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Suínos / Peixes Nutrição

Comedouros lineares e número reduzido de animais por baia melhoram resultados econômicos na suinocultura

Economia acumulada em granja com mil animais pode chegar a mais de R$ 26 mil por ano

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Artigo escrito por Giovani Molin, MBA em Gestão Empresarial

As principais agroindústrias do país estão voltando ao velho e bom galpão com comedouro linear. Os fatores que motivam essa troca são os melhores resultados que esse tipo de distribuição traz em relação aos comedouros a vontade (sistema cônico) e também a possibilidade de reduzir o número de animais por baias, influenciando positivamente a qualidade das carcaças, melhorando o controle do lote e a gestão da granja. Somados, os dois fatores podem trazer uma economia acumulada que supera os R$ 26 mil anuais.

Esse cálculo é baseado no estudo feito como base em análise técnica realizada em cerca de 500 mil animais em 683 lotes distintos. Segundo a publicação, as granjas que detém comedouros do tipo linear ou basculante (que fornecem ração com restrição) apresentam um melhor desempenho em Conversão Animal (CA) em relação aos comedouros cônicos (que servem ração à vontade). Somando os ganhos com comedouros lineares e com baias menores, com menos que 20 animais, os resultados chegaram a uma melhora de 0,08 pontos em CA.

Para estimar o ganho financeiro com uso de comedouros lineares em uma situação de produção comercial, utilizamos os parâmetros apontados pelo estudo para um lote de mil animais. Assumindo o valor base de 2,45/kg, apontado como a CA média pelo estudo de referência, e a melhora de 0,03 pontos para o uso do cocho linear ou basculante, a CA final nessa modalidade passaria a ser de 2,42 kg (2,45 – 0,03). Dessa forma, os efeitos para um lote de mil animais com a adoção cocho linear ou basculante, seria a melhor conversão alimentar no consumo total de ração.

Em termos financeiros, se considerarmos um preço médio das rações de crescimento e engorda de R$ 1,10 /kg, em cada lote, a economia seria de R$ 3.111,90. Podendo chegar a R$ 9.958,08 por ano com uma média produtiva de 3,2 lotes/ano. Economia que se mostra essencial para a saúde financeira das granjas e a qualidade das carcaças, já que com os animais em um peso de abate cada vez maior é preciso ter mais controle de custos e de consumo de ração para evitar desuniformidade entre os animais do lote. Além disso, o trato no sistema linear é um importante momento para averiguar a saúde do animal. Uma vez que, se o suíno não vem ao comedouro no horário do trato, fica evidente ao produtor a necessidade de uma atenção especial a aquele animal.

Dentro dessa lógica, também é possível otimizar os custos de construção ao optar por galpões com comedouro linear com dois corredores e com quatro baias na largura. Design que otimiza custos e preserva os melhores resultados evidenciados neste estudo.

Menos animais por baias

Ainda conforme o estudo citado anteriormente, baias com menos de 20 animais se mostram muito mais rentáveis, pois possuem um melhor controle, gestão e uniformidade de carcaças. Nos mesmos parâmetros já citados, os ganhos em CA apontados foram de 0,05 pontos, que também se revertem em ganhos financeiros.

Utilizando as mesmas variáveis do estudo (média de 107 dias de alojamento e um lote médio de 1mil animais), uma CA média de 2,45 kg e aplicando-se a melhora média de 0,05 pontos para quem utiliza baias com menos de 20 animais, o CA final passaria a ser de 2,40 kg. Redução que tem um enorme efeito em uma granja com lotes de mil animais. Utilizando estas mesmas variáveis, o consumo total de ração para produtores que criam menos de 20 animais por baia seria de 226,320 toneladas por lote, contra 231,035 toneladas de granjas com baias com mais de 20 animais. Ou seja, 4,715 toneladas de ração a menos por lote. Novamente utilizando o preço médio das rações de crescimento e engorda de R$ 1,10/kg, a economia seria de R$ 5.186,50 por lote ou R$ 16.596,80 por ano (média de 3,2 lotes/ano).

Por fim, outro ponto evidenciado é a possibilidade de aliar os benefícios de ambos os fatores (uso de baias com menos de 20 animais e cocho linear ou basculante) para potencializar ganhos em CA. Somando ambos os fatores, a economia em uma granja de mil animais  é de 4,715 toneladas pelo uso de lotes com menos de 20 animais e as 2,829 toneladas economizadas com o uso de cochos lineares, a economia acumulada por lote fica em 7,544 toneladas por lote ou 24,140 toneladas por ano (3,2 lotes/ano). Gerando economias de em média R$ 26.554,88 anuais (valor base ração: R$1,10).

Dentro desse cenário, a adoção de novas tecnologias não apenas é facilitada, como potencializa os ganhos evidenciados pelo uso de cochos lineares e número reduzido de animais por baias. Um exemplo benéfico dessa associação é o uso de dosadores/drops para alimentação dos animais, ou ainda robôs alimentadores que se beneficiam do uso de comedouros lineares para otimizar qualidade e a quantidade de ração oferecida aos animais, além de melhorar a gestão de todo o processo de terminação.

Outras notícias você encontra na edição de Suínos e Peixes de julho/agosto de 2020 ou online.

Fonte: O Presente Rural

Suínos / Peixes

Brasil detém 32% do mercado global de cortes congelados de carne suína

Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná divulgou, na quinta-feira (25), o Boletim de Conjuntura Agropecuária, trazendo um panorama abrangente dos setores agrícolas e pecuários referente à semana de 19 a 25 de abril. Entre os destaques, além de ampliar as informações sobre a safra de grãos, o documento traz dados sobre a produção mundial, nacional e estadual de tangerinas.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a produção global de tangerinas atingiu a marca de 44,2 milhões de toneladas em 2022, espalhadas por uma área de 3,3 milhões de hectares em 68 países. A China, indiscutivelmente, lidera nesse cenário, com uma contribuição de 61,5% para as colheitas mundiais e dominando 73,1% da área de cultivo da espécie. O Brasil, por sua vez, figura como o quinto maior produtor, com uma fatia de 2,5% das quantidades totais.

No contexto nacional, o Paraná se destaca, ocupando o quarto lugar no ranking de produção de tangerinas. Cerro Azul, situado no Vale do Ribeira, emerge como o principal centro produtor do país, respondendo por 9,2% da produção e 8,4% do Valor Bruto de Produção (VBP) nacional dessa fruta. Não é apenas Cerro Azul que se destaca, mas outros 1.357 municípios brasileiros também estão envolvidos na exploração desse cítrico.

Cortes congelados de carne suína

Além das tangerinas, o boletim também aborda a exportação de cortes congelados de carne suína, um mercado no qual o Brasil assume uma posição de liderança inegável. Detentor de cerca de 32% do mercado global desses produtos, o país exportou aproximadamente 1,08 bilhão de toneladas, gerando uma receita de US$ 2,6 bilhões. Os Estados Unidos aparecem em segundo lugar, com uma participação de 29%, seguidos pela União Europeia (23%) e pelo Canadá (15%).

No cenário interno, Santa Catarina desponta como líder nas exportações de cortes cárneos congelados de suínos em 2023, com uma impressionante fatia de 56%. O Rio Grande do Sul e o Paraná seguem atrás, com 23% e 14% de participação, respectivamente.

 

Fonte: Com informações da AEN-PR
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Suínos / Peixes

O que faz o Vale do Piranga ser o polo mineiro de incentivo à suinocultura?

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, feira facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

A Suinfair, maior feira de suinocultura de Minas Gerais, acontece no Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura, situado no Vale do Piranga, uma área que se destaca nacionalmente pela sua produção suinícola. Esta região representa, aproximadamente, 35% do rebanho de suínos de Minas Gerais, produzindo anualmente cerca de 370 milhões de quilos de carne suína. O trabalho diário de levar alimento à mesa de diversas famílias faz com que mais de cinco mil empregos sejam gerados diretamente pela suinocultura, além das mais de trinta e cinco mil pessoas que trabalham indiretamente na área.

Com um histórico consolidado, a região foi oficialmente reconhecida como Polo Mineiro de Incentivo à Suinocultura por meio de legislação, o que fortalece ainda mais a cadeia produtiva local. Nesse contexto, a Suinfair surge como uma iniciativa voltada para as necessidades específicas dos suinocultores.

Além de oferecer oportunidades de aprendizado e capacitação por meio de seminários, ampliando as habilidades dos colaboradores de granjas e profissionais da área, a Suinfair facilita o acesso dos produtores rurais do interior mineiro às mais recentes tecnologias do agronegócio.

Desde equipamentos estruturais até grandes máquinas agrícolas e robôs, os suinocultores têm a chance de conhecer de perto as inovações do mercado e estabelecer contatos diretos com os fabricantes. Isso resulta na concretização de negócios baseados em condições justas, fomentando o crescimento dos produtores e incentivando a presença dos fornecedores na região.

A Suinfair é, portanto, um evento feito sob medida para a suinocultura, representando uma oportunidade única de aprendizado, networking e desenvolvimento para todos os envolvidos nesse importante segmento do agronegócio.

Fonte: Assessoria Suinfair
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Suínos / Peixes

PorkExpo Brasil & Latam 2024 abre inscrições para receber trabalhos científicos do mundo inteiro

Disputa científica tradicional da suinocultura vai distribuir R$ 6 mil em dinheiro e reconhecer as quatro pesquisas mais inovadoras da indústria da carne suína.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Inscrições para envio de trabalhos científicos à PorkExpo Brasil & Latam 2024 estão abertas. Esse é um convite conhecido da suinocultura internacional há mais de duas décadas. Encontro inovador, que debate de ponta a ponta a cadeia produtiva da suinocultura, vai confirmar mais uma vez a tradição de incentivar as pesquisas da indústria mundial da carne suína, com a Mostra de Trabalhos Científicos, que será realizada nos dias 23 e 24 de outubro, no Recanto Cataratas Thermas Resort & Convention, em Foz do Iguaçu (PR).

O evento reúne o 12º Congresso Latino Americano de Suinocultura e o 2º Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura, que seguem com as inscrições abertas aqui.

A 12ª edição convida pesquisadores e estudiosos para contribuir com seus conhecimentos e inovações. “Em cada edição da PorkExpo são recebidos ao menos 200 trabalhos”, exalta a CEO da PorkExpo Brasil & Latam 2024, Flávia Roppa

Neste ano, a premiação vai premiar quatro pesquisas científicas, sendo três referencias e um grande vencedor. O total da premiação chega a R$ 6 mil.

Flávia explica que os trabalhos devem abranger temas essenciais à atividade, como produção, sanidade, bem-estar animal, marketing da carne suína, economia, extensão rural, nutrição, reprodução, aproveitamento de resíduos e meio Ambiente, refletindo a amplitude e profundidade tecnológica que o setor apresenta a cada década que passa. “A PorkExpo apoia consistentemente o conhecimento por parte dos pesquisadores, professores, profissionais e estudantes, que buscam inovações para subsidiar a produção de campo, a indústria de processamento e o aumento do consumo da nossa carne pelos consumidores. Um propósito que ratificamos em duas décadas. E esperamos pela participação máxima desses estudiosos, do mundo inteiro”, enfatizou Flávia.

Inscrições

Os trabalhos precisam ser totalmente inéditos e entregues impreterivelmente até o dia 11 de agosto, podendo ser redigidos em Português, Inglês ou Espanhol. “Todos serão submetidos pelo site da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Os inscritos precisam informar o e-mail, telefone para contato e endereço completo de uma pessoa que vai ser a responsável pelo trabalho para futuros contatos com a organização do evento”, informa a CEO da PorkExpo.

Os interessados devem enviar os trabalhos formatados em duas páginas, em papel A4 (21 x 29,7 cm), digitados no Word para Windows, padrão 6.0 ou superior e salvos na extensão .doc, fonte dos textos em Arial, para o endereço: flavia@porkexpo.com.br. “Não serão aceitos trabalhos fora do padrão”, reforça Flávia.

Todas as informações referentes às inscrições e normas de redação podem ser consultadas clicando aqui. Os autores dos trabalhos avaliados pela Comissão Científica serão comunicados da sua aceitação ou não. “Participe e faça a diferença. Não perca a chance de participar desse movimento que define o amanhã da suinocultura. Junte-se aos líderes que estão construindo o futuro da indústria mundial de carnes”, convida Flávia, acrescentando: “Esperamos por sua ideia eficiente e inovadora”.

Fonte: Com informações da assessoria PorkExpo Brasil & Latam
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