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Asbram desenha cenário nacional e internacional de grãos e carnes

Venda de suplementos minerais cai no primeiro trimestre, mas o panorama é positivo graças à queda nos custos de produção e melhores margens para o negócio pecuário.

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Foto: Divulgação/Asbram

Profissionais e executivos de várias indústrias participaram nesta quinta-feira, dia 13, na capital paulista, da reunião mensal da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM). E acompanharam os debates envolvendo grãos e carnes na economia brasileira e mundial. “Os principais fatores a considerar no mercado internacional neste ano são as flutuações cambiais, uma queda de preço nas proteínas, a crescente diminuição dos custos de nutrição animal, a atuação da indústria bovina voltando ao normal após o período de embargo, que causou um prejuízo de US$ 500 milhões, uma maior disponibilidade do derivado de abate de bovinos e atenção total ao clima, no Brasil e nos Estados Unidos, e às margens do negócio”, aconselhou Fernando Henrique Lopes, Analista de Mercado Sênior e Consultor da Safras & Mercado, que apresentou a palestra ‘Tendências e Perspectivas para o mercado de grãos (soja e milho) e a Pecuária.

O especialista destacou, ainda, que o mundo deve seguir com políticas de juros altos e combate à inflação, tendo grãos e carnes ainda com os preços pressionados. Porém, a China vai voltar ao mercado como comprador, mas de forma comedida. “Sempre vamos ter que falar de China. Mas é vital que os pecuaristas e as indústrias de nutrição fiquem atentos ao clima e às margens, que agora podem melhorar com gestão firme, porque os valores pagos estão deprimidos, mas também permaneceremos com quedas nos preços dos insumos”, emendou.

Até por isso os números obtidos pelo setor no primeiro semestre deste ano não desapontaram tanto. Em março, foram comercializadas 189,3 mil toneladas de suplementos minerais, queda de 10,5% sobre março de 2022. Uma realidade já aguardada por causa do embargo chinês às importações de carne bovina brasileira por causa do episódio de ‘Mal da Vaca Louca’ em um animal idoso do Pará. “Olhando os números do trimestre inteiro, também houve diminuição nas vendas. Foram 503,2 mil toneladas, 8% de contração sobre o mesmo período do ano passado. Com 56 milhões de animais no total. Nesta seara, o mercado agora deve se equilibrar novamente”, analisou Felippe Cauê Serigatti, professor e pesquisador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro).

Presidente da Asbram, Juliano Sabella.

Esse otimismo também foi enfatizado pelo Presidente da Asbram, Juliano Sabella, ao afirmar de todas as ações da Associação para levar mais benefícios ao setor e aos consumidores brasileiros. “Estamos trabalhando forte nesse sentido. Acompanhando de perto todas as discussões que envolvem a proposta de emenda constitucional da Reforma Tributária, para sabermos como lutar por mais benefícios ao setor. E também com o estudo que encomendamos para termos claros os impactos com o fim da alíquota do PIS – Cofins na cadeia de ração da Pecuária. Podemos ter boas notícias para toda a cadeia e, também importante, para a mesa do consumidor”, justificou Juliano Sabella.

A reunião ainda tratou de assuntos como sustentabilidade e mudanças climáticas. Camila Ferraz, Gerente de Marketing América do Sul da Phibro Saúde Animal Internacional LTDA, falou da segunda edição do ‘Desafio da Pecuária Responsável’, que no segundo ano já alcança 120 empresas promovendo as informações sobre como produzir com sustentabilidade total. “É um movimento da cadeia inteira da Pecuária de Corte. E agora, na segunda edição, vai ser aberta para a cadeia do Leite. Precisamos falar deste assunto sem parar”, conclamou Camila. Já o Sócio-Diretor da Agroicone, Rodrigo Lima, especialista em negociações internacionais comerciais e desenvolvimento sustentável na Agropecuária e em energias renováveis, alertou para os melhores caminhos a serem trilhados pelo país para combater os riscos climáticos.

“Não é verdade que a agricultura é a atividade que mais contribui para o desmatamento na região da Floresta Amazônica. Temos números que comprovam isso. O Brasil efetivamente preserva 66% do ambiente original e pode beneficiar-se do mercado de carbono florestal. Mas será que conseguiremos ser um grande exportador de créditos de carbono se não regularmos o mercado de carbono internamente? Ele deve começar a operar, dentro das regras do Acordo de Paris, em três ou quatro anos. Defendo que devemos desenvolver projetos, investir dinheiro e energia, criar metodologias e saber que gerar esse tipo de crédito não é um caminho trivial. E ainda necessita muita credibilidade. Serão projetos que envolvem créditos oriundos de conservação e restauração, práticas agropecuárias, dejetos e suporte para a neutralidade climática. Penso que devemos formalizar o programa ABC+ como estratégia do Brasil e nosso enfoque de ações climáticas e segurança alimentar nos organismos internacionais. E aceitar duas verdades de uma vez por todas: o carbono é um tema inerente aos negócios e ao comércio internacional. E precisamos resolver de vez o problema de desmatamento ilegal”, afirmou taxativamente.

O encontro chegou ao fim enaltecendo que o Brasil e o mundo devem crescer neste ano, mas abaixo do que era previsto no fim do ano passado. Até porque as principais economias do planeta vão fincar pé na trincheira da guerra contra a inflação. “O céu ficou menos cinzento a partir de março. E a melhor notícia de todas é que a China pode voltar com mais força ao mercado internacional. Nada de retumbante, mas o suficiente para animar boa parte das nações. O gigante perde força de crescimento, mas cresce”, previu Felippe Serigatti. “Nós, em nosso setor, no Brasil, temos de olhar com otimismo para o resto do ano. Temos boas perspectivas. As safras de grãos, não vai faltar produtos, o pecuarista está razoavelmente capitalizado, os custos estão baixando. O ano pode, sim, ser bom”, cravou Elizabeth Chagas, Vice-Presidente Executiva da Asbram.

Fonte: Assessoria Asbram

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Como será o clima no Brasil em maio?

Previsão indica chuva acima da média em grande parte das regiões Norte e Sul.

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A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de maio indica tendência de chuva acima da média em grande parte das regiões Norte e Sul, leste da Região Sudeste e dos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, bem como em áreas pontuais do centro-sul da Região Nordeste (tons em azul no mapa da figura 1a). 

Já no extremo-norte e sul da Região Norte, norte da Região Nordeste, Região Centro-Oeste e interior da Região Sudeste, além de áreas do centro-norte do Paraná é prevista chuva próxima e abaixo da média (tons em cinza, amarelo e laranja no mapa da figura 1a). Não estão descartados eventos de chuva na parte norte e leste da Região Nordeste, ainda devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), bem como o aquecimento do Atlântico Tropical.

Impactos na agricultura brasileira

Considerando o prognóstico climático do Inmet para maio/2024 e seu possível impacto na safra de grãos 2023/24 para as diferentes regiões produtoras, vale ressaltar que a região do Matopiba (região que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) vem apresentando níveis de umidade no solo satisfatórios nos últimos meses, favorecendo o desenvolvimento das culturas de primeira e segunda safra, como soja, milho, algodão e arroz. 

Para maio/2024, a previsão de chuva próxima e acima da média na região poderá beneficiar o potencial produtivo das lavouras em desenvolvimento e colheita. Entretanto, normalmente a partir do mês de maio, existe uma redução da chuva no interior do Brasil, em particular no semiárido nordestino. Assim, algumas áreas do norte de Minas Gerais, parte central da Bahia, sul de Tocantins, divisa de Mato Grosso e Goiás, oeste de São Paulo e de Mato Grosso do Sul podem sofrer redução dos níveis de umidade do solo. 

Já nas regiões Sul, leste de São Paulo e sudoeste de Mato Grosso do Sul, são previstos acumulados de chuva acima da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1a) para o mês de maio/2024, mantendo os níveis de água no solo elevados e favorecendo o manejo e desenvolvimento dos cultivos de primeira e segunda safra, mas podem interromper a colheita em algumas áreas. Entretanto, na parte oeste do Paraná, há possibilidade de restrição hídrica nas lavouras onde a previsão aponta chuvas ligeiramente abaixo da média (tons em amarelo no mapa da figura 1a), podendo afetar o desenvolvimento dos cultivos que se encontrarem em estágios fenológicos de maior necessidade hídrica.

Figura 1: Previsão de anomalias de precipitação (chuva)

Temperatura

A previsão indica que as temperaturas deverão ser acima da média em praticamente todo o País, principalmente na porção central do Brasil (indicado no mapa em laranja – figura 1b). Nas regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem ultrapassar 26ºC. Na Região Sudeste, as temperaturas devem variar entre 20ºC e 22ºC. Para a Região Sul são previstos valores menores, inferiores a 20ºC. Já em áreas de maior altitude da região sul e sudeste, são previstas temperaturas próximas ou inferiores a 14ºC.

Temperatura média do ar do modelo climático do INMET, para o mês de maio de 2024.

O Inmet é um órgão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e representa o Brasil junto à Organização Meteorológica Mundial (OMM) desde 1950. 

 

Fonte: Assessoria Instituto Nacional de Meteorologista
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Notícias Alinhamento semestral

Novas instalações de rede de conectividade e reformas de infraestrutura são apresentadas aos superintendentes federais de agricultura

Encontro com todos os superintendentes foi realizado na última semana de abril, com vistas a alinhar e gerenciar as atividades relacionadas com as Superintendências Federais de Agricultura e Pecuária, para avaliar o progresso, os resultados alcançados, as pendências das ações e das decisões tomadas.

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Foto: Divulgação/Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) promoveu na última semana de abril o encontro com todos os superintendentes. O objetivo foi alinhar e gerenciar as atividades relacionadas com as Superintendências Federais de Agricultura e Pecuária (SFAs), para avaliar o progresso, os resultados alcançados, as pendências das ações e das decisões tomadas.

Foram realizadas reuniões nos dias 24 e 25 de abril com a participação do ministro Carlos Fávaro, representantes da Secretaria-Executiva, Subsecretarias, Secretariais, Assessorias e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Na oportunidade, foram tratados assuntos sobre programas que estão sendo executados no âmbito das Subsecretaria e Secretarias, tais como Programas de Gestão e Desempenho (PGD); demandas de tecnologia de informação que estão sendo atendidas como a instalação de nova rede de Wi-Fi e aquisições de equipamentos.

Foram apresentadas as orientações e diretrizes relacionadas aos Convênios e Emendas de Bancadas, reforma das SFAs, execução Orçamentária e contratos. E, ainda, debate sobre crédito rural, plano safra, zarc e Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Destacaram-se também as ações realizadas pela comunicação na atual gestão com a Assessoria Especial de Comunicação Social (AECS).

A reunião é realizada semestralmente na sede do Mapa em Brasília-DF. De acordo com o Coordenador-Geral de Apoio às Superintendências (CGAS), Raul Amaducci, o balaço da ocasião foi bastante positivo. “Foi um alinhamento bastante produtivo não só para os superintendentes, bem como para o Mapa e a Coordenação Geral de Apoio às Superintendências. Onde podemos conhecer a realidade, a particularidade e a necessidade de cada estado, visando implantar e consolidar estratégias de gestão para alavancar e potencializar a agricultura no país”, disse ele.

Amaducci ainda destaca que esse alinhamento não apenas consolida a relação desta instituição com as SFAs, mas também fortalece esse elo, contribuindo para impulsionar e aprimorar o setor agrícola em todo país, além de promover o desenvolvimento, a segurança alimentar e a competitividade da agricultura brasileira.

SFAs
As Superintendências Federais de Agricultura e Pecuária são unidades descentralizadas, subordinadas diretamente a Secretaria-Executiva, são os pontos focais do Ministério para a execução das ações nos estados.

Estão presentes nos 26 Estados e no Distrito Federal: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, e Tocantins.

Os superintendentes desempenham um papel fundamental junto às respectivas áreas técnicas, desenvolvendo o fomento e defesa alimentar em parceria com estados e municípios.

Fonte: Assessoria Mapa
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A cada quatro dias, um novo mercado foi aberto para o agro neste ano

Nos primeiros 120 dias do ano, houve 31 novas aberturas no comércio mundial. Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, já são 109.

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Foto: Cláudio Neves

O primeiro quadrimestre de 2024 será lembrado como o mais produtivo da história em termos de abertura de mercados internacionais para o agronegócio brasileiro. Entre janeiro e abril, 31 novas oportunidades para vendas externas de produtos agropecuários brasileiros foram estabelecidas em 19 países diferentes.

Março liderou o período com dez novas aberturas em sete países, seguido por janeiro, que registrou nove mercados em cinco países. Fevereiro e abril completam a lista, com aberturas em sete e cinco mercados, distribuídos por seis e três países, respectivamente. Em comparação com os números do quadrimestre da série histórica, apenas em 2021 se aproximou do alcançado neste ano, quando foram contabilizadas 27 expansões comerciais em 15 países.
Desde o início do terceiro mandato do presidente Lula, em 2023, e sob a gestão do ministro Carlos Fávaro à frente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), já foram abertos 109 novos mercados para exportação em 50 países. Todos os continentes foram contemplados. “A retomada da credibilidade do Brasil junto a diversos parceiros comerciais, aliada ao trabalho sério da nossa equipe técnica, tem possibilitado cada vez mais oportunidades de negócios para os produtores brasileiros dos mais diversos segmentos. Este não é um resultado apenas do agronegócio, é um resultado que gera mais emprego para toda a população quando um novo mercado se abre”, explicou o ministro Fávaro.
O histórico das novas aberturas de mercado inclui não somente a exportação de produtos já consolidados, como carnes e soja, mas também uma variedade de outros itens agropecuários. Entre eles estão pescados, sementes, gelatina e colágeno, ovos, produtos derivados de reciclagem animal, açaí em pó, café verde, além de embriões e sêmen. “Com a retomada das boas relações diplomáticas do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), temos ampliado a presença dos produtos do agro brasileiro no mercado mundial. Essas expansões trazem mais oportunidades aos nossos produtores, geram mais emprego e renda no interior do país e comprova a eficácia do nosso sistema sanitário”, afirmou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.
As concessões sanitárias obtidas de cada país são resultado direto da parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). O esforço conjunto envolve a elaboração de informações técnicas e a condução de negociações internacionais que resultam em acordo de requisitos sanitários e fitossanitários, permitindo a comercialização dos produtos agrícolas e o fortalecimento das parcerias.

Acesse aqui a relação completa de mercados abertos em 2024.

Fonte: Assessoria Mapa
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CBNA – Cong. Tec.

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