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Especialista alerta para doenças e pragas na safra de soja durante o El Niño

Fenômeno pode aumentar as secas no Nordeste e intensificar as chuvas no Sul.

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Joao Vitor Gomes Pasquetto, engenheiro agrônomo - Foto: Divulgação/Stoller

Dados da Safras & Mercado mostram que na safra de 23/24 serão plantados 45,62 milhões de hectares de soja no Brasil. Este número corresponderá a maior área da história, crescendo 2,5% sobre o total semeado no ano passado, de 44,52 milhões. Porém, com a chegada do El Niño, fenômeno que tem como característica provocar intensas chuvas e alta temperatura, a safra 23/24 promete desafios para os produtores rurais.

“Até o início deste ano, o Brasil estava sobre o efeito do La Niña, responsável por mais veranicos na região Sul e mais chuvas para as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Com o El Niño, o padrão de chuvas se modifica e a temperatura se eleva – o que vem acontecendo agora em 2023 no Brasil, onde não houve um inverno com temperaturas muito baixas e nem geadas, como ocorreu nos anos anteriores”, analisa João Vitor Gomes Pasquetto, engenheiro agrônomo de Desenvolvimento de Mercado da Stoller. De acordo com análises da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), espera-se que o fenômeno persista até outubro do próximo ano, prolongando a instabilidade climática.

Na safra de soja 23/24, Pasquetto mantém o alerta de que o El Niño mudará a perspectiva nas mais diferentes regiões de cultivo. O fenômeno climático já demonstrou sua influência no início de setembro, com alagamentos na região Sul do país, destacando os desafios estruturais enfrentados tanto nas cidades quanto no campo. As lavouras de grãos estão em estado de atenção podendo ser afetadas do plantio à colheita. E nas regiões Centro, Norte e Nordeste do país, existe a possibilidade de secas severas. “Na região Sul, as lavouras poderão estar mais suscetíveis a doenças devido ao ambiente favorável e também pela possível falta de tempo em fazer as aplicações no momento correto. Com excesso hídrico, o produtor não consegue entrar na lavoura. Os agricultores que usam avião têm uma vantagem operacional no manejo sobre àqueles que tem apenas pulverizadores terrestres e passam dias esperando drenar a água para poder entrar na lavoura”, analisa.

Diante disso, Pasquetto reforça que o problema de doenças, principalmente na região Sul do país, poderá ser um grande desafio e a recomendação é utilizar um manejo integrado e sustentável para se obter bons resultados. O uso de fungicidas continua sendo uma estratégia fundamental, principalmente quando somado a uma nutrição adequada e tecnologias que aumentem a resistência natural das plantas, deixando-as mais tolerantes.

Nas regiões Centro, Norte e Nordeste do país, Pasquetto explica que a seca, somada a temperaturas altas, fará com que o produtor precise focar em manejos para uma adequada gestão da água na lavoura, como é o caso de investir no crescimento de raízes em profundidade e outras ferramentas para retenção de água no solo. “É muito importante essa construção do sistema radicular das plantas em profundidade. O produtor terá que ter um bom perfil de solo, com boas características químicas, físicas e biológicas. Outro ponto importante é ser auxiliado por tecnologias que estimulem a planta a crescer raízes em profundidade, como por exemplo o uso de hormônios promotores”, finaliza.

Gratuito, guia do plantio à colheita de soja pode ser baixado aqui.

Dividido em 13 tópicos, o e-book está disponível no site da Stoller e mostra desde os componentes que incidem na produtividade da soja, a implementação nas lavouras, os principais desafios da germinação ao enchimento dos grãos até chegar na frutificação plena. O guia resume que uma boa produtividade da lavoura depende de inúmeros fatores ambientais e práticas de manejos adotadas, que podem interferir direta ou indiretamente no rendimento da cultura. O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo, mas apesar disso, a produtividade média do grão ainda tem grande potencial de crescimento.

 

Fonte: Assessoria Stoller
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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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