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Agronegócio já representa quase 15% da capacidade instalada do Brasil

Entre os fatores que tem contribuído para o boom da energia solar fotovoltaica no meio rural estão o aumento das tarifas para o produtor rural e a facilidade de financiamento.

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Fotos: Shutterstock

Grandes consumidores de energia, os sistemas fotovoltaicos chamaram a atenção dos produtores rurais. O meio rural já representa 8,8% do número de sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica e 14,61% da capacidade instalada, de acordo com dados de dezembro de 2023 da Absolar. É a terceira categoria que mais utiliza esse sistema, atrás apenas de residências e pontos comerciais (veja gráfico).

A adoção crescente da energia solar fotovoltaica na produção paranaense de aves foi o principal tema abordado na reunião da Comissão Técnica (CT) de Avicultura da Faep, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná, em fevereiro do ano passado. Naquele momento, mais de 3,9 mil produtores rurais já tinham usinas fotovoltaicas no Estado. Avicultores que participaram do encontro falaram da viabilidade econômica dos investimentos.

Vice-presidente de Geração Distribuída da Absolar, Bárbara Rubim: “Cada vez mais os produtores rurais têm demonstrado interesse em gerar a própria energia a partir de sistemas de geração distribuída. Esses sistemas têm uma sinergia muito grande com o campo” – Foto: Divulgação/Absolar

Em entrevista ao jornal O Presente Rural, a vice-presidente de Geração Distribuída da Absolar, Bárbara Rubim explica os motivos que estão incentivando a adoção dessa energia no campo. “Essa tendência tem crescido cada vez mais ao longo dos últimos anos. Se a gente fizer um recorte acerca, por exemplo, de cinco anos, então de 2018, 2019 para cá, a participação do consumidor rural na geração própria de energia não representava nem 2% do total. E hoje esse já é um consumidor que atinge quase 10% de participação. Essa tendência tem sido alimentada por duas principais questões. Primeiro, o aumento das tarifas para o produtor rural. Esse aumento, que parte é reflexo do aumento generalizado de tarifa que todos os consumidores de energia percebem. Um outro ponto que leva a esse aumento específico para o consumidor rural é o fato de que um dos benefícios que esse consumidor tinha como forma de estimular o produtor rural foi gradativamente reduzida de 2018 a 2023. Então, um dos incentivos tarifários rural foi zerado no final do ano passado, o que acabou motivando também esse crescimento de procura”, aponta.

Para ela, a facilidade de financiamento também tem contribuído para o boom da energia solar fotovoltaica no meio rural. “Outro ponto que levou a um crescimento acelerado, essa continuidade de procura do consumidor rural pela geração própria, é a questão de disponibilidade de financiamento. Hoje o segmento rural é um dos segmentos que possuem linhas de crédito com menor juros disponível. Quando a gente pensa em consumo em todos os segmentos, na categoria rural, comercial, residencial e industrial, há mais possibilidade de financiar a aquisição de um sistema fotovoltaico, por exemplo, usando o Pronaf Mais Alimentos. Isso acabou estimulando também o crescimento da energia solar no campo”, destaca.

Ela cita que energia solar fotovoltaica e as atividades rurais são sinérgicas. “Cada vez mais os produtores rurais têm demonstrado interesse em gerar a própria energia a partir de sistemas de geração distribuída. Esses sistemas têm uma sinergia muito grande com o campo, seja por causa das áreas disponíveis, por exemplo, nos telhados de galpões existentes em aviários, seja pela disponibilidade em solo. Além dessa disponibilidade diária, existe também uma sinergia muito grande entre o sombreamento que é trazido pela instalação de módulos fotovoltaicos e a plantação de algumas culturas. Existem culturas que se beneficiam pelo sombreamento trazido pelo sistema solar fotovoltaico e isso acaba inclusive aumentando a produtividade da área. É o caso, por exemplo, de morango e da batata. São culturas que podem ser plantadas embaixo de onde está instalado o módulo fotovoltaico. Nesse caso, o módulo é instalado de maneira um pouco mais elevada em relação ao chão e elas se beneficiam desse sombreamento que é gerado”, aponta a vice-presidente de Geração Distribuída da Absolar. “Essa tendência de inserção da energia solar no campo tem ficado cada vez mais conhecida como agrovoltaico ou agrofotovoltaico, exatamente buscando na nomenclatura dada ressaltar a sinergia existente entre esses dois segmentos”, sugere.

Desafios

Apesar dos avanços, Bárbara destaca ainda desafios para a instalação de painéis solares nas fazendas do Brasil. “Do ponto de vista de desafios para a instalação de energia solar no campo, acho que o grande desafio, de fato, é a questão de qualidade de rede. Muitas vezes as propriedades rurais estão em final de linha, o que, por um lado, gera mais instabilidade no fornecimento de energia elétrica para esses produtores, mas também pode representar a necessidade de algum reforço maior na rede de distribuição para permitir a instalação desse sistema. Apesar disso ser um desafio, a gente não vê isso como um obstáculo para a expansão do crescimento da geração distribuída no campo. Isso porque, pelo perfil desses consumidores rurais, o que a gente percebe é que muitas vezes a usina é instalada para suprir a maior parte do consumo que acontece durante o dia, se beneficiando de um fenômeno que a gente chama de simultaneidade, que é a geração acontecendo junto com o próprio consumo de energia”, menciona.

Conquistas

Em 2024, completando dois anos da implementação do marco legal para a geração própria de energia, o setor enfrenta desafios regulatórios que ainda precisam ser resolvidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A expectativa da associação é solucionar pendências ao longo do primeiro semestre, especialmente questões interpretativas da Lei 14.300, que resultaram em regulações menos

favoráveis aos consumidores. Bárbara entende que a resolução desses problemas é crucial para garantir estabilidade e segurança jurídica aos consumidores que desejam gerar sua própria energia, após mais de cinco anos de discussões entre marco legal e regulatório.

“Do ponto de vista do cenário regulatório, a gente chega em 2024 completando dois anos da vinda do marco legal da geração própria de energia, que buscou trazer, na medida do possível, mais segurança jurídica e mais estabilidade para o setor. Mas a gente chega também nesse ano ainda com questões regulatórias importantes a serem resolvidas. A expectativa que nós temos enquanto associação é que ao longo do primeiro semestre ainda nós consigamos solucionar essas pendências com a agência, sobretudo algumas questões que, no momento em que a Aneel foi regular a Lei 14.300, que é o marco legal da geração própria, acabaram recebendo uma interpretação ou uma regulação não tão favorável da Anatel, o que tem permitido que uma série de abusos e irregularidades sejam cometidos pelas distribuidoras de energia. Essas questões devem ser, ou o setor espera que sejam, tratadas e endereçadas pela agência ainda no primeiro semestre para que a gente consiga, finalmente, depois, eu diria, de mais de cinco anos de discussão entre marco legal e marco regulatório, ter um conjunto de normas e de direito realmente para o consumidor que quer gerar a própria energia”, frisa a liderança da Absolar.

Para ficar atualizado e por dentro de tudo que está acontecendo no setor avícola do Brasil acesse a versão digital do jornal Avicultura Corte e Postura clicando aqui. Boa leitura!

Fonte: O Presente Rural

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Sindiavipar critica decisão do STF sobre desoneração da folha de pagamento

Sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

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Foto: Jonas Oliveira

O Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) manifestou, nesta sexta-feira (26), sua preocupação diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país.

Anteriormente, esta medida havia sido aprovada pelo Congresso Nacional com ampla maioria de votos.

De acordo com o Sindiavipar, a decisão do STF responde a um pedido do governo federal e pode impactar negativamente o emprego, elevar os custos de produção, agravar a inflação e acentuar a insegurança jurídica no país.

Diante disso, o sindicato faz um apelo aos membros do Congresso para que intervenham e revertam essa decisão, visando preservar as condições já estabelecidas para os setores empresariais afetados.

Confira a nota na íntegra: 

É com extrema preocupação e profunda decepção que o Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) recebe a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, de suspender a desoneração de impostos da folha de pagamentos dos setores empresariais que mais empregam no país, que havia sido duplamente referendada pelo Congresso Nacional por esmagadora maioria de votos dentro do mais transparente processo democrático.

Além de ferir o princípio constitucional da equidade dos três poderes, a lamentável medida, que atende inoportuno pedido do governo federal, expõe mais uma intromissão indevida do STF em atribuições que são exclusivas do legislativo, com potencial para levar à demissão milhões de trabalhadores, restringir novas contratações, elevar os custos de produção com forte impacto inflacionário e aumentar a insegurança jurídica do Brasil, fator que já vem desestimulando novos investimentos na economia e travando o crescimento nacional.

O Sindiavipar espera que os senadores e deputados federais, representantes legítimos dos interesses e das aspirações da população brasileira, tomem as necessárias e urgentes providências para derrubar o ato infeliz do ministro do STF e restaurar a vontade soberana do Parlamento, evitando um grave retrocesso que trará desastrosos prejuízos econômicos e sociais para o país.

Sindiavipar

Curitiba, 26 de abril de 2024

Fonte: O Presente Rural
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Com presença de autoridades, 89ª ExpoZebu será aberta oficialmente neste sábado

Expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

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Foto: Divulgação/ABCZ

Será aberta oficialmente neste sábado (27), a 89ª ExpoZebu – Genética Além das Fronteiras. O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Gabriel Garcia Cid, fará a abertura da solenidade às 10 horas no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG).

Confirmaram presença no evento o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o governador do Ceará, Elmano de Freitas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart.

A expectativa é que 400 mil pessoas passem pela maior feira da pecuária zebuína do mundo até o dia 6 de maio, 35 comitivas internacionais com 700 estrangeiros.

A ExpoZebu deste ano ressalta a força da cadeia produtiva da carne e do leite destacando avanços da genética zebuína, a relevância dos subprodutos da pecuária, trazendo ampla gama de produtos e serviços especializados.

Além disso, evidencia para criadores, investidores, profissionais do setor, estudantes e toda a comunidade as mais recentes técnicas de produção, manejo de rebanhos, nutrição animal, inovação tecnológica e oportunidades de negócios, apresentando muito mais do que uma exposição de gado.

Esta edição conta com 2.520 animais que participarão dos julgamentos entre os dias 28 e abril a 4 de maio. A programação também inclui o 2º Congresso Mundial de Criadores de Zebu (Comcebu), o 44º Torneio Leiteiro, 38 leilões, 8 shoppings de animais, palestras educativas, workshops práticos, demonstrações ao vivo voltadas ao impulsionamento da eficiência e produtividade porteira adentro.

Além disso, atrações para todos os públicos como a tradicional Feira de Gastronomia e Alimentos de Minas, a 39º Mostra do Museu do Zebu e shows, o que contribui para a movimentação da economia com geração de 4.200 empregos diretos e indiretos.

O Parque Fernando Costa estará aberto para visitação durante os dias de feira das 7h30 às 22h. Especialmente neste sábado, os visitantes poderão degustar pipoca e algodão doce gratuitamente no período da manhã.

A ‘89ª ExpoZebu – Genética Além das fronteiras’ é uma realização da ABCZ, com patrocínio de Cervejaria Petrópolis – Itaipava, Neogen, Banco do Brasil, Cachaça 51: uma boa ideia, Sistema CNA/Senar, Programa leilões, Chevrolet, SETPAR empreendimentos e Caixa – Governo Federal e apoio de Geneal, Sicoob Credileite, Prefeitura de Uberaba – Geoparque, Sindicato Rural de Uberaba e Fazu.

Fonte: Assessoria ABCZ
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ABCZ lança campanha para valorização do produtor rural e da produção de carne e leite

Vídeos educativos serão exibidos em painéis no Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu.

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A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) inicia a 89ª ExpoZebu, maior feira de pecuária zebuína do mundo, uma campanha de valorização do produtor rural e da produção de carne e leite. Trata-se de vídeos educativos com informações importantes sobre o setor.

‘Conhecer para Admirar’ é uma série de 3 episódios com histórias de personagens que tiveram as vidas transformadas pelo agronegócio. A ABCZ também divulgará dois vídeos educativos evidenciando os benefícios da carne e do leite.  “Nós precisamos ampliar o diálogo com a população para combater informações equivocadas sobre a pecuária e agronegócio. Por isso, na campanha, mostraremos exemplo de trabalho e superação na produção rural, além dos benefícios da carne e do leite: empregos gerados, produtos e subprodutos, e principalmente as qualidades nutricionais indispensáveis para a nossa saúde. Tudo isso é fruto do melhoramento genético”, destaca o presidente da ABCZ, Gabriel Garcia Cid.

O trabalho desenvolvido pela ABCZ contribuiu para o desenvolvimento da genética no país. Entidade ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ABCZ é responsável pelos registros de animais zebuínos no Brasil. Ao longo de seus 105 anos, a associação já registrou cerca de 23 milhões de animais. E esse progresso genético levou o Brasil ao topo do ranking de exportadores de carne bovina.

Os vídeos serão lançados nesta sexta-feira (26), durante reunião da Frente das Associações de Bovinos do Brasil (FABB). Em seguida, serão publicados nas redes sociais da ABCZ e serão divulgados nos telões do Parque Fernando Costa, durante a 89ª ExpoZebu, por onde passam cerca de 400 mil pessoas.

Fonte: Assessoria ABCZ
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CBNA – Cong. Tec.

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