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Copagril inicia testes na indústria de esmagamento de soja
Empreendimento deve estar pronto para entrar em operação em no máximo dez dias, prevê diretor-presidente da cooperativa
Dois anos depois de adquirir em leilão judicial o complexo industrial de Marechal Cândido Rondon que pertencia à Sperafico Agroindustrial, localizado às margens da BR-163, próximo ao portal de entrada da cidade, a Copagril finalmente está com os dias contados para colocar em funcionamento a indústria de esmagamento de soja.
“Felizmente, agora estamos praticamente prontos”, comemora o diretor-presidente da cooperativa rondonense, Ricardo Sílvio Chapla, em entrevista ao Jornal O Presente.
A aquisição foi feita em 2019, mas a Copagril só conseguiu assumir de fato o imóvel há um ano. Isto porque houve demandas judiciais por parte da Sperafico contra o leilão do complexo, que possui 167 mil metros quadrados e é composto por uma indústria de esmagamento de soja, fábrica de rações, indústria de processamento de lecitina e de gordura protegida, dentre outras estruturas.
“Não há mais nenhuma pendência na Justiça. Está tudo sanado. A Copagril comprou uma estrutura que era de propriedade da Sperafico, mas não comprou da Sperafico e, sim, da Justiça no leilão. A Copagril nunca teve algo com a Sperafico e hoje está tudo superado em termos de questões judiciais. A Copagril é 100% dona (do complexo), com escrituração, com toda posse, dentro daquilo que fez parte do edital de leilão. Essa é a grande indústria que a Copagril tem hoje”, enaltece Chapla.
Esmagamento de soja
Embora seja um complexo, a principal atividade será de esmagamento de soja. Conforme o dirigente cooperativista, há cerca de um ano, quando conseguiu assumir a estrutura, a Copagril contratou empresas e profissionais para que fosse feita uma avaliação geral dos imóveis, maquinários e equipamentos.
“Avaliamos tudo. Estabelecemos um planejamento e um orçamento para revigorar e revitalizar a indústria”, menciona.
A intenção era colocar o novo empreendimento em funcionamento antes, mas em função da pandemia muitas peças e maquinários que foram adquiridos levaram mais tempo para chegar a Marechal Rondon e, em seguida, serem instalados.
“Iniciamos os primeiros testes e nesta semana teremos testes com moagem. No prazo máximo de dez dias a indústria de esmagamento de soja estará pronta”, frisa o diretor-presidente, citando que podem ser esmagadas mil toneladas de soja por dia. “Já temos soja para isso até final de janeiro e, a partir de fevereiro, os estoques devem ser renovados com a safra”, adianta.
Segundo Chapla, quando a indústria começar a operar efetivamente ainda podem ser necessários alguns ajustes, algo considerado normal dentro do processo e ainda se levar em consideração o tempo em que ficou em atividade.
“Agora ficou seminova. Há muitas coisas novas, outras retificadas, ajustadas, reformuladas, enfim. É uma indústria quase nova e isso vai proporcionar uma oportunidade muito boa para a Copagril e, consequentemente, para os associados, para que possamos ter agregação de valor em termos de soja e dos produtos derivados”, evidencia.
Fábrica de rações
Dentro do complexo, o segundo empreendimento que deve entrar em operação, a partir do próximo ano, é a fábrica de rações, que igualmente precisará ser revitalizada e reformulada.
“Dentro da estrutura da sede da Copagril já contamos com uma fábrica de rações, a qual vai continuar, e que produz hoje ração suína e bovina. No futuro planejamos concentrar somente ração suína aqui na sede e o restante das rações no complexo industrial. Haverá rações para bovinos, para peixes e projeção de produção de ração para pet. Esse é o nosso planejamento, mas cada coisa no seu tempo”, comenta.
Em avaliação
Ainda no complexo existe a indústria de processamento de lecitina e de gordura protegida. Neste caso, segundo Chapla, o empreendimento será avaliado futuramente e dentro daquilo que possui viabilidade ou não.
“Depende o que quisermos produzir dentro do complexo como um todo. A principal indústria é de esmagamento de soja e, esta sim, vai proporcionar muito emprego e renda. Já contamos com 100 pessoas contratadas, trabalhando, e alguns terceirizados. Depois que entrar as outras indústrias entrarem em operação, aumentaremos a possibilidade de emprego e, evidentemente, valor de investimentos que a Copagril vai fazer”, expõe.
Investimento
De acordo com Chapla, somando o que a Copagril pagou para adquirir o complexo industrial no leilão, mais os investimentos já realizados, as cifras alcançam aproximadamente R$ 55 milhões.
“É uma estrutura grande e, certamente, primeiro vai funcionar bem a esmagadora de soja para na sequência trabalharmos as outras indústrias”, salienta.
Ampliação da área de atuação
Além da aquisição e revitalização do complexo industrial, a cooperativa de Marechal Rondon não tem deixado de lado os investimentos e melhorias em suas unidades, demais fábricas, supermercados e postos de combustíveis, dentre outros. “Não são investimentos tão vultuosos, mas são muitos investimentos”, aponta o dirigente.
Ele conta que dentro do planejamento está prevista a construção de uma nova unidade de recebimento de cereais, mas, por ora, prefere não adiantar em qual município.
Além disso, revela que um dos objetivos é ampliar a área de atuação da Copagril no Mato Grosso do Sul.
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Malásia habilita quatro novas plantas de carne de frango
Mercado com critérios halal passa a contar com 07 plantas brasileiras
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a informação divulgada hoje pelo Ministério da Agricultura e Pecuária sobre a autorização de quatro novas plantas para exportação de carne de frango para o mercado da Malásia.
A habilitação pelas autoridades sanitárias malásias alcança quatro plantas frigoríficas do Brasil – duas unidades da BRF, uma da JBS Aves e uma da Vibra Agroindustrial, que estão localizadas no Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. As unidades habilitadas se somarão às outras três plantas frigoríficas já autorizadas a embarcar produtos para a Malásia – duas da BRF e uma da Jaguafrangos, localizadas no Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná.
A Malásia é reconhecida internacionalmente como um dos mercados com os mais elevados critérios para produtos halal entre as nações de maioria islâmica, e tem aumentado significativamente as suas importações de carne de frango do Brasil. No ano passado, o país importou 13,6 mil toneladas, volume 45,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
“Mais que dobramos o número de plantas habilitadas a atender o mercado malásio, que deverá registrar bons incrementos nos volumes embarcados ao longo de 2024. É uma importante notícia para o Brasil, que é o maior exportador global de carne de frango halal e tem visto sua presença aumentar no mercado islâmico”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Conforme o diretor de mercados, Luís Rua, “a articulação de ações entre o Ministério da Agricultura e as demais pastas do Governo, como o Ministério das Relações Exteriores, vem conquistando grandes avanços para a ampliação da presença internacional das proteínas do Brasil, o que se reflete, por exemplo, nas novas habilitações para a Malásia.
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Demanda enfraquecida de farelo de soja mantém pressão sobre cotações
Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do produto caíram 2% comparando-se a média da primeira quinzena de abril com a média de março. No comparativo anual, a queda foi de 19,8%, em termos reais.
Os preços do farelo de soja seguiram em queda no mercado brasileiro na primeira quinzena de abril, refletindo a cautela de consumidores, sobretudo domésticos.
Indústrias esmagadoras também não mostraram grande interesse em negociar, por conta da valorização da matéria- -prima e da dificuldade no repasse para o derivado.
Também atentos à firme procura por óleo de soja, consumidores esperam pelo aumento no volume do grão esmagado e, consequentemente, por um excedente de farelo, em um contexto em que a recuperação na oferta da Argentina deve limitar as exportações brasileiras deste derivado.
Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, as cotações do farelo de soja caíram 2% comparando-se a média da primeira quinzena de abril com a média de março.
No comparativo anual, a queda foi de 19,8%, em termos reais (IGP-DI de março).
Em Campinas (SP), Mogiana (SP), Rondonópolis (MT), Santa Rosa (RS), Passo Fundo (RS), Ijuí (RS) e Chapecó (SC), os preços do derivado foram os menores desde setembro de 2019, também em termos reais.
Por outro lado, o movimento de baixa foi limitado pelas exportações intensas. Segundo dados da Secex, o Brasil embarcou volume recorde de farelo de soja no primeiro trimestre de 2024, somando 5,2 milhões de toneladas, 15% superior ao registrado há um ano.
Os principais destinos do derivado brasileiro foram Indonésia (18,6%) e Tailândia (12,7%).
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Asgav promove campanha de valorização da carne de frango produzida no Rio Grande do Sul
Por meio deste movimento, o setor avícola quer destacar a procedência e a qualidade do produto que é disponibilizado no mercado gaúcho.
Incentivar o consumo de carne de frango produzida no Rio Grande do Sul. Este é o objetivo da 3ª etapa da Campanha de Valorização das Marcas produzidas no estado, promovida pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). Por meio deste movimento, o setor avícola quer destacar a procedência e a qualidade do produto que é disponibilizado no mercado gaúcho. Com o slogan “Carne de Frango do RS, a gente reconhece pelo sabor”, o intuito é reforçar o trabalho de divulgação em veículos de imprensa e redes sociais, como já ocorreu nos dois ciclos anteriores. A campanha começou nesta segunda-feira (22) e vai se estender até 30 de julho, com foco principal nas redes sociais e comunicação estratégica.
A continuidade desta ação da Asgav é fortalecer o consumo interno da carne de frango produzida no Rio Grande do Sul. O presidente executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, comenta que a ideia desta nova etapa é de uma campanha criativa e dinâmica para conscientizar a população sobre os benefícios de levar para as suas mesas um produto gaúcho. “Este é um movimento contínuo e proativo da Asgav em busca de alternativas para melhorar as condições de competitividade para o setor, pois valorizar a produção local é valorizar milhares de pessoas, famílias, produtores e trabalhadores do nosso Estado”, esclarece.
Raio x da avicultura
Atualmente, o Rio Grande do Sul é o terceiro maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil. Tem 7,3 mil produtores e 21 frigoríficos.
A média de produção de carne de frango do estado é de 1,8 milhão de toneladas.
As vagas de trabalho criadas pelo setor são significativas. São 35 mil empregos diretos e 550 mil empregos indiretos.