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Bem-estar animal e biosseguridade encerram debates do 24º SBSA

Zootecnista Victor Abreu de Lima e a médica-veterinária Isabella Lourenço dos Santos abordaram as temáticas, encerrando a programação técnica do evento.

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Isabella Lourenço dos Santos apontou que a avicultura brasileira tem três grandes desafios pela frente: a abertura de novos mercados, a dinamização dos mercados existentes e a manutenção status sanitário dos plantéis - Fotos: Divulgação/MB Comunicação

O mundo passa por grandes mudanças em diversos setores e a avicultura, assim como outros sistemas de produção animal, apresenta desafios tanto imediatos quanto ao longo dos próximos dez anos.  Entre os debates em destaque na agropecuária mundial está o bem-estar animal, tema abordado pelo zootecnista Victor Abreu de Lima em sua palestra “implementação de indicadores de bem-estar animal como ferramenta de gestão da avicultura”, no 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura. A apresentação integrou o Bloco Manejo e ocorreu na quinta-feira (11), último dia do evento promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet).

Zootecnista Victor Abreu de Lima abordou a implementação de indicadores de bem-estar animal como ferramenta de gestão da avicultura

Alguns exemplos de desafios emergentes na avicultura, segundo o especialista em Gestão de Projetos Inovadores, são o desenvolvimento de novas tecnologias e mudanças em prol de melhores práticas de manejo dos animais. “Um dos motivos dessas transformações está relacionado com a demanda dos consumidores. As novas gerações estão cada vez mais atentas aos processos de produção de aves. A facilidade para obtenção de informação na internet e nas redes sociais tem impulsionado cobranças por melhores práticas na produção animal”, destacou Victor ao introduzir sua explanação.

O zootecnista relatou que os indicadores de bem-estar animal começaram a ser produzidos no ano de 2009. “Esse é um grande avanço, um projeto que iniciou em 2009 e hoje fazem parte do dia a dia de empresas e auditorias de bem-estar”. Victor evidenciou que os indicadores permitem avaliar as condições dos animais como o conforto térmico, através da observação de comportamento, a limpeza e o manejo.

“Bem-estar animal é ciência e precisamos tratá-lo dessa maneira”. São aplicados atualmente, segundo o especialista, cinco domínios de avaliação de bem-estar animal. Estes interferem de forma conjunta no animal e não podem ser avaliados sem levar em consideração a influência que um tem sobre o outro. Baseado nesses elementos é possível desenvolver os indicadores de bem-estar, evidenciou. Os cinco domínios apresentados são nutrição, ambiente, saúde, comportamento e estado mental. “Para atender os domínios é necessário compreender os desafios, entender os pontos críticos e mensurar os indicadores”.

 Zootecnista Victor Abreu de Lima evidenciou que os indicadores permitem avaliar as condições dos animais como o conforto térmico, a limpeza e o manejo

De acordo com o especialista, se o manejo for feito inadequadamente, corre-se o risco de ter grande prejuízos no bem-estar animal, bem como prejuízos financeiros. Victor apresentou estatísticas que demonstraram como os treinamentos para manejo são capazes de transformar os resultados obtidos nas granjas.

Novas praticas na produção de aves estão sendo propostas por organizações envolvidas com o setor, como é o caso do Better Chicken Commitment (BCC), explanou o zootecnista. “O BCC é um compromisso voluntario adotado por algumas empresas que vem ganhando destaque nos últimos anos. O projeto tem como objetivo principal melhorar as condições de bem-estar dos frangos de corte nos sistemas produtivos”. Dentre as propostas sugeridas pelo BCC estão alojar as aves em uma densidade, fornecer enriquecimento ambiental, propor auditoria de terceiros e mudança das linhagens de criação buscando genéticas de crescimento mais lento. “O bem-estar animal é um grande desafio, mas temos a capacidade superá-lo”.

Biosseguridade e desempenho zootécnico

Sabe-se que a biosseguridade e o desempenho zootécnico estão associados. Mas como encontrar o equilíbrio entre eles? A questão foi discutida pela médica-veterinária Isabella Lourenço dos Santos nesta quinta-feira (11), durante o 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura.

A biosseguridade é a medida mais efetiva para controle e prevenção de doenças em aves e para a manutenção de um status sanitário adequado aos lotes. Porém, a especialista alertou sobre seus conceitos não serem levados em consideração da maneira como deveriam. “O problema é que o clima mudou, a ave mudou, o manejo mudou. Tudo está mais potencializado e muitas vezes a ferramenta é avaliada como uma questão de custo-benefício. E não pode ser assim. Biosseguridade é uma avaliação de risco. Até onde eu posso ir sem garantir risco à minha produtividade? Porque não existe nenhuma atividade com zero risco.”

A médica-veterinária Isabella Lourenço dos Santos destacou a importância da biosseguridade e do desempenho zootécnico

Segundo Isabella, somente o equilíbrio entre os fatores vai permitir uma produtividade com um custo de produção adequado, garantindo desempenho e condenação, e trabalhando a biosseguridade como uma ferramenta principal para a prevenção e o controle de doenças. Para exemplificar a importância do conjunto de procedimentos técnicos, a palestrante apresentou o entendimento da tríade epidemiológica, que afirma que a doença é o resultado das forças dentro de um sistema dinâmico e consiste de um sistema com agente da infecção, hospedeiro e meio ambiente.

Destacou ainda a equação da situação sanitária avícola que aponta como as falhas de manejo, de integridade intestinal, dos fatores imunossupressores e falhas respiratórias resultam significativamente em baixo desemprenho produtivo. “A equação é simples. Quanto maior for a pressão de contaminação do meu ambiente, maior será a pressão de infecção para a as aves, maior será o gasto energético e menor será o desempenho”, refletiu Isabella.

Ao finalizar sua exposição, a especialista apontou que a avicultura brasileira tem três grandes desafios pela frente: a abertura de novos mercados, a dinamização dos mercados existentes e a manutenção status sanitário dos plantéis. “Quando aplicamos os conceitos de biosseguridade, eles são traduzidos em desempenho técnico e, no final, esse é o objetivo. Se tivermos um programa estabelecido, um programa efetivo de biosseguridade, ele com certeza estará atrelado a melhores resultados. E talvez esse é o nosso principal foco hoje em dia como avicultura”.

 

Fonte: Assessoria SBSA

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Instituto Ovos Brasil apresenta nova diretoria e estabelece metas ambiciosas para o futuro

Edival Veras segue como presidente e Ricardo Santin continua como presidente do Conselho Deliberativo.

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Edival Veras foi reconduzido ao cargo de presidente do IOB: "Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo" - Foto: Divulgação/IOB

Foi realizada no dia 10 de abril, a Assembleia Geral Ordinária do Instituto Ovos Brasil (IOB) na qual foram realizadas eleições para gestão do próximo triênio. Para composição da nova diretoria, Airton Junior cedeu seu posto de diretor comercial a Anderson Herbert, enquanto Gustavo Crosara foi nomeado novo diretor técnico, sucedendo Daniela Duarte.

Anderson Herbert, que também desempenha o papel de diretor de exportação na Naturovos, traz ao instituto uma experiência de mais de vinte anos no setor alimentício. “Estou honrado em contribuir para esta nova fase do IOB. Com minha experiência, espero fortalecer a atuação do Instituto no mercado”, afirmou Herbert.

Gustavo Crosara, médico veterinário com vasta experiência no setor de ovos, tendo contribuído incessamente como os temas regulatórios e de articulação do setor, liderando hoje a Somai Nordeste, expressou entusiasmo com sua nova posição. “A oportunidade de contribuir com o IOB é estimulante. Tenho grande confiança no potencial do setor e estou comprometido com o crescimento e a inovação contínua da instituição”, destacou Crosara.

Edival Veras segue na presidência e também foram eleitos os Conselhos Deliberativo e Fiscal. Ricardo Santin segue como presidente do Conselho Deliberativo e seguem na diretoria da entidade Tabatha Lacerda como diretora administrativa, e Nélio Hand como diretor financeiro. Veras compartilhou suas expectativas para este novo ciclo: “Com esta nova equipe, estamos mais preparados do que nunca para promover o desenvolvimento sustentável da avicultura e informar sobre os benefícios do ovo. Estamos ansiosos para trabalhar juntos e atingir nossos objetivos ambiciosos que beneficiarão a indústria e a sociedade como um todo. Quero também expressar nossa gratidão a Airton Junior e Daniela Duarte por sua dedicação e contribuições durante suas gestões, que foram fundamentais para o nosso progresso”, ressalta.

Sobre O Instituto Ovos Brasil
O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, que foi criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Fonte: Assessoria Instituto Ovos Brasil
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Asbia: 50 anos de ações para o avanço da inseminação artificial em bovinos

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, associação teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia no Brasil.

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Foto: Divulgação/Asbia

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) completa 50 anos de sua fundação em 26 de novembro de 2024. Foi nesse dia, em 1974, que a criação da entidade foi oficializada no Parque Estadual da Água Branca, na Barra Funda, em São Paulo (SP). “De lá para cá, a Asbia colaborou com a evolução da pecuária, tomando iniciativas importantes de compartilhamento de conhecimento com o Index Sêmen, Index Embriões e com o Manual de Inseminação Artificial em Bovinos, entre outros”, detalha Nelson Eduardo Ziehlsdorff, presidente da Asbia.

Há 50 anos, entre diferentes gestões, a entidade segue sendo a representação do produtor em importantes frentes, garantindo que as esferas federais, estaduais e municipais ouçam a voz dos pecuaristas por melhores condições. Além disso, a Asbia compartilha conhecimento e dados estatísticos importantes sobre a evolução da adoção da biotécnica reprodutiva. “O Index Sêmen é uma das nossas iniciativas mais antigas, com 40 anos de história. Temos o orgulho de ter ao nosso lado o Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), nessa missão de compilar dados estatísticos sobre o mercado de genética bovina brasileira para disseminarmos de tempos em tempos um panorama completo do uso da genética bovina com toda a cadeia de produção”, destaca Nelson.

A Asbia nasceu com alguns papéis bem definidos, que são executados em sua totalidade desde o início, como busca por consecução de linhas de crédito para pecuaristas, participação ativa em congressos, exposições, feiras, leilões, torneios e eventos de abrangência nacional, buscando a promoção do desenvolvimento das biotecnologias reprodutivas para fomentar o uso da inseminação artificial em todo o país. “A produção de carne e leite brasileira já é uma das mais importantes do mundo, mas sabemos que há oportunidade para ampliarmos bem essa produtividade. Isso porque, de acordo com dados do Index Sêmen de 2023, apenas 23% das fêmeas de corte e 12% das fêmeas leiteiras foram inseminadas no Brasil. O ganho genético na adoção da inseminação é imensurável e beneficia toda a cadeia a longo prazo, e é inegável o mar de oportunidades que temos para crescer”, ressalta o presidente.

Por meio de importantes iniciativas para democratizar cada vez mais o acesso à genética de qualidade a todos os pecuaristas, a Asbia teve papel crucial no crescimento da adoção pela tecnologia. Desde 1996, o número de doses adquiridas por pecuaristas para melhoria do rebanho cresceu de forma exponencial, saindo de cinco milhões de doses para as 25 milhões comercializadas em 2021 – um recorde histórico.

Com um número de associados sólido – composto por empresas de genética, saúde e nutrição animal, agropecuárias e outras entidades importantes do agro, a Asbia tem buscado potencializar a sinergia entre seus 40 membros para esclarecer a importância da inseminação como um fator de vantagem competitiva sustentável para toda a cadeia produtiva da pecuária – buscando otimizar a produção de forma sustentável.

Fonte: Assessoria Asbia
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Após crescer 70% nas últimas quatro safras, área dedicada ao trigo pode diminuir

Menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Após aumentar nas últimas quatro safras, com salto de mais de 70% entre 2019 e 2023, a área dedicada ao trigo sinaliza queda neste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, os menores patamares de preços do cereal somados a incertezas climáticas e aos altos custos explicam a possível redução no cultivo.

A Conab projeta recuo médio de 4,7% na área semeada com a cultura em relação à temporada anterior, pressionada pelo Sul, com queda estimada em 7%.

No Paraná, o Deral aponta forte redução de 19% na área destinada ao trigo, para 1,14 milhão de hectares.

Apesar disso, a produção deverá crescer 4% no mesmo comparativo, atingindo 3,8 milhões de hectares no estado, em decorrência da maior produtividade.

 

Fonte: Assessoria Cepea
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