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Bovinos / Grãos / Máquinas

Controle de formigas cortadeiras aumenta a produtividade e qualidade das pastagens

Em ambientes de usos agrícolas ou pecuários podem ter diversas espécies de formigas, as benéficas (pelo menos não tão prejudiciais) e as “nocivas” que causam prejuízos as lavouras e as pastagens

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Fotos: Divulgação Embrapa

Guilherme Augusto Vieira[1]

Prezado Leitor desde que comecei a trabalhar e divulgar o trabalho com semiconfinamento tenho me deparado com vários problemas que ocorrem na formação de pastagens para a produção intensiva a pasto.

Quem acompanha o nosso trabalho, adquiriu nossos manuais ou fez os cursos observa que para o bom desempenho dos animais no semiconfinamento ou recria turbinada, além da genética dos animais, bom manejo sanitário e nutricional, é essencial a qualidade das pastagens, tanto quanto ao seu teor nutricional como uma pastagem limpa e livre de pragas.

Como professor sempre mantenho contato com os participantes dos cursos para ter um feedback da sua produção e o que precisamos melhorar daquilo que fora abordado no curso e manuais. Outro dia, em um desses contatos, um ex-aluno falou-me que ao separar e preparar uma área de pastagem para sua produção, os pastos foram devastados pelas formigas-cortadeiras levando a um prejuízo enorme. O mesmo solicitou ajuda quanto ao controle e o orientei a procurar um colega Agrônomo ou uma empresa de defensivos que geralmente tem pessoas qualificadas para este controle.

Diante do exposto, resolvi estudar um pouco sobre o assunto e com ajuda dos livros (esses são insubstituíveis), de alguns colegas e outras publicações resolvi escrever este artigo no qual revisei conteúdos e aprendi muito e gostaria de socializar com o público em geral.

Segundo Vasconcelos (2006)[2], as pragas de maior ocorrência nas pastagens são as cigarrinhas-das-pastagens, lagartas, as formigas-cortadeiras e os cupins. O autor descreve que a maioria dos produtores enxergam as cigarrinhas das pastagens como a principal praga, entretanto, o autor relata, baseado em estudos, que as pragas mais importantes nas pastagens são: as lagartas, as formigas-cortadeiras e os cupins, pois as grandes infestações destas pragas quando não controladas, comprometem a formação e persistência das pastagens, reduzindo sua produção e levando a degradação. Neste artigo a ênfase será o controle das formigas-cortadeiras.

 

Quem são as formigas-cortadeiras?

Em ambientes de usos agrícolas ou pecuários podem ter diversas espécies de formigas, as benéficas (pelo menos não tão prejudiciais) e as “nocivas” que causam prejuízos as lavouras e as pastagens (ICEA,1990).

As formigas são insetos sociais, que vivem em sociedades, em formigueiros subterrâneos formados por numerosas escavações denominadas de “paneleiras” ou câmeras, ligadas umas às outras por uma rede de canais de comunicação. No interior destas câmeras são realizados o cultivo de fungos que servem de alimentos para os insetos.

De todas as formigas, as “cortadeiras” são as mais prejudiciais em termos estragos nas pastagens e as lavouras. Segundo Vasconcelos (2006) & Resende et al (2007), estes insetos atuam e atacam as lavouras durante o ano todo, em qualquer estágio de desenvolvimento da produção, com alta incidência e estrago.

Segundo o Blog das Sementes Soesp[3], no Brasil existem dois grandes grupos de formigas cortadeiras: o gênero Atta, também conhecidas como Saúvas, e as do gênero Acromyrmex, conhecidas popularmente como Quenquéns.

Segundo o mesmo Blog, os formigueiros (ninhos) destas espécies são diferentes, a se destacar:

As formigas Quenquéns formam ninhos com aberturas cobertas por restos vegetais, chamados ninhos de cisco. Esta característica dificulta o controle das formigas no pasto, pois a entrada e a localização do formigueiro são difíceis de encontrar.

Já as formigas Saúvas formam ninhos com amontoados de terra, onde as entradas para o ninho são facilmente encontradas.

 

Como agem as formigas-cortadeiras?

Veja a curiosidade quanto a ação destas formigas nas folhas. A maioria das pessoas pensam que as formigas se alimentam de folhas. Na verdade, as formigas cultivam estes fungos no interior dos formigueiros usando folhas e outras partes das plantas, como se fossem verdadeiras fazendas subterrâneas. Em resumo, as formigas “trazem” as folhas e os grãos para o formigueiro e a fermentação destes promovem “alimentação” e desenvolvimento destes fungos e daí elas se alimentam destes fungos.

 

Quais os prejuízos causados pelas formigas-cortadeiras?

Segundo Vasconcelos (2006), as formigas-cortadeiras reduzem a produção de forragens e a área útil das pastagens/hectare, diminuindo a sua quantidade e qualidade.

Vejam que interessante, segundo o autor, as pastagens que tem a presença de 10 (dez) formigueiros/ha perdem cerca de 21 kg de capim/ha/dia, sendo que estes formigueiros ocupam 750m2 de área.

Outros prejuízos: Redução na qualidade das forragens, predispõe as pastagens a outras pragas e doenças, podem provocar erosão e degradação das pastagens.

 

Como controlar as formigas-cortadeiras em pastagens?

Conforme demonstrado anteriormente, as formigas-cortadeiras causam sérios prejuízos aos produtores tanto agrícolas quanto pecuários e o seu controle se faz urgente quando se nota o foco.

Os autores consultados enfatizam que devem ser avaliados os prejuízos econômicos, identificação das espécies presentes, localização dos formigueiros (fora ou dentro das áreas de pastagens) e a escolha dos métodos de controle, lembrando que não deve ser utilizado um único método, mas sim um plano de controle integrado usando métodos químicos e físicos.

Segundo os autores consultados, os principais métodos de controle são:

  • Controle mecânico: destruição do formigueiro ou dos acessos das formigas ao formigueiro;
  • Controle cultural: aração e gradagem nas pastagens com alto grau de infestação de formigueiros;
  • Controle biológico: Os inimigos naturais das formigas são os tatus, tamanduás e as aves. Importante evitar a caça destes animais. Também há no mercado produtos biológicos que controlam estas pragas (inseticidas biológicos);
  • Outro método utilizado é a utilização de sementes de forrageiras e grãos tratados;
  • Controle químico: Há no mercado diversos produtos a base de iscas formicidas (granuladas) e pós de excelente qualidade. Os rótulos dos produtos trazem informações sérias e seguras quanto ao uso destes produtos, a quantidade e os locais a serem colocados ( ao longo dos “carreiros” e nos períodos da tarde e seco).

 

Considerações

Diante do exposto no artigo, caso não haja o controle das formigas-cortadeiras, elas podem trazer grandes prejuízos aos pecuaristas. As quantidades relatadas de perdas de 21 kg/ capim/dia dá para alimentar um boi por dia de capim, além das perdas das pastagens, onde se conclui que o controle das formigas-cortadeiras (e demais pragas) aumenta e melhora a qualidade das pastagens em sua fazenda.

Se Você deseja conhecer outros métodos de controle de Formigas e moscas de estábulos visite nosso site https://semiconfinamento.com.br/   e veja as soluções apresentadas para o combate a estas pragas.

Até uma próxima oportunidade.

[1] Guilherme Augusto Vieira é Médico Veterinário, Doutor em História das Ciências, trabalha com produção animal há mais de 30 anos, autor do livro Como montar uma farmácia na fazenda e dos Manuais Semiconfinamento e Confinamento. Contato: guilherme@farmacianafazenda.com.br ou www.semiconfinamento.com.br

[2] VASCONCELOS, C.N., Pastagens, implantação e manejo, EBDA,2006

[3] Disponível em : https://www.sementesoesp.com.br/blog/

Fonte: Professor Guilherme Vieira

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Cultivar de trigo tropical da Embrapa tem rendimento 12% superior em anos secos

Para avaliar a tolerância do trigo à restrição hídrica, pesquisadores da Embrapa Trigo (RS) reuniram dados de desempenho das cultivares de trigo de sequeiro no Brasil Central nos últimos cinco anos

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Lavoura de trigo BRS 404 em Planaltina (DF) - Foto: Jorge Chagas

Um estudo para avaliar a tolerância do trigo ao déficit hídrico mostrou que cultivar BRS 404 pode representar até sete sacos a mais nos anos de pouca chuva no Brasil Central. A pesquisa avaliou o rendimento de trigo tropical das principais cultivares de sequeiro disponíveis no mercado no período 2019-2023.

Para avaliar a tolerância do trigo à restrição hídrica, pesquisadores da Embrapa Trigo (RS) reuniram dados de desempenho das cultivares de trigo de sequeiro no Brasil Central nos últimos cinco anos. Em média, os rendimentos da cultivar BRS 404 foram 12,4% superiores quando comparados às demais cultivares em uso na região, o que pode representar até sete sacos a mais por hectare. A variação ficou entre 5% e 23% superior, considerando que a brusone foi limitação somente em 2019, enquanto nos demais anos o déficit hídrico foi o fator limitante. Nesses cinco anos, os ensaios variaram em função dos locais e com a inserção de novas cultivares que chegaram ao mercado durante o período. Veja na tabela abaixo:

Em 2022, em São Gonçalo do Sapucaí (MG), com apenas 97 mm de chuva da semeadura à colheita, o rendimento de grãos da BRS 404 foi 15,5% superior na comparação com outras sete cultivares. O pesquisador Vanoli Fronza explica que esse desempenho superior da cultivar ocorreu devido ao seu grande potencial de enchimento de grãos, mesmo em condições adversas, como seca e temperaturas mais elevadas. “Para explorar melhor os benefícios da BRS 404, a cultivar deve ser semeada no fechamento do plantio, quando reduz os riscos com brusone e pode se destacar em caso de limitação hídrica”, declara o cientista.

A região tropical conta com mais de 10 cultivares com sementes disponíveis no mercado para cultivo de trigo de sequeiro. No ensaio de cultivares da Coopa-DF de 2023, o destaque de produtividade foi para a cultivar BRS 404, que atingiu 71,9 sacos por hectare (sc/ha) com peso do hectolitro (PH) de 84, superando a segunda colocada que apresentou 68,5 sc/ha e PH 81. Entretanto, o diferencial das cultivares de trigo de sequeiro é ainda mais importante em anos de seca, quando a média de rendimentos não tem ultrapassado 40 sc/ha na região.

Avanço do trigo tropical

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) orienta para o cultivo do trigo em seis estados da região tropical: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia e São Paulo, mais o Distrito Federal. No período de 2018 a 2023, a área com trigo no Brasil Central cresceu 110,7%, enquanto a produção aumentou em 131,5%. Apesar do crescimento da cultura, as produtividades oscilaram bastante ao longo dos anos (veja o gráfico).

A explicação está na variabilidade das condições ambientais, especialmente relacionadas com a disponibilidade hídrica e excesso de calor. “A maioria das áreas indicadas para o cultivo do trigo no Cerrado estão em altitudes acima de 700 metros, onde as temperaturas costumam ser menores à noite. Já nas áreas de menor altitude, em geral, predominam solos mais arenosos, que possuem menor capacidade de armazenar água”, explica o agrometeorologista Gilberto Cunha. Segundo ele, o excesso de chuva explica a queda no rendimento em 2019, uma vez que o ambiente favoreceu epidemia de brusone, doença fúngica favorecida pela umidade e temperaturas elevadas. Por outro lado, a queda nos rendimentos, nas safras 2021 e 2022, foi causada pela redução nas chuvas e o aumento do calor, com temperaturas mínimas acima da média na região. “No Cerrado, não há relação direta entre calor e incidência de chuvas, já que existe um regime hídrico bem definido, como a época das águas – de outubro a março – e a seca no restante do ano. Contudo, o aumento das temperaturas mínimas favorece a maior evapotranspiração das plantas, que tendem a sofrer pelo déficit hídrico na falta de chuvas regulares”, detalha Cunha.

Resposta às mudanças climáticas

Estudos sobre mudanças climáticas indicam agravamento dos problemas relacionados com irregularidades na distribuição das chuvas e o aumento de estresse hídrico durante o ciclo das culturas, principalmente nas regiões do centro, norte e nordeste do País. Nesse cenário, um dos desafios para a expansão da triticultura tropical é o desenvolvimento de plantas com tolerância à restrição hídrica, que sejam capazes de fazer uso mais eficiente da água e que tenham melhor tolerância ao calor. Por ser um problema complexo, envolvendo interações solo-água-planta-ambiente, a seleção de plantas tolerantes à restrição hídrica é um constante desafio para os programas de melhoramento genético.

O desafio da seca é maior no trigo cultivado em sistema de sequeiro, ou trigo safrinha, que representa cerca de 80% da área de cultivo com trigo tropical. De acordo com o pesquisador Joaquim Soares Sobrinho, a região do Cerrado sofre frequentemente com veranicos, trazendo ondas de calor e seca que afetam o trigo em épocas críticas do desenvolvimento da planta, como no perfilhamento e no enchimento de grãos: “O maior impacto é verificado quando falta água no enchimento de grãos, resultando na diminuição do seu peso”, conta Soares.

Além do rendimento, em anos de estresse hídrico a qualidade do trigo também é impactada. “Em anos secos, especialmente nos cutivos de sequeiro, os grãos de trigo ficam enrugados, contendo maior teor de proteína do que em condições hídricas normais. A alteração na composição de proteínas pode resultar em farinhas de maior qualidade e melhor desempenho para produção de pães. Por outro lado, seca e altas temperaturas no momento do enchimento de grãos diminuem o teor de amido nos grãos de trigo”, avalia a pesquisadora Martha Miranda.

O ano de 2023 foi considerado um dos melhores para o trigo tropical. No cultivo de sequeiro, os rendimentos foram cerca de 50% superiores à média do ano anterior. “Além da boa disponibilidade hídrica, a distribuição das chuvas e as temperaturas mínimas mais amenas resultaram no alongamento do ciclo das cultivares, permitindo que a planta aproveitasse melhor os recursos disponíveis no ambiente e convertesse em rendimento de grãos”, relata Soares.

Evolução do melhoramento genético

Os trabalhos com a tropicalização do trigo tiveram início ainda na década de 1920 e foram intensificados nos anos 1980, confirmando a viabilidade dos primeiros cultivos em Minas Gerais e em Goiás. No cultivo de trigo tropical foram definidos pela pesquisa dois sistemas de produção: irrigado e sequeiro. Um esforço conjunto entre produtores, instituições de pesquisa, assistência técnica e poder público resultou em estudos sobre rotação de culturas, épocas de plantio, população de plantas, adubação, manejo integrado de pragas e doenças, viabilidade socioeconômica, entre outros. A aproximação com a indústria permitiu também avançar na qualidade do trigo tropical, atendendo as diferentes demandas do mercado consumidor.

Um marco para a triticultura tropical foi a cultivar BR 18 Terena, lançada pela Embrapa em 1986, que até hoje é utilizada nos programas de melhoramento genético devido à grande capacidade de adaptação, especialmente no cultivo de trigo de sequeiro no Brasil Central. A Embrapa seguiu o caminho na oferta de cultivares de trigo para o ambiente tropical junto com outras instituições pioneiras como Epamig, IAC e Coodetec.

A restrição hídrica ainda é fator limitante para a expansão do trigo na região tropical, mas a pesquisa intensificou os estudos para vencer a seca e o calor, mostrando bons resultados no melhoramento genético. Muitas cultivares chegaram ao mercado nos últimos cinco anos, desenvolvidas principalmente por obtentores privados. “Hoje estão disponíveis ao produtor 33 cultivares de trigo tropical, tanto para o sistema irrigado como para sequeiro, com genética que garantiu aumento de área e produtividade em grãos com qualidade comparada aos melhores trigos do mundo”, conta o pesquisador Ricardo Lima de Castro. Veja abaixo como foi a evolução da oferta cultivares nas últimas quatro décadas:

Para o futuro, os pesquisadores informam que novas estratégias para a seleção de genes, tanto em cruzamento tradicional de plantas de trigo como com plantas transgênicas ou edição gênica, deverão trazer respostas ainda melhores na resiliência do trigo às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Embrapa Trigo
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Otimismo marca abertura oficial da colheita da soja no Rio Grande do Sul

Evento foi realizado no município de Tupanciretã

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Safra deve resultar em 22,2 milhões de toneladas de soja - Foto: Julia Chagas/Ascom Seapi

Expectativa de uma safra de soja recorde, com incremento de 71%, em relação ao ano passado. É com esse otimismo que a Colheita da Soja no Rio Grande do Sul foi oficialmente aberta na segunda-feira (25), no município de Tupanciretã. O secretário adjunto da pasta da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Márcio Madalena, representou o governo do Estado no ato que reuniu produtores rurais, autoridades, entidades e empresas privadas na Agropecuária Richter.

Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) apontam uma área plantada de cerca de 6,6 milhões de hectares em 426 municípios do Estado. A expectativa é de uma safra que deve resultar em 22,2 milhões de toneladas de soja.

“A frustração das safras nos últimos anos trouxe prejuízos para o município e a região, mas acreditamos que esta deve ser de grande recuperação, com produtividade recorde. Isso reposicionará o Rio Grande do Sul no cenário nacional”, ressaltou o secretário adjunto.

Madalena também citou uma das pautas prioritárias da secretaria, que é a irrigação, e tratou do programa do governo do Estado que vai subsidiar em até R$ 100 mil os projetos de irrigação dos produtores rurais. “A reservação de água e a irrigação devem ser assuntos permanentes, e o governo estadual tem essa discussão como prioridade para que o nosso agronegócio não venha a sofrer no futuro o que já aconteceu em épocas de estiagem”, afirmou.

Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio Grande do Sul deve ficar em segundo lugar no ranking de produtividade, atrás apenas do Mato Grosso.

O prefeito de Tupanciretã, Gustavo Herter Terra, destacou que o município sempre liderou o ranking de maior produtor, mas que, no ano passado, em razão da estiagem, a produtividade foi menor. Para 2024, a expectativa é de que a cidade volte a ocupar o primeiro lugar. “Aqui no município produzimos soja em cerca de 150 mil hectares, com produção de 9 milhões de sacas por ano”, contabilizou.

Fonte: Assessoria Seapi
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Moinhos buscam trigo de qualidade, mas oferta é baixa no brasil

Caminho é adquirir o trigo da Argentina, onde, além de a qualidade estar favorável, o preço do cereal está mais competitivo que o comercializado no spot brasileiro

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Muitos agentes de moinhos brasileiros consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) estão em busca de trigo tipo 1, mas a oferta doméstica de cereal de maior qualidade está baixa.

Um caminho é adquirir o trigo da Argentina, onde, além de a qualidade estar favorável, o preço do cereal está mais competitivo que o comercializado no spot brasileiro.

Tomando-se como base números da Conab, de 11 a 15 de março, a paridade de importação do trigo com origem na Argentina foi de US$ 229,55/tonelada para o produto posto no Paraná.

Considerando-se o dólar médio do período, de R$ 4,9814, o cereal importado foi negociado a R$ 1.143,46/t, ao passo que o trigo brasileiro, no Paraná, teve média maior, de R$ 1.240,38/t, de acordo com dados do Cepea.

No Rio Grande do Sul, a paridade do produto argentino seria de US$ 214,47/t, o equivalente a R$ 1.068,34/t em moeda nacional, contra R$ 1.184,60/t na média do Cepea para o estado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Imeve Suínos março

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