Notícias
Desafios no período de creche na produção suína
Preparar o leitão ainda na maternidade pode ser vital
Por Felipe Ceolin, Consultor Técnico Nacional de Suínos da Cargill Nutrição Animal
A creche é uma complexa fase de transição da vida dos suínos, onde os leitões deixam precocemente a maternidade e sua fonte principal de alimento (leite materno) e vão para um novo ambiente, uma nova formação social e passam a consumir, na maioria das vezes, um alimento seco (ração) e com componentes de origem vegetal. Para o produtor, conhecer os desafios e saber como superá-los pode ser fator chave para melhorar a produtividade e, consequentemente, a rentabilidade do seu negócio.
Os primeiros dias após o desmame são os mais críticos para a adaptação dos suínos a creche. Estudos, além da prática, mostram que nesta fase os leitões costumam consumir pouco, sendo assim envolvidos em um processo de balanço energético negativo, mobilizando reservas corporais e perdendo peso. O baixo consumo também acarreta desafios intestinais, impactando negativamente a digestibilidade dos nutrientes e aumentando o risco de diarreias.
Preparar o leitão ainda na maternidade pode ser vital. Estimular o consumo de ração nesta fase ajuda a adaptação e o reconhecimento do alimento após o desmame. Esta ração precisa ser de alta digestibilidade e de base láctea, porém deve “sutilmente” apresentar para os leitões o conteúdo vegetal dos grãos e cereais afim de estimular o seu sistema enzimático digestório.
Manejo de creche em suínos
Outra ferramenta importante é um bom protocolo alimentar nos primeiros dias de creche. Esta é uma fase de transição, da interrupção do consumo do leite materno. Nesta fase, algumas tecnologias que estimulam o consumo e a digestibilidade da ração, que diminuam os fatores antinutricionais e garantam a saúde intestinal, podem ajudar na transição para a fase de rápido crescimento, que costuma ser baseada em dietas mais simples e de menor custo. Esta transição adequada também contém um fator multiplicador sobre o ganho de peso nas fases subsequentes.
Conhecer aspectos fisiológicos dos leitões e os desafios do desmame, aliado a uma nutrição de alta tecnologia e manejos adequados na creche, fazem toda a diferença na produtividade da suinocultura, além, é claro, no bolso do produtor.
Fonte: Ass. de Imprensa

Notícias Sanidade
ABPA e DIPOA promovem encontro sobre inspeção
Será apresentado o sistema de treinamento na inspeção ante e post mortem de aves e suínos

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura (DIPOA/MAPA) realizam ao longo desta semana um encontro conjunto para tratar sobre temas do sistema de inspeção do setor de proteína animal. A programação do evento, iniciada na segunda-feira (18), segue até sexta-feira (22), em São Paulo, SP.
Na ocasião, será apresentado o sistema de treinamento na inspeção ante e post mortem de aves e suínos. Além disso, também serão discutidas as ações e procedimentos de verificação oficial dos controles em estabelecimentos produtores de carne e suínos. Participam do encontro técnicos das agroindústrias produtoras e exportadoras e auditores fiscais do Ministério da Agricultura.
“Este é um trabalho que tem como princípio o fortalecimento do trabalho pela qualidade e a reconstrução da imagem do setor produtivo, seguindo todos os parâmetros legais em uma parceria do setor público e da iniciativa privada. Esperamos realizar, em breve, novos eventos com o mesmo objetivo”, ressalta Francisco Turra, presidente da ABPA.
Notícias Mercado Leiteiro
Estoques reduzidos e menor produção elevam preço do UHT
Altas estiveram atreladas aos estoques, que continuam controlados, e à redução da produção por parte de alguns laticínios

O preço do leite UHT negociado no atacado do Estado de São Paulo subiu 0,24% entre as duas últimas semanas, fechando com média de R$ 2,4357/litro no período entre 11 e 15 de fevereiro. Conforme colaboradores do Cepea, as altas estiveram atreladas aos estoques, que continuam controlados, e à redução da produção por parte de alguns laticínios.
Apesar da valorização, as negociações entre laticínios e atacados permaneceram baixas. Já o queijo muçarela se desvalorizou 0,83% na mesma comparação, fechando com média de R$ 17,2862/kg entre 11 e 15 de fevereiro. Quanto à liquidez no mercado deste derivado, permaneceu estável no período.
Notícias No Paraná
Trigo pode ser boa alternativa ao produtor na 2ª safra
Como o clima está favorável, os preços e custos de produção irão balizar tomada de decisão dos agricultores

Com o avanço da colheita dos grãos de verão no Paraná, triticultores do Estado já planejam a divisão das áreas de semeio na segunda safra. Como o clima está favorável ao desenvolvimento tanto do trigo quanto do milho, os preços e custos de produção é que irão balizar a tomada de decisão dos agricultores por um ou outro.
Segundo dados da equipe de custos agrícolas do Cepea, em Cascavel, PR, o custo operacional de produção do milho 2ª safra foi calculado em R$ 2.822,54/hectare, contra R$ 1.901,03/ha para o trigo. A produtividade média das últimas três safras foi de 93 sacas/ha para o milho e de 49 sc/ha para o trigo, de acordo com dados do Deral/Seab.
Considerando-se os valores médios de venda em janeiro/19, as receitas geradas seriam de R$ 2.724,08/ha para o milho e de R$ 2.343,38/ha para o trigo. Portanto, a receita obtida com a cultura do trigo foi suficiente para saldar os custos operacionais e gerar margem positiva ao produtor, de R$ 442,35/ha. Já a receita obtida com o milho 2ª safra não foi suficiente para cobrir o total de desembolsos, resultando em margem negativa ao produtor, de R$ 98,46/ha.