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Crescimento de produtividade na soja ainda precisa evoluir no Brasil

Segundo especialista, estágio atual é de 0,9% anuais e o ideal seria elevação de 3% ao ano

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Mais uma vez o Fórum Nacional da Soja teve auditório lotado e grande presença de produtores que buscaram informações técnicas e de mercado no momento em que vai se iniciar a colheita do grão. O evento, organizado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) com a parceria da Cotrijal e da CCGL, ocorreu nesta terça-feira, dia 7 de março, durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS).

O fórum foi aberto pelo engenheiro agrônomo Dirceu Gassen, que vai falou sobre "Manejo para Altos Rendimentos". O especialista traçou um cenário da produção e mercado de soja no mundo e qual a posição no Brasil nesta tendência. Gassen questionou os participantes sobre o que está bem na soja e quais os fatores que são limitantes na cultura. "A eficiência dos melhores que irão garantir a continuidade na atividade da soja", revela.

Para Gassen, a soja é o ciclo econômico mais importante da história do Brasil e o agricultor não se dá conta do valor que tem para a sociedade e a economia brasileira. Sobre o crescimento da produtividade desde o ano 2000 até a atual safra, o especialista afirma que a evolução no país foi de apenas 0,9% ao ano, mas que o ideal é que este crescimento chegue a 3% ao ano. Neste cenário, o Rio Grande do Sul elevou em 3,05%, acima da média ideal considerada pelo agrônomo. O Rio Grande do Sul tem uma estabilidade pelo perfil de agricultor e pelo tipo de negócio, que é sustentado pelas cooperativas, e isto é muito positivo", observa. 

Logo após foi a vez do mestre em economia e finanças Constantin Jancsó, economista do Bradesco, que abordou o tema "Perspectivas Econômicas". Inicialmente apresentou a visão da economia global no mundo, especialmente em zonas como os Estados Unidos, Europa e China. Depois o especialista falou sobre a projeção brasileira. "Apesar da melhora da expectativa de melhora com a perspectiva da mudança de governo, a recuperação econômica ainda não tinha se materializado", explica.

Sobre as perspectivas para este ano, Jancsó avalia que, depois do Brasil ter chegado ao "fundo do poço", o país deve experimentar uma recuperação, mas ela será de forma bastante lenta. No entanto, o economista mostrou que a inflação vem despencando. "Se incorporarmos os dados de fevereiro que devem sair nos próximos dias devemos chegar a um número de 4,8%, bem próximo das metas do Banco Central", enfatiza.

Com o tema "Tendências Para os Mercados de Soja e Milho em 2017/2018", o agrônomo e analista de mercado e fundador da AgRural Fernando Muraro Jr fez a terceira palestra do fórum. O especialista analisou os ciclos, oferta e demanda e a "financeirização" da safra. O consultor afirmou que muitos produtores estão esperando a saca chegar a R$ 100,00, querendo acertar o "olho da mosca", mas hoje é complexo adivinhar a reação do mercado. "Em comercialização, ainda estamos na 'idade do epa'. Se a comercialização já não pertencia ao produtor, hoje menos ainda", pondera.

Com uma safra prevista de 107 milhões de toneladas no país, sendo recorde na maioria dos Estados produtores brasileiros, a preocupação de Muraro Jr agora fica por conta da comercialização do grão. O especialista alerta que, historicamente, o pior momento para vender a safra é nos meses de março e abril. Estatisticamente, nos últimos 17 anos, o preço caiu 13 vezes neste período. "Quem vende a soja em março e abril, vende a fazenda em seguida", diz o consultor.

Finalizando, a palestra "Atribuição, Ocupação e Uso das Terras no Brasil e no Exterior. Primeiras Análises e Resultados do Cadastro Ambiental Rural no Brasil e Rio Grande do Sul" foi ministrada pelo agrônomo, pesquisador e escritor Evaristo de Miranda. O especialista lembra que hoje o país tem 315,25 milhões de hectares de unidades de conservação, terras indígenas, áreas quilombolas e áreas militares, o que representa 37,15% do território nacional, enquanto outros países do mundo não passam de 10% de preservação de áreas. Os agricultores preservam com vegetação nativa dentro das propriedades cerca de 11% enquanto a agricultura utiliza apenas 8% das terras para produzir grãos. "O Brasil abriu mão de usar quase 30% das terras em nome da preservação. Mesmo assim o país é tratado lá fora como um país que não protege suas terras", salienta.

Sobre o Cadastro Ambiental Rural, Miranda apresentou as primeiras análises de dados que mostraram que atualmente 3,92 milhões de imóveis estão cadastrados, sendo 470,31 mil no Rio Grande do Sul, com 17,33 milhões de hectares em um total de 26,87 milhões de hectares do Estado. "Os agricultores preservam de vegetação nativa dentro dos imóveis 3,6 milhões hectares preservados. São 13% da área do Estado e 21% da área rural. As áreas preservadas pela agricultura no Rio Grande do Sul é 13 vezes o que está protegido em terras indígenas e unidades de conservação", coloca.

O presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, lembrou do protagonismo que o evento teve também na criação de fóruns de outras culturas que são realizados na Expodireto Cotrijal. Reforçou também a importância dos debates realizados no Fórum para a formulação de propostas para políticas agrícolas que atendam o setor produtivo. "Aqui discutimos assuntos assuntos relevantes na história da soja neste período de realização do Fórum Nacional da Soja. Tivemos sempre discussões acerca da comercialização e, em especial, foi aqui neste fórum que se iniciou o debate em relação aos transgênicos", salienta.

Fonte: Assessoria

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Notícias Após oito anos

UFSM retoma tradicional Simpósio de Sanidade Avícola

Evento será realizado de forma on-line, entre os dias 05 e 07 de junho, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país.

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Foto: Julio Bittencourt

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) está em clima de celebração com o retorno do Simpósio de Sanidade Avícola, que volta a acontecer após um hiato de oito anos. Este evento, anteriormente coordenado pela professora doutora Maristela Lovato Flores, teve sua última edição em 2016 e agora ressurge graças aos esforços do Grupo de Estudos em Avicultura e Sanidade Avícola da UFSM (Geasa/UFSM). O Jornal O Presente Rural será parceiro de mídia da edição 2024 do evento.

Sob a nova liderança dos professores doutores Helton Fernandes dos Santos e Paulo Dilkin, o evento chega a 11ª edição e promete manter o alto padrão técnico-científico que sempre marcou suas edições anteriores. “Estamos imensamente satisfeitos e felizes em anunciar o retorno deste evento tão importante para a comunidade avícola”, declararam os coordenadores.

O Simpósio está marcado para os dias 05, 06 e 07 de junho e será realizado de forma on-line, permitindo a participação de estudantes e profissionais de diversas regiões do país. “Com um programa cuidadosamente planejado ao longo dos últimos meses, o evento pretende aprofundar os conhecimentos sobre sanidade avícola, abrangendo temas atuais e pertinentes à Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia”, evidenciou o presidente do Geasa/UFSM, Matheus Pupp de Araujo Rosa.

Entre as novidades deste ano, destaca-se o caráter beneficente do evento. Em solidariedade às vítimas das recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, 50% do valor arrecadado com as inscrições será doado para ajudar aqueles que foram afetados por essa adversidade.

Os organizadores também garantem a presença de palestrantes de renome, que irão abordar as principais pautas relacionadas à sanidade nos diversos setores da avicultura. “Estamos empenhados em proporcionar um evento de alta qualidade, que contribua significativamente para o desenvolvimento profissional dos participantes”, afirmaram.

Em breve, mais detalhes sobre os palestrantes, temas específicos e informações sobre inscrições serão divulgados. Para acompanhar todas as atualizações, você pode também seguir  o perfil oficial do Geasa/UFSM pelo Instagram. “O Simpósio de Sanidade Avícola é uma excelente oportunidade para a comunidade acadêmica e profissional se reunir, trocar conhecimentos e contribuir para o avanço da avicultura, enquanto também apoia uma causa social de grande relevância”, ressalta Matheus.

Fonte: O Presente Rural
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Notícias

Carne de frango ganha competitividade frente a concorrentes

No caso da carne suína, as cotações iniciaram maio em alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês. Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

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Foto: Shutterstock

Enquanto a carne de frango registra pequena desvalorização em maio, frente ao mês anterior, as concorrentes apresentam altas nos preços – todas negociadas no atacado da Grande São Paulo.

Como resultado, pesquisas do Cepea mostram que a competitividade da proteína avícola tem crescido frente às concorrentes.

Para o frango, pesquisadores do Cepea explicam que a pressão sobre os valores vem da baixa demanda em grande parte da primeira quinzena de maio (com exceção da semana do Dia das Mães), o que levou agentes atacadistas a baixarem os preços no intuito de evitar aumento de estoques.

No caso da carne suína, levantamento do Cepea aponta que as cotações iniciaram maio alta, impulsionadas pela oferta mais “enxuta” e pelo típico aquecimento da procura em começo de mês.

Quanto ao mercado de boi, apesar dos valores da arroba seguirem pressionados na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, as exportações intensas de carne podem ajudar a limitar a disponibilidade interna e, consequentemente, a sustentar os valores da proteína no atacado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Notícias Em apoio ao Rio Grande do Sul

Adapar aceita que agroindústrias gaúchas comercializem no Paraná

Medida é válida para agroindústrias do Rio Grande do Sul com selo de inspeção municipal ou estadual e tem validade de 90 dias. A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos.

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Foto: Mauricio Tonetto/Secom RS

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) vai aceitar que agroindústrias gaúchas com selo de inspeção municipal ou estadual vendam seus produtos em território paranaense.

A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última quarta-feira (15) a Portaria Nº 1.114, permitindo temporariamente a comercialização interestadual de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul, em caráter excepcional.

A Adapar enviou uma declaração expressa ao Ministério alinhada a essa autorização, e vai disponibilizar no site oficial uma lista dos estabelecimentos aptos a vender esses produtos, garantindo a segurança e a qualidade alimentar para os consumidores.

A decisão atende a uma solicitação da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL) pela flexibilização das regulamentações vigentes, com o objetivo de garantir a continuidade da venda dos produtos de origem animal produzidos em território gaúcho, tendo em vista o impacto das enchentes para os produtores rurais.

O assunto foi debatido em uma reunião online realizada na terça-feira (14) entre os órgãos e entidades de defesa agropecuária do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Mapa.

“Essa medida representará um alívio significativo para as pequenas empresas, com o escoamento de produtos que poderão ser revendidos nos estabelecimentos distribuídos por diversos estados brasileiros”, explica o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. As autorizações dispostas na Portaria do Ministério são válidas pelo prazo de 90 dias.

Para a gerente de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Adapar, Mariza Koloda, a iniciativa representa um importante passo na busca por soluções ágeis e eficazes para enfrentar os desafios impostos pelo cenário de crise no Rio Grande do Sul.

“A cooperação entre os órgãos de defesa agropecuária e o Ministério demonstra o compromisso em atender às necessidades dos produtores e consumidores, ao mesmo tempo em que se mantém a integridade e segurança dos alimentos comercializados em todo o País”, diz.

Segundo a AGL, a grande maioria das agroindústrias familiares depende de feiras, restaurantes, empórios, hotéis, vendas digitais para consumidor direto ou de compras institucionais pelo Poder Público. O impacto das chuvas prejudicou a comercialização das agroindústrias em todas as regiões, com produtores que perderam animais, lavouras e instalações.

Fonte: AEN-PR
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