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Notícias Sustentabilidade

Brasil deve ser destaque mundial no uso de bioinsumos nos próximos anos

Crescimento do uso desses produtos é de cerca de 28% ao ano no Brasil

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Utilizar produtos biológicos para combater pragas e doenças que ameaçam as plantações é uma tendência na produção agrícola. O consumo de bioinsumos pelos produtores cresce em todo o mundo e o Brasil não ficou para trás. Enquanto o incremento mundial está na ordem de 15% ao ano, no Brasil as taxas são quase o dobro: 28%, movimentando mais de R$ 1 bilhão, segundo estimativa de pesquisa de mercado realizada pela empresa Spark Smarter Decisions.

É neste cenário que, em 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) registrou 95 defensivos de baixo risco, entre produtos biológicos, microbianos, semioquímicos, bioquímicos, extratos vegetais, reguladores de crescimento. Em relação ao ano anterior, o aumento é de 121% no número de registros.

“O Brasil ainda não é protagonista no uso de bioinsumos no mundo, mas, com esse ritmo de crescimento em comparação ao mundo, a tendência é que alcancemos as primeiras posições num futuro próximo”, afirma o presidente do Conselho Estratégico do Programa Bioinsumos, Alessandro Cruvinel Fidelis. Segundo ele, se a expectativa de crescimento se confirmar, até a safra de 2022, metade da área planta de soja no país terá recebido, ao menos, uma aplicação de bioinsumos.

Para atender à crescente demanda por profissionais capacitados em boas práticas de produção de bioinsumos no país, o Mapa lançou, na quinta-feira (8), o primeiro curso sobre produção e controle de qualidade de bioinsumos.

Criado há pouco mais de um ano, o Programa Bioinsumos, no entanto, caracteriza essa tecnologia para muito além dos produtos aplicados na lavoura. O termo bioinsumos define ainda os processos e tecnologias – de origem vegetal, animal ou microbiana -, destinados ao uso nos diversos sistemas de produção agrícolas, pecuários, aquícolas e florestais. Além de estar presente também no armazenamento e beneficiamento dos alimentos.

Um exemplo é a utilização de cera de carnaúba em uma nanoemulsão para frutas e legumes, criando uma barreira contra perda de umidade, troca de gases e ação microbiana. O resultado é o aumento de cerca de 15 dias no tempo de prateleira dos produtos, evitando perdas e desperdícios de alimentos. A tecnologia foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Já na agropecuária, os bioinsumos podem ser encontrados em produtos veterinários como vacinas, medicamentos, antissépticos, fitoterápicos dentre outros destinados à prevenção, ao diagnóstico, à cura ou ao tratamento das doenças dos animais.

Aumento da produtividade e redução de custos

O agricultor Adriano Cruvinel começou a usar bioinsumos na produção da fazenda da família, localizada no município de Montividiu (GO), a partir de 2017. Primeiro foi realizada a remineralização do solo com pó de rocha, depois a definição de quais talhões receberiam aplicação do adubo potássio forte numa primeira dose. A experiência deu certo e foi comprovada “a olho nu” no campo nas safras seguintes de milho e soja da fazenda.

Nos últimos quatro anos, Adriano não utilizou fungicida e, para próxima safra, o teste será a retirada dos inseticidas para o controle de lagartas, mosca branca, percevejo.

“Os bioinsumos permitem atuar diretamente na causa do problema e não apenas como paliativo. Na natureza há uma sinergia entre a biologia e a química do solo para criar processos de ecossistemas saudáveis. Assim, não estamos inventando a roda, apenas aperfeiçoando técnicas a partir do que a natureza nos mostra”, defende.

A produtividade média da fazenda cresceu 8,6% em relação aos anos anteriores. O custo da produção também teve redução, gerando, consequentemente, maior rentabilidade ao produtor.

Adriano compara dados das safras de 2014/2015 com os da 2019/2020. No primeiro momento, das 53 sacas de soja produzidas por hectare, cerca de 47 delas foram consumidas pelos custos da produção. Já no segundo cenário, a produtividade cresceu para 66 sacas por hectare enquanto os custos caíram para 21,6 sacas. “A partir do segundo ano de inserção dos bioinsumos houve uma grande diferença do custo de produção, com redução a cada safra e com perspectiva de diminuição ainda de cerca de 20, 25%”, prevê o produtor.

Adriano acredita que o uso de bioinsumos é um caminho sem volta. “Quando começamos, lá atrás, erámos seis produtores reunidos na associação. Hoje, acredito que, pelo menos, 50% ali de Montividiu já está produzindo bioinsumos ou comprando esse material de cooperativas da região ou de outras cidades de estados vizinhos”, disse ele ao avaliar o crescimento da tecnologia em seu município.

Política de estado e incentivo

O interesse e o número de ferramentas para implementar as boas práticas estão em constante aceleração. Isso demonstra credibilidade no Programa Nacional de Bioinsumos como estratégia do governo em institucionalizar a tecnologia e estimular o uso de bioinsumos.

Tanto que o Plano Safra 2021/2022 fortaleceu linhas de crédito para Inovagro, abrangendo o financiamento para a construção de biofábricas. Assim, os produtores poderão financiar recursos para a aquisição e construção de instalações para a implantação ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes na propriedade rural, para uso próprio.

O projeto nacional de bioinsumos do Mapa também já se desdobrou em incentivo à criação de programas estaduais. O primeiro deles, foi aprovado em Goiás, onde está localizada a fazenda do Adriano. Os estados de Mato Grosso e o Distrito Federal também começaram a desenvolver seus programas.

Os dados e a replicação de iniciativas para a utilização de bioinsumos na produção nacional devem ser comemorados e traduzem um movimento de revolução na forma de se produzir os alimentos, enfatiza a ministra Tereza Cristina.  “Investir nos bioinsumos e pensar estrategicamente na agricultura de base biológica é a resposta que o nosso país dá ao mundo para continuar confirmando que nosso agro é sustentável e inovador”, pontua.

Fonte: MAPA

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ABPA, SIPS E ASGAV promovem churrasco com aves e suínos na Expochurrasco

Presidentes das entidades assumem a churrasqueira para assar mais de 200 quilos de carne; cardápio será comandado pelo chef Marcelo Bortolon

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Foto: Divulgação Expochurrasco

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), Eduardo Santos e o Presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Goulart, comandarão a churrasqueira de uma ação que as entidades da avicultura e da suinocultura promoverão durante o Festival Internacional do Churrasco (ExpoChurrasco), no dia 20 de abril, no Parque Harmonia, em Porto Alegre (RS).

Com o objetivo de estimular uma presença cada vez maior das carnes de aves e de suínos no cardápio dos churrascos, a ação promoverá um convite à degustação de cortes diferenciados para a grelha.

Ao todo, serão assados mais de 200 quilos de carne nas 6 horas de evento, com cortes de aves, como sobrecoxa desossada, tulipa e coxinha da asa, e de suínos, como costela, panceta, linguiça, sobrepaleta e picanha.

O espaço das associações do setor na Expochurrasco contará com a presença do chef gaúcho Marcelo Bortolon, que preparará receitas especiais, como costela suína ao molho barbecue de goiabada e cachaça, e sobrecoxa de frango ao molho de laranja, mel e alecrim.

“Na capital do estado conhecido pelo churrasco tradicional, vamos assumir pessoalmente a churrasqueira e promover uma grande degustação para incentivar a adoção de mais cortes de carnes de aves e de suínos nas grelhas. A ideia é convidar os visitantes a repetir em suas casas e em suas confraternizações o uso de mais produtos da avicultura e da suinocultura nos cardápios dos churrascos. São uma ótima opção de sabor, com qualidade diferenciada, que agrada a todos os públicos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Saiba mais sobre a ExpoChurrasco pelo site https://expochurrasco.com.br/

Fonte: Assessoria ABPA
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Notícias Sustentabilidade

Biogás rende prêmio à C.Vale

Cooperativa possui melhor planta industrial para geração de biogás

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Indústria para processamento de raiz de mandioca em Assis Chateaubriand (PR) - Foto: Assessoria

Ações de sustentabilidade da C.Vale renderam prêmio nacional à cooperativa. Em solenidade realizada em Chapecó (SC), dia 17 de abril, a cooperativa recebeu o Prêmio Melhores do Biogás, concedido pelo Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Guilherme Daniel com o troféu ladeado por Aírton Kunz (Embrapa Suínos e Aves), Rafael Gonzalez (CBIogás) e Suelen Paesi (Universidade de Caxias do Sul) – Foto: UQ Eventos

A C.Vale conquistou a primeira colocação na categoria Melhor Planta/Geradora de Biogás – Indústria. O segundo lugar ficou com a multinacional Raizen e a terceira colocação com o grupo Cetric.

A cooperativa foi representada pelo supervisor ambiental Guilherme Daniel. “Para a C.Vale, as questões ambientais não são somente uma obrigação para atender aos requisitos legais. São atividades que podem gerar receitas, com ganhos ambientais e econômicos”, afirma o presidente da cooperativa, Alfredo Lang.

A C.Vale aproveita o gás metano (CH4) gerado pelos efluentes das amidonarias e Unidade Produtora de Leitões para gerar energia limpa e minimizar o efeito estufa. No caso das duas indústrias de beneficiamento de mandioca, em Assis Chateaubriand e Terra Roxa, ambas no Paraná (PR), a medida reduz em aproximadamente 75% os custos das indústrias com lenha, ou seja, evita o consumo de mais de 50 mil árvores/ano.

 

Fonte: Assessoria
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Santa Catarina reforça medidas de biosseguridade em eventos com aglomeração de aves passeriformes

Medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade

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Portaria SAR nº 11/2024 mantém suspenso, em todo o território catarinense, a realização eventos com aglomeração de aves - Fotos: Divulgação/Cobrap

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) publicou, na última sexta-feira (12), a Portaria SAR nº 11/2024, que mantém a suspensão, em todo o território catarinense, da realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Ficam autorizados apenas os eventos com a participação exclusiva de passeriformes, mediante o cumprimento das condições e exigências da portaria. A medida visa garantir a biosseguridade e como forma de prevenção e controle da Influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

Está em vigor no país e em Santa Catarina o Decreto de Estado de Emergência Zoossanitária para Gripe Aviária. Com isso, justifica-se a necessidade de regramento específico para a realização de eventos com aglomeração de aves. “Essa portaria é resultado de estudos da equipe técnica da Cidasc e de diálogo com a SAR e representantes do setor. A liberação para eventos com aglomeração de passeriformes irá ocorrer mediante o cumprimento de todas as exigências. Dessa forma, iremos prezar pela sanidade, quando autorizada a realização desses eventos”, explica o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.

A equipe da Cidasc realizou um estudo técnico estabelecendo critérios para a retomada gradativa e segura de eventos com a participação exclusiva de passeriformes, com normas como a avaliação da densidade populacional de aves comerciais no município que ocorrerá o evento e avaliação do status sanitário do município e região. Levando em consideração essas normas, foi apurado que atualmente 74 municípios atendem os critérios para sediar esses eventos.

Além disso, foram elencadas as exigências de medidas de biosseguridade, tanto no local do evento, quanto de criação de passeriformes. Também é levada em consideração a necessidade da obrigatoriedade de emissão de Guia de Trânsito Animal e apresentação de atestado sanitário dos passeriformes. A gestão e os procedimentos de autorização devem ser encaminhados à Cidasc.

Fonte: Ascom Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária
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