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Com novo status, Paraná segue trabalho para abrir mercados

Dois anos depois do reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação, indústrias seguem investindo cifras bilionárias, enquanto poder público promove missões internacionais.

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Na véspera de completar dois anos do reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Paraná vive a expectativa de abertura de novos mercados para as proteínas animais. Com a certificação internacional celebrada em 27 de maio de 2021, desde então, dezenas de projetos de investimentos envolvendo cifras bilionárias foram tirados do papel por frigoríficos, indústrias e empresas de genética, projetando a liberação de novas plantas para a venda de produtos de origem animal paranaenses para mercados premium, como Japão, Alemanha e Coreia do Sul. De forma paralela, o poder público tem promovido missões a esses e outros países.

Até o momento, efetivamente novas plantas não estão credenciadas. Porém o processo pode levar anos. Basta olhar para a vizinha Santa Catarina, que obteve o mesmo status em 2007 e apenas conseguiu a abertura de mercados nobres para a carne suína seis anos depois. Mas o esforço valeu a pena, comprovado com números. Em 2006, os catarinenses movimentaram US$ 306 milhões em carne suína. A cifra saltou para US$ 1,43 bilhão em 2022 – praticamente cinco vezes o valor antes do certificado da OIE.

Inspirados nos catarinenses e com a ajuda da imagem positiva no exterior, já que o Paraná tem relações comerciais com mercados nobres (vende frango para o Japão, por exemplo), a projeção das lideranças rurais paranaenses para que o Estado conquiste novos clientes internacionais segue em alta.

Antonio Poloni, Ágide Meneguette e Ronei Volpi exibem o certificado sanitário, em 2021 – Fotos: Divulgação/Faep

“O setor produtivo está fazendo sua parte, investindo em alta tecnologia e aumentando a produção de proteína animal para colocar ainda mais comida na mesa de pessoas em todo o planeta”, contextualiza Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar-PR, entidade que teve um papel fundamental no processo de reconhecimento do Paraná. “De forma paralela, o poder público precisa gastar sola de sapato e folha de passaporte para colocar o Paraná pelo mundo. Ser uma referência internacional, uma vitrine global deu trabalho e precisamos aparecer para os clientes que querem pagar pelo nosso principal produto: segurança alimentar”, complementa Meneguette.

Incontestavelmente, a retirada da vacinação é um marco para a história da sanidade animal no Paraná, mas que exige outras ações para gerar resultados financeiros, define Rafael Gonçalves Dias, gerente de saúde animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). “O reconhecimento por si só não garante nada. Agora, colocar o Estado nessa condição é o mínimo que precisa ser feito para começar”, lista. “Nós reforçamos a vigilância nas propriedades, temos mais fiscalização do que antes e um acompanhamento constante para garantir que não haja circulação viral. Além disso, a vacina foi substituída por medidas como vigilância, controle de trânsito e o cadastro anual de rebanho”, enumera Dias, lembrando que o título de área livre de aftosa sem vacinação traz responsabilidades sanitárias.

Persistência e paciência

Os vizinhos catarinenses não escondem o segredo de como abrir novos mercados: paciência e persistência. “Em 2007 recebemos o certificado de área livre pela OIE e apenas em 2013 conseguimos o primeiro acordo sanitário, com o Japão, para exportar carne suína ao país asiático”, recorda Airton Spies, ex-secretário de agricultura de Santa Catarina e atual coordenador da Aliança Láctea Sul Brasileira.

Nos anos seguintes, no entanto, os mercados se abriram. Em 2014, os catarinenses começaram a exportar para os Estados Unidos e, em 2015, para Coreia do Sul. Segundo Spies, o caminho para conseguir novos clientes passou pelo trabalho em parceria com o governo de Santa Catarina e com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), promovendo missões internacionais e recebendo compradores e governos de outros países.

“Nosso foco era exportar. Então passamos a ir lá fora para apresentar a nossa condição sanitária. Fizemos missão ao Japão, à Coreia e vários outros países. Eu mesmo fiz uma argumentação ao senado americano, para conseguirmos abrir o mercado dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, também trouxemos eles diversas vezes para conhecerem o sistema produtivo e a estrutura sanitária”, relembra o ex-secretário catarinense.

Como exemplo, o Japão compra quatro cortes de carne suína de Santa Catarina: filé mignon, barriga, sobrepaleta e lombo. “Tiramos mais dinheiro com esses quatro cortes do que com o volume total de carcaças inteiras enviadas para a China. Mas o Japão só compra por causa do certificado”, reforça.

Diante do atual quadro do Paraná, Spies vê boas perspectivas de negócios, principalmente pelo fato de o Estado ter excedente de milho e soja para a produção local de ração, o que barateia o custo e facilita a logística.

Presidente do Sistema Faep/Senar-PR, Ágide Meneguette, discursa na cerimônia que marcou um ano da certificação 

Além disso, apesar da pequena produção de carne bovina comparado com gigantes da pecuária nacional, há potencial de o Paraná passar a exportar carne bovina premium, produzida em sistemas de confinamentos. “Tem que ir no rastro do frango, com acesso a mercados premium. As agroindústrias precisam colocar esse diferencial, incluir mais produtos para vender no pacote”, recomenda.

Projeção privada

Quando o Paraná recebeu o reconhecimento da OIE, em maio de 2021, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, apostava que, embalado pela abertura de novos mercados, o Paraná iria atingir 200 mil toneladas de suínos exportadas ainda em 2022. O fato de a cooperativa ter investido R$ 1,4 bilhão em uma planta industrial e R$ 2,5 bilhões no sistema produtivo para colocar em operação o maior frigorífico de suínos da América Latina, em Assis Chateaubriand, na região Oeste do Paraná, acabou por elevar as expectativas. “Começamos a operação da etapa inicial do frigorífico e vamos ter que direcionar a produção para o mercado interno. Nós não avançamos. Nas exportações praticamente não houve evolução”, sentencia Zydek.

Em 2022, o Paraná exportou 158 mil toneladas de carne suína, contra 157 mil toneladas no ano anterior, crescimento de menos de 1%. Segundo Zydek, a estabilidade mesmo com o reconhecimento internacional ocorre por conta do descompasso entre as ações dos setores público e privado. “O setor privado investiu, ampliou, se preparou, fez tudo pensando em exportar mais. Por outro lado, no setor público temos uma lentidão nos acordos entre países, tanto bilaterais quanto em blocos”, avalia.

O diretor da Frimesa também menciona o fato de que missões técnicas que vêm visitar o Brasil continuam priorizando Santa Catarina, somado à morosidade do poder público em responder os questionários e relatórios enviados por outros países também colaboram para deixar o Paraná ficar para trás. “Tudo é muito demorado para o Brasil atender a essas demandas burocráticas. Há uma falta de eficiência em termos de gestões institucional e pública”, lamenta.

Alegra Foods, com sede em Castro (PR), nos Campos Gerais, também convive com a expectativa de ampliar as exportações de carne suína diante das visitas das autoridades brasileiras e participação em feiras e missões aos principais países importadores. “Estreitamos o relacionamento com os principais clientes dos mercados potenciais, no aguardo das liberações das autoridades sanitárias dos países em questão”, detalha o gerente executivo da empresa, Luiz Otavio Morelli. “Porém, o reconhecimento ainda não aconteceu. Enquanto isso, enfrentamos desafios, como os custos de produção do suíno, principalmente com alimentação, que continuam elevados e os preços finais não subiram na mesma proporção. Soma-se a isso a oferta maior e a pressão das outras proteínas”, diagnostica.

No total, conforme anunciado por lideranças rurais paranaenses na comemoração de um ano do novo status, no Palácio Iguaçu, em Curitiba, no dia 31 de maio de 2022, as cooperativas investiram, somente no ano passado, R$ 4,2 bilhões em frigoríficos, infraestrutura de armazenagem e indústrias de ração. Em Laranjeiras do Sul, a construção de uma maternidade de leitões consumiria R$ 380 milhões. Em Paranavaí, um empreendimento projetava a produção de 110 mil suínos por ano. E de lá para cá, além destes, inúmeros outros investimentos se tornaram realidade, confiando no padrão internacional da sanidade paranaense.

Países têm protocolos próprios, diz secretário

O motivo de o Paraná não ter conquistado nenhum novo mercado desde o reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação está no fato de os países terem protocolos e procedimentos próprios, o que exige tempo, segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara. “Eventuais demoras não são entraves, mas um tempo diferente daquele que os brasileiros e, particularmente, os paranaenses gostariam, pois os países têm protocolos e procedimentos próprios”, defende.

“As reuniões no Japão e Coreia do Sul, que pagam melhor por produtos sanitariamente adequados, foram eminentemente técnicas no sentido de demonstrar que temos produção segura, sustentável, de qualidade, com escala e preço competitivo. Agora precisamos aguardar as respostas”, prevê.

Em março deste ano, uma missão liderada pelo governador Carlos Massa Júnior esteve nos dois países, em encontros nos ministérios da Agricultura; com a diretoria da Kotra, agência de promoção de negócios e atração de investimentos da Coreia do Sul; com a agência sanitária Animal and Plant Quarantine Agency (APQA), que analisa produtos de origem animal e vegetal na Coreia do Sul, além de promover rodadas de negócios com diversas empresas e startups locais.

Na ocasião, o vice-ministro da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão, Atsushi Nonaka, foi convidado a conhecer os frigoríficos do Paraná.  “Inspetores das agências devem vir ao Paraná nos próximos meses para visitar frigoríficos e abatedouros de suínos como parte do processo de chancela do Estado para exportação”, enfatiza o secretário. Outras missões paranaenses também já estão sendo organizadas para Itália, Portugal e Bangladesh.

De forma paralela, segundo Ortigara, o Mapa atua para buscar novos ou ampliar negócios internacionais com México, Canadá, Coreia do Sul e China. A reportagem do Boletim Informativo entrou em contato com o Mapa e com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) para saber as ações em andamento para o credenciamento de plantas paranaenses para exportação de produtos de origem animal a novos países, mas, até o fechamento desta edição, não houve retorno sobre os pedidos.

Reconhecimento é trabalho de décadas

O sistema sanitário do Paraná conseguiu chegar ao mais alto patamar de reconhecimento internacional somente após o esforço conjunto de décadas do poder público e iniciativa privada. De forma pioneira, o Sistema FAEP/SENAR-PR encampou essa iniciativa, ao investir em diferentes frentes, inclusive pautando o tema como prioritário aos diferentes governos que passaram pelo Palácio Iguaçu. Ao mesmo tempo, a entidade promoveu mobilizações, coordenou missões de lideranças políticas e administrativas e realizou viagens técnicas, fomentando a cultura da importância da sanidade animal para o agronegócio.

Entre os destaques desse trabalho estão a contribuição para a criação do Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Paraná (Fundepec), que mantém recursos para o estabelecimento de políticas e/ou para indenizar produtores caso sejam necessários abates sanitários emergenciais. Aliado a isso, o Sistema Faep/Senar-PR contribuiu diretamente no processo de construção da Lei 11.504/96 – a chamada Lei da Sanidade, que permitiu um aperfeiçoamento e modernização das normas e regras, facilitando ao produtor cumprir as reponsabilidades na manutenção sanitária.

Audiência Pública, na Alep, teve presença massiva de produtores rurais puxada pela Faep

Com sua vocação de oferecer treinamentos com o que há de mais moderno, o SENAR-PR também incluiu temas vinculados à sanidade nas suas formações técnica de profissionais. A defesa sanitária paranaense foi se tornando uma referência até que, na última década, esse processo ganhou fôlego, mirando a conquista do reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação. A estruturação sanitária incluiu a reativação dos Conselhos de Sanidade Agropecuária (CSAs) e instalação de Postos de Fiscalização de Transporte Animal (PFTA) nas divisas do Paraná com outros Estados.

Sem novos mercados, resta o consumo interno

Apesar de os investimentos recentes mirarem em novos mercados, por ora resta às indústrias paranaenses direcionarem a carne suína para o consumo interno. Em 2022, o Paraná abateu 11,6 milhões de cabeças, sendo que 305 mil foram destinadas a outros Estados. Chama atenção o fato de Santa Catarina ser o Estado que mais comprou suínos paranaenses: 48,8% do total.

Essa carne, segundo representantes da agroindústria, é comprada para o processamento industrial (embutidos e derivados suínos) e, posteriormente, destinada ao mercado interno. Desta forma, por ter as portas abertas em outras partes do mundo, Santa Catarina pode enviar a sua própria carne suína para o exterior, recebendo mais, e comprar o suíno paranaense mais barato para o processamento industrial.

“As exportações, de modo geral, beneficiam como um todo, promovem o ingresso de divisas, a geração e manutenção de emprego e renda, o aumento na qualificação dos recursos humanos, a evolução e o crescimento. Por isso, os produtores paranaenses têm questionado os processos de abertura e a possibilidade de acessarmos novos mercados o quanto antes”, analisa Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR.

Fonte: Assessoria Sistema Faep/Senar-PR

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Presidente da Lar assume Conselho Diretivo da ABPA

Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial.

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Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin, com o Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial e do Conselho Diretivo da ABPA - Foto: Divulgação/Lar

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) anunciou na última semana a continuidade do mandato de Ricardo Santin como presidente, garantindo estabilidade e liderança consistente para a entidade. Simultaneamente, Irineo da Costa Rodrigues, diretor-presidente da Lar Cooperativa Agroindustrial, foi nomeado para presidir o Conselho Diretivo, trazendo sua vasta experiência e visão estratégica para fortalecer ainda mais a representatividade do setor.

A reafirmação de Ricardo Santin na presidência da ABPA é um reconhecimento de sua competência e dedicação à indústria de proteína animal. Santin demonstrou habilidade em enfrentar desafios complexos e impulsionar o desenvolvimento sustentável do segmento es ua recondução ao cargo é uma demonstração da confiança depositada pelos membros da ABPA em sua liderança.

Por sua vez, Irineo da Costa Rodrigues traz consigo uma vasta bagagem de conhecimento e experiência, adquiridos ao longo de mais de três décadas à frente da Lar Cooperativa Agroindustrial. Sua nomeação para presidir o Conselho Diretivo representa um marco importante na história da ABPA, evidenciando o compromisso da entidade em diversificar sua liderança e garantir representatividade para todos os segmentos da cadeia produtiva.

Em uma entrevista exclusiva ao programa de rádio da Lar Cooperativa, Irineo da Costa Rodrigues compartilhou sua visão e expectativas para o novo papel que assumirá na ABPA. Ele enfatizou a importância de promover o diálogo e a cooperação entre as empresas associadas, destacando a necessidade de buscar o consenso e a harmonia em prol do desenvolvimento sustentável do setor. “Assumir a presidência do Conselho Diretivo da ABPA é uma honra e um desafio que encaro com muita responsabilidade”, afirmou Irineo da Costa Rodrigues durante a entrevista. “Estou comprometido em trabalhar em conjunto com todas as empresas associadas, buscando sempre o interesse comum e contribuindo para o crescimento e a valorização da indústria de proteína animal.”

A renovação de Ricardo Santin na presidência da ABPA e a nomeação de Irineo da Costa Rodrigues para o Conselho Diretivo marcam um momento de continuidade e renovação para a entidade. Com essa combinação de liderança experiente e novas perspectivas, a ABPA se fortalece para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam, assegurando seu papel como uma das principais vozes do agronegócio brasileiro.

Importância da ABPA na indústria brasileira de proteína animal

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) é uma entidade fundamental para a representação e promoção dos setores de avicultura e suinocultura do Brasil. Como uma organização sem fins lucrativos, a ABPA é administrada por um Conselho Diretivo, com o respaldo de um Conselho Consultivo, e desempenha um papel crucial na defesa dos interesses desses segmentos.

A estrutura funcional da ABPA é composta por câmaras setoriais temáticas, responsáveis por tratar de questões técnicas e conjunturais relevantes para os setores de aves e suínos. Sob a liderança do presidente executivo Ricardo Santin, a ABPA tem como missão primordial representar esses setores em fóruns tanto nacionais quanto internacionais, zelando pela qualidade, sanidade e sustentabilidade dos produtos.

Além de sua atuação representativa, a ABPA também se dedica ao fomento do desenvolvimento tecnológico e à expansão da atuação do setor produtivo nos mercados interno e internacional. Por meio de diversas iniciativas, a associação busca promover a profissionalização e o crescimento sustentável da indústria de proteína animal, contribuindo para a economia brasileira e para a geração de empregos no país.

Um dos principais focos da ABPA é viabilizar novas oportunidades para o setor produtivo, tanto por meio de negociações internacionais quanto através de relações institucionais junto aos stakeholders no Brasil e no exterior. Ações para a abertura de novos mercados e a promoção da qualidade e segurança dos produtos brasileiros também estão entre as prioridades da associação.

Assim, a ABPA desempenha um papel central na promoção e defesa dos interesses da avicultura e da suinocultura brasileiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a competitividade desses setores no cenário nacional e internacional.

Composição do Conselho

O novo conselho diretivo contará ainda, entre titulares e suplentes com a participação de Neivor Canton, diretor presidente da Aurora Coop, José Carlos Garrote de Souza, presidente conselho de administração da São Salvador Alimentos, Cláudio Almeida Faria, gerente geral da Pif Paf Alimentos, Irani Pamplona Peters, presidente da Pamplona Alimentos, José Roberto Fraga Goulart, diretor-presidente da Alibem, José Mayr Bonassi, Rudolph Foods, Fábio Stumpf, diretor vice-presidente de agro e qualidade da BRF, Marcelo Siegmann, diretor de exportações da Seara, Dilvo Grolli, diretor presidente Coopavel, Bernardo Gallo, diretor-geral Cobb-Vantress, Rogério Jacob Kerber, diretor-executivo SIPS, Antônio Carlos Vasconcelos Costa, CEO Avivar Alimentos, Dilvo Casagranda, diretor de exportações da Aurora Alimentos, Carlos Zanchetta, diretor de Operações da Zanchetta Alimentos, Nestor Freiberger, presidente da Agrosul, Cleiton Pamplona Peters, diretor comercial mercado interno da Pamplona Alimentos, Elias Zydek, diretor-executivo da Frimesa, Gerson Muller, conselheiro Vibra Agroindustrial, Leonardo Dall’Orto, vice-presidente de mercado internacional e planejamento da BRF, Jerusa Alejarra, Relações Institucionais da JBS, Valter Pitol, diretor-presidente da Copacol, Mauro Aurélio de Almeida, diretor da Hendrix Genetics para o Brasil, José Eduardo dos Santos, presidente da Asgav, Jorge Luiz de Lima, Diretor da ACAV/Sindicarne, e Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar.

O ex-ministro e ex-presidente da ABPA, Francisco Turra, também foi reconduzido à presidência do Conselho Consultivo da associação, juntamente com os demais membros do conselho.

Fonte: Assessoria Lar
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41ª Conferência Facta WPSA-Brasil será realizada em setembro de 2025

Tradicional evento da avicultura brasileira agora é bienal. Evento vai trazer como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal” manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário avícola mundial.

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Presidente da Facta, Ariel Mendes: "Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro" - Foto: Divulgação/Facta

A partir de 2025 a Conferência Facta WPSA-Brasil será bienal, a próxima edição ocorrerá entre os dias 02 e 03 de setembro, na Sociedade Hípica de Campinas (SP). O evento, que traz como tema “A inovação e a produtividade na proteína animal”, manterá a qualidade dos debates que vêm reunindo, ao longo de mais de 41 anos, profissionais e estudantes do setor, que buscam atualizar-se e contribuir para a melhoria do cenário mundial da avicultura.

“Historicamente, o evento sempre ocorreu no primeiro semestre, entre maio e junho, no entanto, devido à saturação de eventos nesse período, a Facta optou por realizar a conferência de 2025 em setembro. Essa escolha se baseia no término das férias na Europa e nos Estados Unidos, o que facilita a participação de palestrantes estrangeiros, além de ser um mês com menos eventos no Brasil. Essa mudança visa otimizar a participação e o aproveitamento do evento pelos profissionais do setor avícola”, explica o presidente da Facta, Ariel Mendes.

A evolução da conferência, desde seus primórdios como um seminário até sua consolidação como a Conferência Facta de Ciência e Tecnologia Avícolas, demonstra seu compromisso contínuo com a excelência e a inovação. Por isso, nesta edição, a organização abordará estratégias eficientes de controle de salmonela, competitividade na produção de frango sem antimicrobianos, temas sobre incubação, manejo da microbiota em poedeiras, automação, gestão de dados e qualidade na produção, uso de inteligência artificial na gestão avícola e gestão integrada de sanidade e dados.

A Conferência Facta é o principal evento técnico da avicultura brasileira, reconhecido por sua qualidade técnica, com palestrantes nacionais e internacionais, o evento aborda temas essenciais ao setor. “O lançamento da próxima conferência está previsto para ocorrer durante o SIAVS 2024, em agosto, com o programa completo já planejado até setembro ou outubro, proporcionando às empresas tempo para incluí-lo em seus orçamentos para o próximo ano”, lembrou Mendes.

Fonte: Assessoria Facta
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Chuvas no Rio Grande do Sul prejudicam lavouras e dificultam logística

Estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

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Foto: Divulgação

A fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira (30) deixou um rastro de destruição e prejuízos por onde passou. O estado já contabiliza perdas na produção agrícola e pecuária, de pontes, estradas e rodovias, e de danos em fazendas inteiras, envolvendo maquinários, estruturas e implementos agrícolas.

O Rio Grande do Sul é segundo maior estado produtor de soja no Brasil. Por isso, as intensas chuvas têm deixado agricultores em alerta. Além de retardar as atividades de campo, as precipitações em excesso vêm gerando preocupações sobre a qualidade das lavouras. O excesso de umidade tente a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil colheu, até agora, 90,5% da área de soja da safra 2023/24. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas – no Rio Grande do Sul, somam 60%, contra 70% no mesmo período de 2023, conforme aponta a Conab. A Emater/RS, por sua vez, indica que 76% da área sul-rio-grandense havia sido colhida até o dia 2 de maio, inferior aos 83% na média dos últimos cinco anos. Em Santa Catarina, a colheita alcançou 57,6% da área, abaixo dos 82,8% há um ano (Conab).

Para o milho, a colheita da safra verão está praticamente paralisada no Rio Grande do Sul.  Segundo a Emater/RS, os trabalhos atingiram 83% da área sul-rio-grandense até o dia 2 de maio, avanço semanal de apenas 1 p.p.. No Paraná, foram colhidos 98% da área total até essa segunda-feira, leve aumento de 1 p.p. em relação ao dado divulgado no dia 29 pela Seab/Deral. Em Santa Catarina, a colheita chegou a 93% no dia 28, segundo a Conab.

Frango, suínos e ovos

De acordo com colaboradores do Rio Grande do Sul consultados pelo Cepea, as fortes chuvas dos últimos dias têm prejudicado as negociações envolvendo frango, suínos e ovos. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda em parte das regiões sul-rio-grandenses e também de fora do estado vem sendo comprometido.

Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e também embalagens e caixas, no caso de ovos. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que algumas propriedades de produção suinícola e avícola foram danificadas; eles estão à espera de que a situação seja controlada para que os prejuízos sejam calculados.

Pecuária de corte

Agentes consultados pelo Cepea no Rio Grande do Sul indicam que, como as chuvas destruíram pontes e danificaram trechos de estradas, muitos lotes de animais para abate não conseguem ser transportados aos frigoríficos. Com isso, muitos compradores e vendedores estão fora do mercado nestes últimos dias, à espera de que a situação seja controlada.

Arroz

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil, e as intensas chuvas desta semana deixaram orizicultores em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, a colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada.

Colaboradores consultados pelo Cepea relatam que as recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades.

Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24, ainda conforme apontam pesquisadores do Cepea.

Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgados no dia 22 de abril indicavam que, até aquele momento, a média era de 8.612 quilos por hectare no estado.

Cenoura

Dentre os produtos hortifrutícolas acompanhados pelo Cepea no Sul, o mais prejudicado foi a cenoura. O Cepea ainda não conseguiu levantar a extensão das perdas na praça produtora de Caxias do Sul (RS), mas o cenário é crítico.

Em Vacaria (RS), localizada em uma altitude mais elevada, os impactos do temporal foram menos severos. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, diante da situação delicada, a amostragem de preços de cenoura desta semana foi significativamente menor.

Estima-se que as inundações resultem em uma janela de oferta e, em muitos casos, dificultem, inclusive, a retomada das áreas afetadas.

De acordo com a prefeitura de Caxias do Sul, a barragem São Miguel está em estado de alerta. Sinal de evacuação já foi emitido, e, em caso de ruptura, tanto a área urbana quanto a rural correm risco de alagamento.

Tomate e batata

As safras de batata em Bom Jesus e de tomate em Caxias do Sul estão próximas do final, mas os danos neste encerramento de safra devem ser grandes, devido aos volumes e à duração das chuvas.

Fonte: Com assessoria Cepea
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