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Câmbio e prêmio favoreceram os preços internos da soja em setembro

Balanço global sinaliza maior conforto para a safra 2023/24.

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Foto: Fernando Dias

O primeiro vencimento da soja em Chicago apresentou desvalorização em setembro. Por outro lado, os preços no Brasil foram na contramão do mercado internacional e
apresentaram alta. Nos EUA, o USDA trouxe a colheita de soja americana concluída em 23% da área, à frente da média dos últimos cinco anos. Já no Brasil, mesmo com o
ritmo de comercialização da safra de soja abaixo da média dos últimos anos, as exportações da oleaginosa seguem em patamar recorde.

O contrato de primeiro vencimento caiu 4,5% em setembro, para USD 13,29/bu, apesar da nova queda trazida para a produção americana no relatório de setembro do USDA. A
despeito da menor oferta de soja dos últimos quatro anos nos EUA, a colheita está em ritmo acelerado no Meio-Oeste, o que acabou pressionando as cotações do grão. O que
também ajudou a pressionar os preços do grão foram as quedas acima de 5% registradas para os subprodutos, óleo e farelo, em Chicago.

Preço da soja em Chicago (EUA) e em Sorriso (BR)

Apesar da desvalorização na CBOT, na média do mês de setembro a soja subiu 1,6% em Sorriso, para R$ 119,6/saca, seguindo a valorização do dólar frente ao real e também
uma melhora dos prêmios à vista, que estão no campo positivo desde o início de agosto.

Nos EUA, o ritmo de colheita é maior que o registrado na mesma época do ano passado (7%) e também está à frente da média dos últimos anos (11%). As previsões mostram
clima maisseco e temperaturas mais altas para os próximos dias em praticamente todo cinturão de grãos americano, o que deve ajudar a reta final de maturação dos campos e
favorecer o trabalho de colheita da soja.

De janeiro a setembro, os embarques de soja do Brasil atingiram 87,3 milhões de toneladas, desempenho 23,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Contribui para isso o recorde de produção do grão registrado na safra 2022/23, de 156 milhões de toneladas e a boa demanda no mercado internacional.

Exportação brasileira de soja, mm t

Balanço global sinaliza maior conforto para a safra 2023/24

Apesar de nova redução na projeção da oferta americana, a perspectiva para a produção global de soja da safra 2023/24 segue recorde, resultando em elevação dos
estoques mundiais. Por conta de atrasos na comercialização e aumento do frete nos EUA, a soja brasileira continua mais barata que a soja americana colocada na China. Com a chegada do mês de outubro, o plantio foi liberado nas regiões produtoras e, segundo a Conab, a semeadura está em linha com o observado no ano passado até o momento.

Balanço global de soja, mm t

O relatório de setembro do USDA trouxe nova redução para a produção americana de soja, desta vez para 112,8 milhões de toneladas. Apesar da quebra de quase 10 milhões de
toneladas diante da expectativa inicial para a safra americana (123 milhões de toneladas), a perspectiva para a produção global da oleaginosa segue recorde, acima de 400
milhões de toneladas, diante da expectativa de boas safras para Brasil e Argentina, com aumento para área plantada e produtividade. Com a confirmação desse cenário, o balanço
global deverá registrar elevação de 16% para os estoques finais do grão e a relação estoque/consumo passará de 28% (2022/23) para 31% (2023/24), sinalizando maior conforto.

Para a janela entre outubro e dezembro, a soja brasileira segue mais competitiva que a americana e a argentina colocada na China, o que continua atraindo a demanda para
o Brasil. Isso porque a comercialização americana do grão está pelo menos 10 p.p. atrasada em relação à média e o frete das barcaças no rio Mississippi está subindo. Com isso,
o programa americano de exportação está atrasado, pelo menos 9 milhões de toneladas abaixo do ano passado. A expectativa é de que os prêmios nos EUA iniciem movimento de queda para começar a atrair a demanda chinesa, diante do aumento da disponibilidade do grão com o início da colheita.

A boa sequência de chuvas prevista para as regiões produtoras nos próximos dias deve acelerar a semeadura da safra 2023/24, principalmente na região Centro-Oeste.

Evolução do plantio de soja

Fonte: Consultoria Agro do Itaú BBA

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Oferta elevada e demanda enfraquecida mantêm pressão sobre cotações da tilápia

Preços continuaram caindo no mês de agosto em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, embora em menor intensidade frente aos dois meses anteriores.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em agosto, os preços da tilápia continuaram caindo em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, embora em menor intensidade frente aos dois meses anteriores.

Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da oferta elevada de peixe, somada à demanda enfraquecida, diferentemente do cenário observado em 2023.

Quanto às exportações brasileiras de tilápia (filés e produtos secundários), o volume embarcado caiu em agosto, interrompendo o ritmo crescente que vinha sendo observado desde março.

Conforme dados da Secex analisados pelo Cepea, as vendas externas totalizaram 1,3 mil toneladas, quantidade 29,1% inferior à de julho e apenas 2% acima da do mesmo período do ano passado.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Importações de trigo já somam maior volume em dois anos

Dados da Secex indicam que a quantidade importada pelo Brasil de janeiro a agosto é de 4,556 milhões de toneladas, a maior para o período desde 2020 e 9% acima da adquirida em todo ano de 2023.

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Foto: Jaelson Lucas

Mesmo com os preços de importação elevados, as compras externas de trigo em grão estão crescentes ao longo de 2024, já somando os maiores volumes em dois anos.

Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à baixa disponibilidade doméstica de trigo, sobretudo de maior qualidade.

Dados da Secex analisados pelo Cepea indicam que a quantidade importada pelo Brasil de janeiro a agosto é de 4,556 milhões de toneladas, a maior para o período desde 2020 e 9% acima da adquirida em todo ano de 2023.

Em agosto, especificamente, as compras externas totalizaram 545,46 mil toneladas, quase o dobro do importado em agosto de 2023 (277,99 mil toneladas).

Quanto aos preços, levantamentos do Cepea mostram que os valores internos do trigo seguem enfraquecidos e oscilando conforme as condições de oferta e demanda regionais.

Fonte: Assessoria Cepea
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Portos do Paraná atingem novo recorde mensal com crescimento nas importações

Em agosto de 2024, foram movimentadas 6.869.966 toneladas, superando em 4% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, quando o volume chegou a 6.582.670 toneladas. Nas exportações, os portos do Paraná também registraram crescimento, movimentando 4.423.074 toneladas em agosto.

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Foto: Gilson Abreu/AEN

Os portos paranaenses alcançaram mais um marco histórico de movimentação de cargas. Em agosto de 2024, foram movimentadas 6.869.966 toneladas, superando em 4% o recorde anterior, registrado em junho deste ano, quando o volume chegou a 6.582.670 toneladas.

O destaque do mês ficou por conta das importações, que tiveram um aumento expressivo de 41% em relação ao mesmo período de 2023. O volume passou de 1.741.094 toneladas para 2.446.892 toneladas, puxado principalmente pela importação de fertilizantes, que somou 1.183.490 toneladas, um crescimento de 59% em comparação ao ano passado (745.201 toneladas).

Outro segmento que se destacou foi o de contêineres, que registrou um aumento de 22% nas importações, movimentando 62.218 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), contra 51.017 TEUs no mesmo período de 2023. “O alinhamento das estratégias logísticas e o trabalho integrado das equipes têm sido determinantes para elevar nossa performance e posicionar os portos do Paraná como referência no cenário nacional”, destacou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.

Nas exportações, os portos do Paraná também registraram crescimento, movimentando 4.423.074 toneladas em agosto, um aumento de 3% em comparação ao mesmo período do ano anterior (4.301.622 toneladas). A soja em grão foi o principal produto exportado, com 1.863.825 toneladas, 10% acima do volume registrado em agosto de 2023 (1.694.016 toneladas).

Mesmo diante de condições climáticas adversas, como os cinco dias de chuva e oito dias acumulados de neblina que impactaram na movimentação de granéis sólidos, o desempenho logístico não foi comprometido. “Atingimos um resultado histórico, com grande eficiência de produtividade, principalmente em relação à descarga ferroviária. Com a finalização das obras do Moegão, projetamos um aumento ainda maior de movimentações e atração de negócios com novos investidores”, afirmou Gabriel Vieira, diretor de Operações da Portos do Paraná.

O Moegão, maior obra portuária em andamento no Brasil, é um projeto estratégico para os portos do Paraná. Com um investimento de R$ 592 milhões, a obra visa reduzir os cruzamentos ferroviários urbanos e aumentar a capacidade de recepção de trens em 65%, passando de 550 para 900 por dia. A conclusão está prevista para o segundo semestre de 2025, prometendo otimizar ainda mais o fluxo de cargas ferroviárias.

Fonte: AEN-PR
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