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Suínos / Peixes

Biosseguridade passa pela gestão de pessoas

Especialista alerta que são três os fatores de maior impacto econômico em uma granja: nutrição, doenças e pessoas

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Com a palestra "Gestão de pessoas com foco em biosseguridade" o especialista mexicano Juan Maqueda fechou a programação oficial do 11º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura que aconteceu em agosto, em Chapecó, SC. Juan José Maqueda Acosta, médico veterinário e zootecnista pela Universidade Nacional Autônoma do México, é consultor internacional independente. Trabalha com granjas de toda a América Latina, incluindo o Brasil, capacitando profissionais em organização, supervisão, liderança, motivação e operação.

Maqueda alertou que são três os fatores de maior impacto econômico em uma granja: nutrição, doenças e pessoas. A alimentação representa entre 70% e 80% do custo de produção; as doenças aumentam os custos, reduzem a produtividade e podem acabar com a granja. Mas “somos 100% dependentes das pessoas, mesmo representando apenas 4% a 6% do custo, principalmente em áreas de reprodução e maternidades”, salientou.

O consultor apresentou algumas estratégias para uma gestão mais segura e economicamente viável de uma granja de suínos. A primeira delas é a automação da limpeza, alimentação e controle das temperaturas ambientais. Ele também sugeriu reduzir o pessoal ao mínimo. “Temos que priorizar a seleção do pessoal, a capacitação constante mesmo por métodos informais, uma boa remuneração e a organização do trabalho. Não se pode exigir o que não se foi ensinado”, disparou.

Uma granja eficiente deve ter ainda objetivos determinados, gerais, por etapas e descrição do trabalho. “Na nossa profissão, a realidade é que carecemos de formação profissional sobre gestão de pessoas. Mas precisamos desenvolvê-la diariamente, de forma prática, sendo criativos, por tentativa e erro”.

Maqueda abordou ainda os níveis de lideranças dentro de uma granja. “O gerente fala o que se deve fazer, o encarregado monitora o que se faz, o operativo faz”. A capacidade de liderar dever ser característica subentendida de um gerente. “O desempenho adequado do trabalho fará com que o gerente ganhe o respeito, a confiança e admiração de seus subordinados. Estará efetivamente assumindo o papel de líder”.

É fundamental ainda ter regras claras na granja. “É o que o funcionário necessita conhecer para poder desempenhar um bom trabalho”. Um ambiente positivo, tranquilo, seguro, com apoio, colaboração, confiança e motivante gera ordem, precisão, responsabilidade, autocontrole, envolvimento, e compromisso. “É mais fácil ensinar que cortar vícios”, diz.

Pessoas, muitas vezes, são resistentes às mudanças. “Ela conhece e domina uma habilidade. A mudança é uma ameaça, há o temor de falhar. Aí surge os mecanismos de defesa: discute, alega, aceita, mas não faz. É preciso gerar uma boa comunicação, ter paciência e persistência. Trabalhamos com pessoas para que os mesmos trabalhem com os suínos”, sustenta.

Mais informações você encontra na edição de Suínos e Peixes de outubro/novembro de 2018 ou online.

Fonte: O Presente Rural

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Suínos / Peixes

Peste Suína Clássica no Piauí acende alerta

ACCS pede atenção máxima na segurança sanitária dentro e fora das granjas

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Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi - Foto e texto: Assessoria

A situação da peste suína clássica (PSC) no Piauí é motivo de preocupação para a indústria de suinocultura. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) registrou focos da doença em uma criação de porcos no estado, e as investigações estão em andamento para identificar ligações epidemiológicas. O Piauí não faz parte da zona livre de PSC do Brasil, o que significa que há restrições de circulação de animais e produtos entre essa zona e a zona livre da doença.

Conforme informações preliminares, 60 animais foram considerados suscetíveis à doença, com 24 casos confirmados, 14 mortes e três suínos abatidos. É importante ressaltar que a região Sul do Brasil, onde está concentrada a produção comercial de suínos, é considerada livre da doença. Portanto, não há risco para o consumo e exportações da proteína suína, apesar da ocorrência no Piauí.

 

Posicionamento da ACCS

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, expressou preocupação com a situação. Ele destacou que o Piauí já registrou vários casos de PSC, resultando no sacrifício de mais de 4.300 suínos. Com uma população de suínos próxima a dois milhões de cabeças e mais de 90 mil propriedades, a preocupação é compreensível.

Uma portaria de 2018 estabelece cuidados rigorosos para quem transporta suínos para fora do estado, incluindo a necessidade de comprovar a aptidão sanitária do caminhão e minimizar os riscos de contaminação.

Losivanio também ressaltou que a preocupação não se limita aos caminhões que transportam suínos diretamente. Muitos caminhões, especialmente os relacionados ao agronegócio, transportam produtos diversos e podem não seguir os mesmos protocolos de biossegurança. Portanto, é essencial que os produtores mantenham um controle rigoroso dentro de suas propriedades rurais para evitar problemas em Santa Catarina.

A suinocultura enfrentou três anos de crise na atividade, e preservar a condição sanitária é fundamental para o setor. “A Associação Catarinense de Criadores de Suínos pede que todos os produtores tomem as medidas necessárias para evitar a entrada de pessoas não autorizadas em suas propriedades e aquel a que forem fazer assistência em visitas técnicas, usem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para minimizar os riscos de contaminação. Assim, a suinocultura poderá continuar prosperando no estado, com a esperança de uma situação mais favorável no futuro”, reitera Losivanio.

Fonte: ACCS
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Suínos / Peixes

Levantamento da Acsurs estima quantidade de matrizes suínas no Rio Grande do Sul 

Resultado indica um aumento de 5% em comparação com o ano de 2023.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Com o objetivo de mapear melhor a produção suinícola, a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) realizou novamente o levantamento da quantidade de matrizes suínas no estado gaúcho.

As informações de suinocultores independentes, suinocultores independentes com parceria agropecuária entre produtores, cooperativas e agroindústrias foram coletadas pela equipe da entidade, que neste ano aperfeiçoou a metodologia de pesquisa.

Através do levantamento, estima-se que no Rio Grande do Sul existam 388.923 matrizes suínas em todos os sistemas de produção. Em comparação com o ano de 2023, o rebanho teve um aumento de 5%.

O presidente da entidade, Valdecir Luis Folador, analisa cenário de forma positiva, mesmo com a instabilidade no mercado registrada ainda no ano passado. “Em 2023, tivemos suinocultores independentes e cooperativas que encerraram suas produções. Apesar disso, a produção foi absorvida por outros sistemas e ampliada em outras regiões produtoras, principalmente nos municípios de Seberi, Três Passos, Frederico Westphalen e Santa Rosa”, explica.

O levantamento, assim como outros dados do setor coletados pela entidade, está disponível aqui.

Fonte: Assessoria Acsurs
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Suínos / Peixes

Preços maiores na primeira quinzena reduzem competitividade da carne suína

Impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior

Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários.

Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas.

Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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