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É Necessário Ampliar o Debate sobre as Exportações de Carne Suína

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Apesar do excelente momento vivido pela suinocultura brasileira em 2014, com preços recordes pagos aos produtores de suínos e valores recordes também no mercado internacional, a discussão sobre a exportação de carne suína mais uma vez ficou na frivolidade da análise momentânea do volume exportado mês a mês e na promessa de que no próximo ano buscaremos mais mercados. Fato é que 2014 encerrou com o menor volume exportado dos últimos 11 anos e pela primeira vez desde 2003 abaixo de 500 mil toneladas.

Os dados mensais já vinham indicando uma queda nos volumes embarcados, e o acumulado até novembro de 2014, de 455 mil toneladas, já indicava que o ano terminaria com um recorde negativo, de não atingir o padrão de pelo menos meio milhão de toneladas enviadas ao exterior. No Anuário 2015 da Suinocultura Industrial adiantei uma previsão de 490 mil toneladas exportadas, e agora com todos os números fechados a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou em seu site que em dezembro foram embarcadas 38,41 mil toneladas e o ano encerrou com o total exportado de 494,22 mil toneladas.

Exportação anual

Expoetação anual

A bem da verdade é que para quem acompanhou mês a mês o volume embarcado não houve nenhuma surpresa, pois já nos meses de janeiro e fevereiro houve queda nos embarques, com agravamento da perda de volume nos meses de julho e agosto. O que impressiona mesmo é que durante todo o ano de 2014 as notícias pareciam tratar de aumento nas exportações, com uma sensação geral de que o preço interno ia bem porque o mercado internacional estava altamente comprador. Até estava, mas não para carne suína brasileira.

Conseguimos um preço melhor, em virtude dos problemas sanitários que atingiram o maior exportador mundial, os Estados Unidos, mas de concreto mesmo foi apenas isso, e graças ao melhor preço recebido no exterior o resultado financeiro deixou a impressão de que o ano foi excelente para as exportações. Numa análise de mais longo prazo, vimos que 2014 foi o ano das mais baixas médias mensais dos últimos três anos, e consolidou uma perda de nada menos que 87 mil toneladas. Também no último ano, apenas um mês, outubro, contou com volume embarcado para o exterior superior à média do triênio, contra quatro meses em 2013 e sete meses em 2012, mostrando um claro movimento de perda de mercado.

Volume mensal amb

O resultado final do último ano foi apenas a confirmação do que vinha acontecendo mês a mês desde o problema da guerra na Ucrânia, que fez com que este país que foi o principal destino das exportações em 2012 nem aparecesse na lista dos principais mercados em 2014. Para se ter uma ideia da importância do volume que deixamos de exportar nos últimos três anos basta vermos que apenas dois destinos superaram esta marca em 2014, Rússia e Hong Kong. Todos os demais países compraram do Brasil no ano passado um volume inferior ao que foi perdido nos últimos três anos.

Destino das Exportações

A queda nos volumes embarcados vem desde 2013, e passamos 2014 inteiro sem uma discussão maior sobre o mercado internacional para carne suína, e não há dúvida que muito contribuiu para isso os altos preços pagos aqui e lá fora. O ano mais uma vez começou com matérias falando em aumentar as exportações, sendo que na verdade temos que primeiro dizer o que fazer para recuperar o que foi perdido.

O Brasil tem ficado de fora dos principais acordos bilaterais e multilaterais, o que no longo prazo pode afetar severamente produtos que possuem maior concorrência de fornecedores no mercado internacional, como é o caso da carne suína. Carne suína não é soja, onde apenas três países, EUA, Brasil e Argentina, disputam um mundo ávido pelo grão. Também não carne de boi, onde um reduzido número de países tem espaço físico para aumentar a oferta de gado e atender uma demanda mundial responsável por uma escalada surpreendente dos preços.

A discussão sobre o mercado internacional para carne suína brasileira é necessária para responder qual a real possibilidade de recuperação do volume perdido nos últimos três anos; quais expectativas de volume o setor pode esperar para os próximos anos; e a mais importante delas, qual o tamanho do esforço que será necessário fazer no mercado interno para acomodar o aumento da produção. Sem discutir de forma clara e com números todas estas possibilidades, corremos o risco de quando o mercado do suíno vivo baixar o preço vermos a tese de que o mercado internacional se retraiu. Para quem ainda não se deu conta isso já aconteceu.

Fonte: Fabiano Coser

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Brasil e Japão assinam memorando para fortalecimento da cooperação agrícola

Objetivo é ampliar as relações comerciais entre os países.

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Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto - Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião bilateral realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto, foi assinado o Memorando de Entendimento para fortalecimento da cooperação entre os dois países no âmbito da agricultura.

O objetivo é tratar da expansão das relações comerciais entre os países, bem como o suprimento estável de grãos do Brasil ao Japão e a promoção de sistemas agroalimentares sustentáveis.

O encontro aconteceu na tarde desta última sexta-feira (13), em Chapada dos Guimarães (MT), após o encerramento da Reunião Ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20.

“Temos muito orgulho da relação Brasil Japão. Temos grandes oportunidade na cooperação e produção de alimentos e energias renováveis”, pontuou o ministro Carlos Fávaro na reunião.

O ministro japonês ressaltou a importância da assinatura do memorando, destacando que a medida atende a diversos aspectos da agropecuária para ambos os países.

Ele aproveitou a ocasião para parabenizar o Brasil pelo sucesso na organização do G20.

Além da assinatura do Memorando de Entendimento, a reunião tratou de temas como a transição energética. Em missão no Japão, Fávaro vistou a Toyota para tratar da fabricação de carros movidos a combustíveis renováveis no Brasil, fortalecendo a agroindústria brasileira e contribuindo como a sustentabilidade do planeta.

Fonte: Assessoria Mapa
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Brasil e Azerbaijão assinam memorando de entendimento para a pecuária e saúde animal

Acordo foi firmado na última sexta-feira (13) durante reunião bilateral no G20 Agro.

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Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov - Foto: Divulgação/Mapa

Os ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov, respectivamente, assinaram Memorando de Entendimento para a cooperação em pecuária e saúde animal nesta sexta-feira (13), durante uma reunião bilateral no G20 Agro.

A cooperação abrange o desenvolvimento da pecuária, saúde animal e matérias-primas; fomento à horticultura; e gestão sustentável do agronegócio e sustentável territorial, além de áreas como genética, biotecnologias de processamento e colheita, aprimoramento de maquinário agrícola e controle de pragas e doenças.

Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância do compartilhamento de ciência e tecnologia e afirmou que o acordo possibilitará avanços comerciais. “Vamos avançar na implementação dessas cooperações. Este é um momento muito oportuno para firmar novas oportunidades comerciais que sejam benéficas e equilibradas para ambos os países”, disse Fávaro.

 

Já o ministro Mammadov ressaltou a relevância da assinatura do memorando, destacando a importância da cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele mencionou que, nesta sexta-feira, houve uma reunião com a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na qual foram discutidas parcerias para pesquisa sobre mudanças climáticas. “Entendemos a importância da colaboração e da pesquisa nesse campo. No que diz respeito às relações diplomáticas e à cooperação agrícola, nosso compromisso é firme”, afirmou o ministro do Azerbaijão.

Neste ano, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) acontecerá em novembro, na capital do Azerbaijão, Baku. O evento foi destacado pelos ministros como um marco importante, especialmente por anteceder a COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).

Fonte: Assessoria Mapa
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No G20 Agro, Brasil e Portugal firmam memorando para produtos agroalimentares

Foco será garantir o cumprimento das normas de segurança e qualidade

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Reunião bilateral - Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, no estado de Mato Grosso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para realizar uma série de reuniões bilaterais estratégicas. Os encontros ocorreram nesta sexta-feira (13), no município de Chapada dos Guimarães (MT).

Os acordos visam fortalecer as relações bilaterais na agricultura e viabilizar projetos conjuntos de cooperação técnica para promover a evolução sustentável dos sistemas produtivos.

Em encontro com o ministro da Agricultura e Pescas de Portugal, José Manuel Fernandes, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Pescas de Portugal (MAGRIP). O documento regula o controle de segurança e qualidade dos produtos agroalimentares, promovendo a cooperação institucional e técnica entre os dois países.

“Esta assinatura demonstra o equilíbrio nas relações e reciprocidade entre Brasil e Portugal, além de abrir portas para novos diálogos e parcerias. Temos outros setores que também podemos explorar em conjunto”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Na ocasião, também foram discutidos pontos de interesse mútuo. O Brasil solicitou o apoio de Portugal nas negociações sanitárias e fitossanitárias junto à União Europeia.

Cooperação Internacional

Índia

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro e o ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia, Ramnath Thakur, reforçaram o interesse e o compromisso de ambos os países em continuar o diálogo em prol dos produtores, por meio de cooperações técnicas. “O Brasil tem grande interesse em manter e ampliar as relações comerciais com a Índia. Nosso objetivo é desenvolver capacidades mútuas na área agropecuária, especialmente no setor de pulses e pecuária leiteira”, afirmou Fávaro.

O ministro indiano convidou Fávaro a conhecer os sistemas agrícolas da Índia, ressaltando que “com certeza o ministro ficará surpreso”.

Emirados Árabes Unidos

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro com a ministra das Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Amna Al Dahhak Al Shamsi, e sua delegação, o ministro Carlos Fávaro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Fávaro reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade.”Estamos com um objetivo muito claro de zerar o desmatamento. Como? Por meio desse programa que criamos para a recuperação de pastagens degradadas”, disse Fávaro.

A ministra Shamsi destacou a importância da pesquisa para o desenvolvimento de práticas sustentáveis. “Temos avançado nas pesquisas em colaboração com universidades, o Ministério das Mudanças Climáticas e centros de pesquisa dos Emirados Árabes. É essencial para nós garantir que estamos desenvolvendo culturas climaticamente inteligentes que possam prosperar”, afirmou.

Itália

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em continuidade às reuniões bilaterais, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas da Itália, Francesco Lollobrigida, para debater cooperações técnicas e inovações tecnológicas entre os países.

“O G20 Agro foi um grande evento”, afirmou Lollobrigida. “Como presidente do G7, a Itália vê os temas abordados no G20 no Brasil como um ponto de convergência importante”.

Reino Unido

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião com Daniel Zeichner, ministro de Estado para o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido, o ministro Fávaro reiterou a satisfação do Brasil em ter o Reino Unido como parceiro para alcançar o objetivo de erradicar a fome, promover a segurança alimentar e melhorar a nutrição global por meio de uma agricultura sustentável, com alta produtividade e resiliência às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Mapa
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