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Comissão do Senado debate alternativas para Suinocultores de Santa Catarina

Produtores de suínos têm enfrentado dificuldades em razão do elevado preço do milho

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A crise na suinocultura catarinense foi o tema de uma audiência pública na manhã de ontem na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal. Todos os fatores que desfavorecem o produtor da proteína animal foram, mais uma vez, amplamente debatidos entre as entidades representativas, senadores e demais lideranças políticas presentes. A audiência foi viabilizada através do senador Dário Berger e a sessão foi presidida pela senadora Ana Amélia Lemos.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, cobrou que medidas emergenciais sejam colocadas em prática, imediatamente, para salvar centenas de produtores que estão à beira da falência devido o alto custo de produção, impulsionado principalmente pela inflação do milho. Durante o pronunciamento, Losivanio lembrou das medidas acatadas recentemente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e cobrou agilidade na implementação das ações. “Quem sai da atividade não volta mais”.

No dia 4 de abril foi realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Santa Catarina com o objetivo de elaborar uma pauta de reivindicações aos governos estadual e federal. Com o apoio dos parlamentares catarinenses, as exigências foram apresentadas à ministra da Agricultura, Pecuária e da Pesca, Kátia Abreu. Dos itens apresentados, ela garantiu a ampliação do limite de crédito para retenção de matrizes de R$ 1,2 milhão para R$ 2,4 milhões e a disponibilidade imediata de uma cota extra de milho de 50 toneladas aos suinocultores de Santa Catarina. Também há a promessa da inclusão de mais 110 toneladas de milho nos estoques da Conab em Santa Catarina.

Sobre a ampliação da linha de crédito, o presidente da ACCS disse que as matrizes não servem como garantia. “O nosso produtor já está com o limite de crédito estourado. Eles dependem que as matrizes sirvam como garantia no financiamento. As regras do financiamento precisam ser melhoradas”, disse Losivanio.

Em relação a cota extra de milho da Conab, o primeiro fator que prejudica o suinocultor é a má qualidade do grão. A safra 2008/2009 é vendida a R$ 37,25, mas os grãos não possuem qualidade, fator que impacta no aumento de gastos com a medicação dos animais, por exemplo. Já a safra 2012/2013 é vendida a R$ 49,46 – valor próximo ao de mercado. Losivanio também relatou que os produtores encontram muitas burocracias para fazer aquisição do milho da Conab.

A ACCS reiterou na audiência a necessitadade da isenção do PIS/Cofins na importação de grãos dos países da América Latina, como a Argentina e Paraguai.

Crise aguda

O diretor executivo da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Nilo Chaves de Sá, projetou durante a audiência que a suinocultura deve retomar o caminho do crescimento apenas em 2018 e 2019. “A cada semana a gente acha que a atividade vai chegar no fundo do poço, mas esse fundo nunca chega”.

Posição do Estado

O diretor de cooperativismo e agronegócio da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Athos de Almeida Lopes Filho, sugeriu que políticas públicas para evitar a exportação do milho consumido dentro do país sejam criadas. Ele também recomenda a implantação de mecanismos para regulamentar o número de matrizes dentro do Estado, para que a oferta não seja maior do que a demanda.

Senador Dário Berger

O proponente da audiência verbalizou toda sua indignação com a atual situação calamitosa vivenciada pelos suinocultores e também a apatia do Brasil em solucionar os problemas. “Esse assunto já faz parte das preocupações do nosso dia a dia. O Brasil tem uma inércia muito grande, nós encontramos os problemas, mas demoramos muito para encontrar as soluções. O Brasil está longe dos nossos sonhos. O país anda, mas não tem eficiência nas ações".

Deputado Valdir Colatto

O deputado federal Valdir Colatto também foi convidado para participar da audiência e relatou sua preocupação com o atual momento. “A Conab não fez estoque de milho e não se atentou ao preço do dólar. A situação afeta muito mais Santa Catarina por causa do alto valor do frete, que é mais caro do que o produto. O milho ofertado para Santa Catarina (pela Conab) é de ruim qualidade e é comercializado acima do valor de mercado”.

Contraponto

Newton Araújo, que integra a Superintendência de Abastecimento Social da Conab, apresentou respostas aos questionamentos feitos durante a sessão. Segundo ele, “os nossos estoques estão bem posicionados dentro do Estado para atender o pequeno produtor".

O representante da Conab afirmou que a o volume de milho em Santa Catarina é 10 vezes maior do que o consumo dos pequenos criadores. Contudo, o presidente da ACCS contestou a afirmação e disse que o acesso ao cereal ofertado pelo órgão é burocrático.

Araújo também ressaltou que é necessário aumentar a cota de comercialização de milho para os pequenos produtores, que hoje é de seis toneladas. Araújo disse que a Conab pleiteia com o Ministério da Agricultura o limite de até 20 toneladas por ano e que a medida já está em análise no Ministério.

A importância da suinocultura catarinense

Santa Catarina é o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação e também livre de peste suína clássica, com certificados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), status sanitário diferenciado que foi um fator decisivo para a abertura de novos mercados.

O Estado é o maior produtor e exportador nacional de carne suína do país. São cerca de 10 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes, que produzem anualmente cerca de 850 mil toneladas de carne suína. Com um rebanho efetivo estimado em sete milhões de cabeças, o Estado é responsável por aproximadamente 27% da produção nacional de carne suína e por 35% das exportações brasileiras.

Entre os atuais principais países de destinos da carne suína catarinense, estão Rússia, China, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina. Atualmente, o Estado exporta quase 190 mil toneladas por ano.

Não seja cúmplice pela morte da suinocultura

Durante a audiência pública, o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, apresentou um vídeo produzido pela entidade que visa sensibilizar os cidadãos sobre a importância da sucessão familiar no campo. Acesse: https://goo.gl/LyKvMy

Fonte: ACCS

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ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Notícias Sustentabilidade

Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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