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Esforço do Sul Global para cumprir metas do Acordo de Paris é maior, mas ciência precisa ser desenvolvida localmente

Segundo o Programa de Desenvolvimento da ONU, os países em desenvolvimento, inclusive os mais vulneráveis, são os que mais têm se esforçado na elaboração e aplicação das suas Contribuições Nacionalmente Determinadas.

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Gustavo Guadagnini é presidente do The Good Institute Brasil - Foto: Divulgação

As mudanças que afetam o clima estão acontecendo muito mais rápido do que o previsto e são sentidas em todo o planeta, mas não com a mesma intensidade. Os efeitos do aquecimento global atingem, sobretudo, as economias mais pobres, que possuem menos recursos para responder à crise climática. Por isso, um dos temas centrais nas negociações para mitigar os seus efeitos é o financiamento climático, mais precisamente o cumprimento do acordo firmado em 2015, durante a COP21, em que os países mais ricos prometeram destinar US$ 100 bilhões por ano para que os países em desenvolvimento criem medidas de enfrentamento e adaptação.

Na prática, isso implica em reconhecer a capacidade que o Sul Global tem de criar inovações e soluções tecnológicas para cumprir com o Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento do planeta a 1,5ºC até 2030. Segundo o Programa de Desenvolvimento da ONU (PNUD), os países em desenvolvimento, inclusive os mais vulneráveis, são os que mais têm se esforçado na elaboração e aplicação das suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC), que são metas de curto a médio prazo para reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE). A maioria tem apresentado metas de mitigação e adaptação cada vez mais ambiciosas, com soluções integradas que envolvem economia circular, gestão de recursos hídricos, implementação do mercado de carbono e envolvimento do setor privado.

Os compromissos dos países africanos, por exemplo, são mais robustos do que a média global, com metas mais fortes em relação à resiliência climática, aumento nos esforços de transparência das ações e adoção de tendências emergentes, como os conceitos de “empregos verdes” e “transição justa”. Já as NDCs apresentadas pelos países da América Latina e do Caribe apresentam níveis mais elevados de envolvimento e inclusão de grupos marginalizados (como mulheres, jovens, povos indígenas e idosos) nas tomadas de decisões, tornando o processo das NDCs mais transparente e garantindo que seus resultados beneficiem os mais vulneráveis.

Sul Global será mais afetado pela crise climática mesmo não sendo responsável pela maior parte das emissões de GEE

Os países do Sul Global, frequentemente chamados de Maioria Global, somam cerca de 85% da população mundial e concentram apenas 39% do PIB do planeta. Ou seja, por mais que se esforcem, a maioria desses países expressam enormes necessidades de apoio financeiro externo e de transferência de tecnologia para conseguirem alcançar suas metas.

De acordo com a agência de classificação de risco S&P Global, os efeitos da crise climática podem causar a perda de 4% da produção econômica global até 2050, mas os países emergentes deverão ter perdas no Produto Interno Bruto (PIB) 3,6 vezes maior em relação às nações mais ricas. Um cenário que demonstra a importância da justiça climática, uma vez que, embora não sejam os maiores responsáveis pelo agravamento da crise climática, acabam pagando um preço muito maior por seus efeitos.

Qual é o papel do Sul Global no setor de proteínas alternativas?

Apesar de todas as desvantagens, é enorme o potencial dos países do Sul Global ganharem espaço e protagonizar as mudanças mais relevantes e consistentes em direção a uma economia mais sustentável, especialmente as maiores economias como China, Índia, África do Sul e Brasil, atual líder do G20 e sede da COP30, em 2025. Essas regiões possuem capacidade produtiva, biodiversidade, massa crítica e todo o potencial para desenvolver essas tecnologias localmente. Importá-las significa que, além de já sofrerem com os efeitos de uma crise global, motivada sobretudo pelo padrão de consumo das grandes potências, essas nações ainda precisam comprar tecnologia, que é exatamente o que tem impossibilitado a aplicação de suas NDCs.

Um exemplo disso é a indústria de proteínas alternativas. De acordo com uma pesquisa do The Good Food Institute com a indústria brasileira em 2020, 85% das empresas locais ainda usam a ervilha, que é um ingrediente desenvolvido em países do norte, como principal fonte de proteína para seus produtos plant-based. Essa proteína recebeu muitos investimentos em pesquisa e, por isso, suas funcionalidades são excelentes para a indústria.

Assim, os países do Sul se tornam importadores, pagam mais caro na matéria prima e acabam oferecendo alimentos mais caros nas prateleiras para o consumidor. É por isso que o GFI financia pesquisas em feijões brasileiros e relacionadas à biodiversidade da Amazônia e do Cerrado, com o objetivo de criar ingredientes locais e sustentáveis que, além de serem mais baratos por serem produzidos aqui, vão gerar impacto social positivo para as comunidades produtoras.

O debate sobre o Sul Global envolve protagonismo, e todos os fatores indicam que essa região é altamente relevante no contexto das proteínas alternativas, dado o potencial dessas soluções para superar os desafios enfrentados por essas zonas com necessidades únicas e diversas.

É necessário abordar proteínas alternativas com uma compreensão sensível dos variados contextos locais, promoção da inclusão e fomento da colaboração para uma transformação positiva em direção à segurança alimentar e nutricional, no desenvolvimento econômico, na diversidade alimentar e na sustentabilidade.

Fonte: Por Gustavo Guadagnini, presidente do The Good Institute Brasil

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Quem ganha com a sustentabilidade?

Agronegócio brasileiro tem se comprometido com a pauta sustentável, com o objetivo de reduzir sua ‘pegada ambiental’.

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Foto: Valdecir Gomes da Silva

O Brasil está constantemente sob averiguação quando o assunto é a sustentabilidade de sua produção agrícola. O mercado europeu, por exemplo, vez ou outra questiona a procedência dos produtos brasileiros em relação ao desmatamento e ao uso irregular do solo para a produção de alimentos.

O agronegócio brasileiro tem se comprometido com a pauta sustentável, com o objetivo de reduzir sua ‘pegada ambiental’. Uma das práticas que precisamos incentivar, diante de um cenário de mudanças climáticas, é a agricultura regenerativa.

A prática, criada em 1983 por Robert Rodale, faz referência à necessidade de restabelecer os sistemas naturais em áreas agrícolas. Os sistemas agrícolas regenerativos propõem-se a melhorar a saúde do solo e promover a biodiversidade, beneficiando o ciclo da água, sequestrando carbono e, ao mesmo tempo, produzindo alimentos nutritivos com rentabilidade.

A adoção do sistema de plantio direto na palha no Brasil, por exemplo, que completou 50 anos em 2024, iniciada pelo agricultor Herbert Bartz em 1974, no município de Rolândia (PR), marcou o início da transição de uma agricultura exclusivamente extrativista para uma produção mais consciente.

A prática da agricultura não precisa desmatar ou expandir para áreas de proteção para produzir mais e melhor, mas precisamos da ciência. Soluções apresentadas pela própria natureza, como o plantio direto, que utiliza a palhagem da cultura anterior para proteção do solo e insumos biológicos que visam elevar os índices de produtividade, são exemplos simples e eficazes de que é possível produzir com responsabilidade ambiental e econômica.

O uso dos microrganismos que atuam na Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) reduz o uso de produtos sintéticos. Especialmente os inoculantes, que surgiram como forma de substituir os adubos nitrogenados. Aliado a redução da utilização de adubo químico, o agricultor obtém um ganho expressivo em produtividade.

De acordo com informações da Embrapa Soja, a inoculação das sementes de soja com microrganismos benéficos é uma prática indispensável para fornecer o nitrogênio (N) que a oleaginosa necessita, por meio da simbiose. A bactéria inoculada (Bradyrhizobium japonicum e Bradyrhizobium elkanii) nas sementes penetra nas raízes da soja, formando os nódulos onde ocorre o processo de Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN), essencial para o desenvolvimento da planta.

A fixação biológica pode, dependendo de sua eficiência, fornecer todo o nitrogênio necessário ao desenvolvimento da planta. O uso de inoculantes biológicos pode ser responsável por um aumento de até 6% no índice de produtividade de uma lavoura de soja.Esse adicional pode ser ainda maior se o produtor optar pelo sistema de coinoculação, que combina as bactérias do gênero Bradyrhizobium com Azospirillum, microrganismo que também atua na Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) e como promotor de crescimento.

Esses exemplos comprovam ao mercado mundial que podemos praticar uma agricultura de menor impacto ambiental, utilizando recursos que se regeneram, como os microrganismos empregados como bioestimuladores, biofertilizantes e biodefensivos, garantindo ainda maior rentabilidade ao produtor. De acordo com dados fornecidos pela Croplife, nos últimos três anos, o mercado de bioinsumos agrícolas cresceu a uma taxa média anual de 21% no Brasil, percentual quatro vezes superior à média global.

A ciência está ao lado do produtor e da natureza. Por meio dela, podemos mostrar ao mundo que somos capazes de atender às necessidades das pessoas sem esquecer de que podemos minimizar os danos causados pela intervenção humana.

Fonte: Por Fernando Bonafé Sei, gerente de serviços técnicos Latam da Novonesis
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Questão de coerência

Setor agrícola é altamente vulnerável a variáveis externas, como mudanças climáticas, flutuações de mercado, crises ambientais e políticas, além de pragas e doenças.

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Foto: Divulgação

O sucesso das atividades do setor primário – agricultura, pesca, pecuária, fruticultura e extrativismo – depende da gestão sustentável dos recursos naturais, essencial para garantir a continuidade econômica e ecológica dessas atividades. O produtor/empresário rural sabe que a sustentabilidade assegura a perenidade do setor rural, permitindo que produção e preservação ambiental coexistam de forma harmônica e interdependente.

O setor agrícola é altamente vulnerável a variáveis externas, como mudanças climáticas, flutuações de mercado, crises ambientais e políticas, além de pragas e doenças. Para enfrentar esses desafios, o uso de tecnologia, ciência, planejamento integrado e políticas públicas de incentivo torna-se fundamental. Esses elementos promovem não apenas a produtividade, mas posicionam o Brasil como líder em um agronegócio sustentável, capaz de aumentar a produção sem comprometer a biodiversidade.

Nesse sentido, a legislação ambiental brasileira é essencial para a conservação, mas sua complexidade representa desafios para os produtores rurais. Fiel a sua vocação preservacionista, Santa Catarina foi pioneira no Brasil na criação de um código estadual, em 2009, depois de amplo debate com especialistas, produtores e toda a sociedade barriga-verde.

A legislação catarinense leva em conta as características geográficas e as especificidades da economia de Santa Catarina e, além de ter sido exaustivamente debatido com a sociedade catarinense, já foi validado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O sucesso dessa legislação pode ser concretamente aferido, em grande parcela, porque Santa Catarina tem cerca de 40% de matas nativas preservadas e mais de 1 milhão de hectares de florestas plantadas.

Infelizmente, reiteradas decisões judiciais vêm sistematicamente desconsiderando o Código Ambiental Catarinense e prejudicando o produtor rural e as atividades industriais, criando insegurança jurídica e provocando conflitos na aplicação das leis ambientais em SC. Exemplo disso é que a Polícia Ambiental e o Instituto do Meio Ambiente (IMA) estão notificando e multando agricultores sob a alegação de que não estão observando a Lei da Mata Atlântica.

Ocorre que, além da Lei Ambiental Estadual, a União tem uma Lei Florestal, cujas regras devem ser observadas dentro do contexto em que tais legislações foram editadas. A Lei da Mata Atlântica não prevalece ao Código Florestal Brasileiro e ao Código Ambiental de SC. As legislações são harmônicas entre si e os institutos criados nos códigos nacional e estadual, como por exemplo, o instituto das áreas rurais consolidadas, devem ser respeitados. Uma simples leitura nas notas taquigráficas relativas à exaustiva discussão que deu origem ao Código Florestal Brasileiro revela a intenção do legislador quando criou a lei, sendo que a intenção é a de que o Código Florestal aplica-se em todo território nacional, independente do bioma.

O setor primário já tem pesados encargos. O compromisso do agronegócio com a preservação ambiental se evidencia na manutenção de áreas de Reserva Legal, matas ciliares e encostas de morros em propriedades rurais, fundamentais para a proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos, além de prevenir desastres naturais como deslizamentos de terra e erosão. Essas áreas contribuem significativamente para o sequestro de carbono, ajudando a mitigar as mudanças climáticas. O Código Florestal define que áreas de Reserva Legal devem representar um percentual específico de cada propriedade: 80% na Amazônia Legal, 35% no Cerrado Amazônico e 20% nas demais regiões do país.

Cumprir essas obrigações exige investimentos do produtor/empresário rural, mas quem se beneficia? Toda a sociedade. A preservação da vegetação nativa coloca o produtor rural como um guardião dos ecossistemas, assegurando a continuidade dos recursos naturais para as futuras gerações.

Em Santa Catarina, o apoio e o reconhecimento a essas práticas são fundamentais para um modelo de produção agropecuária que alie eficiência econômica com responsabilidade ambiental, tornando-se uma referência global em sustentabilidade no agronegócio. Mas é preciso coerência na proteção ambiental.

Fonte: Por José Zeferino Pedrozo, presidente da Faesc/Senar/SC.
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Educação cooperativista: como formar líderes comprometidos com o desenvolvimento sustentável

Contribui com uma abordagem baseada na solidariedade, na participação democrática e na responsabilidade coletiva. 

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Nos últimos anos, a necessidade de repensar os modelos educacionais se tornou evidente, especialmente diante dos desafios globais relacionados à economia, meio ambiente e às desigualdades sociais. Nesse cenário, a educação cooperativista contribui com uma abordagem baseada na solidariedade, na participação democrática e na responsabilidade coletiva.

As cooperativas surgiram como uma resposta às desigualdades geradas pelo capitalismo, oferecendo uma alternativa onde os membros são tanto donos quanto usuários das soluções e recursos gerados. Da mesma forma, a educação cooperativista busca formar indivíduos que, além de capacitados tecnicamente, estejam comprometidos com o bem-estar coletivo. Esse modelo de negócio promove o senso de responsabilidade mútua, valor essencial para enfrentar os desafios atuais e promover o desenvolvimento sustentável.

Mas o que é Educação Cooperativista?

A educação cooperativista baseia-se nos princípios fundamentais do cooperativismo, que se distingue dos modelos tradicionais ao promover a participação ativa de seus membros nas decisões que afetam o grupo, por meio de assembleias. Nesse modelo de negócio, o foco não está unicamente na geração de lucro financeiro, mas também no desenvolvimento individual e coletivo, onde os resultados são compartilhados entre todos os sócios.

O conceito de desenvolvimento sustentável envolve o equilíbrio entre crescimento econômico, uso eficiente de recursos, equidade social e consciência ambiental. A educação cooperativista promove esses valores ao incentivar um consumo consciente, o respeito ao meio ambiente e a justiça social. Ao aprenderem em ambientes cooperativos, os indivíduos desenvolvem uma visão mais ampla do impacto de suas ações no mundo ao seu redor. Esses princípios estão diretamente alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela ONU.

Papel das cooperativas de crédito na educação financeira

Diversas instituições cooperativas já implementam programas de Educação financeira para o bom uso das soluções disponíveis e ensino voltados para a sustentabilidade. As cooperativas de crédito, em especial, têm desempenhado um papel essencial na promoção da educação financeira.

Através da formação de seus colaboradores, da realização de cursos, eventos, palestras para cooperados e sociedade e, até mesmo, ações em escolas e universidades, essas instituições capacitam indivíduos a fazer o uso consciente e eficiente das soluções financeiras que oferecem, como crédito, meios de pagamentos e investimentos.

Além das inúmeras ações presenciais, a Unicred também disponibiliza para aqueles que desejam aprofundar ainda mais seus conhecimentos sobre Gestão Financeira e Empreendedora, a cooperativa criou o programa online Unicred.Edu, que já capacitou mais de 9 mil alunos em todo o Brasil.

Ao disseminar conhecimento sobre o planejamento financeiro e a gestão do orçamento, essas iniciativas contribuem com o bem-estar financeiro, a redução das desigualdades econômicas e o fortalecimento da economia local. Além disso, ao empoderar pessoas para que tomem decisões financeiras mais conscientes e responsáveis, essas cooperativas fomentam um ciclo de desenvolvimento sustentável e inclusivo, promovendo o consumo consciente e ajudando a construir uma sociedade mais justa e próspera.

Formação de líderes para o futuro

A educação cooperativista busca formar líderes que valorizam a colaboração e a inclusão, diferentemente dos modelos hierárquicos tradicionais de liderança. Também estimula uma maior responsabilidade nas decisões, capacitando líderes a adotar práticas que priorizem o bem comum, em vez de resultados imediatos e individuais.

Esses líderes compreendem que o desenvolvimento sustentável não é apenas uma meta, mas uma prática contínua que deve ser aplicada em todos os níveis da organização.

É também fundamental que os líderes continuem a se capacitar ao longo de suas carreiras. A educação continuada oferece a oportunidade de se atualizar e reforçar constantemente os princípios de cooperação, encorajando-os a aplicar os valores cooperativos no seu dia a dia, seja na gestão de equipes ou nas relações interpessoais. A prática desses valores no cotidiano é o que diferencia um líder cooperativista de outros modelos de liderança.

Desafios e oportunidades

Apesar dos benefícios da educação cooperativista, no Brasil esse modelo ainda enfrenta desafios significativos. Um dos principais obstáculos é a falta de aculturamento e compreensão por parte da sociedade sobre o potencial transformador do cooperativismo.

Muitas vezes, o sistema educacional tradicional, com seu foco em competitividade e individualidade, acaba ofuscando as iniciativas cooperativas, que promovem a colaboração e o desenvolvimento coletivo. No entanto, as oportunidades são enormes.

Para que essa expansão aconteça, é fundamental que haja incentivos, apoio governamental e uma maior disseminação deste conceito. A integração da educação financeira e cooperativa aos currículos escolares e universitários é outro passo importante para que mais pessoas tenham acesso a essa forma de aprendizado e liderança.

A educação cooperativista é uma poderosa ferramenta para a formação de uma sociedade comprometida com o desenvolvimento sustentável. Se apoiada e difundida de forma adequada, a educação cooperativista pode ser a chave para transformar a sociedade, promovendo uma liderança que prioriza o bem comum e a sustentabilidade a longo prazo.

Fonte: Por Vivien Auca, gerente de investimentos e educação financeira da Unicred
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