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Curso de tecnologia e produção de sementes de soja está com inscrições abertas
Com duração de cinco dias, curso é destinado aos profissionais do setor das sementes que buscam aprimorar seus conhecimentos e habilidades.

Com o objetivo de apresentar tecnologias que propiciem a produção de sementes de soja de qualidade em regiões tropicais e subtropicais, a Embrapa Soja promove o curso de Tecnologia de Produção de Sementes de Soja, entre os dias 27 de novembro e 1 de dezembro, em Londrina. O curso é destinado aos profissionais da indústria das sementes, que buscam aprimorar seus conhecimentos e habilidades. Com 36 horas de duração, o curso oferta 120 vagas e está com as inscrições abertas.
As aulas serão proferidas pelos pesquisadores da Embrapa Soja das equipes de Tecnologia de Sementes e Grãos, de Entomologia, de Ecofisiologia, de Fertilidade e Microbiologia do Solo, de Genética e Melhoramento, de Manejo do Solo e da Cultura, de Plantas Daninhas, além de especialistas em sementes de universidades e outras instituições de pesquisa.
Sob a coordenação do pesquisador da Embrapa Soja, Dr. Francisco Carlos Krzyzanowski, o curso é dirigido àqueles que atuam ou pretendem atuar na indústria de sementes de soja. “O curso fornece uma visão abrangente, detalhando a tecnologia de produção de sementes. Nosso objetivo é fornecer uma contribuição valiosa, para aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos”, afirma Krzyzanowski.
Para produzir sementes de soja de alta qualidade, o setor sementeiro precisa enfrentar vários desafios. A soja é uma cultura que se adapta melhor a regiões temperadas, por isso nas regiões tropicais e subtropicais é necessário usar técnicas especiais para garantir a qualidade das sementes. Além disso, as sementes podem ser afetadas por fatores climáticos, nutricionais, que reduzem sua viabilidade e vigor.
O curso oferece aos participantes as principais recomendações para evitar ou minimizar os efeitos desses fatores na qualidade das sementes de soja. Por isso, a programação do curso contempla as principais técnicas para evitar as principais causas da deterioração da semente e garantir a produção de sementes de alta qualidade. O objetivo é capacitar os profissionais do setor sementeiro para produzir sementes de soja com alto padrão de qualidade e desempenho agronômico.
Confira aqui mais informações e inscrições.

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Complexo Industrial Copagril recebe investimentos de R$ 50 milhões
Os investimentos ampliarão a capacidade de esmagamento de soja de 750 para 1.200 toneladas/dia.

Na esteira de um significativo avanço no setor industrial, o Complexo Industrial Copagril, localizado em Marechal Cândido Rondon, está a todo vapor com a obra de modernização que promete impulsionar a eficiência e a capacidade produtiva da planta. Com investimentos da ordem de R$ 50 milhões, o projeto visa elevar a qualidade dos padrões de produção e ampliar a capacidade de esmagamento de soja de 750 para 1.200 toneladas/dia.
A etapa inicial do projeto já está em pleno andamento, com a chegada dos equipamentos de última geração que serão fundamentais para a implementação das melhorias planejadas. Esses equipamentos, adquiridos junto a renomados fornecedores do setor, representam um salto tecnológico significativo para o complexo industrial da cooperativa. O diretor-presidente da Copagril, Eloi Darci Podkowa, destacou a importância estratégica dessa modernização. “Além de aumentar a capacidade de produção, os novos equipamentos também nos permitirão adotar práticas mais sustentáveis e eficientes, alinhadas com as demandas do mercado e as normativas do setor”, enfatiza.
Novos equipamentos
Os investimentos no Complexo Industrial contemplam a automatização dos processos de recebimento de soja, onde serão realizadas adequações estruturais, bem como reforma e troca de transportadores. O secador de grãos, antes a lenha e operação manual, será alterado para um sistema mais eficiente de aquecimento a vapor com controle automático – um importante passo em direção à sustentabilidade.
Outro ponto é a modernização da área de preparação, com troca de equipamentos e aumento de capacidade produtiva. Neste local, o complexo está recebendo novos equipamentos, de transporte, pré-limpeza, laminador e quebrador de soja, assim como, serão reformados os já existentes.
A área de extração de óleo passará por uma revitalização em parte de seus equipamentos atuais, além da aquisição de novos como por exemplo secador de farelo, cujo novo modelo possui disposição horizontal, que proporcionará o aumento do volume de produção, melhora nos rendimentos de processo e qualidade dos produtos.
Caldeira
Na área de processamento, um dos maiores investimentos está na instalação da nova caldeira. Se atualmente a capacidade é de 8 toneladas/hora de vapor, a nova caldeira terá capacidade de 28 toneladas/hora. A chegada dos componentes da caldeira ao complexo demandou o carregamento de 14 cargas de carretas.
As obras dentro do Complexo Industrial da Copagril ainda englobam nova pavimentação asfáltica da área interna, que deve otimizar o fluxo logístico da planta.
Cronograma
O cronograma da obra prevê a suspensão temporária das atividades de processamento de soja durante o mês de dezembro, a fim de permitir a instalação dos equipamentos e procedimentos internos específicos.
O início da operação assistida do complexo está programado para janeiro de 2024.
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Brasil e Senegal ampliam cooperação em defesa e agropecuária
Governo brasileiro quer retomar espaço diplomático na África. Na área comercial, as principais trocas envolvem produtos agrícolas e da pecuária.

Considerado um dos países politicamente mais estáveis da África Ocidental, com sucessão de governos civis e democracia vigente desde a década de 1960, o Senegal tem também uma das economias mais emergentes da região, e vive longo ciclo de crescimento. A localização geográfica privilegiada, na porção mais Oeste da costa africana, mais próximo das Américas e da Europa, também coloca o país em boas condições para trocas comerciais.
Por causa disso, a nação africana, que também é sede regional de alguns dos principais organismos das Nações Unidas, tem sido foco importante de atenção diplomática do governo brasileiro, que busca recuperar espaço perdido nos últimos anos. “Brasil e Senegal compartilham uma longa história de cooperação e amizade, marcada por compromisso mútuo com o desenvolvimento sustentável, a democracia e a promoção da paz. Nos últimos anos, temos fortalecido nossos laços por meio de iniciativas significativas em áreas como educação, saúde, agricultura e energia”, afirmou o embaixador do Brasil no país africano, Bruno Cobuccio, durante o 9º Fórum Internacional de Dacar sobre Segurança e Paz na África.
Exportação de zebu
Na área comercial, as principais trocas envolvem produtos agrícolas e da pecuária. Em maio deste ano, por exemplo, o governo do Senegal importou cerca de 300 touros Guzerá, uma subespécie da raça Zebu, para promover o melhoramento genético do gado do país, como forma de desenvolver a pecuária ainda incipiente. Os animais foram embarcados em dois voos especiais, saindo de Campinas com destino a Dacar. A agropecuária no Senegal representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços) do país.
Além disso, acordos de cooperação na área agrícola com pequenos produtores para utilização na merenda escolar, inspirados na experiência brasileira, vêm sendo feitos há vários anos com sucesso no país, segundo relatórios enviados pela embaixada ao governo brasileiro e ao Congresso Nacional.
Outros programas de cooperação envolviam ações de promoção cultural entre os países e de ensino do português, mas foram descontinuados nos últimos anos por falta de recursos do governo brasileiro. Já o programa permanente que abre vagas para estrangeiros em cursos de graduação e pós-graduação do Brasil costuma contemplar alunos senegaleses anualmente.
Cooperação militar
Outro ponto de atenção prioritária do Brasil na região se dá em matéria de defesa e cooperação na área militar. A atuação de grupos extremistas armados, que se multiplicou nos últimos anos a partir da Guerra na Líbia – que desestabilizou o Norte africano -, intensificou a diplomacia por meio dos canais militares. “A questão do avanço do jihadismo é problema que afeta praticamente todos os países do Sahel, e o Brasil entende que deve manter o acompanhamento disso, contribuir de alguma forma com a parte de formação, e a cooperação está aberta”, afirmou Rafael Frischgesell, adido militar da Embaixada do Brasil no país.
“Nós temos um acordo de cooperação com o Senegal, assinado em 2010, que já temos mais de 150 senegaleses, que foram formados, ou estão em formação no Brasil, em diversos níveis da formação militar”, acrescentou o oficial.
Exercícios militares anuais, coordenados entre as Marinhas do Brasil, da França, dos Estados Unidos e de diversos países da costa oeste da África também fortaleceram a vigilância marítima, especialmente no Golfo da Guiné, região que viu os ataques piratas explodirem há poucos anos, especialmente com saque de combustível e impactos relevantes no comércio marítimo.
No setor de indústria da Defesa, o governo brasileiro assinou, este ano, durante a Laad, mais importante feira de segurança e defesa da América Latina, acordo de cooperação com o Benin, que possibilita a realização de negócios diretamente entre governos, como venda de equipamentos militares brasileiros. “A boa notícia é que o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] vai dar suporte ao financiamento desses negócios que estão por vir”, destacou Frischgesell.
Aviões militares brasileiros fabricados pela Embraer, como o Super Tucano, já operam em Burkina Faso, Mali e Mauritânia. Nesse último país, inclusive, há um escritório de manutenção da estatal brasileira.
Além da formação militar e dos treinamentos conjuntos com países africanos, o Brasil tem um Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), de sensoriamento remoto, que também pode servir de referência nesse tipo de cooperação.
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2ª Agroshow Caparaó Capixaba atrai mais de 10 mil visitantes e movimenta milhões em negócios
Só no leilão da raça Gir Leiteiro foi mais de R$ 1 milhão, mas movimentação financeira total da 1ª Exposição Regional Capixaba do Gir Leiteiro e da Feira da Agricultura Familiar ainda está sendo contabilizada pelos organizadores es deve passar de R$ 2,5 milhões.

A 2ª Agroshow Caparaó Capixaba, realizada de 21 a 26 de novembro, em Muniz Freire (ES), foi um verdadeiro sucesso. Mais de 10 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições Dyrcêo Santos para prestigiar a 1ª Exposição Regional Capixaba do Gir Leiteiro, o Concurso Leiteiro e o leilão da raça, além da Feira da Agricultura Familiar, da praça de alimentação e dos shows musicais. A movimentação financeira total do evento ainda está sendo contabilizada pelos organizadores e deve passar de R$ 2,5 milhões.
A Agroshow foi organizada pelos sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Iúna, Irupi e Muniz Freire, com apoio da Prefeitura de Muniz Freire, Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Governo do Estado, Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL) e institutos Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).
Com a presença de 170 animais de criadores do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o evento conquistou espaço como a terceira exposição consecutiva no ranking da ABCGIL. Um dos destaques foi a Exposição Regional Capixaba, que contou com a participação de renomados criadores, entre eles Marcos Corteletti (Laticínios Fiore), de Santa Teresa (ES).
“Estou maravilhado com o que estou vendo: animais de alto nível e criadores de outros Estados. É uma exposição que veio para ficar no Espírito Santo e nunca mais sair. Estou muito feliz de ver Muniz Freire fazer um evento dessa magnitude. Parabéns ao Veto (Weverton Bastos- ACPGLES) e a todos os organizadores”, disse Corteletti que, dentre os prêmios conquistados, levou os troféus de Campeã Vaca Adulta e Melhor Úbere Adulto com Dossiê FIV do Basa.
Só o leilão de Gir Leiteiro movimentou mais de R$ 1 milhão, abrindo portas para negócios futuros, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iúna e Irupi, Jasseir Fernandes. Ele destacou a importância do apoio da Aderes, do Governo do Estado e do prefeito Dito Silva na realização da Agroshow. “Todos trabalhamos numa sincronia para fazer a Feira acontecer. A Agroshow veio consagrar o que está sendo feito em cada família, em cada lar, em cada comunidade, oportunizando os agricultores familiares para o desenvolvimento acontecer”.
Um momento especial foi o 1º Leilão Gir Leiteiro, em benefício da Casa Lar de Muniz Freire, que arrecadou R$ 45 mil dentre lances e “corrente do bem”. Adriano Bicalho, um dos proprietários da Agronegócios 2B, de Paraopeba (MG), elogiou a qualidade do evento. “Por ser a primeira Exposição Regional Capixaba, foi uma surpresa ter tanto volume e qualidade. Se formos falar em genética, temos aqui os principais animais do Brasil representados”, disse Bicalho. O pecuarista levou três animais para o Concurso Leiteiro, cinco para a pista e o leilão, dentre eles o touro Dominante FIV 2B, que tem sêmen comercializado até na Colômbia e foi Reservado grande campeão da Megaleite.
A diversidade do evento também se estendeu à agricultura familiar, com a entrega de equipamentos, palestras, seminários e a feira, com 43 estandes. O secretário Municipal de Desenvolvimento Agropecuário de Muniz Freire, Renato Bueno, destacou o excelente resultado, especialmente para os produtores locais. “Eles tiveram oportunidade de comercializar seus produtos durante o evento e não imaginavam vender como venderam”.
Para alguns produtores, foi a oportunidade de expor pela primeira vez. É o caso de Eduardo Trindade Vettorazzi (Sítio Alto Cachoeira), cuja família lançou uma marca de cafés especiais há pouco mais de um ano. “Tenho que agradecer muito o pessoal da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário, ao prefeito. Extraordinário participar pela primeira vez de uma feira, e no nosso município, e ver essa grandiosidade. Ganhamos muita visibilidade, fizemos muitos contatos e conhecemos muitas pessoas”, disse.
“Oportunidade única de a gente mostrar o café especial para Muniz Freire. A região do Caparaó já está consagrada como uma das melhores regiões produtoras de café especial, e a gente tendo oportunidade de trazer a nossa cafeteria para cá. Tudo muito organizado, a estrutura maravilhosa, oportunidade única”, declarou Tatiana Favoreto, do Delícias do Caparaó (Iúna).