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Com investimento de empresa alemã, Toledo terá a 1ª central de saneamento rural do Brasil

Usina de biogás que será instalada por uma empresa alemã no município vai coletar boa parte dos dejetos da suinocultura por meio de redes de dutos interligadas a uma central, onde o material será transformado em energia e fertilizantes, além de futuramente também poder produzir insumos para biocombustível.

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Encontro entre o vice-governador Darci Piana e a presidente do Conselho Federal Alemão, Manuela Schwesig, em Curitiba - Fotos: Ari Dias/AEN

Toledo, no Oeste do Paraná, vai sediar uma nova usina de biogás que também será a primeira central de saneamento rural do Brasil, um empreendimento da Mele, empresa alemã que promete potencializar a transformação de dejetos da suinocultura em energia, biocombustível e fertilizantes.

A pedra fundamental do empreendimento foi lançada na última quinta-feira (19) em um encontro entre o vice-governador Darci Piana e a presidente do Conselho Federal Alemão, Manuela Schwesig, em Curitiba, e que foi acompanhada por vídeo por representantes da empresa e agricultores de Toledo.

Vice-governador Darci Piana: “Esse projeto significa mais recursos financeiros aos nossos produtores, que poderão ampliar suas atividades, o que também ajuda no crescimento econômico do Estado”.

“Hoje é um dia muito especial para o Paraná não apenas por receber a comitiva alemã para selar este acordo, mas por marcar um avanço importante no setor de biogás e biometano ao aproveitar os resíduos que já são gerados pelo nosso forte setor de suinocultura, que coloca o Estado como o segundo maior produtor de carne suína no Brasil”, afirmou o vice-governador.

“Além de resolvermos um problema ambiental sério que temos para a destinação destes dejetos, esse projeto significa mais recursos financeiros aos nossos produtores, que poderão ampliar suas atividades, o que também ajuda no crescimento econômico do Estado”, concluiu Piana.

A usina receberá, em sua primeira etapa, cerca de R$ 77,5 milhões em recursos de investidores e financiamento do Banco Mundial, além de ser acompanhado pela Organização das Nações Unidas (ONU) devido às suas características inovadoras e ambientalmente sustentáveis. A planta de Toledo, que servirá de modelo para as próximas que serão instaladas na região, ficará em uma área de 43 mil metros quadrados.

Segundo estimativas da empresa, o tratamento correto dos dejetos nas usinas tem o potencial de evitar 2 milhões de toneladas de CO2 por ano, o equivalente a 2,7% as emissões do Paraná e 0,5% de tudo que é emitido pelo Brasil anualmente.

Somente a usina de Toledo, que é a primeira de 45 usinas previstas para serem implantadas na região Oeste até 2031, evitará a emissão de 52 mil toneladas de CO2 por ano. A empresa também já possui todas as licenças ambientais para a construção da planta e também firmou um acordo com a Verra, organização sem fins lucrativos responsável pelo controle da maior carteira de créditos de carbono do mundo.

Mesmo antes do início da obra de construção, o projeto chamou a atenção de grandes empresas nacionais, como a Petrobras, e também de empresários de outros países interessados nas oportunidades de compra de créditos de carbono para compensação de suas próprias emissões.

Feita com base em uma tecnologia desenvolvida no estado alemão de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, onde Manuela Schwesig também é governadora, a estrutura resolverá um grande passivo ambiental dos produtores da região, com a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2). Ele também garantirá a manutenção dos recursos hídricos pela economia de água e o fim da contaminação do solo e lençóis freáticos por dejetos da suinocultura. “Com este projeto conseguimos demonstrar que a agricultura também pode contribuir com a eficiência energética ao trabalhar com um material que ninguém quer, transformando-o em um ativo econômico”, declarou a presidente do Conselho Federal Alemão. “Em Toledo, iniciamos uma experiência que pode ser ampliada para outras regiões do Paraná com o uso de uma tecnologia que foi desenvolvida em nosso estado”, acrescentou Manuela.

APOIO – O empreendimento conta com a parceria do Governo do Estado por meio de diversos órgãos, em especial a Secretaria da Agricultura e Abastecimento, Secretaria da Fazenda, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Instituto Água e Terra e Invest Paraná. Os órgãos têm apoiado a aprovação das regulamentações necessárias para viabilizar as atividades no Estado e também pela concessão de incentivos fiscais e tributários por meio dos programas Renova Paraná e Paraná Competitivo.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza, defendeu a expansão do projeto. “Produzir proteína animal, que é um ativo importante, pode se transformar em um passivo ambiental a depender de como os resíduos são tratados, por isso a nossa expectativa é de que essa iniciativa pioneira possa ser replicada em outras regiões do Estado, fazendo com que a nossa agropecuária possa avançar ainda mais”, disse.

O projeto-piloto de Toledo integra uma iniciativa maior dos alemães denominada Programa Oeste Sustentável, ou ainda Green Fuels Paraná, focada em aliar o desenvolvimento social dos pequenos produtores à práticas mais sustentáveis. A meta é tratar e transformar cerca de 60% do passivo ambiental da cadeia de produção da suinicultura do Estado, o que também representa 10% da produção brasileira neste segmento.

Para o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, o uso de tecnologias de alto nível no meio rural representa um ganho ambiental, mas também econômico. “A transformação destes dejetos em biogás, biometano, fertilizantes e outros insumos usados na própria agricultura significa o fim de um passivo importante, mas também a possibilidade de desenvolvimento dos produtores envolvidos, que muitas vezes têm o seu crescimento limitado pela falta de opções para a destinação correta desses resíduos”, comentou.

A iniciativa também tem o apoio do BMWK (Ministério Federal para Assuntos Econômicos e Proteção Climática), através do programa H2UPPP, e GIZ.

VOCAÇÃO – Com grande influência da região Oeste do Estado, o Paraná é atualmente o vice-líder nacional na produção de carne suína. Entre janeiro e junho deste ano, 6,2 milhões de porcos foram abatidos para abastecer o mercado interno e externo, o que representa um crescimento de 37% em relação aos 4,6 milhões de abates efetuados no mesmo período de 2019.

Em todo o Brasil, o volume total de suínos abatidos chegou a 28,6 milhões nos seis primeiros meses de 2024. Com isso, a participação do Paraná no resultado nacional, que era de 20% há cinco anos, chegou a 22% neste ano.

INOVAÇÃO – A Alemanha, e em especial a região de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, é pioneira na implementação de biodigestores em propriedades rurais. Por meio dessa tecnologia, pequenos e médios produtores de suínos e bovinos utilizam instalações de digestão anaeróbica para tratar os dejetos e produzir biogás, convertendo-o em biometano para ser injetado na rede de gás natural ou utilizando-o para gerar energia elétrica e térmica nas próprias fazendas.

No caso da planta de Toledo, a parte líquida dos dejetos será transportada por redes de gasodutos até a central única de saneamento, enquanto a parte sólida será coletada por caminhões com o mesmo destino, englobando 52 propriedades rurais. Este material servirá inicialmente como matéria prima para a produção de biometano e CO2, mas a empresa já planeja uma futura ampliação para também produzir metanol, que é amplamente usado na produção do Biodiesel e de outras cadeias.

Atualmente, 100% do metanol consumido no Brasil é importado de outros países, por isso a expectativa é de que este empreendimento também ajude o Paraná e o País a reduzirem a sua dependência do mercado externo e, por consequência, os custos de uso do biocombustível. A estimativa da Mele é de que, após a conclusão de todo o cronograma do projeto, a região Oeste do Estado consiga produzir o equivalente a 6.000 barris de petróleo por dia na forma de biocombustível.

PRESENÇAS – Também acompanharam a reunião o presidente da Sanepar, Wilson Bley; o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancalo Rocco; o diretor de Mercado e Novos Negócios da Invest Paraná, Gustavo Cejas; a cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Martina Hackelberg; o presidente do Grupo Mele, Dietrich Lehmann; além de outros membros do governo e do consulado alemão, empresários, investidores e outros representantes do setor produtivo do país europeu.

Fonte: AEN-PR

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Valor de produção da pecuária tem recorde, com marca de R$ 122 bi

Apesar do valor, percentual da alta foi o menor em cinco anos.

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Foto: Shutterstoke

O valor de produção na Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM 2023 atingiu novo recorde ao chegar à marca de R$ 122,4 bilhões, alta de 5,4% em relação ao ano anterior. Os produtos de origem animal da pesquisa atingiram R$ 112,3 bilhões, alta de 4,5% em relação a 2022, e os itens da aquicultura foram responsáveis por R$ 10,2 bilhões, aumento de 16,7%. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do crescimento no valor de produção total ser positivo, a marca de 5,4% a mais que o ano anterior é o menor acréscimo percentual dos últimos cinco anos. O principal item a elevar o valor de produção em 2023 foi “ovos de galinha”, com alta de 17,3% e total de R$ 30,4 bilhões (R$ 4,5 bilhões a mais que no ano anterior). A aquicultura também teve significativo acréscimo, totalizando R$ 1,4 bilhão a mais em relação ao ano de 2022.

O ano de 2023 foi marcado por exportações recordes de carnes in natura bovina, de frango e suína, segundo resultados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O principal destino da carne bovina foi a China, que adquiriu 59,6% de toda carne in natura exportada. Entretanto, o volume foi 3,4% menor quando comparado com 2022. Já no mercado leiteiro, houve alta na importação do produto que, aliado à demanda interna mais baixa, causou uma redução no preço médio pago ao produtor. Foram importadas 199,2 mil toneladas de leite, alta de 87% em relação ao ano de 2022. Essa entrada maciça do produto, aliada à fraca demanda interna, forçou a redução do preço interno do leite que passou de R$ 2,31/litro, em 2022, para R$ 2,27/litro, em 2023.

A pecuária bovina brasileira entrou em um novo ciclo de seu processo produtivo. A tendência dos últimos anos de retenção de fêmeas para reprodução e consequente venda de bezerros e/ou aumento de rebanho tem mostrado arrefecimento. No ano de 2023 foi possível observar aumento de abate de fêmeas após o preço da arroba do boi ter caído. Porém, mesmo com este cenário, o rebanho bovino atingiu novo recorde e chegou a 238,6 milhões de cabeças, alta de 1,6%.

Estados

Mato Grosso se manteve detentor do maior rebanho estadual, com 14,2% do efetivo nacional – o equivalente a 34 milhões de animais, queda de 0,7% em relação ao ano de 2022. Pará segue com a segunda colocação, com 25 milhões de cabeças, alta de 1% em relação ao ano anterior. Em terceiro lugar está Goiás com 23,7 milhões de animais, seguido por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Juntos, os cinco principais estados produtores de bovinos concentraram 52% do rebanho nacional.

São Félix do Xingu (Pará), apesar da retração de 2,8% em relação a 2022, mais uma vez liderou o ranking municipal de efetivo de bovinos, com rebanho de 2,5 milhões de cabeças – equivalente a 9,8% do efetivo paraense, 3,9% da Região Norte e 1% do total brasileiro. Corumbá (Mato Grosso do Sul) continuou com o segundo maior rebanho, 2,2 milhões de animais, alta de 8,5% em relação ao ano anterior. Porto Velho (Rondônia) manteve a terceira posição em 2023, com 1,8 milhão de bovinos

Tecnologia

A produção de leite foi recorde em 2023 ao atingir 35,4 bilhões de litros. Enquanto a produção de leite subiu, o número de vacas ordenhadas decresceu. Foram contabilizadas 15,7 milhões de vacas ordenhadas, 0,1% a menos que em 2022, sendo esse total de vacas ordenhadas o menor já registrado desde 1979. A maior produção de leite com um menor número de vacas ordenhadas é resultado de incremento na tecnologia do setor leiteiro, que tem investido cada vez mais em genética e manejo do rebanho.

O efetivo de galináceos estimado foi de 1,6 bilhão de cabeças no Brasil, um aumento de 0,6% em relação ao ano anterior. Desse total, 263,5 milhões, 16,7%, são de galinhas, alta de 2,4% em relação a 2022. Desde 1999, o valor estimado de produção de ovos de galinha não para de crescer ano após ano. Em 2023, foi contabilizada a produção recorde de 5 bilhões de dúzias de ovos.

O efetivo de suínos teve redução de 3,1% em relação ao ano anterior, totalizando 43 milhões de animais.

A produção de mel bateu novo recorde de produção e alcançou 64,2 mil toneladas.

Na produção de peixes, foram produzidos 655,3 mil toneladas, 5,8% a mais do que em 2022. A Região Sul se manteve como a principal produtora de peixes e foi responsável por 34,7 % do total nacional. O Nordeste e o Sudeste ultrapassaram a Região Norte, e agora estão na segunda e terceira posições, respectivamente.

Em 2023, o efetivo de caprinos aumentou 4%, chegando a 12,9 milhões de animais, e o efetivo de ovinos apresentou aumento de 1,3%, resultando em 21,8 milhões de animais. Foram os maiores valores já alcançados na pesquisa, para essas duas criações. Com 96% do total de caprinos e 71,2% de ovinos, a Região Nordeste foi a principal responsável pelo aumento nacional.

Fonte: Assessoria Agência Brasil
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Conbrasfran 2024 debate gestão e melhoria contínua em frigoríficos

Evento vai reunir especialistas, empresários e lideranças da cadeia produtiva de frango de corte em Gramado (PR), de 25 a 27 de novembro.

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Foto: Divulgação/Arquivo Asgav

A Agrosul Alimentos, a Duravant Brazil, a Thermo Solutions Energy e o  Ministério da Agricultura e Pecuária  (Mapa) confirmaram participação no Painel Gestão e melhoria contínua em frigoríficos da Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Carne de Frango (Conbrasfran 2024), realizada pela Asgav, de 25 a 27 de novembro, em Gramado, na serra gaúcha.

Este painel será realizado na terça-feira, dia 26 de novembro, a partir das 10h40. Na abertura, o diretor Executivo da Duravant Brazil, Roberto Mülbert, vai destacar os Avanços tecnológicos no processamento para otimização e qualidade na indústria avícola. Em seguida, o CEO da Thermo Solutions Energy, Roberto Maues, vai debater Métodos e práticas sustentáveis para a gestão de resíduos e subprodutos no processamento.

O auditor Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Leandro Casagrande, vai abordar a Portaria 1.023/2024 e a evolução no controle microbiológico dos processos. Este painel será coordenado pelo gerente de Qualidade da Agrosul Foods, Gustavo da Silveira Schiavo.

O Painel Gestão e melhoria contínua em frigoríficos faz parte da programação do 5º Encontro de Qualidade Industrial na Avicultura promovido pela Asgav. Outras informações sobre a Conbrasfran 2024 podem ser encontradas no site do evento ([http://]www.conbrasfran.com.br [1]), pelo e-mail conbrasfran@asgav.com.br, através do telefone (51) 3228.8844 ou pelo WhatsApp (51) 98600-9684.

Fonte: Assessoria Asgav
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Quais os gatilhos que podem mudar o mercado de milho na safra 2024/25?

Este novo ciclo se inicia sob um viés de margens mais apertadas. Desta forma, a leitura que temos para o final deste ano e início de 2025 em relação a preços é um cenário mais desafiador para construção de margens.

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Foto: Shutterstoke

Especialmente nas últimas três safras, o mercado de_ commodities_ agrícolas atingiu patamares de valorização elevados e históricos. Porém, passada essa onda, a qual já era esperada que não se sustentaria por muito tempo, o cenário começou a pender sentido aos padrões “normais” de equilíbrio. Com o milho não foi diferente, e o grande desafio dos produtores na safra 2023/24 foi se adaptar às quedas relevantes de preço, realidade esta que deve se manter.

Muitos agricultores já estão preparando a safra 2024/25, alguns campos de milho verão, por exemplo, já estão sendo semeados no momento em regiões do Rio Grande do Sul e Paraná onde a janela de plantio é mais precoce. Este novo ciclo se inicia sob um viés de margens mais apertadas. Desta forma, a leitura que temos para o final deste ano e início de 2025 em relação a preços é um cenário mais desafiador para construção de margens.

Isso deve ocorrer devido a alguns fatores importantes, o primeiro deles que destacaria, é em relação ao mercado internacional. Temos um excedente importante de milho no cenário externo, importantes concorrentes como os Estados Unidos vêm produzindo bem, além disso, acrescentaria a Ucrânia que apesar do cenário geopolítico, tem dado conta da demanda europeia exportando até para outros países da Ásia.

Já o Brasil, mesmo diante de alguns desafios, está colhendo uma safra robusta de inverno de mais de 100 milhões toneladas de milho. Quando somadas todas essas ofertas, temos cenário tanto interno quanto externo de excesso de estoques. Por isso este final de 2024 deve ter essa “ressaca” de preços baixos.

Principais gatilhos de mudança

Para poder traçar perspectivas de um cenário futuro, o primeiro passo é saber quais os principais gatilhos que levariam a essas mudanças. O primeiro deles, é a continuidade de desvalorização da moeda brasileira que impacta diretamente na formação de preço ao produtor seja de milho ou de outras _commodities_ exportadas. Isso pode seguir em função do cenário fiscal interno ou da conjuntura externa, como a eleição presidencial nos Estados Unidos, a volatilidade dos mercados, as questões de conflitos no Oriente Médio e no Leste europeu.

O segundo elemento, já pensando no primeiro semestre de 2025 passa a ser a intenção do produtor norte americano em relação a uma possível diminuição de área plantada. Como os preços estão baixos também para eles, não causaria espanto a diminuição de área que limitaria a oferta e estabilizaria os estoques globais.

O terceiro ponto é o clima. Quanto a este item, a nossa leitura é de um cenário de neutralidade com um La Niña de baixa intensidade. Apesar da expectativa ser de menos chuvas na região Sul – onde se concentra a maior parte do milho verão, a baixa intensidade do fenômeno pode limitar os efeitos negativos sobre produtividade e produção na região.

Como se preparar?

Em momentos do mercado como o que se desenha no próximo ciclo de margens baixas, o produtor precisa ser eficiente, é não deve cair no dilema de diminuir custo e produzir menos, muito pelo contrário, é preciso continuar produzindo mais utilizando mais tecnologia. Um ponto importante é a estratégia de compra de insumos e também para a venda da produção. Historicamente os que compram bem nas janelas corretas aproveitando as oportunidades de mercado, conseguiram ter uma longevidade maior dentro da atividade agrícola.

Outro item fundamental está relacionado a gestão interna da propriedade e essa importância temos visto na prática durante as auditorias com os produtores participantes do concurso de produtividade do Getap. Quando visitamos aqueles com boa gestão, é muito claro a forma como se apresentam. Eles têm os dados da propriedade de forma clara e precisa e de fato possuem o controle sobre aquilo que estão fazendo, seguindo os parâmetros administrativos, financeiros e técnicos. Tudo isso somado resulta-se em uma precisa tomada de decisão.

Portanto, diante deste cenário desafiador que se desenha, é o momento de ser eficiente. Nas últimas três safras os preços estavam altos, por isso todas operações tinham resultado, agora quando a margem é mais estreita só vai se destacar aqueles que são mais organizados. Como a agricultura é uma atividade de longo prazo para se manter nela é preciso bom planejamento e estratégia também a longo prazo.

Fonte: Por Enilson Nogueira, economista e analista de mercado da Céleres Consultoria.
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