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Em São Paulo, ministro da Agricultura debate soluções sustentáveis para a cadeia dos bioinsumos

Carlos Fávaro participou, nesta segunda-feira (16), do Fórum Bioinsumos no Agro, que reuniu especialistas, pesquisadores e players do setor para discutir e promover soluções inovadoras e sustentáveis para a cadeia.

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Foto: Divulgação/Mapa

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, nesta segunda-feira (16), em São Paulo, do primeiro Fórum Bioinsumos no Agro, que reuniu especialistas, pesquisadores e players do setor para discutir e promover soluções inovadoras e sustentáveis para a cadeia.

Referência mundial na utilização de defensivos agrícolas biológicos no campo, o Brasil conta com mais de 600 produtos comerciais registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e, neste ano, espera-se registrar mais 100 novos produtos de base biológica.

“A responsabilidade pela sustentabilidade do Brasil é nossa. Temos que cuidar do nosso meio ambiente aos nossos moldes, com a nossa altivez. Nesses 50 anos o Brasil passou a ser o grande provedor de alimentos, crescemos para 65 milhões de hectares de áreas com agricultura – 140% -, mas crescemos 580% na nossa produtividade. Essa é a revolução brasileira, galgada na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente e vamos crescer muito mais por isso a importância dos bioinsumos”, ressaltou o ministro durante a abertura do evento.

Um estudo realizado pela CropLife Brasil, em conjunto com a S&P Global, projeta um valor de R$ 17 bilhões para o mercado de bioinsumos até 2030, com taxa de crescimento de 23% entre 2022 e 2030.

Mais da metade dos agricultores brasileiros já usam essa tecnologia, colocando o Brasil em uma primeira posição como o país que mais a adota tanto em biocontrole como em biofertilizantes.

Fávaro ainda lembrou que o Mapa tem iniciativas muito importantes, como a Rede de Inovação de Bioinsumos e a parceria com a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) para o desenvolvimento de novos produtos e diminuir a dependência de fertilizantes fósseis.

“Certamente os bioinsumos terão grande papel no nosso futuro de desenvolvimento, e isso se faz por meio da ciência, de grandes debates e inclusão de tecnologias, sabendo onde queremos chegar porque o Brasil tem competência para isso”, concluiu o ministro.

O evento foi realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), CropLife Brasil e Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).

A programação contou ainda com quatro painéis: o panorama atual do mercado no Brasil e no mundo; políticas públicas e regulamentação; biodefensivos e novas tecnologias no mercado; e os cenários dos biofertilizantes e bioinoculantes.

Fertilidade do solo e sustentabilidade

Os bioinsumos são produtos baseados em componentes biológicos, como microrganismos e extratos vegetais, utilizados para o controle de pragas e doenças, desenvolvimento de plantas e aumento da fertilidade do solo, potencializando os ganhos ambientais em toda a cadeia de produção.

Para ampliar e fortalecer a utilização do defensivo agrícola, o Mapa possui o Programa Nacional de Bioinsumos, que tem o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira. O programa foi instituído pelo Decreto 10.375 e pelas Portarias 102 e 103, publicados em 2020. www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inovacao/bioinsumos
O Mapa está fortalecendo o Programa Nacional de Bioinsumos, com o pedido de alteração do Decreto Presidencial e a inclusão de uma cadeira para o setor empresarial, especialmente para o setor industrial, no Conselho Estratégico do programa.

Além do Programa, a Pasta tem desenvolvido a Rede de Inovação em Bioinsumos, que está sendo estruturada junto com as coleções de microrganismos, para facilitar o acesso das indústrias aos Institutos Federais, Universidades e a Embrapa, para aumentar a possibilidade de parcerias para desenvolver novos produtos. A rede já tem 150 coleções de microrganismos e em breve serão realizadas rodadas de negócios para ajudar a fomentar a inovação no setor.

Outra iniciativa, ainda em desenvolvimento em conjunto com a ABBI (Associaçao Brasileira de Bioinovaçao) e o SENAI, trata de um estudo para desenvolver uma estratégia para acelerar a conversão, reduzindo o uso de Nitrogênio em gramíneas e aumentando o uso de inoculantes, reduzindo a dependência brasileira de fertilizantes importados.

Políticas Públicas e Regulamentação

Integrando a programação do Fórum Bioinsumos no Agro, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart, participou do painel “Políticas Públicas e Regulamentação: aspectos atuais e perspectivas”, destacando a importância da regulamentação para a segurança do setor.

O debate foi moderado pelo vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Arnaldo Jardim e contou com a diretora de Bioindústria e Insumos Estratégicos da Saúde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Cleila Guimarães e do diretor-executivo de Pesquisa e Inovação da Embrapa, Clenio Nailto Pilion.

Fonte: Assessoria Mapa
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Na China, vice-governador do Rio Grande do Sul apresenta potenciais nos setores de proteína animal e energia verde

A delegação também participou do 1º Seminário do Desenvolvimento Sustentável de Cadeias Comerciais Internacionais e 3º Seminário de Cooperação na Cadeia de Abastecimento Alimentar e Pecuária China-Brasil.

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Fotos: Divulgação/Ascom GVG

No dia 27 de novembro, primeiro dia da missão oficial do Governo do Estado em Pequim, na China, o vice-governador Gabriel Souza, que lidera a comitiva gaúcha composta por representantes do Executivo, Legislativo e da iniciativa privada, apresentou os potenciais do Rio Grande do Sul para investimentos, em especial nas áreas de proteína animal e energias renováveis.

“Iniciamos as nossas agendas na capital chinesa com a expectativa de que possamos ampliar as nossas relações de negócios com o país, nosso maior parceiro comercial com quase US$ 5 bilhões em produtos gaúchos vendidos anualmente”, adiantou. Desde 2008, a China é o primeiro destino das exportações do RS. Em reuniões com empresas da área da agricultura, Gabriel detalhou as características geográficas do Rio Grande do Sul, potencialidades e áreas estratégicas do Estado. Ele destacou a qualidade da genética do rebanho gaúcho e a segurança sanitária como dois diferenciais importantes para fortalecer e aumentar o comércio bilateral.

Zona livre de aftosa

A delegação também participou do 1º Seminário do Desenvolvimento Sustentável de Cadeias Comerciais Internacionais e 3º Seminário de Cooperação na Cadeia de Abastecimento Alimentar e Pecuária China-Brasil.

“Desde 2021 somos zona livre de febre aftosa sem vacinação e a China ainda não reconheceu o Estado como tal, precisamos muito desse reconhecimento para que possamos aumentar ainda mais as nossas vendas, em especial de carne bovina com osso e de miúdos”, reforçou o vice-governador durante a abertura do Seminário.

“A importância do Estado estar em solo chinês para apresentação técnica dos nossos produtos e diálogo com investidores amplia a possibilidade de avançar no pleito gaúcho que buscamos viabilizar com essa delegação. Pretendemos organizar uma missão por ano para a China, que é nosso principal parceiro comercial e temos interesse em potencializar as exportações para o país asiático”, disse o titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo.

O titular adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Márcio Madalena, destacou a excelência da defesa sanitária do RS, que possui cobertura total em todo território gaúcho e possui certificações importantes que atestam a qualidade do serviço veterinário do Estado.

“O Rio Grande do Sul é o 3º maior exportador de produtos pecuários e 4º maior valor bruto da produção pecuária. Nosso objetivo é mostrar os potenciais e buscar a habilitação de plantas frigoríficas na área de suínos, bovinos e aves. O reconhecimento do nosso status também abrirá novos mercados para a exportação de miúdos e carne com osso”, afirmou Madalena.

O encontro foi promovido pela China Inspection and Quarentine Association (CIQA), Harbin Eletric Corporaiton e pelo governo do Estado, por meio da Sedec, e reuniu representantes de empresas chinesas. As agendas também foram acompanhadas pela diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, Rosane Collares, e do chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, Fernando Groff, ambos ligados à Seapi.

Termos de cooperação

Dois memorandos de cooperação também foram assinados durante as audiências. Um deles com a China Entry-Exit Inspection and Quarantine Association (CIQA) e outro com a Harbin Eletric Corporaiton. O objetivo é promover a cooperação prática entre as partes no comércio, investimento, indústria e outros campos relacionados, e estabelecer um mecanismo de cooperação regular dentro das legislações jurídicas e comerciais de cada país.

Fonte: Ascom GVG
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Complexo Industrial Copagril recebe investimentos de R$ 50 milhões

Os investimentos ampliarão a capacidade de esmagamento de soja de 750 para 1.200 toneladas/dia.

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Fotos: Divulgação/Copagril

Na esteira de um significativo avanço no setor industrial, o Complexo Industrial Copagril, localizado em Marechal Cândido Rondon, está a todo vapor com a obra de modernização que promete impulsionar a eficiência e a capacidade produtiva da planta. Com investimentos da ordem de R$ 50 milhões, o projeto visa elevar a qualidade dos padrões de produção e ampliar a capacidade de esmagamento de soja de 750 para 1.200 toneladas/dia.

A etapa inicial do projeto já está em pleno andamento, com a chegada dos equipamentos de última geração que serão fundamentais para a implementação das melhorias planejadas. Esses equipamentos, adquiridos junto a renomados fornecedores do setor, representam um salto tecnológico significativo para o complexo industrial da cooperativa. O diretor-presidente da Copagril, Eloi Darci Podkowa, destacou a importância estratégica dessa modernização. “Além de aumentar a capacidade de produção, os novos equipamentos também nos permitirão adotar práticas mais sustentáveis e eficientes, alinhadas com as demandas do mercado e as normativas do setor”, enfatiza.

Novos equipamentos

Os investimentos no Complexo Industrial contemplam a automatização dos processos de recebimento de soja, onde serão realizadas adequações estruturais, bem como reforma e troca de transportadores. O secador de grãos, antes a lenha e operação manual, será alterado para um sistema mais eficiente de aquecimento a vapor com controle automático – um importante passo em direção à sustentabilidade.
Outro ponto é a modernização da área de preparação, com troca de equipamentos e aumento de capacidade produtiva. Neste local, o complexo está recebendo novos equipamentos, de transporte, pré-limpeza, laminador e quebrador de soja, assim como, serão reformados os já existentes.

A área de extração de óleo passará por uma revitalização em parte de seus equipamentos atuais, além da aquisição de novos como por exemplo secador de farelo, cujo novo modelo possui disposição horizontal, que proporcionará o aumento do volume de produção, melhora nos rendimentos de processo e qualidade dos produtos.

Caldeira

Na área de processamento, um dos maiores investimentos está na instalação da nova caldeira. Se atualmente a capacidade é de 8 toneladas/hora de vapor, a nova caldeira terá capacidade de 28 toneladas/hora. A chegada dos componentes da caldeira ao complexo demandou o carregamento de 14 cargas de carretas.

As obras dentro do Complexo Industrial da Copagril ainda englobam nova pavimentação asfáltica da área interna, que deve otimizar o fluxo logístico da planta.

Cronograma

O cronograma da obra prevê a suspensão temporária das atividades de processamento de soja durante o mês de dezembro, a fim de permitir a instalação dos equipamentos e procedimentos internos específicos.
O início da operação assistida do complexo está programado para janeiro de 2024.

 

Fonte: Assessoria Copagril
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Brasil e Senegal ampliam cooperação em defesa e agropecuária

Governo brasileiro quer retomar espaço diplomático na África. Na área comercial, as principais trocas envolvem produtos agrícolas e da pecuária.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Considerado um dos países politicamente mais estáveis da África Ocidental, com sucessão de governos civis e democracia vigente desde a década de 1960, o Senegal tem também uma das economias mais emergentes da região, e vive longo ciclo de crescimento. A localização geográfica privilegiada, na porção mais Oeste da costa africana, mais próximo das Américas e da Europa, também coloca o país em boas condições para trocas comerciais.

Por causa disso, a nação africana, que também é sede regional de alguns dos principais organismos das Nações Unidas, tem sido foco importante de atenção diplomática do governo brasileiro, que busca recuperar espaço perdido nos últimos anos. “Brasil e Senegal compartilham uma longa história de cooperação e amizade, marcada por compromisso mútuo com o desenvolvimento sustentável, a democracia e a promoção da paz. Nos últimos anos, temos fortalecido nossos laços por meio de iniciativas significativas em áreas como educação, saúde, agricultura e energia”, afirmou o embaixador do Brasil no país africano, Bruno Cobuccio, durante o 9º Fórum Internacional de Dacar sobre Segurança e Paz na África.

Exportação de zebu
Na área comercial, as principais trocas envolvem produtos agrícolas e da pecuária. Em maio deste ano, por exemplo, o governo do Senegal importou cerca de 300 touros Guzerá, uma subespécie da raça Zebu, para promover o melhoramento genético do gado do país, como forma de desenvolver a pecuária ainda incipiente. Os animais foram embarcados em dois voos especiais, saindo de Campinas com destino a Dacar. A agropecuária no Senegal representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços) do país.

Além disso, acordos de cooperação na área agrícola com pequenos produtores para utilização na merenda escolar, inspirados na experiência brasileira, vêm sendo feitos há vários anos com sucesso no país, segundo relatórios enviados pela embaixada ao governo brasileiro e ao Congresso Nacional.

Outros programas de cooperação envolviam ações de promoção cultural entre os países e de ensino do português, mas foram descontinuados nos últimos anos por falta de recursos do governo brasileiro. Já o programa permanente que abre vagas para estrangeiros em cursos de graduação e pós-graduação do Brasil costuma contemplar alunos senegaleses anualmente.

Cooperação militar
Outro ponto de atenção prioritária do Brasil na região se dá em matéria de defesa e cooperação na área militar. A atuação de grupos extremistas armados, que se multiplicou nos últimos anos a partir da Guerra na Líbia – que desestabilizou o Norte africano -, intensificou a diplomacia por meio dos canais militares. “A questão do avanço do jihadismo é problema que afeta praticamente todos os países do Sahel, e o Brasil entende que deve manter o acompanhamento disso, contribuir de alguma forma com a parte de formação, e a cooperação está aberta”, afirmou Rafael Frischgesell, adido militar da Embaixada do Brasil no país.

“Nós temos um acordo de cooperação com o Senegal, assinado em 2010, que já temos mais de 150 senegaleses, que foram formados, ou estão em formação no Brasil, em diversos níveis da formação militar”, acrescentou o oficial.

Exercícios militares anuais, coordenados entre as Marinhas do Brasil, da França, dos Estados Unidos e de diversos países da costa oeste da África também fortaleceram a vigilância marítima, especialmente no Golfo da Guiné, região que viu os ataques piratas explodirem há poucos anos, especialmente com saque de combustível e impactos relevantes no comércio marítimo.

No setor de indústria da Defesa, o governo brasileiro assinou, este ano, durante a Laad, mais importante feira de segurança e defesa da América Latina, acordo de cooperação com o Benin, que possibilita a realização de negócios diretamente entre governos, como venda de equipamentos militares brasileiros. “A boa notícia é que o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] vai dar suporte ao financiamento desses negócios que estão por vir”, destacou Frischgesell.

Aviões militares brasileiros fabricados pela Embraer, como o Super Tucano, já operam em Burkina Faso, Mali e Mauritânia. Nesse último país, inclusive, há um escritório de manutenção da estatal brasileira.

Além da formação militar e dos treinamentos conjuntos com países africanos, o Brasil tem um Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), de sensoriamento remoto, que também pode servir de referência nesse tipo de cooperação.

Fonte: Agência Brasil
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