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Dia de Campo sobre Sistema Antecipe apresenta resultados relevantes sobre a tecnologia

Com os ganhos de produtividade na cultura sucessora à soja, significando rendimentos médios diários entre 1,5 e 2,3 sacas por hectare para cada dia de antecipação da semeadura do milho na cultura da soja, em condições extremas, com déficit hídrico, o uso da tecnologia tem conseguido produtividade de até 100 sacas por hectare.

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Pesquisador Décio Karam; à esquerda, semeadora-adubadora do Sistema Antecipe - Foto: Guilherme Viana

Um Dia de Campo realizado na última sexta-feira (07), na Embrapa Milho e Sorgo , revelou oportunidades para ampliar a produção de grãos em sistema de plantio direto. “O foco do Sistema Antecipe é a redução de riscos que ocorrem nas condições de segunda safra, em que temos manifestações no clima. É uma tecnologia disruptiva, em que o produtor consegue antecipar o plantio de determinada cultura sucessora à cultura da soja”, disse o pesquisador Décio Karam , da Embrapa Milho e Sorgo. “Com essa antecipação, o solo tem mais umidade, menor temperatura com a colheita da colheita da oleaginosa e maior atividade microbiológica, além do melhor manejo de plantas daninhas na área”, completou.

Resultado de mais de 15 anos de pesquisas, a tecnologia foi lançada inicialmente para o cultivo antecipado do milho na cultura da soja. “Hoje já temos resultados promissores com diversas culturas implantadas após o plantio da oleaginosa, como milho grão, milho silagem, sorgo e braquiárias. Estamos em fase de estudos para avaliar a viabilidade de implementação do Antecipe para culturas como milheto, algodão e até gergelim”, destaca o pesquisador. Outra grande vantagem do sistema, continua, é a possibilidade de o produtor conseguir fazer até uma terceira safra com a antecipação dos cultivos, fazendo um plantio de uma cultura de inverno, como o trigo, por exemplo. “Com o Antecipe, o produtor pode substituir a soja de ciclo precoce por uma cultivar de ciclo médio, o que favorece a produtividade”, completa Karam.

O pesquisador comenta que o sistema, atualmente, está aprimorado para ajustes e em fase de adaptação para as diferentes regiões produtoras do País. Um destaque, segundo ele, é o estado de Roraima, onde, em determinadas regiões, o produtor não consegue fazer uma segunda safra. “Antecipando o plantio do milho em até 20 dias, poderíamos viabilizar uma segunda safra, ou seja, uma janela está sendo aberta pelo Antecipe”, comenta. “Em áreas experimentais em Roraima, com a implantação do Sistema Antecipe, participaram incrementos de até 21 sacas de milho por hectare”, antecipa.

Com os ganhos de produtividade na cultura sucessora à soja, significando rendimentos médios diários entre 1,5 e 2,3 sacas por hectare para cada dia de antecipação da semeadura do milho na cultura da soja, o pesquisador explica que, em condições extremas, com déficit hídrico, o uso da tecnologia tem conseguido produtividade de até 100 sacas por hectare, superando em até 40 sacas por hectare a produtividade de algumas áreas.

Ganhos de produtividade

Lançado em 2020, o Antecipe é um pacote que agrupa um sistema inédito de produção de grãos, uma semeadora-adubadora – desenvolvida pela Embrapa e aprimorada pela empresa Jumil– e um aplicativo para auxiliar o produtor a planejar a execução. O milho é semeado pelo equipamento nas entrelinhas de soja, a partir do estádio R5 da leguminosa, dependendo da cultivar e das condições climáticas de cada região. Na hora da colheita, o milho é cortado junto com a soja, ficando apenas um pequeno caule de cada planta do cereal. Só que, nesse momento, toda a lavoura de milho já está implantada, com raízes em pleno desenvolvimento e pronta para continuar crescendo. Esse plantio antecipado permite um ganho de até 20 dias e faz o cereal aproveitar condições climáticas mais voluntárias.

De acordo com Décio Karam, é preciso pensar de forma diferente no momento de adotar a tecnologia. “É uma tecnologia disruptiva. Se não abrirmos a mente, não participarmos trabalhar com o Antecipe”, revela Décio. Apesar do impacto visual que o dano mecânico na planta de milho pode provocar no produtor, com o corte rente ao solo quando a colheitadeira de soja passa sobre a lavoura, o pesquisador busca na ciência a explicação para tranquilizar o agricultor. “O ponto de crescimento do milho fica abaixo da superfície do solo o estádio V6, fase até vegetativa com seis folhas crescidas. Portanto, com o dano mecânico até esse estádio, o milho vai continuar seu crescimento”, detalha.

O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Emerson Borghi, em estação sobre o rendimento operacional da tecnologia, reiterou os benefícios do Antecipe. “A cultura que vem na sequência após o cultivo de verão é altamente benéfica. A média de ganhos de produtividade de 1,5 a 2,3 sacas por hectare a cada dia de antecipação está fundamentada em mais de 14 anos de agricultura cultivada”. Ainda segundo ele, a versatilidade do sistema encontra créditos na necessidade de se fazer bem-feita a parte agronômica, ajustar o trator à semeadora-adubadora e fazer o melhor ajuste possível. “O Sistema Antecipe é um conjunto entre a semeadora e o trator, que deve ser ajustado à tecnologia. A escolha da cultivar de soja também é fundamental, que deve apresentar um porte mais ereto, facilitando o trânsito das máquinas na lavoura”, reforça Décio Karam.

Resultado de 15 anos de pesquisas, a tecnologia é composta por três pilares: um sistema inédito de produção de grãos, uma semeadora-adubadora exclusiva e um aplicativo que está em fase de testes para auxiliar o produtor a tomar as melhores decisões.

Fonte: Embrapa Milho e Sorgo

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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Notícias No Brasil

Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Perdas na colheita da soja 2022/23 superam 7 mil sacas no Paraná

Estudo aponta necessidade de mais tecnologia, manutenção e treinamento para otimizar a colheita.

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Foto: Divulgação/IDR-Paraná

Os produtores paranaenses perderam na colheita em torno de 1,28 saca por hectare de soja na safra 2022/2023, aponta informe técnico publicado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná). É um volume que supera o limite recomendado pela pesquisa – uma saca por hectare – e, também, números obtidos em algumas regiões do Estado nos levantamentos anteriores. “Isso aponta para uma crescente diminuição de eficiência na operação de colheita”, afirma o pesquisador Hevandro Colonhese Delalibera, um dos autores do trabalho.

Extrapolando para o total da área cultivada no Estado e considerando apenas o volume que ultrapassa a perda aceitável pela pesquisa, na safra 2022/2023 o desperdício nas lavouras de soja do Paraná foi superior a 7,4 mil sacas.

Estudo

Realizado em parceria com a Embrapa Soja desde a safra 2018-2019, o MIC-Soja (Monitoramento Integrado da Colheita da Soja) traça anualmente um diagnóstico dos fatores que levam a perdas de grãos. O objetivo é fornecer informações que possibilitem a técnicos e produtores promover e divulgar boas práticas na operação.

O estudo envolveu a inspeção de 386 lavouras de todas as regiões produtoras do Estado. Em cada uma delas também foram coletadas informações sobre a colhedora utilizada — ano de fabricação, tamanho e tipo de plataforma – e o treinamento dos operadores. As maiores perdas aconteceram nas regiões Oeste, Noroeste e Centro-Sul. “Mais investimento em tecnologia, manutenção adequada das máquinas e, principalmente, treinamento constante dos operadores são medidas cruciais para aumentar a eficiência e mitigar perdas na colheita”, expõe Delalibera.

O informe técnico “Monitoramento de perdas na colheita da soja no Paraná – safra 2022/2023” pode ser baixado gratuitamente aqui. Também participaram do estudo o extensionista Edivan José Possamai, do IDR-Paraná, e o pesquisador José Miguel Silveira, da Embrapa Soja.

Fonte: Assessoria IDR-Paraná
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