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Dirigentes de cooperativas gaúchas realizam roteiro técnico no Paraná

Organizada pela FecoAgro/RS, visitas técnicas tiveram por objetivo conhecer modelos de gestão, intercooperação e industrialização

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Com mais de mil quilômetros percorridos, um grupo de 40 representantes de 27 cooperativas agropecuárias gaúchas, organizados pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), realizou visita técnica durante quatro dias a representações no Estado do Paraná. No total, nove cidades estiveram no roteiro onde temas como agroindustrialização, intercooperação, crédito rural e governança foram abordados.

O presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, destacou que a visita técnica foi extremamente positiva, já que a delegação era composta por executivos com poder de influência dentro de suas cooperativas. Salientou também que o roteiro foi preciso em levar informações sobre temas importantes para o cooperativismo. "A realidade do Paraná é outra, mas esta integração que houve entre os nossos dirigentes, concluímos que este primeiro programa foi extraordinário. Precisamos olhar o que está se fazendo em termos de gestão, industrialização, entre outros pontos, para que cada um, dentro da sua realidade, leve para sua cooperativa", observou.

No primeiro dia, os dirigentes cooperativistas do Rio Grande do Sul estiveram na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, onde um dos assuntos abordados foi a ferramenta de autogestão, implantada desde os anos de 1990 no território paranaense e que vem sendo estimulado nos últimos dois anos pela FecoAgro/RS e pela Ocergs no Rio Grande do Sul. Leonardo Boesche, superintendente do Sescoop/PR, reforçou as ações de forma a auxiliar as cooperativas na tomada de decisão da gestão. Neste ano 82% das cooperativas paranaenses participaram do programa. "As cooperativas responderam o questionário e em cada uma podemos tirar um modelo de governança, que cada uma vai poder adotar", ressaltou.

A tarde, a delegação esteve em visita ao moinho de trigo da marca Herança Holandesa, que é fruto da intercooperação da Frísia Cooperativa Agroindustrial, Cooperativa Castrolanda e Capal Cooperativa Agroindustrial. A capacidade de moagem da unidade é de 400 toneladas por dia, chegando a 120 mil toneladas por ano, com produto oriundo de 3 mil associados da cadeia produtiva. O dia encerrou com uma visita à sede da Frísia Cooperativa Agroindustrial, na cidade de Carambeí. o diretor secretário da cooperativa, Hans van der Meer, recebeu o grupo dos gaúchos no auditório da unidade onde explanou sobre o trabalho realizado pela marca que substituiu a antiga Batavo. O foco do trabalho é nos produtos agroindustriais derivados do leite e dos suínos, mas também operam com a parte de grãos. 

No segundo dia, o destino foi Maringá, em visita à Cocamar, onde o grupo foi conhecer especialmente o modelo de gestão e governança implantado na cooperativa. Implantada em 2014, a nova forma de gestão da cooperativa aboliu a figura de um presidente associado da cooperativa e colocou dois executivos contratados na liderança de todo o processo. Os dois nomes já eram funcionários da casa e passaram anteriormente por formação e treinamentos. O vice-presidente executivo da Cocamar,afirmou que a cooperativa entendeu que deveria formalizar este trabalho de sucessão, preparar profissionais para tocar a operação e então começou a construir este modelo de governança corporativa de profissionalização da gestão. "Isto facilita o processo de cobrança do cooperado e o papel dele passa a ser o de direcionador do planejamento da cooperativa. O cooperado é mais ativo e se compromete mais com a organização da cooperativa. Quando ele vê a cooperativa crescendo, ele percebe a funcionalidade deste modelo", destacou.

No terceiro dia, o roteiro começou em Campo Mourão, com visita à sede da Coamo onde o grupo foi recebido pelo presidente José Aroldo Gallassini. Sobre o crédito agrícola, o dirigente ressaltou que a cooperativa mesmo faz os empréstimos aos cooperados, com juro de 1% ao ano. Ele observou que o crédito é algo que a cooperativa pode fazer muito bem se ela tiver um bom crédito junto aos bancos ou cooperativas financeiras que façam este trabalho, favorecendo o crédito para o associado fazendo o capital de giro andar. Sobre seguro rural, salientou que o agricultor não pode assumir sozinho o risco de uma frustração de safra. "Cobrimos todo ano alguma coisa quando dá uma seca ou granizo, o agricultor não ganha dinheiro mas não fica endividado", lembrou.

Depois o destino foi a Copacol, em Cafelândia. A agroindustrialização é o forte da cooperativa, que mantém negócios nas áreas de aves, suínos, pescado e leite, com o trabalho de produtores integrados. "O principal benefício ao cooperado é a diversificação. Temos um centro de pesquisa que proporciona toda a informação técnica para os produtores para garantir rentabilidade e produtividade, mas trabalhamos com quatro agroindustrializações que trazem retorno ao cooperado: aves, suínos, peixes e leite. Uma boa produtividade com a integração proporcionam o suporte para que ele e a família tenham renda na propriedade", informou o presidente Valter Pitol.

Pela manhã, a visita inicial foi no terminal ferroviário da Cotriguaçú, em Cascavel, mantida pelas cooperativas Copacol. C.Vale, Coopavel e Lar. Desde 2013, o terminal escoa a produção de grãos e de produtos de origem animal para o porto de Paranaguá por ferrovia. De acordo com o gerente da unidade, Edson Vidal, este era um desejo das filiadas e hoje elas estão alcançando resultados e atendendo a necessidade das cooperativas, que estão sentindo os resultados positivos, com influência na rentabilidade dos produtores na origem. "Tudo passa dos diretores acreditarem no projeto e de resolverem fazer. Precisava fazer algo diferente e elas apostaram na troca do modal, abandonar o modal rodoviário pelo ferroviário, claro que não na sua totalidade, mas em um bom percentual que ela representa", observa.

O destino final da delegação dos dirigentes das cooperativas estiveram no município de Medianeira. A primeira parada foi no complexo industrial de suínos da Frimesa, central administrada pelas cooperativas C.Vale, Coopavel, Copacol, Lar e Primato, que também mantém estrutura para produtos lácteos. O grupo foi recebido pelo diretor executivo da cooperativa, Elias Zydek, que explicou o modelo de governança da central e mostrou também o processo de integração de suínos e de leite. Depois, a tarde, encerrando a jornada, a visita técnica foi na cooperativa Lar, onde o segundo vice-presidente da cooperativa, Urbano Inácio Frey, mostrou o trabalho desenvolvido nas unidades de produção da cooperativa.

Participaram do roteiro representantes do Sescoop/RS e das cooperativas Cotrisel, Coasa, Caal, Cotribá, Cotrifred, Cotrimaio, Cotrisoja, Cooperoque, Coagrisol, Cotrijal, Camnpal, Cotricampo, Coopatrigo, CCGL, Cotapel, Cotripal, Coomat, Coagrijal, Piá, Agropan, Cotrisal, Languiru, Cotrisul, Coagril, Cotrijuc e Coopermil.

Fonte: Assessoria

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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