Conectado com
VOZ DO COOP

Suínos / Peixes

Dietas atrativas estimulam leitão recém desmamado

Para estimular o consumo de alimentos é essencial a adoção de dietas complexas, as quais incluem alimentos de alta palatabilidade e digestibilidade

Publicado em

em

Artigo escrito por Julio Cezar Dadalt, zootecnista. PhD em Nutrição de animais monogástricos e gerente técnico de Suínos da Poli-Nutri Nutrição Animal e Aline Alves da Silva, zootecnista, mestre em Nutrição de animais monogástricos e gerente de Nutrição e Formulação da Poli-Nutri Nutrição Animal

Na criação comercial de suínos é comum nos depararmos com baixo consumo de ração na fase pós-desmame, o que compromete a produção de enzimas digestivas e aumenta a incidência de desordens intestinais e diarreias. Para estimular o consumo de alimentos, e manter a integridade da mucosa intestinal, é essencial a adoção de dietas complexas, as quais incluem alimentos de alta palatabilidade e digestibilidade, como lácteos, plasma sanguíneo, farinhas de peixe, etc. Sabendo que o ganho de peso dos leitões na fase de creche está relacionado com o ganho de peso na fase de terminação, e que o consumo de ração nesta fase inicial equivale a 15% do consumo total, podemos entender que uma dieta mais cara na fase pós-desmame não significa desperdício de dinheiro, e sim investimento para o futuro.

Fatores que afetam a ingestão de alimentos em leitões desmamados

Exposição a patógenos: A exposição dos suínos a patógenos (vírus e bactérias) resulta na liberação de moléculas pró-inflamatórias que ativam o sistema imunológico (sistema de defesa do animal). Esta ativação do sistema imune produz alterações nos processos metabólicos, e resulta na redução no consumo de ração, e, consequentemente queda de desempenho.

Idade ao desmame, creep feeding e mistura de leitegadas: O desmame é o momento em que ocorre estresse de diferentes ordens: nutricional (mudança de dieta líquida para dieta sólida), psicológica (mistura entre animais de diferentes ninhadas e separação da mãe) e ambiental (baias com menor controle de temperatura, umidade, etc.). Como consequência, os leitões expressam desempenho menor do que seu potencial genético permitiria expressar.

O manejo estratégico mais comum que ocorre na fase que antecede o desmame é o creep feeding. Esse manejo consiste na oferta de alimentos sólidos de origem animal que apresentam alta digestibilidade, mas também na oferta de ingredientes de origem vegetal, tais como milho e farelo de soja, que estimulam a secreção de ácidos e enzimas no estômago e intestino, e que preparam  o leitão para as fases subsequentes.

Quando se trata de mistura de leitegadas, a resposta deste manejo sobre a ingestão de alimentos ainda é controversa. Algumas pesquisas demonstram uma redução na taxa de crescimento, no consumo de ração e piora na conversão alimentar de leitões expostos a diferentes grupos sociais. No entanto, outros trabalhos mostram que o estresse gerado pela mistura de leitegadas estimula o leitão às disputas de dominância social, e, consequentemente favorece de forma positiva o consumo de ração.

Fatores ambientais: Diante da necessidade de manter a termoneutralidade no período de baixas temperaturas, os animais costumam desenvolver alguns comportamentos inatos de sobrevivência, e se agrupam para reduzir a perda de calor e evitar a hipotermia. Grande parte da energia fornecida via dieta, nessa fase, é usada para manter constante a temperatura corporal, no entanto, quando o consumo de alimentos é baixo essa energia usada para sobrevivência e ganho de peso pode ser insuficiente para atender a demanda do animal. Em contrapartida, altas temperaturas raramente afetam o desempenho de leitões jovens.

Atratividade das dietas

O suíno apresenta dois diferentes comportamentos em relação ao consumo dos alimentos: a preferência inata que é adquirida antes do nascimento através da transmissão de sinais químicos da dieta materna para leitegada por meio do líquido amniótico e um comportamento adquirido que evolui para uma aceitação. Os suínos são capazes de identificar alimentos seguros e nutritivos não somente pela percepção gustativa, mas pela associação das sensações visuais e olfativas. Esta denominação é denominada de percepção alimentar. O olfato representa um dos mais acurados sentidos do suíno, interagindo fortemente  com a gustação, estima-se que os suínos tenham cerca de 1000 genes relacionados à percepção do olfato.

De forma geral, a preferência alimentar dos leitões costuma variar de acordo com a natureza dos macroingredientes da dieta. Alguns ingredientes colocados em menor quantidade nas formulações também podem desempenhar um papel importante na preferência alimentar. Fatores antinutricionais presentes nos produtos de origem vegetal, tais como, lecitina, tanino, inibidores de tripsina e quimotripsina, dentre outros, podem comprometer a palatabilidade da ração final por apresentarem sabor amargo, o qual os suínos apresentam aversão. Neste sentido, a forma de processamento e o tratamento térmico, feitos de forma correta, podem reduzir consideravelmente a atividade da maioria destes compostos indesejáveis.

Quanto aos palatabilizantes artificiais, os resultados de pesquisa ainda são inconsistentes e controversos, uma vez que a replicação dos experimentos nem sempre promovem resultados semelhantes. A adição de edulcorantes em dietas de leitões desmamados já demostrou bons resultados no que tange aumento no consumo diário. O açúcar, o melaço e o glutamato monossódico, quando adicionados às dietas de leitões desmamados também melhoram a palatabilidade e, consequentemente, a ingestão de alimento, enquanto alguns palatabilizantes artificiais produzem sabor "metálico" que geralmente resulta em "fadiga" de sabor em leitões jovens.

A forma física da dieta também influencia no desempenho dos leitões, especialmente naqueles desmamados precocemente. Um grande número de trabalhos evidencia que rações peletizadas proporcionaram melhores resultados de desempenho, principalmente nos primeiros dias pós-desmame. Assim como, as gorduras e os óleos desempenham um papel importante na preferência alimentar relacionada à percepção do gosto pelo leitão. Ácidos orgânicos, isolados ou combinados, também tem demostrado bons resultados na elevação do consumo. Produtos de origem animal, tais como plasma sanguíneo, farinha de sangue, farinha de carne e vísceras, que apresentam baixa palatabilidade para humanos, se mantidos dentro do controle de qualidade podem ser muito bem aceitos por leitões jovens.

Em suma, um dos grandes desafios dos nutricionistas de suínos é entender em profundidade os eventos fisiológicos e biológicos que ocorrem com o leitão no período pós desmame, e não somente encontrar soluções de dietas de alto valor nutricional, mas também de alto consumo. Dietas de alto valor nutricional, mas de baixa atratividade, não são consumidas em quantidades suficientes pelos leitões, e, consequentemente, podem limitar o ganho de peso diário dos animais.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2017.

Fonte: O Presente Rural

Continue Lendo

Suínos / Peixes Rio Grande do Sul

Agricultura prorroga prazo de IN sobre biosseguridade nas granjas de suínos

Prazo, que terminava na quarta-feira (22), foi prorrogado até 31 de março de 2025 por meio da publicação da IN nº 13/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), no Diário Oficial do Rio Grande do Sul.

Publicado em

em

Foto: Divulgação/O Presente Rural

O prazo para que as granjas de suínos se adequem às normas estabelecidas na Instrução Normativa (IN) nº 10/2023 foi prorrogado em virtude do estado de calamidade causado pelos alagamentos no Rio Grande do Sul. A Instrução estabelece as diretrizes mínimas de biosseguridade nas granjas de suínos para fins comerciais. O prazo, que terminava na quarta-feira (22), foi prorrogado até 31 de março de 2025 por meio da publicação da IN nº 13/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), no Diário Oficial do Estado.

De acordo com Fernando Groff, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Seapi, “na esteira dos acontecimentos que resultaram na situação de calamidade no Rio Grande do Sul com efeitos desastrosos sobre a estrutura logística do Estado e sobre as cadeias produtivas, se impõe a necessidade de uma adequação de prazos, sem prejuízo aos criadores que já providenciaram antecipadamente”.

 

Até 31 de março de 2025, a IN define que as granjas façam as seguintes ações:

  • Elaborem plano de ação com cronograma para adequação da granja;
  • Possuam vestuário e calçados de uso exclusivo da granja ou descartáveis;
  • Possuam sistema de desinfecção de equipamentos e objetos que irão ingressar na granja comercial;
  • Utilizem apenas veículos limpos e desinfetados;
  • Impeçam acesso de outros animais na área interna da granja comercial;
  • Possuam reservatórios de água fechados, protegidos e limpos;
  • Realizem cloração ou processo equivalente, mantendo a potabilidade da água prevista em legislação;
  • Possuam programa de prevenção e controle de pragas em todas as

instalações;

  • Cumpram período de vazio sanitário para visitas e realizar registro de visitantes;
  • Possuam os registros auditáveis e demais documentos.

As próximas etapas de adequação são os ajustes na cerca de isolamento da área interna, nas barreiras sanitárias, ajustes  ou  correção  da  composteira  (ou  outro  processamento de  animais  mortos, restos placentários, resíduos de animais e sobras de ração) e no sistema de tratamento de dejetos. E a última etapa é a construção de cercas de isolamento da área interna, barreiras sanitárias, embarcadouro/desembarcadouro junto à cerca de isolamento e colocação de tela nas aberturas de ventilação dos galpões de criação, caso a granja comercial ainda não possua estas adequações.

Fonte: Assessoria Seapi
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Dados preliminares do IBGE indicam estabilidade na produção no primeiro trimestre de 2024

O abate de suínos em 2023 aumentou 2,16% em toneladas e 1,25% em cabeças comparado ao ano anterior. No primeiro trimestre de 2024, houve um pequeno recuo de 0,99% em toneladas e 1,81% em cabeças em relação ao mesmo período de 2023, e uma redução de 1,56% em toneladas e 1,62% em cabeças comparado ao último trimestre de 2023.

Publicado em

em

Foto: José Fernando Ogura

Na segunda semana de maio foram publicados pelo IBGE os dados preliminares de abate de suínos, bovinos e aves entre janeiro e março deste ano. Conforme apresentado na tabela 1, enquanto em 2023, o abate de suínos cresceu somente 2,16% em toneladas de carcaças e 1,25% em cabeças, quando comparado com o ano anterior, no primeiro trimestre de 2024 houve um pequeno recuo tanto em toneladas (-0,99%), quanto em cabeças (-1,81%), quando comparado com o mesmo período de 2023. Também em relação ao último trimestre do ano passado, houve redução nos volumes abatidos (-1,56% em toneladas e -1,62% em cabeças). Como normalmente os dados definitivos, a serem publicados em junho, trazem pequeno aumento dos números apurados, é possível afirmar que o abate de suínos iniciou 2024 com estabilidade.

Tabela 1 – Abate trimestral de 2022, 2023 e 1º trimestre de 2024 em toneladas de carcaças e cabeças (x1000) de suínos e evolução percentual em relação ao período anterior e o mesmo período do ano anterior. Dados do primeiro trimestre/24 são preliminares. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE.

Com relação às exportações de carne suína brasileira in natura, apesar da queda significativa da participação da China nos embarques (tabela 2), os volumes totais nos primeiros quatro meses do ano se mantêm muito próximos do mesmo período do ano passado, com um aumento de apenas 1,7% (+5,8 mil toneladas).

Tabela 2 – Volumes exportados totais e para a China de carne suína brasileira in natura (em toneladas), mês a mês, em 2021, 2022, 2023 e 2024 (de janeiro a abril) e comparativo percentual de 2024 (em destaque) com o mesmo período do ano passado. Elaborado por Iuri P. Machado, com dados da Secex.

Ainda na tabela 2, é possível perceber a queda significativa dos embarques para a China ao longo deste ano. O gigante asiático que chegou a representar mais de 50% de nossas exportações, no acumulado deste ano totaliza pouco mais de 24% dos volumes. Porém, o crescimento dos embarques para outros destinos, como Filipinas, Japão, Coreia do Sul e Chile compensou a redução das compras chinesas (tabela 3). Em 2024 as Filipinas já ocupam o segundo lugar na destinação da carne suína brasileira, posição que nos últimos anos foi de Hong Kong, outro destino cuja redução dos volumes foi bastante expressiva.

Tabela 3 – Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada entre janeiro e abril de 2024, comparado com o mesmo período de 2023, com valor em dólar (FOB). Ordem estabelecida sobre volumes de 2024. Elaborado por Iuri P. Machado com dados da Secex.

Outro fator que chama a atenção em 2024 é a queda dos preços em dólar da carne suína brasileira exportada para praticamente todos os destinos; no primeiro quadrimestre deste ano a receita total foi 61,6 milhões de dólares (-7,4%) inferior ao mesmo período do ano passado (tabela 3).

Quando se analisa as exportações de carne suína in natura exclusivamente de abril de 2024 (tabela 4) é possível destacar dois pontos relevantes: a China reduzindo cada vez mais sua participação e com preço em dólar bem inferior à média e o México aparecendo na nona colocação, com pouco mais de 3,3 mil toneladas (3,4% do total).

Cabe lembrar que o México é um dos maiores importadores de carne suína no mundo e que no ano passado, abriu as portas para a carne suína brasileira, comprando, ao longo de 2023, pouco mais de 28 mil toneladas do Brasil (2,3% do total que exportamos), porém, desde novembro de 2023 o México não importava nossa carne suína, quando uma ação judicial perpetrada pelos suinocultores locais suspendeu as compras do Brasil. Resta saber se esta retomada observada em abril/24 se concretizará nos próximos meses.

Tabela 4 – Principais destinos da carne suína brasileira in natura exportada em abril de 2024, com valor em dólar (FOB). Elaborado por Iuri P. Machado com dados da Secex

Conforme demonstra a tabela 5, a seguir, com produção e exportação estáveis, a disponibilidade interna de carne suína também se manteve praticamente inalterada (-1,41%) no primeiro trimestre deste ano, muito similar ao que aconteceu com o frango (-0,16%). Por outro lado, o aumento considerável do abate de bovinos, batendo novo recorde de produção, mesmo com maior exportação desta carne, despejou 342 mil toneladas a mais no mercado doméstico somente nos primeiros três meses do ano.

Tabela 5 – Produção brasileira, exportação e disponibilidade interna mensais (em toneladas) das três carnes no primeiro trimestre de 2023 e 2024. Destaque (em amarelo) ao crescimento da produção, exportação e disponibilidade interna de carne bovina no período. Dados do primeiro trimestre/24 são preliminares. Elaborado por Iuri P. Machado com dados do IBGE e Secex.

Segundo o MBagro, dados não oficiais do SIF, indicam que também em abril/24 o volume de abate de bovinos superou o mesmo mês do ano passado em mais de 30% (em cabeças), mantendo as cotações do boi gordo em baixa (gráfico 1).

Gráfico 1 – Cotação do boi gordo (B3/Cepea) em São Paulo-SP (R$/@), nos últimos 2 anos, até dia 17/05/24. Fonte: Cepea

Se somarmos a disponibilidade interna das três proteínas no primeiro trimestre e projetarmos o consumo per capita, o resultado é um consumo de pouco mais de 100kg por habitante/ano. A título de comparação, no ano de 2023 o consumo de proteína animal no Brasil foi recorde com pouco mais de 96kg. Este cenário de alta oferta de proteínas é também um impeditivo de altas mais expressivas e consistentes na cotação da carne suína que vem estável desde o início do ano, mas que demonstra pequena reação no mês de maio (gráfico 2).

Gráfico 2 – Cotação da carcaça especial suína em São Paulo (SP), nos últimos 12 meses. Dados de maio/24 até dia 17/05. Fonte: Cepea

Iniciada a colheita da segunda safra de milho, com estabilidade nas cotações

A Conab divulgou dia 14 de maio o oitavo levantamento da safra 2023/24 que, depois de sucessivas reduções na expectativa de safra de milho, trouxe um aumento de quase 700 mil toneladas, com previsão de um total de 111,6 milhões de toneladas a serem colhidas (tabela 6). Ainda segundo a Conab, deste total, pouco mais de 86 milhões de toneladas devem ser produzidas na segunda safra, cuja colheita já iniciou em vários estados.

Tabela 6 – Balanço de oferta e demanda de MILHO no Brasil (em mil toneladas). Dados da safra 2022/23 atualizados em 14/05/24, sendo estoque final estimado para 31/01. Fonte: Conab

Algumas consultorias privadas, como MBagro e StoneX, preveem que a segunda safra possa atingir, e até ultrapassar a marca dos 90 milhões de toneladas. Porém, há alguns pontos de atenção que podem reduzir estas expectativas: o primeiro ponto é a recente cheia que devastou o Rio Grande do Sul, cuja colheita da primeira safra ainda não havia sido concluída, com perdas ainda não mensuradas de milho e soja não colhidos e dos grãos armazenados em zonas de alagamento.

Segundo MBagro, em 10 de maio estimava-se que ao redor de 700 mil toneladas de milho e 4,8 milhões de toneladas de soja estariam em risco no Rio Grande do Sul. Outro ponto de atenção é a estiagem e o calor acima do normal na região centro-sul do Brasil, cuja segunda safra de milho, em algumas regiões, ainda depende de precipitação. As regiões onde se espera maiores perdas em função da estiagem são o oeste do Paraná e o sul do Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, a volumosa safra argentina, em fase de colheita e a boa perspectiva para a safra estadunidense, em fase final de plantio, têm contribuído para manter uma boa oferta mundial de milho, o que ajuda a manter as cotações do cereal em baixa no Brasil (gráfico 3).

Gráfico 3 – Preço do milho (R$/SC 60kg) em Campinas (SP), nos últimos 12 meses, até dia 17/05/24. Fonte: Cepea

Já o farelo de soja que vinha em queda ao longo dos primeiros meses do ano, apresenta pequeno viés de alta desde final de março/24, ultrapassando a cotação de 2 mil reais por tonelada em algumas praças no mês de maio. De fato, os custos de produção de suínos que vinham em queda ao longo deste ano, na maioria dos estados produtores (tabela 7), em abril/24 voltaram a subir. Mesmo assim, estima-se que a atividade tem determinado lucro desde meados do ano passado, um período de “calmaria” que há muito o setor não experimentava.

Tabela 7 – Custos totais (ciclo completo), preço de venda e lucro/prejuízo estimados nos três estados do Sul (R$/kg suíno vivo vendido) e em Goiás (trimestral), em 2023 e 2024 (até abril). Destaque (em amarelo) para os períodos em que presumidamente houve prejuízo. OBS: custo de Goiás levantado trimestralmente pela Embrapa. Elaborado por Iuri P. Machado com dados: Embrapa (custos) e Cepea (preço).

Considerações finais

Dados preliminares do IBGE confirmam o ajuste da oferta de demanda de carne suína, praticamente sem crescimento da produção e da disponibilidade interna, mas com grande aumento de oferta de carne bovina, o que impede maiores altas nos preços destas proteínas neste primeiro semestre.

As exportações demonstram a redução das receitas (em dólar) e das compras chinesas, porém a tão buscada pulverização de destinos da nossa carne suína, aos poucos vai se concretizando, com destaque para as Filipinas.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, explica que com o início da colheita da segunda safra brasileira de milho e boas perspectivas para a safra estadunidense (em fase de plantio), não se espera mudança no curto prazo na tendência de baixa das cotações de milho. “O ano de 2024 se encaminha para ser um ano de estabilidade, com mercado ajustado, sem grandes oscilações nos custos e nos preços”, expõe.

Fonte: Assessoria ABCS
Continue Lendo

Suínos / Peixes

Peixe BR debate mercado da aquicultura e explora sanidade de peixes na 13ª Aquishow Brasil

Presidente da entidade, Francisco Medeiros, fará uma palestra no evento quarta-feira (22), com início às 11h20 e duração de 30 minutos, no auditório da feira. Já o 2º Workshop Peixe BR de Sanidade da Piscicultura ocorre das 13h30 às 15h30, no mesmo dia.

Publicado em

em

Presidente da Peixe BR, Francisco Medeiros: "Como entidade que trabalha em prol do fomento à piscicultura, conectada diretamente com os produtores e empresas, a Peixe BR participa todos os anos da Aquishow" - Foto: Divulgação/Peixe BR

A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) participa da 13ª Aquishow Brasil 2024 – da produção ao consumo, durante esta semana, em São José do Rio Preto (SP). Neste ano, a entidade máxima da atividade no Brasil promove a segunda edição do Workshop Peixe BR de Sanidade da Piscicultura.

Em outro momento da feira, o presidente executivo da associação, Francisco Medeiros, apresenta palestra sobre o mercado dos peixes de cultivo. A Peixe BR também terá estande no evento, que teve início na segunda (20) e segue até quinta-feira (23). “Como entidade que trabalha em prol do fomento à piscicultura, conectada diretamente com os produtores e empresas, a Peixe BR participa todos os anos da Aquishow. Além de promover nossa segunda edição do Workshop de Sanidade, vamos debater as oportunidades nos mercados locais e globais”, diz Francisco Medeiros.

Para o presidente executivo da Peixe BR, a sanidade é extremamente importante para a produção de alimentos de origem animal. “Com a saúde comprometida, não há manejo nutricional de qualidade que surta efeito”.

O Brasil produziu 887.029 toneladas de peixes de cultivo, em 2023. Além do foco no consumo interno, a atividade acelera a abertura de novos mercados. “Oportunidades vão se abrindo para a atividade avançar cada vez mais por conta da confiabilidade na qualidade e segurança dos peixes de cultivo do Brasil”, finaliza Francisco.

A palestra de Francisco Medeiros na 13ª Aquishow Brasil será nesta quarta-feira (22), com início às 11h20 e duração de 30 minutos, no auditório da feira. Já o 2º Workshop Peixe BR de Sanidade da Piscicultura ocorre das 13h30 às 15h30, no mesmo dia.

Confira a programação do Workshop de Sanidade da Peixe BR

Apresentação 1: Apresentação das principais: Miguel Frederico Fernandez Alarcon

Apresentação 2: Cenário sanitário de peixes jovens e adultos: Fabiana Pilarski

Painel de discussão com os Miguel Frederico Fernandez Alarcon, Fabiana Pilarski, Henrique Figueiredo e Natan Wajsbrot. Moderador: Marco Túlio Diniz Peixoto

A programação completa do evento pode ser conferida clicando aqui.

Fonte: Assessoria Peixe BR
Continue Lendo
IMEVE BOVINOS EXCLUSIVO

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter e recebas as principais notícias em seu email.