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Notícias Simpósio de Avicultura

Debates sobre qualidade da água, bem-estar e saúde intestinal encerram programação do 22º SBSA

Engenheiro agrônomo Antônio Mário Penz Junior explanou sobre “Qualidade de água: sustentabilidade x crise hídrica” e a professora Ibiara Correia de Lima Paz palestrou sobre “Bem-estar e aspectos relacionados à saúde intestinal”.

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Antônio Mário Penz Junior explanou sobre qualidade de água - Fotos: Divulgação/Nucleovet

O debate sobre disponibilidade de água para a produção agropecuária não é recente, mas continua extremamente relevante. O tema foi explanado na palestra sobre “Qualidade de água: sustentabilidade x crise hídrica” pelo engenheiro agrônomo Antônio Mário Penz Junior, mestre em Agronomia, PhD em Nutrição e pós-doutor em Nutrição de Aves no 22° Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), evento promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet) que encerrou nesta quinta-feira (07).

Paralelamente, ocorreu a 13ª Brasil Sul Poultry Fair. Os eventos foram híbridos, com realização no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó (SC), e transmissão on-line ao vivo.

Engenheiro agrônomo Antônio Mário Penz Junior, mestre em Agronomia, PhD em Nutrição e pós-doutor em Nutrição de Aves

Mário Penz iniciou sua explanação lembrando que a indústria 4.0, as tecnologias e as inovações são importantes, mas não se pode esquecer do básico. “A indústria 1.0 continuará existindo. Os frangos não têm saliva, o que os impedem de comer. Eles tomam duas vezes mais água do que comem, sendo que a disponibilidade de água é fundamental para o consumo da ração e o desenvolvimento da ave”.

O palestrante apresentou números sobre a disponibilidade de água no Brasil e no mundo e reforçou que é fundamental saber usá-la. “A proteína de frango é a que consome menos água em relação às outras proteínas de origem animal”, frisou, ao citar a consciência e sustentabilidade com a captação de água da chuva, por exemplo. “Um galpão de 16mX150m pode acumular aproximadamente 3000 metros cúbicos de água por ano. Um lote de 35 mil frangos consome 450 metros cúbicos”.

Salientou que além da preocupação com a qualidade da ração, deve haver atenção com a qualidade de água para o consumo dos frangos. “No primeiro dia, depois do alojamento, os pintos bebem 40% de seu peso corporal. Esse consumo é importante para recuperar a desidratação que ocorre depois da eclosão, no incubatório e no transporte”.

Mário Penz realçou a importância de indicadores sobre o consumo de água nas propriedades. Expôs que em dietas fareladas os frangos bebem dois litros de água e consomem um quilo de alimento, em dietas peletizadas a relação é de 1,6 litro de água para um quilo de alimento e com dietas com partículas grossas há redução do consumo de água em até 10%.

Porém, há dados que não são conhecidos, como a quantidade de água usada em painéis evaporativos, para limpeza, para molhar os frangos antes da saída da granja, para outros animais e pequenas plantações e para as necessidades domésticas. “Temos que mudar nossa preocupação com a água na propriedade, esse deve ser o primeiro aspecto a nos comprometer com a produção de frango”, concluiu o especialista.

Bem-estar e saúde intestinal

Para encerrar a programação científica do 22º SBSA, a professora associada na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), Ibiara Correia de Lima Paz, palestrou sobre “Bem-estar e aspectos relacionados à saúde intestinal”.

Professora associada na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), Ibiara Correia de Lima Paz

Ibiara frisou que é preciso mostrar que bem-estar não é algo de outro mundo e que o bom senso ajuda bastante nessa tarefa. “Às vezes mudando o manejo, se melhora muito o bem-estar. Nós descobrimos com anos de pesquisa que a integridade intestinal melhora o bem-estar, por vários motivos. O principal é que a serotonina, que é o hormônio do bem-estar, é produzida 95% nas células intestinais, ou seja, um intestino saudável terá maior produção de serotonina. Quando se tem probióticos, alguns melhoradores de desempenho, que promovem o equilíbrio da microbiota, consequentemente se tem maior qualidade e maior sanidade”.

A palestrante enfatizou a importância de uma dieta balanceada, mas que nem sempre o intestino da ave está preparado para absorver tudo que é oferecido, sendo necessário melhorar a saúde intestinal para melhorar também a absorção dos nutrientes. “Assim, diminui a excreção de nitrogênio e melhora a qualidade da cama, consequentemente, diminui a liberação de amônia no ambiente e as aves ficam mais tranquilas por conta da serotonina, não se arranham, não se bicam”, explicou Ibiara, ao acrescentar que esse conjunto de fatores aprimora, ainda, a qualidade de carcaça. Fica mais fácil de realizar o manejo pré-abate. Consegue-se andar entre as aves sem que elas pulem e se batam”.

Ibiara ressaltou que os consumidores estão mais conscientes e exigentes. “O bem-estar animal está cada vez mais em evidência e ter essa agregação de valor ao produto, além de uma perda menor por condenação ou perdas na carcaça, ganha-se em reais por evitar danos e ter um animal com bem-estar melhor”, finalizou.

O 22º SBSA teve apoio da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Embrapa, da Prefeitura de Chapecó, do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) e da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc).

Fonte: Assessoria

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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