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Embrapa desenvolve metodologia inovadora para avaliar fatores de sucesso na piscicultura

Pelo método, será possível explicar quais as razões externas que afetam a produção

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A Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas, TO) desenvolveu uma metodologia inovadora para identificar quais são os fatores determinantes para o sucesso ou não da piscicultura. Pelo método, será possível explicar quais as razões externas que afetam a produção. Com isso, será possível visualizar com clareza as demandas por políticas públicas e as melhores oportunidades para o piscicultor. O trabalho foi apresentado no maior evento do setor, o Congresso da Sociedade Mundial de Aquicultura – Aqua 2018, que ocorreu de 25 a 29 de agosto na França.

Atualmente, a chamada análise de cadeia de valor para a aquicultura é muito subjetiva. Na maioria dos casos esses estudos servem para comparar polos produtores de diferentes países. “São estudos interessantes, mas que não possuem o detalhamento em nível local. A gente está propondo uma metodologia para saber como funcionam as cadeias de valor localmente, analisando os polos de produção de maneira específica e detalhada”, explica o pesquisador Manoel Pedroza, da Embrapa Pesca e Aquicultura. A ideia é entender o que determina para um produtor ter desempenho melhor ou pior. “Por exemplo, até que ponto a infraestrutura do estado, a oferta de energia, a educação da população têm impacto na rentabilidade do produtor? Até agora isso é uma incógnita para a gente”, afirma. 

Cada polo receberá uma nota, composta por 49 indicadores, e cada indicador terá um peso diferente. Total da produção; taxa de processamento de pescado (quanto é processado e quanto é vendido diretamente); produtividade da mão de obra; infraestrutura; distância para o mercado; emprego de tecnologia; políticas públicas locais; engajamento dos produtores nas políticas locais são apenas alguns dos indicadores que serão avaliados. “É uma análise bem transversal, muito além da produtividade e faturamento. É saber o que tem fora da propriedade que impacta”, esclarece Pedroza, complementando que cada produtor será avaliado individualmente e depois será gerado um índice para cada polo. 

O levantamento vai começar com uma fase de mobilização entre os produtores para que eles respondam o questionário. Inicialmente, serão estudados três polos produtores de tilápia: o de Paulo Afonso, localizado na divisa entre Bahia e Pernambuco; o de Ilha Solteira, no Noroeste de São Paulo e do Oeste do Paraná. Os três são semelhantes na produção, aproximadamente 50 mil toneladas, mas cada um possui características bem distintas, tais como custo de produção, no preço final do produto e margem de lucro para o produtor. 

No Paraná, por exemplo, o custo de produção é o mais baixo, cerca de R$ 3 o quilo da tilápia. É também onde o consumidor final paga mais barato pelo filé. A Bahia, em contrapartida, apresenta o maior custo de produção, no entanto a margem de lucro também é maior, embora nesse caso os produtores vivam em insegurança jurídica e já sofram prejuízos financeiros por conta disso. “Os produtores de Paulo Afonso vendiam para o Ceará, até o dia em que o governo resolveu executar a lei e só permitir a entrada de peixe com selo de inspeção federal – algo que só é possível quando ele é processado. Como o peixe de Paulo Afonso é vendido in natura, os produtores deixaram de exportar para o Ceará”, explica Pedroza.

Segundo o pesquisador, a margem de lucro maior da Bahia ocorre porque o peixe não é vendido para a indústria, nem para o supermercado, que pagam menos pelo quilo do peixe. Ele é vendido inteiro em feiras livres e o atacadista só tem gasto com o transporte e o gelo, sem oferecer o produto em perfeitas condições de conservação e higiene para o consumidor. “Num quadro desses, como é que eu vou dizer que um polo é melhor do que o outro? É pelo volume de produção? Pelo número de indústrias? Pela margem de lucro? Foi daí que surgiu a ideia de criar um índice, com vários indicadores, para que por meio da econometria consigamos estabelecer um peso para cada indicador”, explica Pedroza. 

Caso a receptividade à pesquisa seja satisfatória, Manoel Pedroza pretende expandir o levantamento para outros polos produtivos de tilápia. O estudo faz parte do BRS Aqua, o maior projeto de pesquisa em aquicultura já desenvolvido no país. A iniciativa envolve 22 centros de pesquisa, 50 parceiros públicos e 11 empresas privadas – números que ainda devem aumentar ao longo de sua duração. Os investimentos chegam a R$ 57 milhões para quatro anos de trabalho. A maior parte – R$ 45 milhões – será aportada pelo BNDES Funtec – linha de crédito não reembolsável destinada a projetos de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação.

Fonte: Embrapa Pesca e Aquicultura

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Investidores dos Estados Unidos conhecem Programa de Conversão de Pastagens do Brasil 

Delegação participou de um dos maiores eventos do cenário mundial de investimentos do agronegócio.

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) marcou presença no Global AgInvesting New York, um dos mais importantes eventos do cenário mundial de investimentos no agro, que reúne fundos, bancos e empresas que atuam no setor. O evento ocorreu entre os dias 15 e 17 de abril, no Sheraton New York Times Square, nos Estados Unidos.

A comitiva do Mapa contou com a participação do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Julio Ramos, do diretor de Promoção Comercial e Investimentos, Marcel Moreira, e da adida agrícola junto à Embaixada do Brasil em Washington, Ana Lúcia Viana.

Fotos: Divulgação/Mapa

Na oportunidade, foi apresentado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD), que tem por objetivo incorporar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas aos sistemas produtivos brasileiros de alimentos, biocombustíveis e florestas de alta produtividade, através da adoção de tecnologias de produção sustentáveis.

Durante os três dias do evento, os representantes do Mapa se reuniram com diversos investidores interessados no PNCPD.

“Com esse programa, pretendemos não apenas dobrar a produção brasileira nos próximos dez anos, mas também converter pastagens degradadas em áreas produtivas diversificadas. O objetivo é atender às metas nacionais de redução do desmatamento e recuperação da vegetação nativa, fortalecendo a segurança alimentar mundial e a resiliência climática”, ressaltou Marcel Moreira.

De acordo com os representantes do Ministério, a presença brasileira potencializou ainda a promoção dos benefícios do programa, que incluem a segurança alimentar global, a conservação das florestas nativas brasileiras, a fixação de carbono, além da geração de renda e emprego para o Brasil.

“Foi uma ótima oportunidade para o Brasil dialogar com fundos privados, bancos estrangeiros e grandes empresas interessadas em investir em nosso país, reconhecendo o nosso potencial para o desenvolvimento sustentável mundial. Representando o ministro Carlos Fávaro e o secretário Roberto Perosa, deixamos o encontro com grandes perspectivas e oportunidades. É o Brasil sendo protagonista mais uma vez uma vez em programas de sustentabilidade e geração de emprego, desempenhando um importante papel no combate à insegurança alimentar mundial”, comentou Julio Ramos.

Fonte: Assessoria Mapa
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Poder de compra do avicultor cresce frente ao milho, mas cai em relação ao farelo

Os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

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Foto: Guilherme Viana

O poder de compra de avicultores paulistas vem crescendo frente ao milho.

Isso porque, segundo pesquisas do Cepea, os preços do cereal estão caindo com mais intensidade em relação ao frango vivo, comparando-se as médias da parcial de abril com as observadas em março.

Já no caso do farelo de soja, outro importante insumo da alimentação do setor, o poder de compra de avicultores está menor – os valores do derivado registram pequena queda mensal.

Para o frango vivo, pesquisadores do Cepea indicam que a pressão sobre as cotações vem das fracas vendas internas da carne.

Muitos compradores estão um pouco mais afastados da aquisição de novos lotes de animais, evitando formar estoques elevados da proteína.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Sindilat apoia decreto de proteção da cadeia láctea

O decreto do Governo do Estado limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados

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Foto: O Presente Rural

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoia o decreto do Governo do Estado que limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados. “Qualquer medida que valorize o produtor e o leite do produtor gaúcho é bem-vinda para as indústrias de laticínio do Rio Grande do Sul”, indica o presidente do Sindilat, Guilherme Portella. O decreto deve ser publicado nesta sexta-feira (19/04) no Diário Oficial do Estado e passa a vigorar a partir de 2025.

O presidente do Sindilat salienta que a medida não representa prejuízo para a indústria leiteira, uma vez que quase a totalidade do leite em pó e derivados lácteos que vêm do Uruguai e Argentina são adquiridos por indústrias transformadoras. “Mais de 80% do leite em pó e derivados lácteos que entram para reprocessamento no Brasil vêm via empresas que fazem produtos como chocolates, sorvetes e biscoitos, por exemplo. A indústria de laticínios não importa leite em pó de fora”, destaca.

 

 

Fonte: Assessoria
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