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Agro brasileiro precisa de agilidade para se tornar cada vez mais competitivo

Projeto de Lei dos Pesticidas e a crise do leite foram destaque na reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária.

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A bancada da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniu, nesta terça-feira (17), para tratar das pautas prioritárias do setor e fazer um balanço das conquistas da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal. Para isso, foi convidado o presidente do colegiado, senador Alan Rick (União-AC), que agradeceu o empenho da bancada para obter celeridade nas votações.

O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), enalteceu a dedicação de Rick e a efetividade na aprovação de matérias importantes para o setor agropecuário. Segundo ele, as estratégias políticas têm surtido efeito dentro do Congresso Nacional. “Todos nós já sabíamos da competência do senador Alan Rick. Ele tem feito um trabalho excelente e que era esperado pela bancada, tanto no diálogo quanto na consistência em aprovar temas fundamentais para o setor e para o Brasil, assim como foi com o Marco Temporal”, afirmou.

Para o presidente da CRA, o trabalho em conjunto é o principal trunfo do recente trabalho no comando do colegiado. Segundo o senador, o agro brasileiro precisa de agilidade para se tornar cada vez mais competitivo e mostrou isso com a aprovação do Marco Temporal. “Desde que assumi a presidência da Comissão conseguimos construir uma pauta bastante produtiva e demos agilidade às necessidades do agro. Obviamente, dou destaque para o Marco Temporal, que já tramitava há muito tempo no Congresso e graças a FPA pode ser aprovado também no Plenário do Senado”.

Sobre as dúvidas acerca da sanção ou não do Projeto em questão, o parlamentar entende que o Governo Federal se encontra em um “beco sem saída”. Segundo ele, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre indenizações de terras obriga o Poder Executivo a optar pela aprovação feita pelo Legislativo, ou por arcar com as indenizações impostas pela Suprema Corte.

“São indenizações altíssimas, dizem até que pode chegar na casa de trilhão de reais, se formos avaliar as terras que são objetos de estudo. Ou o Governo encara essa situação e arruma esse dinheiro, ou mantém a decisão do Congresso Nacional e garante o Marco Temporal como foi votado”, explicou.

Deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR): “É de interesse do país ter uma agricultura moderna e desenvolvida, e é disso que se trata os pesticidas” – Fotos: Divulgação/FPA

Pesticidas e a sequência de prioridades
Há mais de duas décadas em debate, o Projeto de Lei 1459/2022, que trata da modernização dos pesticidas, parece mais próximo de uma definição. Ao menos é o que afirmaram a ex-ministra da Agricultura, senadora Tereza Cristina (PP-MS) e o deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR).

De acordo com a senadora, trata-se de um tema prioritário para a bancada e que deve ir à votação nas próximas semanas. Depois disso, Tereza afirma que o licenciamento ambiental (PL 2159/2021) e a regularização fundiária (PL 2633/2020 e PL 510/2021) serão abordados. “Estamos dialogando para que a matéria siga adiante. É de interesse do país ter uma agricultura moderna e desenvolvida, e é disso que se trata os pesticidas. Vamos conversar para colocar em votação o mais breve possível para, em seguida, tocar projetos como o licenciamento, de minha relatoria, e a regularização fundiária que são, igualmente, de enorme importância para o nosso desenvolvimento”, disse.

Já Sérgio Souza, ex-presidente da FPA, garantiu que a construção de pontes para uma legislação aplicável e com redução de custos de produção está sendo realizada. Para ele, a obtenção do alimento mais seguro é o ponto focal do projeto e o que pode garantir a aprovação nos próximos dias.

“Com a aprovação, iremos usar um volume menor de remédios para as plantas, pois eles vão ter uma maior eficiência. Vamos produzir mais alimentos com menos pesticidas. Conseguimos convencer os parlamentares que não é uma liberação e muito menos algo nocivo ao ser humano. Pelo contrário, é a garantia da segurança alimentar e da saúde das pessoas e do meio ambiente. Estamos construindo um acordo e tentaremos votar na próxima semana”, ressaltou.

Deputado federal Domingos Sávio (PL-MG): “Não dá mais para falar que eles têm que agir, vamos começar uma cobrança mais dura e dizer que o Governo despreza o produtor rural”

Crise do leite
Ainda sem solução, a questão do leite segue sendo uma preocupação da bancada e dos produtores em todo o país. Segundo o deputado federal Domingos Sávio (PL-MG), que tem capitaneado o assunto nas últimas reuniões da FPA, o Governo Federal precisa ter mais sensibilidade e agir de forma mais concreta. Para o parlamentar, a falta de ação está “matando o produtor rural”. “Eu olho o Diário Oficial todos os dias e não vejo mudanças favoráveis partindo do Executivo. Tudo isso afeta as famílias e a economia brasileira, mas não vemos movimentações efetivas. Não dá mais para falar que eles têm que agir, vamos começar uma cobrança mais dura e dizer que o Governo despreza o produtor rural”, desabafou.

Na próxima quinta-feira (19), uma audiência pública será realizada na Comissão de Relações Exteriores para tratar dos impactos no Brasil do Acordo Mercosul de importação de laticínios.

Fonte: Assessoria FPA
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China avalia frigoríficos paranaenses para ampliar importações de carne

Comitiva de técnicos do governo chinês visitam o Paraná na próxima semana. O país asiático é o maior consumidor de carne brasileira, absorvendo cerca de dois terços das exportações.

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Foto: Ari Dias

Uma comitiva de técnicos do governo chinês visitam, na próxima semana, o Paraná para avaliar novos frigoríficos apontados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como aptos a venderem carnes de frango e de bovinos para a China. O país asiático é o maior consumidor de carne brasileira – entre produtos derivados de suínos, bovinos e aves de corte – e absorve cerca de dois terços da exportação do produto brasileiro.

A visita acontecerá entre os dias 04 e 08 de dezembro. Os frigoríficos paranaenses que constam na nova lista do governo federal para habilitação às exportações com a China são Dip Frangos S/A, de Capanema, o Jaguafrangos Indústria e Comércio de Alimentos Ltda., de Jaguapitã, e Gonçalves & Tortola S/A, que fica em Maringá.

Em 2022, a exportação de carne bovina do Brasil movimentou US$ 10,27 bilhões. De janeiro a outubro deste ano, já passava da marca de US$ 7,68, apesar dos reflexos dos embargos da crise sanitária e de ruídos diplomáticos provocados pelo governo anterior, que afetaram as negociações. Em carnes de aves e derivados, até outubro de 2023, o Brasil já havia aumentado as exportações em 2%, que saltaram de US$ 7,46 em 2022 para os atuais US$ 7,59. A carne suína foi a que mais gerou crescimento (13%): US$ 1.95 em 2022 para US$ 2,21 este ano.

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Curso da Embrapa premiado discute uso da Inteligência Artificial na pós-colheita

Divulgação presencial das tecnologias pós-colheita de frutas e hortaliças tem ocorrido em várias cidades em 2023, como foi o caso de Sorocaba.

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Foto: Divulgação/Embrapa

Criado em 2011, com 20 participantes de maneira presencial na 1ª edição, o Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças, organizado pela Embrapa Instrumentação, passou por várias transformações que possibilitaram levar o conhecimento para mais pessoas em todo o Brasil e até no exterior. A 7ª edição, cujo lançamento acabou de completar dois anos no dia 18 de novembro, marcou a inclusão no modelo de Educação à Distância (EAD) na plataforma e-Campo da Embrapa – totalmente gratuito – e já atingiu 7570 inscrições em todos os Estados e mais 11 países da África, Europa, América Central e América do Sul.

Prêmio Automação

O trabalho foi reconhecido no mês de novembro com a conquista da 25ª edição do Prêmio Automação da GS1 Brasil, na categoria Educação, em função da utilização dos padrões da GS1 no módulo Rastreabilidade. A premiação – que contou com 211 inscrições em seis categorias – foi a primeira de um curso EAD de toda a Embrapa.

Já em sua 8ª edição, o curso trouxe novidades em 2023, com a realização do Encontro Regional de Tecnologias Embrapa (ERTE) em São Roque, Araçoiaba da Serra e Ibiúna, e do Workshop sobre Tecnologias Pós-colheita em Frutas e Hortaliças, em Sorocaba, todos os eventos no interior de São Paulo, com demonstrações práticas para os produtores rurais.

Painel Inteligência Artificial

Agora, como parte da programação, será realizado nesta quinta-feira (23), a partir das 8 horas, na Embrapa Instrumentação, um painel sobre Inteligência Artificial (IA) na pós-colheita de frutas e hortaliças. A inscrição gratuita para quem for ao auditório pode ser feita pelo link https://forms.gle/J4ZMvqx6umGSPe849; também haverá transmissão pelo canal da Embrapa no YouTube.

“O painel pretende discutir como a Inteligência Artificial pode impactar a pós-colheita de frutas e hortaliças e contribuir para a diminuição das perdas e desperdício de alimentos, com a participação de especialistas da USP, do CPQD e da própria Embrapa”, explica o coordenador do Curso, Marcos David Ferreira.

“No curso on-line temos módulos sobre Rastreabilidade, Colheita, Beneficiamento, Nanotecnologia na pós-colheita, Análise não destrutiva da qualidade e Produtos Minimamente Processados (PMPs) e, em 2024, lançaremos o módulo sobre Água e Sustentabilidade, sempre com o intuito de trazer os temas que já afetam ou que poderão impactar as cadeias produtivas, os produtores rurais e os consumidores, daí a realização do painel sobre IA”, acrescenta o pesquisador.

Números e repercussão

O curso contou com a participação de 45 conteudistas e instrutores da Embrapa e de instituições públicas e privadas, que ajudaram a produzir seis apostilas, num total de 395 páginas, vídeos, podcasts; infográficos; animações gráficas, além de 46 videoaulas – os recursos financeiros foram de uma emenda parlamentar do Deputado Federal Vitor Lippi (PSDB – SP).

O conteúdo tem despertado a atenção do público feminino, que responde por 53.29% das inscrições; o curso é mais procurado nos estados de São Paulo – 13,4% das inscrições, Bahia – 11,7% e Minas Gerais- 10,3%. No perfil de inscrições destacam-se profissionais de engenharia agronômica e estudantes; o módulo mais procurado é o de rastreabilidade.

Plataforma atualizada

Outra novidade é a atualização da plataforma e-Campo, que possui 130 capacitações ativas, das quais 103 são gratuitas. “Os ajustes que foram feitos vão aprimorar a experiência de quem faz os cursos da Embrapa, com um filtro de busca aprimorado, uma página mais moderna e que também será o primeiro serviço da Embrapa a permitir a inscrição pelo aplicativo gov.br”, comenta Aline Branquinho Silva, da Gerência Geral de Negócios da Embrapa (Brasília – DF).

“O interessado pode se inscrever a qualquer momento. Como essas capacitações são autoinstrucionais, o participante pode realizar seus estudos no seu ritmo, de qualquer lugar e a qualquer hora. No caso do Curso de Tecnologia Pós-colheita em Frutas e Hortaliças, os números e o prêmio conquistado refletem o sucesso dessa iniciativa”, finaliza Aline Branquinho.

Fonte: Assessoria Embrapa
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Com cerca de 25 mil pescadores beneficiados, Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira completa 15 anos

PMAP investe em iniciativas de integração e fortalecimento da pesca no Brasil, em uma parceria entre instituições públicas e privadas visando o aumento organizado da produtividade e maior inclusão social.

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Foto: Divulgação/Acervo PMAP - RJ

O Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira (PMAP), que nasceu de uma parceria entre o Instituto de Pesca (IP), a Petrobras e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), completa 15 anos em novembro.

O programa foi criado para o atendimento a condicionantes ambientais determinadas pelo processo de licenciamento federal conduzido pelo IBAMA para o Pólo Pré-Sal da Bacia de Santos em São Paulo e no Sul do Rio de Janeiro. Atualmente o PMAP é conduzido em seis estados do Sudeste e Sul do Brasil. A Fundepag executa o projeto em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. O PMAP inclui atividades de campo que envolvem o monitoramento da produção pesqueira artesanal e industrial, e análises tanto pesqueiras quanto das interações da pesca com outras atividades humanas, de produção e conservação.

Nestes 15 anos, o acompanhamento da atividade pesqueira artesanal e industrial realizado pela Fundepag e suas instituições parceiras registrou dados de cerca de 16 mil embarcações em 800 locais de descarga de pescados. Atualmente, as equipes estaduais contam com um total de 124 colaboradores, que incluem agentes de campo, que realizam as entrevistas com pescadores, assistentes administrativos, supervisores, analistas de dados, gerentes de banco de dados e de sistemas de informação geográfica, e gerentes de projeto. Ao longo do tempo foram gerados 276 empregos diretos.

Diariamente estas equipes realizam cadastros de pescadores e embarcações, obtêm informações georreferenciadas de captura e esforço pesqueiro, e registram a existência de estruturas de apoio à atividade ao longo do litoral. A metodologia empregada pelo PMAP se baseia em entrevistas com os pescadores no momento da descarga. De forma complementar, informações sobre a atividade também são obtidas em peixarias e outros pontos de escoamento, e através de autorregistros. O levantamento de dados é feito de forma participativa e voluntária junto à comunidade pesqueira. Via de regra, os próprios agentes de campo são selecionados nas comunidades monitoradas.

Os dados de produção pesqueira por estado podem ser conferidos nos respectivos websites dos PMAPs em uma interface padronizada. O ProPesqWEB, sistema gerenciador de banco de dados pesqueiros desenvolvido com tecnologias livres para o ambiente web pelo Instituto de Pesca, fornece a estrutura de dados necessária ao armazenamento, análise e disponibilização dos dados.

O monitoramento das pescarias executado pela Fundepag e parceiros fornece dados de qualidade que permitem dar visibilidade à atividade pesqueira e que embasam estudos de avaliação das interações entre a pesca e outras atividades humanas e de determinação da condição dos estoques pesqueiros. Por fim, os resultados gerados dão respaldo à elaboração de políticas públicas para o desenvolvimento de uma atividade pesqueira sustentável.

Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira (PMAP)

Com o apoio da Petrobras, nasceu em 2008, o Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira na Bacia de Santos (PMAP-BS) como uma medida para subsidiar o acompanhamento, a análise e a avaliação dos impactos da Exploração e Produção (E&P) de Petróleo e Gás Natural sobre a atividade pesqueira. Inicialmente, o Projeto estava relacionado ao licenciamento ambiental das plataformas de merluza e mexilhão, situadas ao largo do estado de São Paulo, além dos projetos contemplados na Etapa 1 e Etapa 2 do Pré-Sal.

O pesquisador do IP e coordenador do PMAP de São Paulo, Antônio Olinto, explica que o monitoramento pesqueiro realizado pelo Instituto de Pesca começou bem antes, em 1944. “São oito décadas dedicadas à aquisição e análise de dados da pesca. Essa memória institucional foi determinante para atingirmos a expertise que temos hoje e transformar o Instituto em uma referência em monitoramento pesqueiro”.
A partir de 2008, com um maior aporte financeiro, foi possível ampliar a área de cobertura para todos os municípios costeiros de São Paulo e desenvolver a metodologia e a estrutura de dados necessária para o suporte ao trabalho. Com a expansão da área do Polo Pré-Sal e o aumento de sua área de influência para as costas dos estados de Santa Catariana ao Rio de Janeiro, a partir de 2016, outras instituições passaram a integrar o PMAP-BS. Neste contexto, a Fundepag figura como Fundação de Apoio na execução do PMAP no Paraná e Rio de Janeiro, além de São Paulo. No Rio de Janeiro, a Fundepag conta com a parceria com a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) para a execução do monitoramento.

Em 2019, em decorrência do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), surgiu a necessidade da realização do monitoramento pesqueiro ao longo do Rio Doce, em Minas Gerais e Espírito Santo, e ao longo do litoral espírito-santense, com vistas à avaliação do impacto do desastre sobre a pesca e aquicultura. Devido à experiência e à boa repercussão nacional da execução do PMAP-SP, o IP e a Fundepag foram convidados pela Fundação Renova para, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), implantar o Programa em toda a área atingida.

“A principal colaboração de São Paulo no desenvolvimento do PMAP foi propiciar um arranjo institucional para a implantação de um sistema de monitoramento com uma estrutura sólida e integrada. A troca de conhecimentos e experiências entre os estados potencializou o desenvolvimento do sistema e enriqueceu todas as unidades”, complementa Olinto.

Segundo o coordenador do IP, nestes 15 anos de PMAP foi possível sair de São Paulo e alcançar novos portos, justamente em decorrência da sinergia com a Fundepag e a Petrobras. “Se chegamos ao patamar atual de sucesso foi graças, em grande parte, ao esforço daqueles que iniciaram o trabalho na década de 40 e promoveram o reconhecimento da instituição e da solidez de seu programa de monitoramento”.

O gerente de Negócios e Inovação da Fundepag, Átila Bankuti, conta que a Fundação foi inserida neste cenário para viabilizar a integração entre as instituições de pesquisa pesqueira e os modelos de negócio para que o projeto fosse estruturado. “Encontramos, ao longo desses 15 anos, soluções e caminhos para que o sucesso do PMAP fosse aumentando, tanto em São Paulo como em outras localidades, fazendo uso de meios jurídicos, modelos de negócio e difundindo as informações entre os estados”.

A Fundepag é uma instituição privada, sem fins lucrativos, que integra o projeto trazendo mais eficiência aos processos, seja em contratações, planejamento ou inclusão de novos profissionais para necessidades especificas. “Já as instituições parceiras são, em sua maioria, públicas e trazem maior know-how técnico, acadêmico e de ciência. Nesta parceria colaboramos com agilidade, identificando as dificuldades de cada instituição, trazendo soluções para que possam realizar o trabalho e entreguem soluções à sociedade”, detalha Bankuti. Além disso, em situações nas quais não exista uma instituição de pesquisa na região, a Fundação assume esse papel, pois também possui uma equipe técnica altamente qualificada.

A coordenadora de Negócio da Fundepag, Solange Ferreira, acrescenta que o Projeto conta com um corpo técnico multidisciplinar ao lado de grandes instituições de pesquisa e tendo as suas contribuições técnicas devidamente validadas e representadas por elas. “Em São Paulo a parceria é com o Instituto da Pesca; no Rio de Janeiro é ao lado da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), e com a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) no Espírito Santo. Em Santa Catarina, a Fundepag não tem atuação direta, mas integra o grupo de execução de pesquisa com a consolidação de metodologias, enquanto o monitoramento é realizado pela Escola Politécnica da Universidade do Vale do Itajaí (Univali)”, explica Solange.

O PMAP no campo

O trabalho de monitoramento do PMAP conta diretamente com o apoio da população local, principalmente dos mais ativos na comunidade pesqueira, lideranças que munem o programa com assistência e informação. Atualmente, diversos atos normativos para a atividade pesqueira se baseiam nos resultados obtidos pelo Projeto e trazem benefícios aos pescadores.

A gerente de Projetos do PMAP-SP, Suzana Guedes, destaca que o trabalho de campo dos agentes do Programa vai muito além da coleta de dados. “Hoje, estes homens e mulheres atuam diretamente na comunidade ajudando nas demandas diárias, tecnológicas e sociais, seja com o pagamento de contas on-line, consulta meteorológica e até emissão de certidão de nascimento”, pontua.

“Essa nomenclatura (agente de campo) é perfeita, pois além da coleta de informações existe também um trabalho beneficente, colaborando para o crescimento econômico e social das localidades em que estão inseridas. Evidenciamos para toda a sociedade o viés humanitário do projeto, afinal não lidamos apenas com números, mas com vidas humanas, fazendo com que essa população se sinta incluída e valorizada”, complementa Suzana.

Lançamento de aplicativo em 2024

Ainda em fase de testes, o aplicativo “ProPesqPescador” é um projeto com previsão de lançamento para 2024. O aplicativo, que será abastecido diretamente pelo pescador, é intuitivo e simples, e em seus campos serão inseridas informações diárias mesmo sem a presença de um agente de campo. A ideia é ser uma ‘caderneta’ digital de receitas e despesas, criando um histórico financeiro e de gestão para o pescador.

“Essa é uma nova fase e não substituirá o agente ou mesmo acabará com o monitoramento. A ferramenta ajudará e facilitará a gestão do pescador, eliminando os livros físicos que podem ser facilmente danificados ou perdidos, criando uma integração entre toda a cadeia”, explica a gerente do PMAP-SP.

Após todos os testes, o aplicativo estará disponível para download gratuito na plataforma PlayStore.

Fonte: Assessoria
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