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Copacol: uma gigante que conhece cada um dos seus cooperados
Primeira cooperativa a ser fundada no Oeste do Paraná, Copacol comemora nesta segunda-feira (23) seis décadas de fundação. Com meta de atingir R$ 10 bilhões em faturamento neste ano, a empresa se consolida no cenário internacional como uma referência na produção de alimentos.

Grande nos números, mas sem perder a essência familiar. Essa é a Copacol, a Cooperativa Agroindustrial Consolata, que nesta segunda-feira (23), completa seis décadas de fundação – a primeira a ser fundada no Oeste do Paraná. Com meta de atingir R$ 10 bilhões em faturamento neste ano, a empresa se consolida no cenário internacional como uma referência na produção de alimentos: está entre as maiores do mundo, segundo a World Cooperative Monitor (Monitor Cooperativo Mundial), e entre as dez maiores do Brasil, segundo a Revista Forbes.

Diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol: “Tivemos um avanço grande em nossa região e sabemos da importância da Copacol neste contexto” – Fotos: Divulgação/Copacol
Alvo audacioso em um momento desafiador da economia, com altas nos custos de produção de aves, peixes, suínos e leite – atividades de diversificação investidas pela empresa. Porém, as estratégias adotadas pela diretoria executiva solidificam os resultados que geram qualidade de vida no campo e na cidade.
Com segurança e muita análise, a cooperativa caminha com pés no chão e cabeça nas nuvens, como diz o diretor-presidente, Valter Pitol, que também comemora 50 anos de atuação na empresa: ele iniciou a carreira profissional em 1972, como o segundo engenheiro agrônomo da Copacol. Para atingir bons resultados, anualmente o Planejamento Estratégico – um check-list de todas as ações administrativas, econômicas, sociais e ambientais – é revisado: as superintendências apontam índices e quais caminhos devem ser seguidos, visando crescimento da empresa.
Mesmo com características de “multinacional”, com a marca presente em 80 países – inclusive escritório de vendas em Dubai (Emirados Árabes Unidos) – a Copacol mantém um relacionamento direto com os cooperados e colaboradores. Por meio dessa atuação, a diretoria se faz presente com os produtores – de grãos ou de diversificação – apresentando os números e investimentos, com total transparência: o que faz da Cooperativa uma grande referência. “Esse é o papel da cooperativa: manter um trabalho sério e comprometido com o desenvolvimento dos cooperados e dos colaboradores. Tivemos um avanço grande em nossa região e sabemos da importância da Copacol neste contexto. Dentro das nossas metas estipulamos uma rentabilidade de 5% dentro do RG Copacol: R de Rentabilidade e G de Geração de Valor para os colaboradores, cooperados, comunidade e clientes. É muito desafiador, mas é isso que faz a gente caminhar para frente”, afirma Pitol.

Roda de chimarrão com a família Oleynik
Braços abertos
Leopoldo Oleynik, produtor em Cafelândia, recorda de quando Valter Pitol atendia a propriedade como engenheiro agrônomo. Para marcar esses 60 anos, o reencontro com o então diretor-presidente foi feito: em uma roda de chimarrão, a família pode conversar novamente com Pitol – o presidente também fez uma viagem ao passado, indo de Fusca Azul, primeiro carro adquirido que era usado em 1972 pelos agrônomos. “É uma satisfação receber novamente o Valter, que atendida nossa propriedade e depois se tornou vice e então presidente. A Cooperativa transformou nossa história”, enfatiza João Oleinik (filho de Leopoldo), que com a ajuda da esposa Ermelinda Oleinik mantém os serviços em dia.
A família é um exemplo do que a Copacol realiza entre muitas outras: além de gerar oportunidade no campo, filhos e netos têm condições de realizar sonhos dentro e fora da propriedade. A filha do casal, Márcia Oleinik Bruno, é colaboradora da Cooperativa há 23 anos. “Atuo como líder financeira e tenho um grande orgulho por atuar na Copacol: por meio dela realizei sonhos e sou feliz no que faço”, afirma a colaboradora.
Investimentos

Leopoldo Oleynik, produtor em Cafelândia, com o diretor-presidente da Copacol, Valter Pitol
Para avançar, a Copacol prossegue com obras importantes, em todos os setores: construiu novas Unidades de Recebimento de Grãos no Sudoeste do Paraná e está com obras previstas para ampliação de estruturas no Oeste do Estado, bem como edificação de mais silos em áreas estratégicas para atender os cooperados. Está com um dos Centros de Distribuição mais modernos do Brasil e recentemente construiu uma nova UPD (Unidade de Produção de Desmamados) e uma UPA (Unidade de Produção de Alevinos) – obras importantes no quesito sustentabilidade e biosseguiridade. “São obras que possibilitam avançarmos na diversificação, sempre com o compromisso de melhorar a vida dos nossos cooperados e gerar emprego. Nestas construções utilizamos o que há de mais moderno para garantir a preservação ambiental: produzir com zelo da natureza é fundamental – o consumidor preza por isso e também temos o compromisso de deixar um mundo melhor para nossas futuras gerações”, afirma Pitol.
História
A Copacol foi fundada em 23 de outubro de 1963 pelo Padre Luís Luise para produção de energia elétrica no rio Jesuítas, em Cafelândia. Só em 1969 foi desmembrada deste setor para atender especificamente a agricultura, com destaque ao cultivo de feijão, arroz, milho e café. Em 1982, a Copacol agregou uma nova frente de atuação e tornando-se a primeira cooperativa do Oeste do Paraná a inaugurar uma Unidade Industrial de Aves.
Esta década marca também a diversificação na produção animal com suínos e leite. Já em 2008, inovou mais uma vez com a inauguração do primeiro sistema integrado de peixes da América Latina, o que permitiu a Copacol produzir o maior volume de tilápias da América do Sul: são 190 mil tilápias por dia nas Unidades Industriais de Nova Aurora e de Toledo.
Produção
Atuando em uma região de alto potencial agrícola, a Copacol produz soja, milho e trigo em uma área de 295 mil hectares no Oeste e no Sudoeste do Paraná. Com filiais de vendas em Curitiba (PR), Campo Grande (MS), São Paulo (SP), Brasília (DF), Bebedouro (SP) e Dubai (Oriente Médio), a Cooperativa é marca presente em todos os estados brasileiros e 80 países diferentes.
São 31 Unidades de Grãos, Insumos e Sementes, com potencial produtivo superior a 1,8 milhão de toneladas por ano. Para processar toda a matéria-prima, a Copacol conta com a UIS (Unidade Industrial de Soja), que esmaga 32 mil sacas de soja por dia. O farelo e o óleo produzidos atendem toda a demanda das fábricas de rações destinadas às atividades de produção animal, como a avicultura, a suinocultura, a piscicultura e a bovinocultura de leite.
Com meta de faturamento em R$ 10 bilhões para este ano, a Copacol possui uma produção anual de 201 milhões de aves, 51,6 milhões de peixes, 352 mil suínos (entregues à Central Frimesa) e 10,3 milhões de litros de leite (também industrializados pela Frimesa).
Projetos sociais
A Copacol realiza atividades sociais como o Projeto Busão da Imaginação, que incentiva a leitura nas escolas; patrocínios a atividades que visam o incentivo à educação, à cultura e ao esporte, por meio do Projeto Apoio Cultural; Projeto Escola no Campo, que objetiva a preservação do meio ambiente; apoio ao Proerd, que busca a conscientização sobre os males causados pelas drogas e o consumo de álcool, e o CooperJovem, que leva o cooperativismo às salas de aula.
Na história
As diferentes Diretorias se adequavam as mudanças de cada época e buscavam instrumentos para solidificar a trajetória da Cooperativa – independentemente de governos e moedas. Foram seis mudanças de moedas ao longo dessa história – Cruzeiro (1970 -1984); Cruzado (1986 -1989); Cruzado Novo (1989-1990); Cruzeiro (1990-1993); Cruzeiro Real (1993-1994); Plano Real (1994); dezesseis mandatos presidenciais diferentes – João Goulart (1961-1964); Ranieri Mazzilli (1964); Humberto Castelo Branco (1964-1967); Artur da Costa e Silva (1967-1969); Emílio Médici (1969-1974); Ernesto Geisel (1974-1979); João Figueiredo (1979-1985); José Sarney (1985-1990); Fernando Collor de Melo (1990-1992); Itamar Franco (1992-1995); Fernando Henrique Cardoso (1995-2003); Lula (2003-2011); Dilma Rousseff (2011-2016); Michel Temer (2016-2019); Jair Bolsonaro (2019-2022); Lula (2023).
Coopera sempre
Neste ano, para enfatizar o valor de cooperados e colaboradores, a Copacol realizou uma ação que demonstra o orgulho que sente por cada um que faz parte dessa história. A Copacol escreveu uma carta para a sua família.
Carta da Copacol para sua família!

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ABCS reforça práticas de bem-estar animal realizadas pelos produtores e agroindústrias
Prática foi ressaltada durante Audiência Pública na Câmara dos Deputados.

A diretora técnica da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Charli Ludtke participou, na (30) de Audiência Pública na Câmara dos Deputados e solicitada pelos deputados Marcelo Queiroz (Progressistas/RJ) e Aureo Ribeiro (Solidariedade/RJ) com o objetivo de promover o bem-estar na suinocultura, uso prudente de antimicrobianos e de reforçar a transparência no atendimento dos requisitos de bem-estar animal (BEA). Na oportunidade, também foi apresentado a 4ª edição do relatório Observatório Suíno. O Relatório é uma iniciativa da ONG Alianima, que estruturou o Observatório Animal para o acompanhamento de políticas de boas práticas nas agroindústrias de suínos, dando transparência aos compromissos públicos assumidos pelas principais empresas do país.
Para a diretora técnica da ABCS, a Audiência é uma forma de unir os debates e informações dos diversos atores institucionais que atuam em prol do bem estar animal, como o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ONGs e demais instituições que representam o segmento da suinocultura. “O bem estar animal e o uso prudente aos antimicrobianos são pautas fundamentais no segmento da suinocultura, e devem ser tratados integrando a saúde única, e visando cada vez mais promover um melhor grau de BEA nas criações e nos procedimentos relacionados ao abate dos animais”, disse Charli Ludtke. Ela também reforçou a necessidade de se trabalhar o conceito de bem estar junto a políticas de créditos. “É essencial ter incentivos subsidiados que possam auxiliar o produtor a investir nas adequações, já que o suinocultor tem aceitado e apoiado a adoção das boas práticas de produção”.
Na ocasião, a diretora explicou o trabalho desenvolvido pela a ABCS, que atua em sinergia com as normas estabelecidas pelo MAPA. “Capacitar e auxiliar os nossos produtores e agroindústrias a implementar as diretrizes estabelecidas pelo MAPA é fundamental. Principalmente para simplificar e obter maior adoção quanto a importância de se adequar às exigências do uso prudente dos antimicrobianos e o bem estar animal”. Charli ainda reforçou o conceito de Saúde Única e como a ABCS vem trabalhando o tema para auxiliar o produtor nessa evolução e adequação. “Assegurar o bem-estar é agregar valor à produção, e contribuir para uma suinocultura mais sustentável, priorizando apoio para a transição e buscando políticas de crédito, e tempo de adequação para as normas”, disse Charli.
Para o Consultor da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Iuri Pinheiro Machado,a suinocultura é a única cadeia que que já tem uma norma sobre o tema (Instrução Normativa 113 de 2020), e por isso ela está a frente de outros setores. “A IN 113 mostra a evolução do setor produtivo de suínos, que absorveu bem o conceito de saúde única e da evolução no bem-estar animal apesar das dificuldades econômicas diante das últimas crises”.
Ainda participaram da Audiência: Valéria Stacchini Ferreira Homem – Coordenadora de Saúde Única e Boas Práticas (CSBP) do Ministério da Agricultura e Pecuária; Vanessa Negrini – Diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais (DPDA) do Ministério do Meio Ambiente; Denizard André de Abreu Delfino – Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial do Ministério da Saúde; Patrycia Sato – Presidente e Diretora Técnica da Organização de Proteção dos Animais– Alianima.
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Confira como será o clima no Brasil em dezembro
Segundo o Inmet, o mês será marcado por volumes mais regulares na parte central do país, continuidade das chuvas na Região Sul e, na Região Nordeste e parte da Região Norte, volumes abaixo da média histórica.

Em dezembro, a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de chuvas próximas ou abaixo da climatologia do mês em áreas da Região Norte, como o oeste do Amazonas, leste do Pará e Tocantins e grande parte da Região Nordeste (tons em cinza, amarelo e laranja – figura 1a), com volumes previstos inferiores a 200 milímetros (mm). Já a parte leste da Região Nordeste, ainda estará em seu período seco e é normal que os acumulados de chuva não ultrapassem os 100 mm.
Em grande parte das Regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão indica chuvas acima da média e chuvas mais regulares (tons em azul – figura 1a), com volumes que podem superar os 300 mm em áreas de Mato Grosso, Goiás, centro-sul de Minas Gerais, nordeste de São Paulo e sul do Rio de Janeiro. No norte dos estados de Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, as chuvas previstas poderão ser abaixo da média, com volumes inferiores a 200 mm.
Para a Região Sul, ainda são previstas chuvas acima da média nos estados do Paraná e Santa Catarina (tons em azul – figura 1a), onde são previstos volumes acima de 180 mm. Volumes inferiores, são previstos para o centro-sul do Rio Grande do Sul, onde as chuvas devem ser próximas ou ligeiramente abaixo da média.
O prognóstico climático do Inmet para o mês de dezembro de 2023 e seu possível impacto na safra 2023/24 para as diferentes regiões produtoras indica que em áreas do Matopiba (região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), os baixos volumes de chuva previstos ainda manterão os níveis de água no solo baixos, exceto em áreas do sul de Tocantins e extremo sudoeste da Bahia, onde haverá uma ligeira recuperação da umidade no solo. Essa condição poderá impactar a evolução do plantio e desenvolvimento inicial dos cultivos de primeira safra que já estão em andamento.
Em grande parte do Brasil Central, o retorno gradual das chuvas está sendo importante para a recuperação do armazenamento de água no solo, especialmente em áreas do norte de Mato Grosso e sul de Goiás. No geral, a umidade no solo será favorável para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, exceto em áreas do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo, bem como no noroeste do Mato Grosso do Sul e sudoeste de Mato Grosso, onde os níveis de umidade poderão ser mais baixos.
Na Região Sul, os níveis de água no solo podem continuar elevados e beneficiar as fases iniciais dos cultivos de primeira safra. Contudo, em algumas áreas o excesso de chuvas poderá resultar em excedente hídrico e encharcamento do solo, impactando a colheita dos cultivos de inverno e impedir o avanço da semeadura dos cultivos de primeira safra.
Temperatura
A previsão também indica que as temperaturas que deverão ser acima da média em grande parte do País (tons em amarelo e laranja – figura 1b), principalmente no leste da Região Norte e grande parte da Região Nordeste, onde as temperaturas médias podem superar 28ºC. Ressalta-se que, a ocorrência de dias consecutivos com chuva sobre o oeste da Regiões Sul, poderá amenizar as temperaturas, chegando a valores inferiores a 24°C.
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Balança comercial tem superávit recorde de US$ 8,776 bi em novembro
Safra recorde de soja e queda nas importações puxaram resultado.

Beneficiada pela queda nas importações de combustíveis e compostos químicos e pela safra recorde de soja, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou novembro com superávit de US$ 8,776 bilhões, divulgou nesta sexta-feira (1º) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado é o melhor para meses de novembro e representa alta de 41,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, pelo critério da média diária.
Com o resultado de novembro, a balança comercial acumula superávit de US$ 89,285 bilhões em 2023, maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. Desde agosto, o saldo positivo acumulado supera o superávit comercial recorde de US$ 61,525 bilhões de todo o ano passado.
Em relação ao resultado mensal, as exportações ficaram estáveis, enquanto as importações despencaram em novembro. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 27,82 bilhões para o exterior, alta de 0,6% em relação ao mesmo mês de 2022 pelo critério da média diária. As compras do exterior somaram US$ 19,044 bilhões, recuo de 11,2% pelo mesmo critério.
Do lado das exportações, a safra recorde de grãos e a recuperação do preço do minério de ferro compensaram a queda internacional no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional). Do lado das importações, o recuo no preço do petróleo, de derivados e de compostos químicos foi o principal responsável pela retração.
Após baterem recorde no primeiro semestre do ano passado, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuaram nos últimos meses. Apesar da subida do petróleo e de outros produtos em novembro, os valores continuam inferiores aos do mesmo mês do ano passado.
No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 5,1%, enquanto os preços caíram 4% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 1,8%, e os preços médios recuaram 9%.
Setores
No setor agropecuário, a safra recorde de grãos pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 46,6% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o preço médio caiu 15,2%. Na indústria de transformação, a quantidade subiu 5%, com o preço médio recuando 2,2%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada caiu 6,5%, enquanto os preços médios caíram 0,7%.
Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram soja (+76%); frutas e nozes não oleaginosas (+81,6%) e animais vivos, exceto pescados ou crustáceos (+12,2%). Em valores absolutos, o destaque positivo é a soja, cujas exportações subiram US$ 1,178 bilhão em relação a novembro do ano passado. A safra recorde fez o volume de embarques de soja aumentar 105,8%, mesmo com o preço médio caindo 14,5%.
Na indústria extrativa, as principais altas foram registradas em minérios de ferro e concentrados (+27,5%) e pedra, areia e cascalho (+37,7%). No caso do ferro, a quantidade exportada aumentou 5,6%, e o preço médio subiu 20,7%, puxados principalmente pelos estímulos para a economia chinesa.
Quanto aos óleos brutos de petróleo, também classificados dentro da indústria extrativa, as exportações caíram 7,4%. Os preços médios recuaram 8,2% em relação a novembro do ano passado, enquanto a quantidade embarcada aumentou apenas 0,9%.
Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram em açúcares e melaços (+36,8%), farelos de soja (+15,3%) e carne bovina (+11%). A crise econômica na Argentina, principal destino das manufaturas brasileiras, também interferiu no recuo das exportações dessa categoria.
Entre os importados, os produtos que tiveram os maiores recuos foram trigo e centeio não moídos (-30,3%); milho não moído, exceto milho doce (-40,1%) e látex e borracha natural (-60,6%), na agropecuária; óleos brutos de petróleo (-35,4%) e gás natural (-11,4%), na indústria extrativa; e compostos organoinorgânicos (-46,9%) e válvulas e tubos termiônicos (-25,4%), na indústria de transformação.
Quanto aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, as importações subiram 2,7% na comparação com novembro do ano passado. No entanto, o crescimento seria maior não fosse a diminuição de 37,7% nos preços. A quantidade importada subiu 64,7%.
Estimativa
Apesar da desvalorização das commodities, o governo prevê saldo positivo recorde de US$ 93 bilhões, contra projeção anterior de US$ 84,7 bilhões, feita em julho.
Segundo o MDIC, as exportações ficarão estáveis em 2023, subindo apenas 0,02% e encerrando o ano em US$ 334,2 bilhões. As estimativas são atualizadas a cada três meses. As importações recuarão 11,5% e fecharão o ano em US$ 241,1 bilhões.
As previsões estão um pouco mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 83,05 bilhões neste ano.