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Agricultores devem ficar atentos ao Cadastro Ambiental Rural

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Em entrevista ao programa Palavra Aberta, da TV Câmara, da Câmara dos Deputados, em 22 de maio último, o deputado federal Dilceu Sperafico, esclareceu muitas dúvidas e orientou os proprietários rurais sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O registro faz parte da regulamentação do novo Código Florestal, aprovado há dois anos e mais de cinco milhões de agricultores têm prazo de um ano cadastrar suas propriedades, mas a exigência é um avanço importante para o agronegócio e para o próprio país.  
“A aprovação do novo Código Florestal ou Código Ambiental Brasileiro foi uma luta de mais de dez anos no Congresso Nacional, tendo como grande objetivo dar rumo ao agricultor, sabendo qual a sua obrigação e os seus direitos nas atividades dentro da propriedade, em se falando em meio ambiente”, afirmou Sperafico.
A lei tem alguns itens a ser regulamentados. Entre os primeiros, está o CAR. Para isso, o agricultor terá de declarar via internet que possui imóvel rural, sua  dimensão, matas preservadas e atividades produtivas. 
Entidades
Sindicatos rurais e cooperativas agropecuárias estão preparados para orientar seus associados. As federações estaduais de agricultura formarão uma rede de orientação dos sindicatos, para facilitar essa tarefa. Segundo Sperafico, todos os proprietários rurais do país terão a obrigação de fazer o cadastro, mas contarão com a orientação técnica para realizar a tarefa de maneira correta. O prazo para isso será de um ano. “É obrigação, mas os produtores não precisam se assustar, pois será como fazer cadastro bancário, onde o cidadão chega no banco e mostra os documentos pessoais e de seus bens, para abrir a sua conta. No caso do Car, o agricultor declarará que possui a propriedade ou propriedades, informando sobre a área de terras, cursos d’água e outros dados”, prosseguiu Sperafico. 
Conforme o parlamentar, se possuir lago, nascente rio ou riacho, terá de deixar 15 metros em cada margem com a mata ciliar. Se a propriedade for pequena, com menos de quatro módulos rurais, não será necessário preservar ou recompor a reserva florestal legal. 
Mata ciliar
Nesses casos, portanto, os agricultores só informarão a área da propriedade e a necessidade ou não da mata ciliar, de proteção aos cursos d’água. Mesmo aquelas áreas que não possuem nenhum rio ou nascente terão de ser cadastradas, mas ficarão isentas da manutenção da mata ciliar. Segundo Sperafico, o produtor que não preencher o cadastro estará infringindo a lei, ficará fora do sistema e quando necessitar de um empréstimo bancário, por exemplo, verá a importância do registro, pois acabará valendo como era a averbação da propriedade no Cartório de Registro de Imóveis. “Como esse tipo de procedimento tem custo elevado, na aprovação do novo Código Florestal, o Congresso procurou facilitar e tornar gratuita a tarefa, através do Car. Será um registro pessoal, mas gratuito que o agricultor poderá imprimir para apresentar onde e quando for solicitado, após ser aprovado e homologado pelo Ministério do Meio Ambiente”, explicou. 
Por isso, segundo o deputado, é muito importante alertar o agricultor que terá de informar a verdade, pois suas declarações poderão ser confirmadas ou não via satélite. O Ministério do Meio Ambiente já está muito bem equipado e preparado para fazer essa fiscalização.
Multas
Conforme Sperafico, os agricultores que possuem multas, legais ou ilegais, que estão pendentes, terão também essa questão regularizada no preenchimento do cadastro, caso seja comprovada a penalização injusta. 
O importante será declarar a verdade. Quem possui uma propriedade de maior porte, de 100 alqueires, por exemplo, com mais de quatro módulos rurais, terá de preservar ou recompor a mata ciliar em todos os seus cursos d’água, além de refazer a reserva florestal legal, se ela não foi mantida. 
Para facilitar essa tarefa, os devedores de reservas legais poderão optar pelo Plano de Regularização Ambiental (PRA), também previsto pelo novo código, no qual poderá propor como e quando fará a recomposição da mata nativa. 
Ela poderá ocorrer com o plantio de determinada área de floresta anualmente ou aquisição de outra propriedade para manter a reserva legal, desde que na mesma bacia hidrográfica. 
Planejamento 
“O importante é que o sistema permitirá o planejamento da atividade rural, com base em informações sobre o tipo de propriedade e sua produção em cada região. Isso no futuro vai ajudar o Brasil a planejar melhor o desenvolvimento do agronegócio, com benefícios para produtores e a população que depende da produção de alimentos”, comemora Sperafico. “O agronegócio é o setor produtivo que está sustentando o Brasil na atualidade e por isso deve ser tratado com um zelo especial. O CAR vai servir de subsídio até mesmo para o governo definir planos de aplicação de recursos e incentivo a determinadas culturas, inclusive na área ambiental, ajudando o agricultor a recuperar áreas devastadas ou degradadas, entre outras medidas”, explicou. 

Fonte: Agência Câmara

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Comércio exterior e logística no setor agropecuário: desafios e oportunidades para o transporte e escoamento

Exportações de soja em outubro, caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro.

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Fotos: Claudio Neves

O mercado de fretes e a logística de escoamento se destacam como elementos essenciais no atual cenário da agricultura brasileira, especialmente diante do crescimento expressivo da produção de grãos previsto para a safra 2024/25. A estimativa de 322,53 milhões de toneladas de grãos, um aumento de 8,2% em relação à safra anterior, traz desafios adicionais para a infraestrutura de transporte e os processos logísticos do país. A análise consta na nova edição do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta sexta-feira (22).

A melhoria nas condições climáticas tem favorecido o avanço das semeaduras, com destaque para as culturas de soja e milho, mas, para que a produção chegue ao mercado internacional, é crucial um sistema de escoamento eficiente. Nesse sentido, os portos brasileiros desempenham papel fundamental, especialmente os do Arco Norte, que têm se consolidado como uma via vital para exportação. Em outubro de 2024, os portos do Arco Norte responderam por 35,1% das exportações de grãos, superando a participação de 33,9% registrada no mesmo período de 2023.

Com o aumento da produção de soja e milho, as expectativas de escoamento nos próximos meses apontam para um cenário desafiador, com necessidade de otimizar os fretes para atender ao crescimento das exportações. Em outubro, as exportações de soja caíram 22,9% em relação ao mês anterior, um reflexo de flutuações no mercado, mas o acumulado de 2024 manteve-se robusto, com 94,2 milhões de toneladas exportadas de janeiro a outubro. Já as exportações de milho, que enfrentam uma redução de 34,1% nas estimativas para a safra 2023/24, exigem adaptação no transporte, uma vez que a oferta menor pode reduzir a demanda por fretes no curto prazo, mas com aumento da competição por capacidade logística.

A movimentação de fertilizantes, por sua vez, também demanda atenção na logística. Em outubro de 2024, os portos brasileiros importaram 4,9 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representa um incremento de 5,9% em relação ao mês anterior. Este crescimento contínuo na importação exige um cuidado especial no transporte desses insumos, visto que o Brasil é um dos maiores compradores internacionais e uma base importante de consumo de fertilizantes.

Por outro lado, o transporte de cargas no Brasil segue enfrentando desafios estruturais. De acordo com o Boletim da Conab, a ampliação das capacidades de escoamento nos portos, especialmente no Arco Norte, é uma estratégia chave para lidar com o aumento do volume de exportações e garantir que os fretes se mantenham competitivos.

Em suma, a logística no setor agropecuário brasileiro se apresenta como um elo crucial para garantir o sucesso das exportações de grãos. A integração entre os diferentes modais de transporte, o aprimoramento da infraestrutura portuária e a adaptação às demandas de escoamento serão decisivos para que o Brasil continue sendo um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Fretes

Em outubro de 2024, os preços do frete apresentaram variações significativas entre os estados brasileiros. Os preços subiram em estados como Bahia, Goiás e Minas Gerais e Distrito Federal, principalmente devido ao aumento na demanda, impulsionado pela exportação de grãos e a importação de fertilizantes. Em Goiás, a melhora nos preços do milho também gerou aumento na demanda por fretes. Já em estados como Paraná, Piauí e São Paulo, os preços ficaram mais baratos, com o Paraná registrando uma redução de 16,67% na região de Cascavel, refletindo a baixa demanda por grãos. No Piauí, a diminuição nas exportações de soja resultou em uma queda de 4,10% no mercado de fretes. Por outro lado, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade nos preços, com pouca variação nas cotações, devido a um equilíbrio entre a demanda e a oferta de fretes.

O Boletim Logístico da Conab é um periódico mensal que coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Novembro/2024, disponível no site da Companhia.

Fonte: Assessoria Conab
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Clima favorável impulsiona cultivos da primeira safra, aponta boletim de monitoramento

Precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

As condições climáticas favoráveis nas primeiras semanas de novembro impactaram positivamente o cenário agrícola brasileiro. Na região Central do país, precipitações regulares e bem distribuídas criaram um ambiente propício para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

O Norte-Nordeste experimentou uma expansão das áreas beneficiadas por chuvas, incluindo regiões do Matopiba que anteriormente enfrentavam déficit hídrico. Esse cenário impulsionou o processo de semeadura na maior parte dessa região.

Foto: Gilson Abreu

Em contraste, o Sul do país registrou uma redução nas precipitações, o que facilitou o avanço da colheita do trigo e a semeadura dos cultivos de primeira safra. De modo geral, as condições agroclimáticas se mostraram favoráveis, proporcionando umidade adequada para o desenvolvimento das lavouras.

No Rio Grande do Sul, a semeadura do arroz progrediu significativamente, com a maior parte concluída dentro do período considerado ideal. A maioria das lavouras encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, beneficiando-se das condições climáticas que favoreceram a germinação e o estabelecimento das plantas. Em Santa Catarina, temperaturas médias e incidência solar adequadas contribuíram para o bom desenvolvimento das culturas.

Estas informações estão presentes no Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam).

A versão completa do Boletim está disponível para consulta no site oficial da Conab, acesse clicando aqui.

Fonte: Assessoria Conab
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Show Rural investe em obras para melhorar experiência de visitantes

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição.

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Fotos: Divulgação/Coopavel

Avançam os preparativos para a 37ª edição do Show Rural Coopavel, evento que reafirma o Oeste do Paraná como um dos principais polos do agronegócio mundial. De 10 a 14 de fevereiro de 2025, visitantes do Brasil e do exterior terão acesso a um espaço renovado, com melhorias que reforçam o compromisso da Coopavel com a inovação, a sustentabilidade e a excelência em infraestrutura. “Melhorar continuamente é uma das regras que fazem o sucesso do Show Rural, referência em inovações e tendências para o agronegócio”, destaca o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli.

Com o objetivo de garantir mais conforto e eficiência à experiência de visitantes e expositores, várias obras físicas acontecem no parque e serão entregues já para a 37ª edição. O restaurante do parque está em ampliação em 500 metros quadrados, permitindo o atendimento de mais mil pessoas por refeição. A área de entrega de bebidas é reformulada para otimizar o fluxo, enquanto novos buffets, mesas e utensílios foram adquiridos para manter o alto padrão de qualidade em uma estrutura com capacidade para servir mais de 40 mil refeições diariamente.

A mobilidade no parque também recebe melhorias. São mais de seis mil metros quadrados de ruas asfaltadas. Uma das novidades mais aguardadas é a cobertura da Rua 10, que conecta o Portal 4 ao Pavilhão da Agricultura Familiar. Com 400 metros lineares, essa obra, viabilizada em parceria com a Barigui/Volkswagen, eleva para mais de 6,2 mil metros quadrados a área coberta do parque, garantindo conforto aos visitantes em qualquer condição climática, observa o coordenador geral Rogério Rizzardi.

Para ônibus

Para receber caravanas de todo o Brasil e de outros países será criado um estacionamento exclusivo para ônibus com capacidade para 400 veículos. Estrategicamente localizada, a nova estrutura promete praticidade e organização para os grupos que participam da maior mostra de tecnologia para o campo da América Latina.

Outro destaque é o barracão de 1,2 mil metros quadrados dedicado à gestão de resíduos. Essa estrutura permitirá separação e correta destinação de materiais antes, durante e depois do evento, reforçando o compromisso da cooperativa e do evento técnico com práticas ambientalmente responsáveis.

Evolução

Com essas inovações e investimentos, o Show Rural Coopavel segue como referência global, combinando hospitalidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente, reforça o presidente Dilvo Grolli. O tema da 37ª edição será Nossa natureza fala mais alto.

Fonte: Assessoria Coopavel
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