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Escassez hídrica preocupa, mas agricultores estão otimistas para safra de verão

Produtores rurais esperam que a falta de chuva não atrase a semeadura da soja, que deve iniciar daqui 30 dias

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Sandro Mesquita/OP

A estiagem que perdura nos últimos anos no Paraná obrigou muitos agricultores do Oeste do Estado a atrasar o plantio da safra de verão 2020/2021. Consequentemente, o plantio do milho safrinha também foi postergado. Agora, com a aproximação do término do vazio sanitário – 10 de setembro – começa a aumentar a apreensão dos produtores para a safra 2021/2022, considerando que a crise hídrica segue trazendo preocupação.

A exemplo de muitos agricultores da região, Edson Neunfeld colhe o milho safrinha de olho no céu, com a expectativa que a chuva venha no momento oportuno.

Ele cultiva 140 hectares na Linha Ajuricaba, interior de Marechal Cândido Rondon, e está otimista para o plantio que se aproxima. O produtor acredita que a chuva virá em meados de setembro, permitindo que a semeadura aconteça no período adequado. “Faremos a nossa parte e esperamos que seja uma safra boa, mas, claro, dependemos bastante do tempo”, menciona.

Segundo o rondonense, caso a previsão de chuva para setembro não se concretize, o plantio da oleoginosa poderá ser mais uma vez atrasado. “É preciso chover uns dias antes para o solo não ficar compactado. Se tivermos uma previsão boa de chuva, vamos arriscar plantar ao menos uma parte”, expõe.

O agricultor relembra que na última safra de verão a chuva foi positiva após o plantio, apesar de faltar água em outros períodos no ciclo da cultura. De acordo com ele, a produtividade foi de cerca de 70 sacas por hectare na área plantada. “Se chegar perto da última safra já ficaremos contentes”, menciona.

Estiagem histórica

O produtor rural Hilário Ildo Hoehn diz não se lembrar de estiagens tão severas quanto as que estão acontecendo nos últimos anos. “Eu nunca vi os rios que passam próximos de casa com pouca água como estão hoje”, relata.

Ele acredita que a falta de chuva está relacionada ao desmatamento e à degradação do meio ambiente. “Estamos pagando um pouco da conta, pois estamos destruindo muito a natureza. Quase não tem mais mata e o pouco que resta continua sendo desmatado”, opina.

Variedades

O engenheiro agrônomo e professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), José Barbosa Duarte Júnior, explica que as variedades de soja estabelecidas para a região fazem parte de grupos de maturação e possuem os ciclos precoces e super precoces, que normalmente têm a fase vegetativa reduzida. Segundo ele, se a semeadura da soja for no dia 11 de setembro, para os cultivares que são indicados para esse período, a soja terá em toda a fase vegetativa um período favorável para crescer e acumular massa seca que contribuirá para um alto rendimento da cultura. “É extremamente prejudicial para a cultura a soja ser semeada antes do dia 11 de setembro, uma vez que o zoneamento é pautado em risco climático, justamente em modelos que avaliam a questão do balanço hídrico e na questão da temperatura”, pontua.

Conforme o profissional, à medida que a semeadura da soja é atrasada, por conta da falta de chuva ou outra questão climática, a tendência é de que a fase vegetativa seja reduzida. “A consequência disso é a redução da estatura da planta e do acúmulo de massa seca, de tal modo que quando chegar na fase reprodutiva ela não vai expressar seu máximo potencial genético. Esperamos que esse ano não ocorra o atraso da semeadura da soja para que a fase vegetativa seja completa dentro de cada cultivar”, expõe.

Influência do “La Ninã”

Conforme o engenheiro agrônomo, devido à influência do fenômeno La Ninã, que deve se estender entre o fim do inverno, primavera e verão, exatamente durante o ciclo da soja, pode haver redução das precipitações de chuvas. “Inclusive, estima-se que a média de chuva este ano seja menor que as médias registradas ao longo dos anos”, informa.

De acordo com Barbosa, a primavera deve ser marcada por temperaturas abaixo do normal para a época do ano, o que pode prejudicar o desenvolvimento da cultura. “Isso não é uma situação boa para a germinação da soja, uma vez que ela precisa de temperatura de solo em torno de 25ºC a 30ºC para ter uma germinação no prazo de uns quatro dias, pois quanto mais tempo a semente permanece no solo, mais predisposta fica ao ataque de doenças”, observa.

Caso as temperaturas realmente sofram influência do La Ninã e com a previsão de geada, ainda que remota, para o início de setembro, o engenheiro agrônomo alerta para que o zoneamento agrícola seja respeitado, inclusive para que a soja não tenha sua germinação prejudicada por conta do frio. “Mesmo que a planta ainda não tenha emergido acima do solo, caso aconteça geada nesse período o frio deverá atrasar o processo de germinação”, alerta.

Outro cuidado que os agricultores devem ter, segundo Barbosa, é a profundidade de plantio para que as sementes sejam beneficiadas em termos de umidade e temperatura. “Ainda que nossos produtores sejam muito experientes e tenham grande conhecimento da cultura, é importante sempre ter a assistência agronômica para auxiliar nesse aspecto”, ressalta.

Previsão de chuva para o fim de setembro

De acordo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), as previsões indicam precipitações fortes de chuva apenas para o final de setembro, o que poderá atrasar a semeadura da soja. Os dados indicam ainda que as chuvas devem ser irregulares no final do inverno e durante a primavera.

Fonte: O Presente

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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CBNA – Cong. Tec.

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