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Avicultura

BRF reforça entre produtores necessidade de cuidados extras com as aves no inverno

Baixa temperatura exige medidas adequadas de climatização, evitando perdas de calor e garantido a boa conversão alimentar

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Uma das recomendações é aquecer espaço que receberá os pintinhos 48 horas antes - Fotos: BRF

A BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, reforça nesta época do ano dicas e orientações aos produtores com as melhores técnicas de manejo de aves em meio a baixas temperaturas. Além de afetar o desenvolvimento dos pintinhos, no início do alojamento, por exemplo, mesmo pequenas frestas nos aviários podem levar a perdas de calor, afetar as aves em qualquer fase e consumir mais energia e lenha.

 (Foto: Leonardo Wen)

O desempenho dos aviários em períodos de frio intenso pode ser melhorado com uma série de cuidados, que a BRF atualiza e dissemina ano a ano. Neste mês de maio, por exemplo, 700 pessoas, entre produtores, familiares de integrados e colaboradores se reuniram no município de Travesseiro (RS), no Vale do Taquari, interior do Rio Grande do Sul, para trocar experiências e relembrar ações necessárias antes da chegada do inverno, especialmente na Região Sul do Brasil. O Dia de Campo foi organizado pela gerência de agropecuária de Lajeado, uma das primeiras unidades da BRF a se mobilizar neste ano em torno do tema.

Além do bem-estar, em um ambiente adequado as aves podem expressar todo seu potencial genético e ser mais eficientes na transformação de ração em ganho de peso.  Se o aviário estiver em temperatura abaixo ou acima do ideal, as aves precisarão de mais alimentos para equilibrar a temperatura corporal. Dessa forma, a energia consumida, que deveria ser direcionada ao seu crescimento, é desviada. “Aos que recebem novos lotes, nós recomendamos, por exemplo, que pré-aqueça o aviário 48 horas antes da chegada dos pintinhos. Outra indicação é cobrir com capas os exaustores não ativos, para evitar perda de calor pelas aberturas”, ressalta a gerente de Agropecuária da BRF em Lajeado, Maria Goretti Buzanello.

Moisés Ballarini, um dos integrados que esteve no encontro, trabalha com quatro aviários e capacidade total de alojamento de 140 mil aves. A partir do aprendizado no encontro, ele adotará neste ano uma estratégia que antes não utilizava para manter melhor a temperatura interno nos alojamentos. Ballarini ressalta que apesar de constantemente receber boas orientações por meio dos extensionistas, é importante se atualizar em eventos como o realizado em Travesseiro e com troca de experiências com a Companhia e com outros produtores.

“Neste ano, por exemplo, chamou minha atenção uma dica que ainda não conhecia, que é vedar também parte dos inlets (aberturas de ventilações) para preservar o calor interno. Eu já percebia que havia diferenças entre os aviários com mais inlets do que os outros e, neste inverno, vou adotar essa técnica somada a outros cuidados”, conta Ballarini.

Integrado da BRF em Venâncio Aires, Elton Hein avalia que o encontro ajuda a relembrar pequenas ações que, às vezes, os produtores acabam deixando de fazer, assim como acrescentam novos conhecimentos em termos de novas tecnologias em uso. “No evento foram apresentados equipamentos, por fornecedores parceiros, o que também é importante para nos atualizarmos e projetarmos modernizações na propriedade”, avalia Hein.

Dicas para manejo correto de aves no inverno

·         Além de atenção aos sensores de temperatura e umidade das granjas, uma boa maneira de avaliar o ambiente de produção é observar o comportamento das aves. Quando há afastamento da fonte de calor, pode ser indicativo de excesso de calor. Por outro lado, se for observada aglomeração delas em determinado local, é possível que haja corrente de ar ou frio.

·         Lonas adequadamente vedadas evitam a perda de calor, por exemplo, e por consequência, a propriedade irá demandar menos gastos com aquecimento. Ou seja, o produtor terá um ganho duplo com o uso racional de rações, já que a correta ambiência ajuda na conversão alimentar e reduz gastos com lenha e pellets para os aquecedores.

·         Para impedir níveis elevados de amônia, é fundamental a realização das corretas trocas de ar durante todo o ciclo produtivo. A atenção a secagem da cama durante o período de intervalo entre lotes é crucial para reduzir os níveis durante o alojamento.

·         A aferição das sondas, bem como o a checagem da manutenção dos equipamentos – sobretudo fornalhas, ventiladores ou exaustores –  são fatores críticos de sucesso na produção e precisam sempre ser acompanhados de perto pelo produtor.

 

 

Fonte: Assessoria

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Apesar de isolado, foco de Newcastle no Rio Grande do Sul preocupa setor

Uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços.

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Foto: Shutterstock

A confirmação de um foco da doença de Newcastle numa granja comercial de frangos no município de Anta Gorda (RS), na região do Vale do Taquari, no final da semana passada, vem deixando o setor em alerta.

Segundo pesquisadores do Cepea, uma eventual suspensão das compras de carne de frango brasileira que exceda os 21 dias do embargo já imposto pelo próprio País pode resultar em um aumento acentuado da disponibilidade interna da proteína, seguido de fortes quedas de preços, podendo, inclusive, afetar a relação de competitividade com as concorrentes bovina e suína.

Diante disso, no curto prazo, pesquisadores do Cepea explicam que devem ocorrer ajustes no alojamento de aves.

O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frango do mundo. No segundo trimestre, os embarques superaram em 12,1% os dos três primeiros meses do ano e em 4,1% os de abril a junho do ano passado, conforme dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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Área de emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle é limitada a cinco municípios gaúchos

Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

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Foto: Julia Chagas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) restringiu a área de abrangência da emergência zoossanitária para contenção da doença de Newcastle, limitando-a aos municípios que estão no raio de dez quilômetros a partir do foco confirmado: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado. O Governo do Estado publicou, na quinta-feira (25), decreto em que declara estado de emergência de saúde animal nos mesmos municípios.

Inicialmente, o Ministério havia publicado, em 18 de julho, uma portaria colocando todo o Rio Grande do Sul em estado de emergência zoossanitária. “O trabalho da Secretaria da Agricultura foi essencial para a revisão do perímetro do estado de emergência zoossanitária no Rio Grande do Sul. Foi com nossos dados e informações que o Ministério se embasou para tomar esta decisão”, detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares.

O estado de emergência tem duração de 90 dias, podendo ser prorrogado em caso de evolução do estado epidemiológico. Durante sua vigência, há o isolamento sanitário da área afetada, com a restrição da movimentação de material de risco relacionado à disseminação da doença, incluindo o direcionamento de trânsito por vias públicas para desinfecção, ou mesmo o bloqueio de acessos.

Até quarta-feira (24), o Serviço Veterinário Oficial do estado já havia vistoriado todas as propriedades dentro do raio de três quilômetros (área perifocal) e iniciava revisitações a estes locais. Foram visitados 78% dos estabelecimentos incluídos no raio de dez quilômetros (área de vigilância) a partir do foco. Somando as duas áreas, são 858 propriedades no total, entre granjas comerciais e criações de subsistência.

As barreiras sanitárias continuam funcionando, ininterruptamente, em quatro pontos na área perifocal e dois locais na área de vigilância. Até o momento, foram abordados 726 veículos alvo na área perifocal e 415 na área de vigilância.

Após o caso confirmado que levou ao decreto de estado de emergência zoossanitária, não houve novas suspeitas de foco da doença. Duas amostras coletadas no município de Progresso, com suspeita fundamentada de síndrome respiratória e nervosa das aves, foram encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (SP) e apresentaram resultado negativo.

Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

Fonte: Assessoria Seapi
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Avicultura

Carne de frango ganha cada vez mais espaço na mesa do brasileiro

Preço acessível, alto valor nutricional e ampla aceitação cultural e religiosa estão entre as vantagens da proteína.

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Produção do frango é mais rápida e sustentável do que outras proteínas - Foto: Jonathan Campos

Considerada uma das melhores opções nutricionais para compor o cardápio, a carne de frango é a proteína animal mais consumida no Brasil. A preferência é atribuída a vários fatores, incluindo preço acessível, alto valor nutricional, versatilidade na culinária e ampla aceitação cultural. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em 2023, o consumo per capta de carne de frango no país chegou a aproximadamente 45,1 kg, confirmando suas vantagens nutricionais e acessibilidade econômica. Em 2009, o consumo individual no Brasil era de 37,5 kg por ano, mas vem crescendo a cada ano.

Nesse mercado, o Paraná é o maior produtor e exportador de aves e derivados do Brasil. O estado é responsável por cerca de 36% da produção nacional, além de 42% do volume de exportações do segmento. O empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), destaca que os mercados nacional e internacional estão atentos às vantagens e ao custo-benefício da carne de frango, o que vem impulsionando a demanda gradativamente. “Além do consumo interno, o produto brasileiro tem compradores em diversos países, em especial na Ásia e Oriente Médio, que são locais com grande demanda em função de questões religiosas e culturais”, analisa.

Em países com predominância de culturas muçulmanas e hindus, o consumo de carne bovina é proibido ou restrito devido às práticas religiosas. O frango, por outro lado, é amplamente aceito, pois não está sujeito às mesmas restrições religiosas. “Além disso, a culinária asiática e do Oriente Médio inclui muitas receitas tradicionais que utilizam carne de frango”, comenta Kaefer.

Custo-benefício

A eficiência produtiva da carne de frango é outro diferencial. Cassiano Marcos Bevilaqua, diretor associado de Marketing LatCan, explica que a produção de frango possui um ciclo significativamente mais curto e econômico comparado a outras proteínas animais. Segundo ele, um frango consome cerca de 1,5 kg de ração para cada quilo de carne produzida, levando aproximadamente 42 dias para atingir o peso ideal de abate. O prazo é bem inferior ao da produção de suínos e bovinos, que têm ciclos de produção muito mais longos e menos eficientes.

Bevilaqua fala que um porco, por exemplo, precisa consumir 3 kg de ração e leva mais de 150 dias para ser abatido. No caso do boi, a taxa de conversão é de 4×1 e precisa de pelo menos dois anos para ser abatido. “Por ter um ciclo mais rápido e mais eficiência produtiva, o frango elimina menos dejetos, consome menos alimento e necessita de menos espaço para a produção, o que torna a carne de frango muito mais sustentável do que as demais”, esclarece.

Dieta equilibrada

Foto: Divulgação/OP Rural

Um dos grandes atrativos da carne de frango é o seu valor nutricional. Trata-se de um alimento rico em proteínas de alta qualidade e que fornece todos os aminoácidos essenciais que o corpo humano necessita, segundo a USDA National Nutrient Database. Em 100 gramas de peito de frango cozido, por exemplo, há cerca de 31 gramas da proteína, essencial para o crescimento e reparação dos tecidos.

Outra vantagem é o baixo teor de gorduras saturadas, especialmente quando consumida sem pele, com aproximadamente 3,6 gramas de gordura total por 100 gramas, e um total de 165 kcal. A carne de boi, por outro lado, contém mais gorduras saturadas (10g de gordura total por 100g de carne magra cozida) e é mais calórica (250 kcal por 100g). O mesmo ocorre com os suínos, que tem de 10 a 12g de gordura total por 100g de carne magra cozida e 242 kcal.

Composição nutricional

Roberto Alexandre Yamawaki, gerente de Serviços Técnicos e Produtos para a América Latina da Hubbard, aponta outros benefícios nutricionais. Ele pontua a presença de nutrientes que são essenciais para a dieta, tais como aminoácidos essenciais e proteínas de alta qualidade, importantes para a construção e reparação de tecidos, bem como para a produção de enzimas e hormônios.

Segundo o especialista, o consumo regular de carne de frango oferece múltiplos benefícios para a saúde. A inclusão da proteína na dieta pode ajudar no controle de peso, fortalecer o sistema imunológico, melhorar o crescimento muscular e fornecer energia sustentável.

Entre os nutrientes presentes no frango estão Omega-6 e colina, vitaminas do Complexo B – como Vitamina B3 (Niacina), Vitamina B6 (Piridoxina) e a Vitamina B12 (Cobalamina) –, além de minerais como fósforo, selênio e zinco. “A carne de frango possui vários benefícios específicos que a torna uma escolha adequada e popular para o consumo. Pois ela possui uma grande versatilidade culinária, o que a torna uma opção prática para diferentes refeições e estilos de culinária”, reforça.

Sindiavipar

O Sindiavipar representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses. As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 94% da produção estadual.

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.

 

Fonte: Assessoria Sindiavipar
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