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A questão hídrica e o futuro da produção agropecuária

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*Prof.  Guilherme Vieira 
Amigo leitor,
Começo este artigo relatando um acontecimento familiar e farei as devidas contextualizações com o tema proposto no título.
O dia que faltou água na minha casa foi um desastre. Resido em um prédio em Salvador que teoricamente não deveria faltar água. Porém devido a um pequeno defeito no reservatório central foi contratada uma empresa e a mesma prometeu  dois dias para resolver o problema. Entretanto, o serviço demorou cinco dias para ficar pronto. Afinal de contas estamos no Brasil e mais precisamente no berço do descobrimento do Brasil, onde tudo é levado ao pé da letra quando se trata da “boa” prestação de serviços.
O período que ficamos sem o precioso líquido nos serviu para refletirmos o quanto ele representa em nossas vidas. Tínhamos uma cota diária com seis baldes no qual deveria atender as necessidades mínimas. Foi ótimo, apesar do sufoco, pois alertei a Beatriz (minha amada filha), o quanto é importante não desperdiçar a água. Valorizamos cada cm3  de água.
Quando escrevo este artigo, o Estado de São Paulo passa por uma enorme crise hídrica e notamos o quanto sofre a sociedade de uma maneira geral com a falta de água. Alguns especialistas comentam que o povo usou água, “como se não houvesse amanhã”. 
Lembro-me bem de uma entrevista do Amir Klink, há cerca de dez anos e o mesmo alertava que todas as descargas sanitárias de São Paulo e das grandes cidades do Brasil deveriam ser trocadas por uma descarga de baixa vazão de água, pois as utilizadas possuem uma vazão muito grande, consome uma grande quantidade de água e “esta água” utilizada de maneira desordenada faria falta no futuro. 
Infelizmente o futuro chegou de forma trágica ou será a ampliação da perspectiva do presente, como diz Miriam Leitão?
Infelizmente o povo paulista está sofrendo na pele o sofrimento do povo nordestino que passa esta necessidade há séculos e a questão não é resolvida, apesar das promessas dos políticos e de outros interessados. Entra governo e sai governo e não se se observa um projeto sério de estado, de longo prazo, visando à resolução do problema.
Lógico que esta questão merece um amplo debate e serviu apenas de frontispício para contextualizar a temática a ser abordada quanto ao uso da água na produção agrícola e pecuária.
Pergunto: se faltar água na produção agropecuária quais os prejuízos que acarretarão para a sociedade?
Primeiramente faltarão alimentos, além de um imensurável prejuízo econômico.
Poderia enumerar um enorme rosário de conseqüências do assunto abordado. Entretanto, trabalha-se na perspectiva futura (será pleonasmo?) que a água será a comoddittie mais valorizada dos próximos anos e que devemos adotar práticas racionais da utilização da água não só na agricultura, mas também em todos os setores da sociedade.
O que se pratica atualmente em pesquisas agropecuárias no que concernem as práticas racionais de produção agropecuária no uso da água?
Em 2013 assisti um painel sobre pesquisas agrícolas no café no Seminário AGROCAFÉ e os palestrantes pertencentes à Rede de Pesquisas (formada por equipe de pesquisadores) do café trabalham intensamente no desenvolvimento de cultivares que tenham tolerância ao stress hídrico e ao stress térmico ( em um curso um aquecimento global).
O mesmo assunto observou-se no Congresso Nacional de Milho e Sorgo (2014) uma palestra sobre genética em que se debatia o desenvolvimento de plantas que suportem ao stress hídrico e o stress térmico sem comprometer a produção e produtividade agrícola.
Os programas de conteúdo rural  apresentam reportagens sobre as novas técnicas de irrigação em que aproveitam o máximo de água sem grandes desperdícios ( os Israelenses já desenvolveram tecnologias há muito tempo, não seria o caso de aprendermos mais com eles?)
Assisti reportagens sobre os programas desenvolvidos em Santa Catarina e Minas Gerais envolvendo a recuperação de matas ciliares e nascentes resultando em renascimento de rios, recuperação de vegetação e principalmente aumentando o lençol freático. Estes programas deveriam ser reverberados por todo o Brasil e constarem de programas de governos, Secretarias Estaduais e Municipais de Agricultura. 
Na produção pecuária, a genética trabalha na perspectiva de cruzamentos industriais envolvendo as raças que suportem melhor o calor. Neste ponto o zebuíno é fenomenal e a introdução deste animal em nossa produção pecuária foi o responsável pela formação do nosso rebanho de corte e agora na produção leiteira observa-se o “estouro” comercial da raça Gir , cada vez mais valorizada.
Outras práticas racionais observadas nas produções animais, utilizadas principalmente em algumas granjas suínas e leiteiras, é a construção de bio- esterqueiras com a re-utilização da água como biofertilizantes na irrigação da lavoura e pastos. 
Mais uma vez alerta-se que esta prática deveria ser adotada por todas as produções animais, principalmente em produções confinadas.
Enfim, os tópicos apresentados neste breve comentário, são para servir de alerta para todos aqueles que atuam direta ou indiretamente na atividade agropecuária sobre a importância da água na atividade. 
O seu uso indevido e a sua falta trarão enormes prejuízos para toda sociedade. Afinal de contas quem vive sem água e sem comida?
Até uma próxima oportunidade.

Fonte: Guilherme Augusto Vieira

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Colômbia abre mercado para exportação de grãos secos de destilaria

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

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Foto: Shutterstock

O Governo da Colômbia autorizou, a partir desta sexta-feira (06), a exportação pelo Brasil de grãos secos de destilaria ao país, conhecidos como DDG ou DDGS, para aquele país.

O insumo é uma fonte proteica e energética utilizada na produção de ração para ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões. Os DDG/DDGS são gerados a partir da produção de etanol de milho na segunda safra.

A plantação é feita na mesma área da safra principal, após a sua colheita e no mesmo ano agrícola. Assim, não demanda terra adicional para ser cultivada, o que resulta em melhor aproveitamento dos recursos naturais.

Com esta nova autorização, o agronegócio brasileiro alcança sua 105ª abertura neste ano, totalizando 183 aberturas em 58 destinos desde o início de 2023.

Fonte: Assessoria Mapa
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Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário cria GTs para fortalecimento das políticas públicas no setor

Objetivo é enfrentar os desafios críticos no setor, como os riscos climáticos, operacionais, de crédito e a necessidade de inovação tecnológica.

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Foto: Divulgação/Arquivo OPR

Em busca de aprimorar as políticas públicas voltadas ao setor do agronegócio, a Câmara Temática de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) criou quatro Grupos de Trabalho (GTs) focados em temas prioritários como inovação tecnológica, riscos climáticos, operacionais e crédito. “A criação desses GTs é uma resposta ao crescente reconhecimento da importância de uma abordagem estruturada para lidar com os riscos que afetam a produção agrícola. A adesão de representantes de todos os setores envolvidos, como seguradoras, produtores e o próprio governo, mostra o comprometimento com a sustentabilidade e a resiliência do agro brasileiro”, destacou o presidente da Câmara Temática, Vitor Ozaki. 

O GT de Política Integrada de Gestão de Riscos na Agropecuária visa propor uma política que vá além do seguro rural, englobando outros riscos da cadeia produtiva como os tecnológicos, sanitários e logísticos.  

Já o GT de Inovação Tecnológica, Científica e de Negócios se propõe a desenvolver novas ferramentas digitais e modelos de parceria para modernizar o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e melhorar o acesso às informações de risco. 

Tem também o GT de Integração Crédito e Seguro Rural com foco na criação de sinergias entre as políticas de crédito rural e o seguro rural, buscando aumentar a resiliência financeira dos produtores e melhorar o acesso a financiamentos sustentáveis, como o FIAGRO. 

E, por último, o GT de Acompanhamento e Inovações no Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) que será responsável por monitorar a execução do PSR, identificar desafios orçamentários e operacionais, além de propor inovações que expandam o alcance do programa entre os produtores rurais. 

A gestão de risco é um tema estratégico para o agronegócio brasileiro, que tem enfrentado desafios cada vez maiores devido à imprevisibilidade climática e às oscilações do mercado. Nesse contexto, o papel da Câmara Temática e dos GTs se torna ainda mais relevante para assegurar a sustentabilidade financeira dos produtores rurais e a competitividade do setor. “A Câmara Temática é um espaço privilegiado de debate técnico que permite aprimorar as políticas públicas e integrar diversos atores do setor, gerando soluções concretas para problemas complexos. As contribuições dos Grupos de Trabalho serão decisivas para o futuro da gestão de risco no agronegócio”, afirmou o diretor de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério.   

Os Grupos de Trabalho terão prazos de até 12 meses para a entrega de relatórios finais, com diagnósticos e propostas que visam aprimorar a gestão de risco no agro, além de fortalecer programas como o PSR e o PROAGRO.  

Com essas iniciativas, o Mapa reafirma seu compromisso com a criação de soluções integradas e inovadoras, capazes de enfrentar os desafios e garantir o crescimento sustentável do agronegócio no Brasil. 

Fonte: Assessoria Mapa
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Portaria define 11 novos postos para adidos agrícolas na África, Ásia e Américas

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional.

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O Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores definiram os locais dos 11 novos adidos agrícolas do Brasil no exterior. As futuras adidâncias serão na Argélia, Bangladesh, Chile, Costa Rica, Emirados Árabes Unidos, Etiópia (incluindo União Africana, Djibuti e Sudão do Sul), Filipinas (incluindo Ilhas Marshall, Micronésia e Palau), Irã, Malásia (incluindo Brunei), Nigéria e Turquia.

Com a ampliação, o Brasil passa a contar com sete adidos agrícolas em embaixadas na África e fortalecerá sua presença em importantes parceiros econômicos e mercados potenciais, expandindo as oportunidades para o setor agrícola nacional. “As novas adidâncias reflete o reconhecimento da importância do agronegócio e de sua maior inserção no mercado internacional para o Brasil. Com os novos postos iremos potencializar ainda mais as oportunidades para o setor, gerando empregos e renda para os brasileiros, principalmente em virtude das aberturas de mercados”, pontuou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.  

No mês de julho, o Governo Federal havia assinado o Decreto presidencial autorizando o aumento das adidâncias agrícolas de 29 para 40 postos. Essa ampliação do número foi a maior desde que a função foi criada, em 2008, pelo Decreto nº 6.464, já que estão sendo implementadas de uma única vez. 

Os adidos agrícolas desempenham funções de assessoramento junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior. Suas principais atividades envolvem a identificação de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. Para isso, mantêm interlocução com representantes dos setores público e privado, formadores de opinião relevantes na sociedade civil e academia. 

Atualmente, há adidos agrícolas nos seguintes locais: África do Sul, Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China (dois adidos), Colômbia, Coreia do Sul, Egito, Estados Unidos da América, França (Delegação do Brasil junto às Organizações Internacionais Econômicas Sediadas em Paris), Índia, Indonésia, Itália (Delegação Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura e aos Organismos Internacionais), Japão, Marrocos, México, Suíça (Delegação do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e outras organizações econômicas em Genebra), Peru, Reino Unido, Rússia, Singapura, Tailândia, Bélgica (Missão do Brasil junto à União Europeia em Bruxelas, dois adidos) e Vietnã. 

Fonte: Assessoria Mapa
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