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Suínos / Peixes

Criação de suínos em família elimina uso de antibióticos

Alternativa baseada em case de sucesso da Embrapa, porém, é mais viável para pequenos produtores. Estudo que levou cinco anos para ser concluído foi apresentado durante Abraves

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Em todos os ciclos da vida, os leitões da mesma leitegada vão passar o tempo juntos. Do momento em que nascem até o carregamento para o abate, esses animais não são misturados com outros lotes. Isso pode gerar aspectos bastante positivos para o sistema produtivo, incluindo o fim do uso de antibióticos de maneira preventiva. O sistema, proposto pela Embrapa Suínos e Aves, é uma maneira de evitar o uso abusivo desses medicamentos nos sistemas de produção, indo de encontro à tendência mundial de racionalização no uso de antimicrobianos na produção animal.

Trata-se de uma alternativa para produtores que pretendem alcançar esse nicho de mercado – ainda pouco explorado – que surge com o novo modelo de compra do consumidor, que prioriza alimentos mais saudáveis, seguros e sustentáveis. No entanto, o modelo exige certas mudanças do modelo convencional, como fim da mistura de lotes, do corte de cauda e do desgaste de dentes, e pode custar mais, com idade não inferior a 28 dias de desmame e enriquecimento nutricional nas rações.

De acordo com os autores da pesquisa, “o estudo avalia que o sistema de produção de suínos em família sem uso de antimicrobianos preventivo de doenças, independente do sistema de produção utilizado, é eficiente tanto em desempenho produtivo quanto na ocorrência de problemas sanitários, com resultados comparáveis às metas estabelecidas para suinocultura industrializada e índices relatados em outros estudos brasileiros”.

“Nosso caso foi estudado durante cinco anos, em uma granja de ciclo completo com 21 porcas. Fizemos um sistema com baixa densidade, melhoramos a biosseguridade, e tivemos ausência de mistura de leitões de diferentes leitegadas do nascimento ao abate. O desmame feito aos 28 dias. No dia 63, os animais iam para o crescimento e terminação e aos 123 dias eram abatidos”, explica um dos autores do estudo, Gustavo Julio Mello Monteiro de Lima. “Tivemos a rastreabilidade de cada animal. Se medicado, era por vacina. Na nutrição incluímos altos níveis de plasma, usamos os procedimentos operacionais básicos, sem corte de cauda, sem desgaste de dente”, pontua.

Nutrição

O farelo de soja, segundo maior composto em muitas rações, é um grande vilão para a digestibilidade do animal e deve ser drasticamente reduzido nesse e em outros sistemas de produção suinícola, na opinião Lima. O pesquisador defende uma redução violenta dos níveis do farelo de soja. Eu odeio soja, não como, minha mulher não come, minha mãe não comia”, brincou, defendendo mais inerais e menos proteína bruta nas rações. Dietas devem ser formuladas com base em ingredientes digestíveis. “O farelo de soja é rico em ingredientes que prejudicam a digestão e favorecem a fermentação. É preciso baixar a proteína e colocar aminoácidos. Esse detalhe tem que ser mais observado”, apontou.

Como alternativa, ele cita a inserção de Ferro, Cobre e Zinco nas dietas. “As dietas se tornam 5% mais caras, mas já estamos trabalhando para ter uma dieta 5% mais barata (que a convencional).  Ele destacou a importância de Zinco e Cobre, mas frisou a necessidade de dosar esses elementos com eficiência para não intoxicar os animais e gerar resistência antimicrobiana. “Íons metálicos (encontrados nos elementos) são essenciais para a sobrevivência dos microrganismos no meio ambiente ou no hospedeiro. Toda bactéria precisa desses minerais, pois participam de processos biológicos como componentes de metaloproteínas e servem como cofatores ou elementos estruturais para as enzimas. Zinco e Cobre possuem mais eficácia do que probióticos, prebióticos, ácidos orgânicos – que também podem ser acrescentados -, mas o Zinco é metal pesado e tóxico, além de a maior parte ser eliminada nas fezes, causando poluição ambiental e da água. Ou seja: é preciso controlar as doses e o tempo de exposição. Altas concentrações de Zinco podem acarretar resistência antimicrobiana e podem regular a expressão de genes que modificam a resposta imune dos animais. Zinco e Cobre em altas concentrações, por período longo, podem promover a propagação de resistência antimicrobiana da microbiota. O uso prolongado de metais pesados oferece uma pressão seletiva sobre bactérias resistentes e antimicrobianos e essa é uma razão pela qual o uso de altas doses destes metais pode desempenhar pape na manutenção da resistência”, pontua.

O pesquisador ainda destacou o ferro como um bom mineral que não tem a devida atenção do produtor e técnicos. “A quantidade de ferro no interior da célula é cuidadosamente regulada. O Ferro na luz intestinal é imprescindível para o crescimento de bactérias, portanto não é desejável que haja falta e muito menos excesso na dieta. Mesmo assim, ninguém dá bola para o Ferro”, provocou, lembrando que anemia por deficiência de ferro é comum em humanos lactantes. Ele reforçou, também, que é preciso mensurar doses para não prejudicar o rebanho.

Lima ainda falou que o excesso de cálcio é “um dos grandes ‘problemas’ que temos em nutrição’”. “É barato, mas pode amentar o pH intestinal, favorecendo o crescimento de bactérias indesejadas, além de afetar a absorção de outros minerais, como o próprio Zinco”. Em sua palestra, para um dado preocupante: “cerca de 30% das dietas de leitões estão com níveis de cálcio acima do recomendado”.

Algumas Alternativas

O estudioso aponta que existem diversas alternativas interessantes para auxiliar no processo de restrição ao uso de antimicrobianos melhoradores de desempenho, como “melhorar condições de biosseguridade reduzindo entrada de patógenos, idade ao desmame de 28 dias, redução da mistura de animais e lotes, produção de lotes enfatizando a limpeza, desinfecção e vazio sanitários das instalações, melhorar o ambiente das instalações, usar de acidificantes na dieta e na água, reduzir a densidade, reduzir o farelo de soja e aumentar a inclusão de ingredientes de alta digestibilidade, usar aditivos alimentares que melhorem a saúde intestinal, formular dietas evitando grandes quantidades de nitrogênio, cálcio e ferro, utilizar fontes alternativas de Cobre e Zinco e outras formas inorgânicas”.

Família Saudável

Apesar dos fatores nutricionais, de acordo com o estudo, “os bons resultados de desempenho e de saúde obtidos com os suínos criados no modelo de família, mesmo sem o uso de antimicrobianos preventivos, são atribuídos, principalmente à manutenção dos leitões na mesma leitegada do nascimento até o abate, à baixa escala de produção e à redução de fatores de risco que exacerbam a ocorrência de doenças”. Os benefícios de suínos alojados em família, sem mistura com outras leitegadas, incluem um bom nível de bem-estar, com redução do estresse e diminuição na transmissão horizontal de agentes infecciosos.

Em 2008, um autor usado para embasar o estudo da Embrapa já havia provado que leitões da mesma leitegada quando mantidos juntos do nascimento ao abate desenvolvem melhor e apresentam melhor saúde respiratória do que quando são misturados, especialmente no desmame e no crescimento. Quando leitões são misturados, há efeitos negativos indutores de estresse e consequências sobre a saúde dos animais.

Baixa Escala

De acordo com o estudo da Embrapa, “considerando que o sistema de produção de suínos em família, sem uso de antimicrobianos de forma coletiva, somente pode ser utilizado em sistemas produtivos em baixa escala e privilegia o bem-estar animal e a qualidade das carcaças, características estas importantes para fabricação de produtos diferenciados com maior valor agregado, é uma alternativa importante para viabilizar pequenos produtores”. De acordo com Lima e outros autores, “embora a granja em que o estudo foi realizado era com apenas 21 matrizes em ciclo completo, acreditamos que se os princípios do sistema forem respeitados (produção em família, sem mistura de leitões, boa nutrição, higiene e manejo adequados e um bom programa de vacinação), é provável que rebanhos com até 60 matrizes poderão funcionar bem sem o uso de antimicrobianos preventivos”. Na palestra, Lima disse que não seria impossível atingir cem matrizes.

Nesse sentido, segundo os estudiosos, grupos de produtores podiam envidar esforços e formar parcerias com agroindústrias ou cooperativas familiares para produção e comercialização de carne ou produtos de suínos diferenciados daqueles produzidos em larga escala e com valor agregado para atender nichos de mercado.

Rastreabilidade Individual

Conforme Lima e outros sete autores, os tradicionais modelos de produção fazem a rastreabilidade apenas por lote produzido, pois os suínos não são identificados individualmente. “O sistema de produção em família permite fazer a rastreabilidade individual, uma vez que todos eles são identificados individualmente. Então, suínos que ocasionalmente forem medicados individualmente durante o processo produtivo podem ser identificados, e no abate poderão ser excluídos da linha de produtos com maior valor agregado”, orienta.

Para Lima, no entanto, há uma dificuldade em pequenos produtores chamarem o interesse da indústria e esse sistema demandaria investimentos, como adequações em estruturas existentes, especialmente para atender o modelo de produção em família, com baias para alojar apenas uma leitegada, além de reeducação profissional dos produtores. “O problema é que na maioria das vezes produtores pequenos de ciclo completo não interessam às agroindústrias e, portanto, não recebem treinamento adequado de forma continuada, como ocorre com a maioria dos produtores integrados. Então, a adoção desse sistema certamente demandará apoio por parte da assistência técnica (privada ou pública) para treinar os produtores nesse modelo”, aponta a pesquisa.

O pesquisador entende que “os resultados do projeto devem servir de subsídio para o desenvolvimento de sistemas de produção de pequena escala voltados para mercados de maior valor agregado. Para tanto, é fundamental que uma futura estratégia de difusão deste processo produtivo envolva outros atores da cadeia produtiva da carne suína, notadamente, empresas e cooperativas agroindustriais, redes de varejo e organizações voltadas à certificação e à rastreabilidade”.

Além disso, opinam os pesquisadores, “os conceitos propostos e validados pelo projeto também devem ser vistos como valiosos subsídios a serem incorporados pelos sistemas de produção predominantes (média/grande escala e produção segregada) a fim de buscar um melhor posicionamento no novo padrão concorrencial que está se estabelecendo nos mercados internacionais mais exigentes, à luz do que vêm fazendo países como a Dinamarca e os Países Baixos”.

Mais informações você encontra na edição de Nutrição e Saúde Animal de novembro/dezembro de 2017 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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CBNA – Cong. Tec.

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