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ABRA discute coleta e processamento de carcaças à campo

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A Associação Brasileira de Reciclagem Animal – ABRA esteve presente na 5ª Conferência Nacional de Defesa Agropecuária entre os dias 25 e 28 de novembro em Florianópolis -SC.

O evento teve apoio do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) que por meio da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) contribuiu com palestras e representantes da área animal.

A convite da presidente da CIDASC, Dr. Enori Barbieri, a ABRA foi uma das palestrantes no painel “Trânsito de Animais Mortos e Destinação de Cadáveres: necessidade de discussão e normatização” sobre a coordenação da Dra. Eliana Bodanesi da Aurora Alimentos e com participação do coordenador técnico da ABRA, Lucas Cypriano, do pesquisador da Embrapa Aves e Suínos, Luizinho Caron e do deputado estadual (SC) Mauro Denadau.

Em sua palestra, a Dra Eliana Bonadesi abordou “A visão da Agroindústria – trânsito de animais mortos e destino de cadáveres” onde descreveu o trabalho realizado pela Aurora em busca de soluções válidas para destinar a mortalidade nas granjas de aves e suínos ocasionadas por casualidades que ocorrem naturalmente. Para a Dra. Bonadesi a compostagem se tornou inviável em alguns casos pelo grande volume de mortalidade.  “As granjas estão cada vez maiores e concentrando mais animais”. Em alguns casos a compostagem não atende mais a demanda, seja por ausência de maravalha (resíduo de madeira utilizada como fonte de carbono para a compostagem das carcaças de animais), por falta de EPIs adequados ao trabalho nas granjas ou por falta de mão-de-obra para realizar o serviço nas granjas.

Como alternativa a palestrante apresentou o sistema de estocagem e congelamento de carcaças de suínos da cooperativa que acontece entre a área limpa e a área suja da propriedade, onde as carcaças das casualidades regulares da granja são estocadas a -18ºC até a sua retirada que se dá na área suja sem o contato de operadores do sistema.

Em seguida, o Dr. Luizinho Caron falou sobre “Proposta de Procedimentos para a retirada de animais mortos das propriedades de aves e suínos”. O Dr. Luizinho mostrou as opções de destino de carcaças que atualmente são apresentadas para o produtor rural. Segundo o pesquisador, o produtor tem duas opções: valer-se de tecnologias que atuem dentro da propriedade e tecnologias externas às propriedades rurais.

Apesar da compostagem se destacar nas propriedades e ser amplamente utilizada no Brasil, para o Dr. Caron, esse sistema já não se adéqua a grandes operações de suínos. Em sua apresentação ele também citou como possibilidades o incinerador e secador de carcaças, opções que por motivos econômicos ou por falta de mão de obra ainda não são largamente adotados.

Como técnica de processamento realizada fora das propriedades foi citado o envio dessas carcaças para as indústrias de Reciclagem Animal como explica o pesquisador. “De acordo com o capítulo 4.12 do manual de Saúde de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal OIE, o envio de produtos para a Reciclagem Animal talvez seja uma das opções mais seguras em uma matriz de tomada de decisões, considerando-se todos s riscos envolvidos no processo”. Como um exemplo dessa técnica, Luizinho citou a visita da Embrapa que, acionada pela Cidasc, fez a dois projetos pilotos, um em Minas Gerais e o outro em Santa Catarina que resultaram em um parecer técnico mostrando a atual necessidade de se gerar uma legislação a respeito desse tema.

A terceira palestra foi ministrada pelo coordenador técnico da ABRA, Lucas Cypriano que falou sobre a legislação adotada por outros países em relação à coleta de carcaças a campo. Lucas usou como exemplo os outros grandes países produtores cárneos, como os EUA, Canadá, Comunidade Europeia, Austrália, Nova Zelândia e China que coletam animais em fazendas. De acordo com Cypriano, nos EUA onde a coleta não é obrigatória, foram coletados em fazendas e granjas 1,7 bilhões de quilos no ano de 2012. Já na Comunidade Europeia, onde a prática é obrigatória, em 2013, foram coletados 2,4 bilhões de quilos.

O palestrante ressaltou que todos os países adotam restrições no destino de farinhas produzidas a partir de ruminantes para a alimentação de ruminantes. Já a farinha produzida com carcaças de suínos é restrita apenas pela Comunidade Européia, que não permite a utilização dessa matéria-prima na produção de ração para animais de produção, mas que por ter classificação de risco 2, pode ser usada para a alimentação de cães e gatos, animais que produzem peles (p.ex.:raposas, martas e guaxinins), animais de zoológico, podendo ainda ser exportada.

O deputado Estadual (SC) Mauro Denadau foi o quarto palestrante que citou o caos vivido por produtores leiteiros que com a mortalidade do animal que era sua fonte de renda passa a ter custos para a destinação correta dessa carcaça. Para o descarte da carcaça o produtor geralmente aciona a prefeitura para que o animal seja enterrado, ele exemplifica a dificuldade dessa prática com casos ocorridos em Cunha Porã em Santa Catarina, onde foi prefeito por dois mandatos e que registrava a mortalidade média de 3 cabeças de gado por dia. Para enterrar estas carcaças, na maioria das vezes o município deslocava equipamentos por até 40 km. Ele reconhece que o enterramento não é mais uma técnica adequada e que os problemas são diários com a mortalidade.

Para reverter a situação, o deputado protocolou na Câmara dos Deputados do estado de Santa Catarina um projeto de lei que habilita a coleta e o processamento desses animais pelas indústrias de Reciclagem Animal permitindo que o setor que tem a capacidade e expertise destine corretamente esses resíduos.

Ao final das palestras, o Dr. Inácio Kroetz, diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar)pediu palavra. O Dr. Inácio chamou a atenção das autoridades presentes para que se posicionem definitivamente em relação ao assunto e que seja confeccionada uma legislação adequada, seguindo os passos indicados no relatório da Embrapa/CNPSA. O diretor finalizou cobrando soluções viáveis para o Brasil e para os produtores rurais. “Temos que sair do ‘vácuo legal’ que nos encontramos, achando soluções que sejam boas para o Brasil e para os produtores rurais”, conclui.

A ABRA discute o tema desde maio de 2013 quando realizou o II Painel Novos Horizontes para a Reciclagem Animal na Avesui. A ABRA agradece o convite feito pela CIDASC e em especial ao Dr. Enori para que participássemos de um painel tão importante à sustentabilidade da cadeia da carne.

Fonte: ABRA

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Brasil e Japão assinam memorando para fortalecimento da cooperação agrícola

Objetivo é ampliar as relações comerciais entre os países.

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Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto - Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião bilateral realizada entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão, Tetushi Sakamoto, foi assinado o Memorando de Entendimento para fortalecimento da cooperação entre os dois países no âmbito da agricultura.

O objetivo é tratar da expansão das relações comerciais entre os países, bem como o suprimento estável de grãos do Brasil ao Japão e a promoção de sistemas agroalimentares sustentáveis.

O encontro aconteceu na tarde desta última sexta-feira (13), em Chapada dos Guimarães (MT), após o encerramento da Reunião Ministerial do Grupo de Trabalho de Agricultura do G20.

“Temos muito orgulho da relação Brasil Japão. Temos grandes oportunidade na cooperação e produção de alimentos e energias renováveis”, pontuou o ministro Carlos Fávaro na reunião.

O ministro japonês ressaltou a importância da assinatura do memorando, destacando que a medida atende a diversos aspectos da agropecuária para ambos os países.

Ele aproveitou a ocasião para parabenizar o Brasil pelo sucesso na organização do G20.

Além da assinatura do Memorando de Entendimento, a reunião tratou de temas como a transição energética. Em missão no Japão, Fávaro vistou a Toyota para tratar da fabricação de carros movidos a combustíveis renováveis no Brasil, fortalecendo a agroindústria brasileira e contribuindo como a sustentabilidade do planeta.

Fonte: Assessoria Mapa
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Brasil e Azerbaijão assinam memorando de entendimento para a pecuária e saúde animal

Acordo foi firmado na última sexta-feira (13) durante reunião bilateral no G20 Agro.

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Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov - Foto: Divulgação/Mapa

Os ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov, respectivamente, assinaram Memorando de Entendimento para a cooperação em pecuária e saúde animal nesta sexta-feira (13), durante uma reunião bilateral no G20 Agro.

A cooperação abrange o desenvolvimento da pecuária, saúde animal e matérias-primas; fomento à horticultura; e gestão sustentável do agronegócio e sustentável territorial, além de áreas como genética, biotecnologias de processamento e colheita, aprimoramento de maquinário agrícola e controle de pragas e doenças.

Ministros da Agricultura do Brasil e do Azerbaijão, Carlos Fávaro e Magnum Mammadov – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro destacou a importância do compartilhamento de ciência e tecnologia e afirmou que o acordo possibilitará avanços comerciais. “Vamos avançar na implementação dessas cooperações. Este é um momento muito oportuno para firmar novas oportunidades comerciais que sejam benéficas e equilibradas para ambos os países”, disse Fávaro.

 

Já o ministro Mammadov ressaltou a relevância da assinatura do memorando, destacando a importância da cooperação com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele mencionou que, nesta sexta-feira, houve uma reunião com a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, na qual foram discutidas parcerias para pesquisa sobre mudanças climáticas. “Entendemos a importância da colaboração e da pesquisa nesse campo. No que diz respeito às relações diplomáticas e à cooperação agrícola, nosso compromisso é firme”, afirmou o ministro do Azerbaijão.

Neste ano, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) acontecerá em novembro, na capital do Azerbaijão, Baku. O evento foi destacado pelos ministros como um marco importante, especialmente por anteceder a COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA).

Fonte: Assessoria Mapa
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No G20 Agro, Brasil e Portugal firmam memorando para produtos agroalimentares

Foco será garantir o cumprimento das normas de segurança e qualidade

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Reunião bilateral - Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro do Grupo de Trabalho da Agricultura do G20, no estado de Mato Grosso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para realizar uma série de reuniões bilaterais estratégicas. Os encontros ocorreram nesta sexta-feira (13), no município de Chapada dos Guimarães (MT).

Os acordos visam fortalecer as relações bilaterais na agricultura e viabilizar projetos conjuntos de cooperação técnica para promover a evolução sustentável dos sistemas produtivos.

Em encontro com o ministro da Agricultura e Pescas de Portugal, José Manuel Fernandes, foi assinado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério da Agricultura e Pescas de Portugal (MAGRIP). O documento regula o controle de segurança e qualidade dos produtos agroalimentares, promovendo a cooperação institucional e técnica entre os dois países.

“Esta assinatura demonstra o equilíbrio nas relações e reciprocidade entre Brasil e Portugal, além de abrir portas para novos diálogos e parcerias. Temos outros setores que também podemos explorar em conjunto”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Na ocasião, também foram discutidos pontos de interesse mútuo. O Brasil solicitou o apoio de Portugal nas negociações sanitárias e fitossanitárias junto à União Europeia.

Cooperação Internacional

Índia

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

O ministro Carlos Fávaro e o ministro da Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia, Ramnath Thakur, reforçaram o interesse e o compromisso de ambos os países em continuar o diálogo em prol dos produtores, por meio de cooperações técnicas. “O Brasil tem grande interesse em manter e ampliar as relações comerciais com a Índia. Nosso objetivo é desenvolver capacidades mútuas na área agropecuária, especialmente no setor de pulses e pecuária leiteira”, afirmou Fávaro.

O ministro indiano convidou Fávaro a conhecer os sistemas agrícolas da Índia, ressaltando que “com certeza o ministro ficará surpreso”.

Emirados Árabes Unidos

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Durante o encontro com a ministra das Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Amna Al Dahhak Al Shamsi, e sua delegação, o ministro Carlos Fávaro apresentou o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). Fávaro reafirmou o compromisso do Brasil com a sustentabilidade.”Estamos com um objetivo muito claro de zerar o desmatamento. Como? Por meio desse programa que criamos para a recuperação de pastagens degradadas”, disse Fávaro.

A ministra Shamsi destacou a importância da pesquisa para o desenvolvimento de práticas sustentáveis. “Temos avançado nas pesquisas em colaboração com universidades, o Ministério das Mudanças Climáticas e centros de pesquisa dos Emirados Árabes. É essencial para nós garantir que estamos desenvolvendo culturas climaticamente inteligentes que possam prosperar”, afirmou.

Itália

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em continuidade às reuniões bilaterais, o ministro Carlos Fávaro se encontrou com o ministro da Agricultura, Soberania Alimentar e Florestas da Itália, Francesco Lollobrigida, para debater cooperações técnicas e inovações tecnológicas entre os países.

“O G20 Agro foi um grande evento”, afirmou Lollobrigida. “Como presidente do G7, a Itália vê os temas abordados no G20 no Brasil como um ponto de convergência importante”.

Reino Unido

Reunião bilateral – Foto: Divulgação/Mapa

Em reunião com Daniel Zeichner, ministro de Estado para o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) do Reino Unido, o ministro Fávaro reiterou a satisfação do Brasil em ter o Reino Unido como parceiro para alcançar o objetivo de erradicar a fome, promover a segurança alimentar e melhorar a nutrição global por meio de uma agricultura sustentável, com alta produtividade e resiliência às mudanças climáticas.

Fonte: Assessoria Mapa
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