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Sem categoria Suinocultura

Empresa familiar compete com gigantes da genética mundial

No Paraná, a produção genética acontece desde o ano de 1960, ou seja, há quase seis décadas, por empresas familiares

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Giuliano De Luca/OP Rural

DB, Choice, Agroceres PIC e Topigs Norsvin. Juntas, essas quatro gigantes da genética suína mundial são responsáveis por povoar a ampla parte das granjas brasileiras. Um mercado que exige alta eficiência, erro zero, profissionais gabaritados e uma infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento espalhada pelo Brasil e pelo mundo. Mas há quem desafie esses gigantes do agronegócio. Em Toledo, no Oeste do Paraná, um dos celeiros suinícolas do Brasil, a produção genética acontece desde o ano de 1960, ou seja, há quase seis décadas, por empresas familiares.

“Meu pai começou o negócio em 1960. Ele não era produtor, veio trabalhar em uma fábrica, mas teve a visão de trabalhar com genética suína. Começou com uma granja que hoje está com meu irmão. Em 1980, nós dividimos e criei a Agropecuária Piassa”, conta Celso Piassa, que revela que desde a adolescência sabia que seguiria os passos do pai. “Com 14, 15 anos eu já ia visitar os agricultores pra vender. Vi como eu podia fazer, procurava o que tinha de errado em outras granjas, participava de exposições para ver os animais em todo o Brasil. Naquele tempo os eventos de exposições eram concorridos, eu ia para ver como os jurados julgavam aqueles animais”, cita. “Eu já comecei com uma visão diferente. Tanto que tenho vários troféus de exposições. Na primeira que participei já fui o grande campão”, lembra Piassa.

O sucesso do negócio parecia promissor e se desenvolveu naturalmente. Hoje são comercializados cerca de cinco mil animais por ano, machos e fêmeas, que povoam granjas em vários estados brasileiros e até no exterior. “Nosso segredo é uma fêmea que dá muito leite e um macho que dá mais carne e menos toucinho, com rusticidade”, argumenta o produtor. A empresa vende os animais PO (Puros de Origem) das raças Duroc, Large White e Pietrain, além de duas genéticas de cruzamento da fazenda, administrada com a ajuda da esposa Aldair Maria e das filhas e médicas-veterinárias Monique e Franciele, além de nove funcionários.

“Temos as raças puras, mas depois nós fizemos uma genética aqui, com a ajuda das filhas, que é o CP 800, que é um cruzamento de várias raças. É uma genética em que a fêmea produz muito leite e o macho bastante carne e pouco toucinho”, menciona. Por fim, menciona o CP Black, que tem as mesmas características do CP 800, mas temos toucinho ainda e é um animal mais rústico”, garante o empresário. “Como ele é mais rústico, pode ser criado a nível de campo. Isso é importante nesse momento que se fala em produção livre de gaiolas”, sustenta Piassa.

Qualidade e assistência

De acordo com ele, todos os cinco mil animais passam por uma inspeção antes de serem comercializados. “Se não tiver problema nenhum, como no aparelho mamário, ele está apto para a reprodução”, cita Piassa. “Cerca de 10% acaba na terminação. O restante vai para genética”, menciona. De acordo com Franciele, as fêmeas, por exemplo, são selecionadas apenas se tiverem 14 tetos ou mais. “Nossos animais estão aptos para a reprodução”, amplia Monique.

“Qualidade, qualidade”, cita o empresário ao falar sobre como é competir nesse mercado dominado pelas grandes casas genéticas. “Tem que ter qualidade. Eu vendo pros vizinhos da DB e pros vizinhos da Agroceres. Só com qualidade para competir”, gaba-se. “E atendimento. Essa prestação de serviço com o produtor, com assistência técnica 24 horas”, cita Franciele. “A gente já faz o manual de manejo, mas se o produtor tem algum problema ele liga pra nós. Eu faço toda a parte de atendimento ao produtor. Isso é prazeroso”, menciona Franciele.

Desempenho

Para garantir o bom desempenho das matrizes e dos machos reprodutores, menciona Celso Piassa, a nutrição é parte essencial. “A alimentação tem que estar correta, ela representa 50% (no sucesso da atividade). O suíno obeso não serve pra reprodução. Hoje chega aos quatro meses ou quatro meses e meio com cem quilos. Tem alguns núcleos – nutrientes para incluir na ração – que não ajudam a converter em carne, o animal demora seis a sete meses para chegar a esse peso. Com nossa dieta, depois que mudamos o núcleo, reduzimos bastante o tempo”, confidencia.

“Por todo esse trabalho, a gente tem um mercado diverso. A gente vende para pequenos, médios e grandes produtores”, cita Franciele. “Nossos animais vão para várias partes do Brasil. Vendemos muito para Minas Gerais, para os estados do Nordeste, aqui na região e até para produtores do Paraguai”, destaca Monique. O pai delas amplia: “A gente vende pra todo lugar. Vendemos até para o Pará, na linha do Equador, para o Macapá, até para o Peru. O próximo pedido é para Porto Seguro (Bahia)”, alegra-se o produtor, que desafia as multinacionais da genética suína, sustentando há quase 40 anos uma empresa de sucesso e, certamente, com muita história pela frente.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de maio/junho de 2019 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Notícias

Quarenta empresas de nutrição animal participam do Siavs 2024

Maior feira dos setores no Brasil reunirá diversas soluções para a cadeia produtiva.

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Foto: Arquivo/O Presente Rural

Cerca de quarenta empresas fornecedoras em diversos segmentos da área de nutrição animal já confirmaram participação na exposição do Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS), maior evento dos setores no Brasil, que acontecerá entre os dias 06 e 08 de agosto, no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) – entidade organizadora do evento – empresas com variados perfis estarão no espaço de exposição do evento, de empresas brasileiras a grandes multinacionais, com focos variados dentro da nutrição animal.

Diretor da feira do Siavs, José Perboyre: “Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do Siavs” – Foto: Divulgação/ABPA

As empresas se somam às outras centenas de marcas presentes no Siavs, de agroindústrias produtoras e exportadoras de carne de frango, carne suína, carne bovina, ovos e peixes de cultivo, além de fornecedores de equipamentos, genética, insumos farmacêuticos e outros elos da cadeia produtiva que estarão nos mais de 22 mil metros quadrados destinados apenas à área de exposição. “Temos presença massiva de segmentos inteiros dentro da exposição do Siavs, que cresceu já 50% em relação à edição passada. Esta forte expansão é um marco importante do que se espera para a edição deste ano, com novos recordes registrados”, avalia o diretor da feira do Siavs, José Perboyre.

Informações sobre expositores, credenciamento e detalhes da programação estão disponíveis no site do evento.

Fonte: Assessoria ABPA
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Avicultura

Mercedes Vázquez-Añón vai discutir integridade estrutural em aves no 24º SBSA

Diretora de Iniciativas Estratégicas e Colaboração de Contas da Novus International, Mercedes Vázquez-Añón, palestrará em Chapecó (SC) no dia 10 de abril

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A Ph.D. Mercedes Vázquez-Añón integra a programação científica do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) (Foto: Divulgação).

A PhD.Mercedes Vázquez-Añón, diretora de Iniciativas Estratégicas e Colaboração de Contas da Novus International, integra a programação científica do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), evento promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) entre 9 e 11 de abril. A especialista ministrará a palestra “Desafios relacionados à integridade estrutural em aves”, no bloco Abatedouro e Nutrição, no dia 10 de abril (quarta-feira), às 11h30, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). Entre os assuntos abordados estarão os principais impactos dos fatores nutricionais na qualidade óssea de frangos de corte, a interferência do manejo e da sanidade na absorção nutricional, bem como os princípios para dietas balanceadas.

Os investimentos do setor avícola em genética permitiram um aumento significativo no peso de abate em relação às últimas décadas. Por outro lado, houve elevação na incidência de problemas estruturais e locomotores que provocaram consideráveis perdas econômicas para os produtores e as indústrias da cadeia produtiva. Para o presidente da Comissão Científica do SBSA, Guilherme Lando Bernardo, a inclusão do tema na programação contribuirá para enriquecer os debates do Simpósio. “As colocações da dra. Mercedes nortearão os profissionais acerca da compreensão dos recorrentes problemas, de medidas preventivas e possíveis soluções”, destaca.

Para acompanhar as colocações da especialista e demais palestrantes é necessária inscrição no 24º SBSA. As inscrições para o Simpósio e a 15ª Poultry Fair estão no último lote. O investimento é de R$ 850,00 para profissionais e de R$ 480,00 para estudantes. Os ingressos para acessar somente a feira, sem participar da programação científica, podem ser adquiridos por R$ 200,00. Na compra de pacotes a partir de dez inscrições para o SBSA serão concedidas bonificações. Associados do Nucleovet, profissionais de agroindústrias, órgãos públicos e grupos de universidades têm condições diferenciadas.

O 24º SBSA tem apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Prefeitura de Chapecó e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

 

SOBRE A PALESTRANTE

Mercedes Vázquez-Añón possui experiência em pesquisa e desenvolvimento nas disciplinas de nutrição, fisiologia e metabolismo de aminoácidos sulfurados, minerais, antioxidantes e dietas enzimáticas. Ela detém nove patentes para diferentes tecnologias, já publicou mais de 30 artigos científicos e mais de 100 resumos, relatórios técnicos, artigos em anais de conferências e artigos de imprensa.

Dra. Vazquez-Añón possui bacharelado em Engenharia Agrícola Zootécnica pela Universidad Politécnica (Espanha), mestrado pela Penn State University (EUA) e doutorado em Laticínios e Ciências Nutricionais pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA).

Seu trabalho na empresa Novus International (desde 1996) tem como objetivo desenvolver parcerias com clientes, universidades e centros de pesquisa a fim de fornecer soluções para a indústria global de proteína animal nas áreas de saúde estrutural e reprodução, integridade intestinal e prevenção de patógenos, e utilização e sustentabilidade de nutrientes.

Fonte: Assessoria
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Notícias

Paraná representa 35% dos R$ 5,8 bilhões financiados pelo BRDE em 2023

Recursos deram suporte a investimentos em infraestrutura, indústria, projetos de sustentabilidade, agronegócio, inovação tecnológica e no atendimento a micro e pequenas empresas. Só no Paraná foram R$ 2 bilhões.

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Foto: Rodolfo Buhrer/BRDE

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) divulgou na segunda-feira (25) o balanço financeiro auditado referente ao ano de 2023, que reforça o crescimento de suas operações. Os contratos do ano passado totalizaram montante de R$ 5,8 bilhões. Os recursos direcionados para projetos estratégicos em diferentes setores da economia representaram um aumento de 32,1% em relação ao ano anterior (R$ 4,2 bilhões).

Do total operado pelo BRDE, o Paraná foi responsável por R$ 2,05 bilhões, cerca de 35% do valor, fruto de 2.367 contratos firmados. Em relação ao valor de 2022, com R$ 1,7 bilhão, o banco registrou um crescimento de quase 20%. Os setores que mais tiveram contratações foram os de comércio e serviços, com 33% das operações, e indústria, com 31,5%.

A instituição tem como foco o apoio ao desenvolvimento econômico e social da região Sul do Brasil, principalmente para o fortalecimento de empresas e estímulo à inovação. Os financiamentos também abrangeram infraestrutura urbana, projetos de sustentabilidade, agronegócio e atendimento a micro e pequenas empresas.

“Desde 2019, o BRDE alavancou sua eficiência no Sul, seguindo a diretriz dos respectivos governos estaduais, ao pulverizar e customizar o crédito por meio da diversificação de fundos e das parcerias que estabelecemos nesse período”, analisa o diretor Financeiro, Wilson Bley Lipski. “Nos últimos quatro anos, passamos de R$ 2,4 bilhões em contratos anuais para R$ 5,8 bilhões, um aumento de 137%. Esse panorama demonstra que o trabalho do BRDE em prol do desenvolvimento econômico, social e de sustentabilidade é muito ativo”.

“O avanço dos resultados do banco nos últimos anos e especialmente em 2023 demonstra o comprometimento da instituição em ser um instrumento que alavanca a economia da região”, complementa o diretor Administrativo, João Biral Junior.

Destaques

Alguns dos destaques da apresentação foram avanços em programas setoriais da instituição. Durante o ano passado, o BRDE implementou medidas para avançar no conceito de Banco Verde. Foram R$ 1,13 bilhão em negócios ligados a essa linha, com 759 contratos diretos e indiretos. Em junho do ano passado, foi instalado um sistema de placas fotovoltaicas na agência de Curitiba, que geram uma média anual de 168.000 KWh.

Outro destaque ficou com o BRDE Labs Paraná, plataforma de impulsão de startups, que foi eleito o terceiro melhor programa na categoria de inovação ambiental na premiação da Escola Nacional de Administração Pública. O BRDE propôs quatro desafios relacionados ao tema Inovação Verde e Equidade e, ao final, 181 empresas se inscreveram e 10 foram aceleradas.

Também no último ano, o BRDE destinou recursos via incentivos fiscais para a manutenção do Heimat Museum, na Colônia Witmarsum, que conta a história da imigração alemã no Paraná. Outro destaque foi o incentivo ao esporte, como no caso do projeto “Ginástica Fantástica – Uma Nova Possibilidade”, em Pinhais e Piraquara, para custear treinamento de alto nível para seus atletas, novos uniformes e garantir participações em competições oficiais de ginástica do pré-infantil ao adulto.

Fonte: AEN-PR
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