia”, complementa Torezani.

Benefícios e ganhos

Torezani destaca alguns ganhos ao entender o conceito de faixa úmida. São eles:

– Aumenta a produtividade da colheita;

– Evita aumento desnecessário do número de gotejadores;

– Reduz os custos de produção. Afinal, a quantidade de gotejadores adequada significa menos uso de energia elétrica, utiliza menos água e, ainda, otimiza a utilização de insumos.

Prevenção de doenças 

Além disso, Elídio ressalta outro ponto importante: o uso adequado de gotejadores diminui o risco de doenças relacionadas ao excesso de umidade do solo. “Abaixo do gotejador sempre existirá uma área com excesso de umidade. Essa condição vai proporcionar a difusão da água para todos os lados. As raízes que são submetidas constantemente ao excesso de umidade podem morrer por asfixia, dando oportunidade para o desenvolvimento de enfermidades que podem levar as plantas à morte. Assim, a ideia de ter um gotejador muito próximo à planta, é perigosa”, ressalta o engenheiro.

Fonte: Assessoria Hydra Irrigações
Continue Lendo
SIAVS 2024 E

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.