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Bovinos / Grãos / Máquinas

Agricultor do Norte colhe 90 sacas de soja/ha e eleva média paranaense

Produtor rural Luiz Alberto Palaro, do município de Floresta, garante que a receita passa pelo cuidado diário da lavoura e emprego de alta tecnologia no preparo da terra e na aquisição de sementes

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O campeão de produtividade Luiz Alberto Palaro, do município de Floresta, a 30 quilômetros de Maringá, no Norte do Estado, é um dos milhares de produtores que contribuíram com números tão expressivos para a soja em 2017. A lavoura de verão colhida em janeiro passado rendeu nada menos que 90 sacas por hectare, o que lhe garantiu o prêmio de maior produtor oferecido por uma multinacional fornecedora de sementes, mas também um bom faturamento da propriedade. A produtividade de Palaro ficou bem acima da média estadual, que foi de 62,65 sacas/ha. Vale lembrar que a média paranaense na safra 16/17 é a maior da história no Paraná.

O Presente Rural foi até uma das fazendas do agricultor, de 63 anos, integrado à Cooperativa Cocamar, para conhecer um pouco mais de sua história e sua produção. Palaro conta que o sucesso está no cuidado diário com a roça. Agricultor desde que se conhece por gente, diz que acompanhar o desenvolvimento da planta é fundamental para saber que tipo de manejo é preciso ser feito em cada fase da produção. “Sou agricultor desde criança e vivo na lavoura. Pelo menos 330 dias por ano eu estou aqui cuidando, vendo o que precisa ser feito”, conta durante a entrevista que concedeu dentro na plantação 17/18, no fim de novembro, com a soja já em bom estágio de desenvolvimento. “É preciso acompanhar a lavoura, saber o momento ideal para as aplicações de fungicidas e outros manejos. Estou sempre atento”, completa.

Mas não é somente o olho do dono que faz a oleaginosa florescer com excelência no Norte do Paraná, explica o entusiasmado produtor. O emprego de alta tecnologia em sementes foi fundamental para o desempenho obtido, garante. “No verão passado eu colhi 90 sacos por hectare. Foi uma produtividade muito boa. Consegui isso olhando a plantação, mas também por usar alta tecnologia, como uma adubação melhor e semente melhor. O custo de produção fica um pouco mais caro, em torno de 50 sacas por hectare, mas no fim das contas vale a pena. Com a soja temos que trabalhar acima do básico. É o que eu fiz aqui e recomendo. Usei a tecnologia mais apropriada”, destaca Palaro.

O produtor comenta que é preciso conhecer bem a região e seus desafios para escolher a semente ideal. “Quanto mais produtivas as sementes, mas suscetíveis a doenças elas são. Se são menos produtivas, elas são mais resistentes. Isso vale não só para soja, mas também para o milho. É preciso encontrar a semente ideal e fazer o manejo de acordo com o que aquela tecnologia recomenda”, aponta.

Avião

Outra tecnologia que Palaro emprega e que garante uma colheita mais cheia é a aplicação aérea de defensivos. “Nossas pulverizações com avião são melhores porque não amassam as plantas. Assim, conseguimos mais produtividade, já que não existe essas perdas”, comenta. Na maioria das vezes o tempo desprendido para as aplicações com avião, ao invés de maquinários agrícolas, também é menor. Ao todo são 250 hectares.

Ele conta, no entanto, que a “invasão” da cidade sobre a lavoura está impedindo que ele faça essa aplicação em uma de suas fazendas. “Aqui nessa área já tem um bairro perto. Agora não posso mais fazer a aplicação com avião”, explica.

Preços

Ele explica, no entanto, que acabou perdendo oportunidades de mercado e deixou de vender a soja quando a oleaginosa ostentava com preços mais atraentes para o agricultor. “O ano de 2017 foi excelente com relação à produtividade da soja, mas acabei não aproveitando as oportunidades dos melhores preços. Mesmo assim, foi muito bom”, admite Palaro. Para a próxima safra, que deve ser colhida no fim de janeiro, acredita em preços favoráveis. “Acredito que vamos exportar bastante soja na próxima safra. Por isso estou esperando preço bom para o ano que vem”, justifica.

Apoio Técnico

Palaro é daqueles que não param quieto. Vive na cooperativa em busca de informações, trocando ideia com outros produtores e técnicos. Durante a entrevista, fotografa cuidadosamente a lavoura. A foto vai direto para o smartphone do técnico da Cocamar, que já dá seu aval sobre o estado geral da plantação. “A assistência técnica é fundamental”, assume.

Safra 17/18

Luiz Alberto Palaro também explica que os preços devem ser atraentes porque a produtividade da safra 17/18 não deve alcançar os patamares de produtividade do ciclo anterior. “Para a próxima safra estou esperando colher em torno de 80 sacas por hectare. É um pouco abaixo do que colhi no verão passado, mas também é uma boa produtividade”, aponta. As principais entidades do Brasil já preveem uma safra 17/18 menor que a do ano anterior. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, as lavouras de soja do Estado devem render cerca de 5% a menos que no ciclo anterior.

Mais informações você encontra na edição do Anuário do Agronegócio Paranaense de janeiro/fevereiro de 2018.

Fonte: O Presente Rural

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Bovinos / Grãos / Máquinas Em Uberaba (MG)

Casa do Girolando será inaugurada durante 89ª ExpoZebu

A raça Girolando terá agenda cheia na feira, incluindo lançamento do Ranking Rebanho, encontro com comitivas internacionais, julgamento e assembleia geral.

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Foto: Divulgação/Girolando

Tudo pronto para mais uma participação da raça Girolando na ExpoZebu (Exposição Internacional de Raças Zebuínas), que acontece entre sábado (27) e 05 de maio, em Uberaba (MG). A partir deste ano, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando passa a contar com um espaço fixo dentro do Parque Fernando Costa, a “Casa do Girolando”, onde recepcionará os visitantes ao longo de todo o evento.

A inauguração da Casa do Girolando será na próxima segunda-feira (29), a partir das 18 horas. “O parque é palco de importantes exposições ao longo de todo o ano, como a ExpoZebu e a Expoleite, que contam com a presença da raça Girolando. E agora poderemos atender a todos na Casa do Girolando, levando mais informação sobre a raça para os visitantes”, assegura o presidente da entidade, Domício Arruda.

Durante o evento, também acontecerá o lançamento do Ranking Rebanho 2023, que traz os melhores criadores que melhor desempenham o trabalho de seleção, produção e sanidade dentro de seus rebanhos. “O Ranking Rebanho é uma referência para os criadores de Girolando que buscam melhorar seus indicadores e, como consequência, elevar a rentabilidade de seus negócios”, diz o coordenador Técnico do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), Edivaldo Ferreira Júnior. Outro evento marcado para o dia 29 de abril, a partir das 13h, é a Assembleia Geral Ordinária, para prestação de contas.

A associação ainda receberá comitivas internacionais durante a 89ª ExpoZebu. Estão agendados encontros com grupos da Índia e do Equador, quando serão apresentados os avanços da raça Girolando, que é uma das que mais exporta sêmen no Brasil.

Competições

A raça Girolando competirá em julgamento nos dias 29 e 30 de abril, pela manhã e tarde, sob o comando do jurado Celso Menezes. Participarão 120 animais de 17 expositores.

Fonte: Assessoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Embrapa propõe políticas para reaproveitamento de pastagens degradadas

Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares de áreas de pastagens em degradação com potencial para conversão em agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até para produção. de energia.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O Brasil tem pelo menos 28 milhões de hectares (ha) de áreas de pastagens em degradação com potencial para conversão em agricultura, reflorestamento, aumento da produção pecuária ou até para produção de energia. O volume de hectares equivale ao tamanho do estado do Rio Grande do Sul.

O cerrado é o bioma com o maior número de áreas em degradação. Os estados com as  maiores áreas são o Mato Grosso (5,1 milhões de ha), Goiás (4,7 milhões de ha), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de ha), Minas Gerais (4,0 milhões de ha) e o Pará (2,1 milhões de ha).

Para ter uma ideia das possibilidades de reaproveitamento, se toda essas áreas fossem usadas para o cultivo de grãos (arros, feijão, milho, trigo, soja e algodão) haveria uma aumento de 35% a área total plantada no Brasil (comparação com a safra 2002/2023).

A extensão do problema e as diferentes possibilidades de reaproveitamento econômico dessas áreas fizeram o governo federal a criar no final do ano passado o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (Decreto nº 11.815/2023).

Para implantar o programa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, publicou em um livro mais de 30 sugestões de políticas públicas, que o país tem experiência e tecnologia desenvolvida para implantação.

Planejamento 
Apesar da expertise acumulada, a efetivação é um desafio. Cada área a ser recuperada exige estudo local. O planejamento das ações “deve levar em consideração informações sobre o ambiente biofísico, a infraestrutura, o meio ambiente e questões socioeconômicas. Além disso, é preciso avaliar o histórico de evolução pecuária no local e entender quais fatores condicionam a adoção dos sistemas vigentes”, descreve o livro publicado pela estatal.

A partir do planejamento, é necessário criar condições para o reaproveitamento das áreas: crédito, capacitação dos produtores e assistência. “É preciso integrar políticas públicas, fazer com que os produtores rurais tenham acesso ao crédito, ampliar o serviço de educação no campo, e dar assistência técnica e extensão rural para a estruturação de projetos e para haja um trabalho contínuo e não uma coisa pontual”, assinala o engenheiro agrônomo Eduardo Matos, superintendente de Estratégia da Embrapa.

Nesta sexta-feira (26), a empresa faz 51 anos de funcionamento. A cerimônia de comemoração, nesta quinta-feira (25), contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um exemplar do livro foi entregue à comitiva presidencial.

No total, as áreas de pastagem ocupam 160 milhões de hectares, sendo aproximadamente 50 milhões de hectares formados por pasto natural e o restante pasto plantado. A área de produção de grãos totaliza 78,5 milhões de hectares, e as florestas plantadas para uso econômico ocupam uma área aproximada de 10 milhões de hectares.

De acordo com o IBGE, a atividade agropecuária ocupa mais de 15 milhões de pessoas no Brasil. Um terço desses empregos são na pecuária bovina (4,7 milhões). O país é o segundo maior produtor de carne bovina do mundo e o maior exportador (11 milhões de toneladas).

Fonte: Agência Brasil
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Bovinos / Grãos / Máquinas

Rentabilidade ao produtor de leite melhora impulsionada pela redução dos custos de produção e pela sazonalidade da oferta

Mercado de leite enfrenta um cenário desafiador, marcado por incertezas, queda na oferta interna e nos preços ao consumidor.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

O mercado nacional e global de leite ainda segue sob grandes incertezas. Na área internacional, os preços perderam um pouco o ritmo de elevação, influenciado principalmente, por uma menor demanda chinesa. Além disso, o gigante asiático vem estimulando a produção interna substituindo parte da importação.

O leite em pó integral fechou em US$3.269/tonelada no leilão GDT do dia 16 de abril. No mesmo mês em 2023 este preço estava no patamar de US$ 3.100/tonelada. Na Argentina, a oferta de leite segue complicada por uma piora na rentabilidade nas fazendas. Nos dois primeiros meses do ano, a produção de leite da Argentina caiu 13,6% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Foto: Ari Dias

Já no mercado interno, as cotações de leite e derivados vêm reagindo, mas o cenário de menor competitividade em preços e queda de braço com as importações permanece. No primeiro trimestre de 2024, as importações brasileiras totalizaram 560 milhões de litros, com alta de 10,8% em relação a 2023. O diferencial de preços, tanto do leite em pó quanto do queijo muçarela, está mais favorável ao derivado importado.

Enquanto isso, governos estaduais tem se manifestado com medidas tributárias e fiscais para tentar reduzir a entrada de derivados lácteos oriundos do exterior. Vale lembrar que em 2023 as importações responderam por 9% da produção doméstica e um recuo nesse volume tende a deixar a oferta mais restrita, sustentando os preços internos. Mas também irá exigir uma resposta mais rápida da produção interna, suprindo a demanda brasileira.

Sazonalidade da produção de leite

A sazonalidade da produção de leite no Brasil é bastante pronunciada, mesmo considerando o crescimento dos sistemas de produção de maior adoção de tecnologias. Os meses de abril, maio e junho são aqueles de menor produção de leite e isso acaba refletindo nos preços neste momento. Os mercados de leite UHT e queijo muçarela tem registrado valorizações, ainda que modestas.

O preço ao produtor também vem registrando elevação, pelo quarto mês consecutivo.

Do ponto de vista macroeconômico, os indicadores de crescimento do PIB vêm melhorando, com perspectivas de expansão próxima de 2% em 2024. No comércio, as vendas dos supermercados seguem positivas, com expansão de 4,7% nos últimos 12 meses, enquanto a média do comércio em geral mostrou elevação de apenas 1,7%. Os indicadores do mercado de trabalho têm registrado crescimento importante. Em janeiro o salário real médio do brasileiro cresceu 4% sobre janeiro de 2023. O número de pessoas ocupadas também aumentou.

Foto: Fernando Dias

O preço dos lácteos ao consumidor, por outro lado, recuaram 2,8% nos últimos doze meses. No caso do UHT, a queda foi de 5,6%, o que acaba ajudando nas vendas. Neste mesmo período a inflação brasileira foi de 3,9%. Ou seja, os lácteos vêm contribuindo para redução da inflação brasileira neste momento.

Custo de produção

Na atividade de produção de leite, as informações de custo de produção têm mostrado um cenário mais positivo. Os preços de importantes insumos recuaram, contribuindo com queda no ICPLeite-Embrapa que, nos últimos 12 meses finalizados em março de 2024, apresentou recuo de 5,58%.

O farelo de soja recuou de 23% em relação a abril de 2023, ficando abaixo de R$2 mil/tonelada. No caso do milho, a queda foi também importante, com o cereal recuando 18,5% na comparação anual. Portanto, a combinação de recuo nos custos de produção com elevação no preço do leite vai sinalizando um ambiente de recuperação de rentabilidade para o produtor de leite, após um cenário difícil observado no segundo semestre de 2023.

Cadeia produtiva do leite

De todo modo, é importante avançar em uma agenda de competitividade da cadeia produtiva do leite, sobretudo com foco em melhorias na eficiência média das fazendas e na gestão. Tem sido observado uma heterogeneidade muito grande nos custos de produção de leite, em alguns casos com diferenças de até R$ 0,80 por litro. A importação traz perdas econômicas relevantes para o setor lácteo no Brasil, mas buscar cotações mais alinhadas ao cenário global é uma forma de reduzir estruturalmente as compras externas. Para isso a competitividade em custos é determinante. O momento ainda é de bastante incerteza, inclusive global. Internamente, a entressafra pode dar um fôlego para a alta recente dos preços de leite.

Fonte: Assessoria Centro de Inteligência do Leite
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