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Dificuldades enfrentadas pelas pequenas e médias agroindústrias do setor cárneo no Brasil

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[1]Guilherme Augusto Vieira- Médico Veterinário

Amigos, retorno a este espaço após afastamento de algumas semanas para tratar de um assunto que movimentou o agronegócio brasileiro nas últimas duas semanas: A reportagem publicada no Globo Rural sobre o Serviço de Inspeção Municipal adotado pelo município de Cianorte no Paraná.
A ação da Prefeitura fez com que ocorresse uma profissionalização do segmento agroindustrial na cidade, implementou processos de segurança alimentar além de criar emprego e renda e o mais importante :manteve o homem no campo além de trazer jovens que trabalhavam em sub-empregos ( tipo motoboy sem carteira assinada) a trabalharem nas propriedades de suas famílias aumentando a produtividade e melhorando o seu negócio. Vale a pena pesquisar na net a reportagem, é um alento para o agronegócio e agricultura familiar no Brasil.
Entretanto, estas pequenas agroindústrias carecem de processos de gestão e tem dificuldades de sobrevivência no mercado. Diante desta perspectiva , abordaremos neste artigo uma reflexão sobre as dificuldades enfrentadas pela pequena agroindústria do setor cárneo no Brasil e apresentaremos soluções para sua gestão. 
O agronegócio é um dos mercados mais promissores da economia brasileira, responsável atualmente pela formação de mais de 30% do PIB nacional, algo em torno de R$ 700 bilhões, respondendo pela ocupação de 52% da população economicamente ativa e 47% da pauta de exportações do país, números que evidenciam a sua relevância.
A agroindústria é um dos principais componentes dos elos das cadeias produtivas agro alimentares exercendo um importante papel coordenador ao longo de todo sistema agroindustrial no contexto do agronegócio.
Nesta conjuntura, observa-se que as agroindústrias que participam das cadeias produtivas dos segmentos de aves e suínos são consideradas as mais estruturadas entre os sistemas agroindustriais, pois, pratica o sistema de integração vertical, fato observado e consolidado desde a década de 60. Já as agroindústrias que trabalham e operam nas cadeias produtivas da bovinocultura de corte enfrentam problemas estruturais na relação com seus fornecedores, além de enfrentar um mercado cárneo ciclotímico e a maioria das suas plantas frigoríficas está dimensionado para realizar as operações de abate, o que dificulta a oferta de produtos ao consumidor, fato não observado nas agroindústrias de frangos e suínos que disponibilizam um variado mix de produtos.
Atualmente, ao estudar a estrutura de mercado das agroindústrias cárneas no Brasil, verifica-se que se tem uma disparidade fenomenal em termos mercadológicos. Por um lado temos grandes indústrias multinacionais que dominam de forma competente o mercado interno e externo cárneo (o que muito nos orgulham), sendo considerados verdadeiros players no comércio, abate e processamento dos produtos e por outro lado pequenas e médias agroindústrias que operam no mercado e tem grandes dificuldades de sobreviver neste mercado cada vez mais competitivo.
A grande maioria das pequenas e médias agroindústrias no Brasil evoluiu de forma artesanal para uma realidade profissional, atendendo um mercado regional carente de produtos. Geralmente, a grande maioria dos proprietários agroindustriais tem uma grande vocação empreendedora, mas baixa capacidade gerencial, o que dificulta os processos de gestão em seus estabelecimentos.
São vários os problemas enfrentados por estas empresas, merecendo destaque:
-Acesso ao crédito, 
-Obtenção de registros junto aos órgãos,
-Infra-estrutura de suporte ( financeira, contábil,técnica, contábil,etc…) 
-Dificuldades: Para adequação à legislação sanitária, elaboração de projetos de marketing, 
– Ausência de condições financeiras e estruturais para contratação de Assistência e consultoria técnica (acesso à tecnologia), 
– Cumprimento as legislações fiscais e tributárias
– Capacitação gerencial. 
-Dificuldades de competição com grandes grupos empresariais, principalmente nas questões ligadas ao desenvolvimento de produtos, marketing e inovações tecnológicas.
O que fazer para superar as dificuldades? Como enfrentar a competitividade mercadológica?
Creio que o primeiro passo é a profissionalização por parte das empresas. Segundo, buscar a qualificação dos seus dirigentes e colaboradores em gestão agroindustrial. Terceiro e mais importante: Adotar uma mentalidade associativista entre os agroindustriais, buscando se organizar em Associações, Cooperativas e Condomínios de produção. Juntos irão pressionar as autoridades em busca de melhores condições de estrutura e negociarão melhor as compras de insumos e venderão melhor seus produtos, podendo até instalar equipamentos de uso coletivo. O melhor exemplo é a UNIFRANGO no Paraná, vale à pena conhecer aquela realidade.
Todos que trabalham no agronegócio devem batalhar para a melhoria das agroindústrias de pequeno e médio porte, pois mudam uma realidade regional e movimentam toda a economia local. Não existe um empreendimento que promove mais a geração de empregos do que uma agroindústria. Atenção Senhores Prefeitos de Municípios de pequeno e médio porte: Vamos atrair mais agroindústrias para suas regiões.

Com a finalidade de promover a gestão de pequenas e médias agroindústrias, o Instituto Qualittas em conjunto com a Qualyagro Consultoria lançou o Curso de Gestão das Indústrias de alimentos, destinado justamente aos profissionais e estudantes que militam no segmento agroindustrial visando uma melhor gestão do negócio agroindustrial http://www.portalqualittasead.com.br/

Até uma próxima oportunidade.

[1]
Médico Veterinário, Doutorando em História das Ciências Agrárias,UFBa; Mestre
em Alimentos pela UFBA, Professor Universitário em Agronegócios, Secretário
Executivo da Associação Baiana de Avicultura; guilherme@farmacianafazenda.com.br

Fonte: Guilherme Augusto Vieira- Médico Veterinário

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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CBNA – Cong. Tec.

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