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Cotações internas do milho operaram em maio nos menores patamares nominais desde 2020

Estimativas indicando safras volumosas no Brasil e nos Estados Unidos, redução na demanda, espera de desvalorizações mais intensas com o avanço da colheita de segunda safra são alguns dos fatores que explicam cenário de baixa no último mês.

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Foto: Guilherme Viana

As cotações internas do milho atravessaram mais um mês em queda e operaram em maio nos menores patamares nominais desde agosto de 2020. Os principais fundamentos para os recuos foram: estimativas indicando safras volumosas no Brasil e nos Estados Unidos, onde o clima esteve favorável na maior parte de maio, e a redução na demanda, pois compradores postergaram as aquisições, à espera de desvalorizações mais intensas com o avanço da colheita de segunda safra, que começou em maio no Brasil.

No acumulado do mês, o Indicador Esalq/BM&FBovespa registrou forte queda de 18%, fechando a R$ 53,77/sc de 60 kg no dia 31. A média do mês, de R$ 58,16/sc, ficou 22,3% inferior à de abril e foi a menor desde agosto de 2020, em termos nominais, quando havia sido de R$ 56,62/sc. Nas regiões acompanhadas pelo Cepea, entre 28 de abril e 31 de maio, as quedas foram de 12,3% nos preços pagos ao produtor (balcão) e de 16,1% para negociações entre empresas (mercado disponível). As médias mensais recuaram 20,6% e 21% entre abril e maio, nesta ordem.

Campo

Até o final de maio, a colheita da segunda safra brasileira havia alcançado 0,4% da área nacional colhida, segundo a Conab. O percentual de lavouras em maturação aumentou, favorecido pela baixa umidade.

No geral, contudo, a colheita só deve ser intensificada a partir de meados de junho, quando a maior parte das regiões terá lavouras no final do desenvolvimento. Especificamente em Mato Grosso, o Imea indicou que 0,49% da área estadual havia sido colhida até 26 de maio, 1,88 p.p. abaixo do observado no mesmo período de 2022, o que se deve ao atraso da semeadura.

Já quanto à safra verão, além de São Paulo, Santa Catarina também finalizou a colheita em maio. A Conab relata que 81,8% da área nacional foi colhida até o dia 27, recuo de 6,5 p.p. frente ao mesmo período do ano anterior.

No Paraná, segundo a Seab/Deral, a colheita havia alcançado 99% da área estadual até o dia 29 de maio, restando as regiões de Curitiba e União da Vitória para finalizarem as atividades. No Rio Grande do Sul, a Emater/RS apontou que a colheita foi realizada em 93% das lavouras até 1º de junho.

Estimativas

Em relatório divulgado no dia 11 de maio, a Conab indicou que a segunda safra 2022/23 de milho pode somar 96,13 milhões de toneladas, 12% a mais que a anterior. Para o milho verão, a temporada atual passou a ser estimada em 27,04 milhões de toneladas, 8% superior à passada.

Para a terceira safra, o aumento é de 6,2%, totalizando 2,3 milhões de toneladas. Assim, a Companhia passou a estimar a produção total da safra brasileira 2022/23 em 125,53 milhões de toneladas, 11% acima da anterior e um recorde.

Caso esses dados se concretizem, a disponibilidade total de milho – resultado da soma do estoque inicial, da importação (projetada em 1,9 milhão de toneladas) e da produção – seria de 135,53 milhões de toneladas, a maior da história.

O consumo interno é previsto pela Companhia em 79 milhões de toneladas, restando 56 milhões de toneladas exportáveis. No entanto, até o momento, a expectativa é de que 48 milhões de toneladas sejam exportadas pelo Brasil, restando, ao final da temporada (em janeiro/24), 8,18 milhões de toneladas, segundo a Conab.

Em termos mundiais, o USDA divulgou que a produção mundial em 2023/24 deve ser de 1,21 bilhão de toneladas, aumento de 6 milhões de toneladas (ou +6%) em relação à temporada anterior. Dentre os maiores produtores, os aumentos mais expressivos foram observados na Argentina, na União Europeia e nos Estados Unidos. No Brasil, por outro lado, a produção deve se manter, enquanto deve recuar na Ucrânia.

Quanto ao consumo global, é projetado aumento de 4% frente à safra anterior, para 1,204 bilhão de toneladas. Com o aumento na produção, os estoques de passagem subiram 5%, e, assim, a relação estoque/consumo é de 26,2%, próxima à média dos últimos cinco anos, de 26,6%.

Ainda segundo o USDA, as exportações mundiais devem aumentar 7%, para cerca de 190 milhões de toneladas, com o Brasil superando os Estados Unidos nos embarques pela primeira vez na história. O Brasil deve exportar 56 milhões de toneladas na temporada 2023/24, enquanto os Estados Unidos podem embarcar 54 milhões de toneladas.

Exportação

O ritmo de negócios nos portos foi baixo durante todo o mês, e os embarques estiveram enfraquecidos, uma vez que a safra recorde de soja foi prioridade nas entregas nos portos. Agentes indicaram que a oleaginosa deve seguir como prioridade nos próximos meses, o que pode limitar o volume de milho escoado pelo Brasil – isso evidencia os problemas logísticos na exportação brasileira de grãos, diante de colheitas recordes.

Os embarques brasileiros foram de apenas 384,88 mil toneladas em maio, inferior às 1,08 milhão de toneladas embarcadas em maio/22. Quanto aos preços, em Paranaguá (PR), a média de maio foi 19% inferior à do mês de abril.

Mercado externo

Enquanto a colheita na Argentina evidencia as quebras na produção, o bom avanço na semeadura nos Estados Unidos deixou agentes otimistas quanto à produção. A semeadura de milho nos Estados Unidos atingiu 92% da área esperada até o dia 28 de maio, acima da média dos últimos cinco anos, que é de 84%, de acordo com o USDA.

Na Argentina, a colheita alcançou 28,6% da área nacional com os rendimentos das lavouras argentinas abaixo do previsto, com estimativa de produção de 36 milhões de toneladas, segundo a Bolsa de Cereales.

Quanto aos preços, influenciados pelas previsões de safra volumosa, acumularam queda no mês. Na Bolsa de Chicago (CBOT), entre 28 de abril e 31 de maio, o primeiro vencimento recuou 6,6%, fechando o dia 31 a US$ 5,94/bushel (US$ 233,84/t).

A análise conjuntural completa do milho feita pela equipe do Cepea pode ser conferida clicando aqui.

Fonte: Assessoria Cepea

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Faesc celebra publicação da lei que reduz burocracia para Declaração do Imposto Territorial Rural 

Medida retira a obrigatoriedade de utilização do ADA para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do CAR para o cálculo de área.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) celebra a conquista da Lei 14.932/2024 que reduz a burocracia da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) para os produtores. A legislação foi publicada, na última quarta-feira (24), no Diário Oficial da União pelo Governo Federal.

A medida retira a obrigatoriedade de utilização do Ato Declaratório Ambiental (ADA) para redução do valor devido do ITR e autoriza o uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o cálculo de área tributável do imóvel.

O presidente do Sistema Faesc/Senar e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, ressalta que a publicação da Lei representa um avanço para o agronegócio. “Nós, da Faesc, e demais federações, trabalhamos em conjunto com a CNA, pela desburocratização e simplificação da declaração do ITR para o produtor rural. Essa conquista significa menos burocracia, mais agilidade e redução de custos para o campo, o que é fundamental para impulsionar a competitividade e o desenvolvimento do setor produtivo”.

De acordo com o assessor técnico da CNA, José Henrique Pereira, com a publicação da Lei 14.932/2024, o setor espera a adequação da Instrução Normativa 2.206/2024 que ainda obriga o produtor rural a apresentar o ADA neste ano, para fins de exclusão das áreas não tributáveis do imóvel rural. “A nova Lei já está em vigor e desobriga a declaração do Ato Declaratório Ambiental, então esperamos que a Receita Federal altere a Instrução Normativa e que a lei sancionada comece a valer a partir da DITR 2024”, explicou.

A norma é originária do Projeto de Lei 7611/17, do ex-senador Donizeti Nogueira (TO) e de relatoria do deputado federal Sérgio Souza (MDB/PR). O texto tramitou em caráter conclusivo e foi aprovado pela Câmara dos Deputados em dezembro do ano passado.

De acordo com a IN 2.206/2024, o prazo para apresentação da DITR 2024 começa a partir do dia 12 de agosto e vai até 30 de setembro de 2024.

Fonte: Assessoria Faesc
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Sancionada lei que permite o uso do CAR para cálculo do ITR

Nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental.

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Foto: Roberto Dziura Jr

A nova legislação permite que os produtores utilizem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para calcular a área tributável, substituindo o atual Ato Declaratório Ambiental (ADA). O governo federal sancionou na última terça-feira (23) a Lei 14932/2024, uma medida que visa modernizar o sistema de apuração do Imposto Territorial Rural (ITR) e reduzir a burocracia para os produtores rurais.

Ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza, destaca que medida visa a modernização do sistema tributário rural – Foto: Divulgação/FPA

Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJC) da Câmara dos Deputados em dezembro de 2023, o projeto de lei (PL 7611/2017) foi relatado pelo ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR). O parlamentar destacou a importância da nova lei, afirmando que o CAR é um dos instrumentos mais avançados hoje para compatibilizar a produção com a preservação ambiental.

“O Cadastro Ambiental Rural é uma das ferramentas mais importantes do mundo em termos de compatibilização da produção agropecuária com os ditames da preservação ecológica. É, certamente, um instrumento que cada vez mais deve ser valorizado”, afirmou Sérgio Souza.

Atualmente, para apurar o valor do ITR, os produtores devem subtrair da área total do imóvel as áreas de preservação ambiental, apresentando essas informações anualmente ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por meio do ADA. Esses mesmos dados também são incluídos no CAR, conforme exigência do Código Florestal.

Com a nova lei, essa duplicidade de informações será eliminada, facilitando o processo para os produtores. “Não faz sentido que o produtor rural seja obrigado a continuar realizando anualmente o ADA, uma vez que todas as informações necessárias à apuração do valor tributável do ITR estão à disposição do Ibama e da Receita Federal por meio do CAR”, ressaltou Sérgio Souza.

Fonte: Assessoria FPA
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Governo gaúcho anuncia medidas para atenuar perdas causadas pelas enchentes na cadeia leiteira

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó.

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Foto: Gisele Rosso

O pacote de medidas do Governo do Rio Grande do Sul para reerguer a agricultura gaúcha após a tragédia climática que assolou a produção primária inclui ações específicas destinadas ao setor do leite: bônus de 25% em financiamentos e compra de leite em pó. “Chegam em boa hora e são importantes porque beneficiam o pequeno produtor com subvenção, que é fundamental. Além da compra do leite em pó num volume considerável”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat).

No Programa da Agrofamília, os R$ 30 milhões em bônus financeiros para custeio e investimentos no Plano Safra 2023/2024, estarão disponíveis a partir da segunda quinzena de agosto nas agências do Banrisul. Outros R$ 112,9 milhões serão destinados para a compra, pelo Estado, de leite em pó. A aquisição será feita junto às cooperativas gaúchas que não tenham importado leite, ao longo do ano vigente do programa, para atender mais de 100 mil crianças em municípios com Decreto de Calamidade.

O dirigente, que acompanhou o anúncio feito pelo governador Eduardo Leite e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, na manhã desta quinta-feira (25/07), lembra que o setor ainda aguarda uma posição sobre a liberação do Fundoleite. “Recentemente, foi solicitado junto à Secretaria Estadual da Fazenda a atualização de saldos. A estimativa é dos valores se aproximem de R$ 40 milhões”, indica Palharini.

Fonte: Assessoria Sindilat-RS
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